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História Kill This Love - Jenlisa - Stay stay stay with me.


Escrita por: dincy

Notas do Autor


AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS


Pessoal, só para dizer um negócio, EU NÃO SOU FORMADA EM NADA, então todas AS INFORMAÇÕES que são CONTIDAS nesse capítulo FAZEM PARTE DO não tão vasto ACERVO que existe na INTERNET.

Obs.: os momentos Jenlisa eu me baseei em dois vídeos de despedida dos pais de seus bebês, são extremamente fortes, por isso não divulguei e até mesmo porque não acho que seja necessário.

Curiosidade.: foi por esse momento que idealizei a segunda temporada, mas vamos dando passos de cada vez e seguindo o trem.

Espero de coração que gostem, ainda que não seja o que vocês esperavam. Deu muito trabalho escrever tudo isso, foi cansativo..., então eu espero que ao menos gostem. Foi feito com muito carinho!

AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS
AVISO DE GATILHOS

Capítulo 36 - Stay stay stay with me.


Fanfic / Fanfiction Kill This Love - Jenlisa - Stay stay stay with me.

Point of View: Cindy Cristy Carvalho da Costa Cruz

PLAY: Say Something (A Great Big World & Christina Aguilera)

O silêncio feito após a pergunta retórica de Jisoo foi de matar na unha qualquer um deles que ali estavam, o pai de Jennie pôs as grandes mãos nos ombros da esposa e da sogra de sua filha. Suk respirou fundo e então falou o que eles tanto esperavam, ou ironicamente não, afinal nenhum pai quer descobrir que seu filho tem um dano irreversível e que a qualquer momento ele pode partir.

Suk: O dano da falta de oxigênio ao cérebro dele é irreversível. Antoine tem uma síndrome metabólica rara chamada 3 methylglutaric aciduria, abreviamos para 3MGA. -Explicava receoso e cabisbaixo-

Lisa: Então meu filho vai morrer?! -A voz soara como um simples murmúrio- É isso que você está tentando dizer?!

Suk: Infelizmente, Lisa. -Parecia doer nele também- Não é uma falha de pré-natal, uma falha humana ou qualquer coisa do tipo, na verdade é uma síndrome rara e que não temos como detectar ainda no útero. É como se apenas o útero, apenas aquele espaço fosse bom o suficiente para ele, porque aqui fora tudo é venenoso, mesmo o ar que respirou assim que nasceu.

Lisa: E como vai ser agora? Como ele está? -Em sua mente apenas uma nuvem negra pairava-

Suk: Nós conseguimos o reanimar, mas isso não significa muito. Eu sinto dizer, mas ele não tem muitos dias de vida. Ou quiçá muitas horas! -Lisa sucumbiu ao soluço que rasgou sua garganta, não haviam lágrimas, apenas dor- Como médico minha obrigação é vos avisar de que ele ficará na unidade de terapia intensiva, mas que não poderemos manter os aparelhos ligados por muito tempo.

Mi-Cha: Seria como prolongar a luta dele. -Relutantemente disse o que todo pensavam, mas não tinham coragem-

Suk: Exato e isso pode parecer metafórico e romântico, mas é doloroso para ele também, assim como é para vocês. Apenas estarão evitando o inevitável. Por isso que como amigo, eu recomendo que vão para casa, fiquem com ele nesse momento.

Lisa: Eu... -Engoliu em seco- Eu não tenho estrutura para noticiar a Jennie disso. -Engoliu o choro deixando seus olhos vermelho e garganta para lá de travada, seca. A cabeça doía como um inferno-

Suk: Eu o faço, mas esteja comigo. A Jennie vai precisar de você nesse momento, de todos vocês, mas em especial de ti.

Lisa: Estou me sentindo a pessoa mais inútil do mundo, não tive como proteger meu filho. Eu prometi a ela que tudo ficaria bem, prometi a Antoine, mas..., mais uma vez eu falhei em minhas promessas... -A confidência vinha do fundo do coração da garota que tinha tudo e naquele momento não tinha nada-

Rosé: Ei, olha para mim. -Puxou levemente o rosto da maknae de forma que sua testa encostasse a dela- Você não tem culpa de nada, Jennie não tem culpa de nada, Antoine não tem culpa de nada, Lalisa. Nessa história não há um vilão, há um anjinho que é bom demais para viver nesse mundo. Ele pode não ter tanto tempo aqui, mas façam desse curto espaço de horas o mais especial do mundo para ele, porque depois ele terá toda a infinidade de vidas para olhar e cuidar de vocês.

Nesse momento Lalisa apenas puxou os ar respirando fundo e piscando inúmeras vezes para tentar afastar as lágrimas que pareciam querer sair a todo custo, bebeu o copo de água que Jisoo a estendeu e se levantou junto do médico que as acompanhara durante esses nove meses, pediu que Jisoo unnie avisasse a Irene o que estava acontecendo, afinal ela estava preocupada e se sentindo culpada por não poder estar com Jennie naquele momento, todavia tinha compromissos inadiáveis com o Red Velvet.

Jennie: O que aconteceu? Onde é que está o Antoine? Cadê nosso filho, Lisa? -Acordara a alguns minutos atrás redondamente agitada quando deu por a falta de seu filho e sua mulher, uma verdadeira leoa-

Lisa: Calma amor... -Foi interrompida por Suk-

Suk: Jennie, nós precisamos conversar, porém para isso você precisa se acalmar. -Os batimentos cardíacos de Jennie em contraponto apenas aumentavam de forma temível- Jennie, por favor, se calma. Lisa?! -Olhou pedindo ajuda-

Lisa: Meu amor, por mim, tenta se acalmar. Escuta o que ele tem a dizer, vai ficar tudo bem. -Pegou nas mãos geladas da moribunda-

Jennie: Como eu vou me acalmar sabendo que vocês tão me escondendo alguma coisa? FALA LOGO, CARALHO, ONDE ESTÁ NOSSO FILHO?

Suk: Antoine teve uma parada respiratória enquanto dormia, chegou já sem vida até mim, mas conseguimos o ressuscitar. -A garota Chanel não teve tempo de respirar, pois logo seu mundo desmoronou e ela morreu em asfixia logo em seguida em meio a tantos escombros de felicidade- Mas Jennie, o dano que a falta de oxigenação no cérebro causou é algo irreversível.

Jennie: Não, você está brincando comigo. -Fechou os olhos com força enquanto começava a sussurrar como em mantra- Eu vou acordar e Antoine vai estar bem, vivo e cheio de saúde. -Abriu os olhos com mais força do que havia usado para fechá-los- FALA LALISA, É ALGUMA BRINCADEIRA? -Começou então a sussurrar quando viu que Lalisa apenas abaixou a cabeça- É de muito mal gosto, diz logo, eu não estou achando graça.

Suk: Não é Jennie, não tínhamos como identificar que ele possuía uma síndrome rara porque ele só se mantinha vivo, bem, forte e saudável em seu útero. O ar que ele respirou assim que nasceu já era venenoso e tóxico para ele, isso devido a 3 methylglutaric aciduria, uma síndrome raríssima como eu já havia dito. O aconselhamento genético deve ser oferecido aos casais em risco, informando-os da chance de 25% de ter um filho afetado, o que não se concretizava como um caso a vocês, afinal faz parte dos distúrbios genéticos recessivos.

Jennie: Eu quero ver ele. -A angústia cortava sua voz que tão usada para alegrar as pessoas, nesse momento apenas transmitia...., dor- Por favor!

Suk: No momento ele está na unidade de terapia intensiva, como eu disse a Lisa, como médico eu tenho a função de dizer que manter os aparelhos ligados não sanará a síndrome dele, não o fará ter mais dias de vida porque a situação dele não é viver, é apenas vegetar, apenas estariam adiando aquilo que é tido como certo. Então eu aconselho que vão para casa, fiquem com ele nessas últimas horas que o restarão assim que os aparelhos forem desligados, afinal..., ele sempre vai ser o filho de vocês, o primogênito.

Jennie: Eu..., eu quero ficar sozinha. -Lisa apenas a olhou de cabeça tomba, esteve esse tempo todo calada sem ao menos saber o que dizer ou fazer-

Lisa: Jennie vamos conversar?! -Praticamente implorou quando viu a mulher a sua frente soluçar e se encolher em meio as lágrimas que caiam de forma frenética-

Jennie: Não, por favor! Vamos fazer o que ele diz. Mas por favor, só me deixa sozinha, por favor.

Suk: Ainda hoje você vai ter alta, então poderão ir para casa e ter esse momento apenas para vocês. Quando eu voltar já trarei com comigo os documentos para te liberar. -Viram apenas a Kim assentir em positivo se encolhendo na cama com um verdadeiro feto-

Lisa saiu da sala, encontrou com os familiares e percebeu o quanto aquele garoto era querido por todos. Antes de nascer ele já era amado, então de forma alguma estranhou a comoção de todas, viu Jisoo conversar por o telefone com Irene e derramar sorrateiras lágrimas, sua mãe estava desolada e abraçava Rosie bem como Mi-Cha se aconchegava em Eunji enquanto Eunbi fora começar a arrumar as coisas para quando fossem embora.  Sem ter em quem se apoiar apenas deitou a cabeça na parede atrás de si e deixou que os anjos caídos rissem ou se invejassem de sua aparência fantasmagórica de filha de Hades.

STOP: Say Something (A Great Big World & Christina Aguilera)

(...)

Jennie sempre foi uma garota inteligente, uma mulher esperta e foi uma ótima mãe por todos esses dias, os quais ela calculou como aproximadamente 273 em que seu filho esteve vivo dentro de si. Não gritava mais como o fizera no começo, apenas apertava os joelhos contra seu colo como se de alguma forma aquilo fizesse a dor diminuir como diminui o frio de quem o sente. Mas não adiantava, assemelhava-se apenas a comprimir ainda mais o coração pequeno que dói como o inferno, lateja como sal em ferida.

Seu consciente teimava em afirmar que ela não tinha culpa, mas seu lado sombrio e inconsciente brigava do outro lado da corda para convencê-la de que a culpa era inteiramente dela. Buscava na mente o que pudera ter feito de errado durante a gestação e procurava se agarrar nos mínimos detalhes, na vez que comeu comida japonesa, nos dias que chorou em excesso de emoção, nos dias que se estressou..., e embora nada justifique, para ela eram motivos o suficiente para que seu pequeno anjinho tivesse que lutar tanto para sobreviver.

Poucos minutos depois sua mãe e seu pai entraram na sala, ela chorou ainda mais quando viu sua omma e oppa, se agarrou no pai como criança que volta para casa depois de uma longa semana em internato ou como quando volta da faculdade após um longo semestre longe. A mãe apenas fazia carinhos e sussurrava palavras doces “de que Deus sabia o que fazia”, mas isso apenas irritava a Kim mais nova, afinal, se Ele é tão poderoso, se fez tanto por quem não merecia, porque não salvar bebê, uma criança, um ser inocente(?!). Nada fazia sentido!

Não sei. Só sei que foi assim!

Lisa entrou hesitante ao lado de Chitthip, e se foi para o lado dando espaço para Chaesoo passar, ambas vinham de mãos dadas e correram na direção da amiga que quando as viu apenas abriu os braços. As três choravam de se debulhar e faltar o ar, se é triste de imaginar, quanto mais de ver. Batidas fracas na porta anunciavam a entrada de Suk que trazia o bebê enroladinho em seus braços, ele respirava, mas dava para ver a dificuldade por meio dos barulhinhos audíveis. Jennie já estava de roupa trocada, apena esperando para que fossem para casa, seu pai as levaria e as deixaria em segurança.

Chitthip: Meu netinho... -Estava sentada no sofá com Rosé ao seu lado e Lisa se pôs ao lado da sua mulher ajudando-a a calçar as sandálias- Você trouxe tanta alegria, tanta felicidade e agora vai trazer proteção para suas mães, olhe por elas e saiba que você foi muito amado, Antoine. -Beijou a testa do bebê o abraçando e deixando as lágrimas caírem sobre o peitinho encasacado dele- Vovó te ama!

Rosé: Vem com a titia, bebê. -Pegou toda desajeitada e sendo ajudada por Jisoo- Você foi, é e sempre será muito amado por todos nós, uma série de pessoas torciam por você e eu só espero que olhe e cuide por cada um deles e de nós. -Olhou para Jisoo que não o pegou apenas acarinhou a cabeça dele- Para sempre o príncipe da dinda.

Jennie se aninhou ao corpo da noiva que a segurava fortemente, ambas olhavam a cena e viam o quanto seu filho era especial. Em todos os sentidos! Rosie e Chitthip tiveram seu momento registrado em uma fotografia, assim como todos teriam, afinal, ele ainda estava vivo, lutando por cada segundo que fosse possível continuar na presença das mães, das tias e dos avós.

Jisoo: O maior guerreiro que eu conheço, tão pequeninho e com uma história gigante. Nós te amamos, pequeno marinheiro Antoine. -Se levantou o pegando nos braços e deixando com Mi-Cha que o pegou com o maior cuidado do mundo, como quem pega um brinquedo de porcelana-

Mi-Cha: Oh amor, nosso primeiro netinho, nosso eterno anjinho. Você só nos trouxe o bem, agora vai brilhar de outro lugar. Em breve nos encontraremos, amor. Te amo, bebê. -Encostou sua testa a dele e selou os lábios ali- Tão lindo, tão perfeito!

Eunji: Vai ser para sempre o maior campeão da família, campeão do vovô. Cuida da gente, okay?! Fique em paz... vovô te ama o infinito. -Fez o mesmo processo da esposa e das demais pessoas ali e logo terminou acariciando os cabelinhos ralos e escuros do neto-

Lisa: Vamos? -Perguntou empurrando uma cadeira de rodas para perto de Jennie que não recusou-

O pai da Kim mais nova da família colocou o bebê em seus braços e logo Lalisa atrás empurrava a cadeira calmamente por os corredores dali, as meninas se despediram com um beijo casto em Jennie e um abraço apertado em Lisa, prometendo que estariam lá assim que elas chamassem e a tailandesa apenas assentiu. Chaesoo levou Chitthip para casa dos pais de Jennie que era relativamente perto do condomínio dos dois casais e então iriam para casa descansar e tentar assimilar o que acabara de acontecer em menos de um dia.

Rosé: Como que vai ser agora, unnie? -Se virou para Jisoo que dirigia focada na estrada após finalmente estarem sozinhas-

Jisoo: Não faço ideia, Rosie. Jennie está acabada, Lisa nem se fala, e mesmo não sendo mãe do pequeno..., eu sinto como se uma parte de mim tivesse indo junto com ele.

Rosé: Nós vivemos juntas há sete anos, praticamente. Não tem como a gente não viver a dor delas, a alegria delas e vice-versa. -Bufou dando um tapa no painel do carro, tamanha raiva por estarem vivendo essa situação- O foda é que elas esperaram tanto por isso.

Jisoo: Mas eu tenho fé de que elas vão conseguir se reerguer, vão passar por isso..., com dificuldade, mas vão. Nós estaremos lá independentemente do que acontecer e do que elas decidirem.

(...)

PLAY: STAY (BLACKPINK)

Quando chegaram em casa os gatos de Lisa cercaram a cadeira de Jennie, mas viram que não ganharia muita atenção, então voltaram para o lugar que antes estavam, Kuma por sua vez acompanhou as donas. Os empregados da casa não apareceram em momento algum, já haviam sido avisados e apenas a doula as acompanhou, ainda que de longe. Kim Jennie passou o tempo todo acariciando os cabelos do filho, desenhando na bochecha dele e sempre que podia contava sua respiração agitada e dolorida, era como uma faca de dois gumes rasgando seu coração. Lisa não estava diferente, segurava a mãozinha de Antoine que apertava quando parecia doer para respirar.

Manoban ajudou sua mulher a se deitar na cama de casal com o bebê deitado no espaço a sua frente, enquanto ela se sentava na frente deles, na pontinha da cama com a perna apoiada no chão. As lágrimas enfim caíram

Jennie: Ele não merecia passar por isso. -Negava com as lágrimas escorrendo livremente por o rosto já inchado e vermelho-

Lisa: Eu não consigo dizer adeus, mas eu não posso imaginar como teria sido se não tivéssemos tido a oportunidade de passar por isso com ele. Poder conhecê-lo, amá-lo! -Se levantou indo pegar uma fralda-

Jennie: Nossa primeira e última vez fazendo isso... -Negou com a cabeça- Simplesmente não posso acreditar que estejamos vivendo esse pesadelo.

E então calmamente elas trocaram a fralda, ainda que sem necessidade, mas para elas era de extrema importância, já que a primeira vez que fora vestido, não foi por elas, então ao menos que a última fosse. A garota Chanel o vestia calmamente observando cada detalhe do corpinho, vendo as covinhas devido as pernas levemente gorduchinhas, a barriguinha que se mexia agitada devido a respiração, os pezinhos que por vezes tremelicavam até chegar no rosto, Antoine lembrava Lisa, ainda que muito novinho podia-se ver os lábios carnudos como os de sua amada, o nariz fininho, mas os cabelos eram idênticos aos de Jennie, bem como um sinal que havia na nuca.

Jennie: Vai ser duro fazer isso, mas eu não quero que a gente viva como se ele nunca tivesse feito parte da nossa vida. -Falou vendo a mulher a sua frente se sentar com um violão-

Lisa: Impossível, com toda certeza somos pessoas diferentes..., antes e depois dele. Ele nos trouxe uma vivacidade tão grande, Jennie, que a gente vai ter que se acostumar sem ele e viver para valer a pena a luta do nosso guerreirinho. -Deixou a cabeça tombar de lado ao mesmo tempo que Jennie se virava para o garotinho-

Jennie: Você virou nosso mundo de cabeça para baixo. -Chorou baixinho fungando- Antoine, sentirei muito a sua falta nesse mundo. Mas você vai para um lugar melhor, filho.

Lisa: Eu vou sentir sua falta, filho. -Deitou a cabeça com a maior sutileza sobre a barriga do bebê ainda com o violão no colo- Te amo tanto, meu amor, tanto... -Soluçou contido e Jennie, no entanto, não se conteve em levar seus dedos e acariciar os cabelos sedosos, mas mal cuidados de Lisa-

Jennie: Eu te amo tanto, Lisa. -Chorou junto com ela colocando sua mão do outro lado da cabeça da tailandesa caindo também num choro profundo, ao mesmo tempo que sua cabeça se apoiava no ombro da noiva-

Lisa: Fi-zemos a cois-a c-certa, ma-mas..., não dei-deixa de doer.

Foram três horas de muita angústia, a cada vez que ele demorava para sugar o ar Jennie se debruçava sobre seu corpinho em lágrimas que caiam copiosamente, foram três horas que mais pareceram um dia. O soluço de Jennie rasgava o quarto, bem como a voz embargada de Lisa, limpar as lágrimas era inútil naquele momento, então Jennie apenas se deixou acariciar Antoine, não mais ligando para nada a sua volta. A respiração era pesada demais, o pior som aos ouvidos de Lisa que dedilhava uma de suas músicas preferidas..., STAY.

Lisa: Com medo de você me deixar eu só quero que você fique. Seu rosto inexpressivo, tentando me ignorar eu sussurro no espelho: Isso vai passar. Você me despreza, mas você é assim. -Cantarolou de forma desafinada, estava mais para um declamar ou implorar- E mesmo assim, eu quero que fique, fique... stay with me. -Os dedos eram caídos sobre as cordas-

Não mais conseguindo segurar as lágrimas, a emoção e a enxurrada de sentimentos Lisa apenas parou de tocar..., do nada e quando Jennie percebeu a ausência de som, apenas se virou para direção da noiva, voltando a chorar e beijando a cabeça do maior dos maiores lutadores. O soluço veio alto e dolorido, mais uma vez. Lisa passava as mãos por os cabelos em completo desespero, tentando se conter e voltar a cantar, mas parecia impossível. Estava ainda tentando porque sabia que seria a primeira e última vez que ele teria sua mãe cantando para si, até que não aguentou mais de forma alguma e o soluço veio, alto e dolorido, tão igual, mas dessa vez..., contínuo, diferente de todas as outras vezes.

Baixou a cabeça no corpo do violão tendo a mão de Jennie em seus cabelos acariciando, em seus braços, fazendo uma carícia aleatória fazendo aquele cafuné que normalmente surte efeito, mas que naquele momento de nada adiantava. Deitou-se então como pode entre Antoine e Jennie, ambas acarinhavam o bebê que tinha a respiração alta, naquela despedida silenciosa. Beijavam o pequeno inúmeras vezes.

Porque tinha de doer tanto? Porque tinha que acontecer?

Não sei. Só sei que foi assim!

Vendo que Jennie se calara, apenas beijou sua testa, acariciou seus fios de cabelo e desceu para seus lábios onde um casto beijo foi depositado. Nada precisava ser dito, na verdade, nada conseguiria ser dito ou expressaria o que ambas estavam sentido ou o que queriam passar uma para outra. Tiravam forças de onde não tinham!

Jennie: Pude conhecer um pouco do que é ser mãe. Antoine, obrigada! Eu precisava de você. -Respirou fundo e então segurou a mão de Lalisa com força- Está acontecendo, amor. -Avisou-

Lisa: Está acontecendo! -Afirmou o que mais implorava para jamais dizer-

Jennie: Ele não está respirando, o coração bate..., mas ele não está respirando.

Lisa: Acho que é isso mesmo, Antoine. -Jennie acariciava o peito do bebê para tentar se confortar do que estava acontecendo- Pode parar de lutar, meu guerreirinho, já deu de sofrimento.

Jennie: Descansa, meu filho. Está doendo, mas vai passar..., só pare de lutar, por favor. -A mão grande de Lisa ajeitava cuidadosamente os cabelos escuros do seu little boy-

As 11:54PM ele começou a engasgar, o garoto suspirava forte até que não havia mais nada para fazer. Antoine respirou profundamente e finalmente agora se foi, se permitiu descansar depois de uma batalha de um dia inteiro. Ou quase isso. O coração já não batia, a respiração também já não acontecia e a cada segundo parecia ficar mais branquinho, estava pálido, frio, quietinho..., extremamente quieto.

Jennie: Ele se foi, amor! -Sussurrou soluçando alto-

Foi quase meia hora naquela bolha delas, apenas se olhando e tentando decifrar na outra o maior enigma da vida, o que fazer de agora em diante. Antoine veio para ser a cura delas e não foi errado, o erro maior da humanidade existente em nós, é achar que tudo é eterno e que as coisas não acontecem conosco e somente com nosso vizinho, o nosso maior erro é pautar a nossa cura na existência do outro. Nunca um pai cogita a morte do seu bebê, é óbvio e natural, mas na vida de Jennie e Lisa, elas foram as próprias vizinhas.

A vida é só um trem..., a cada segundo, a cada minuto, a cada hora, a cada dia pessoas entram e saem do vagão da vida para no final todos se reencontrarem no infinito e além, isto para quem acredita. Para quem em nada tem fé, tudo acaba ali..., naquele vagão que não tem dia, data ou hora para partir.

STOP: STAY (BLACKPINK)


Notas Finais


Será que teremos futura uma Aurora?

Ou deve ser Hope?

Jennie rejeitando Lisa?

Será que elas vão ficar realmente juntas?

Nayeon aparecendo na história?

Contagem regressiva já?

Isso e muito mais nos próximos capítulos de Kill This Love - Jenlisa


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