Eu havia me esquecido que ele estava esperando eu apertar sua mão e assim que eu me toquei e sai do transe apertei sua mão que esperava pela a minha.
Eu estava muito tímida e sem ao menos responder sua pergunta, ele se sentou
-Qual seu nome noona? – ele me encarava curioso.
-Noona? – disse confusa.
-Oh! Desculpe-me, eu nem sei sua idade e disse isso. Não queria lhe ofender – dizia desapontado.
-Não, tudo bem – sorri sem graça – me chamo Mery, Kang Mery e eu tenho 21 anos.
-Nossa, me desculpe mesmo. Eu sou mais velho que você, que vergonha – ele abaixou o olhar e eu ri – Yah! Não ria.
-Ok, ok – ri baixinho – bem e qual é sua idade, Park?
-Tenho 23 anos – ele sorria – a propósito, meus amigos e eu nunca te vimos por aqui. Você se mudou recentemente?
-Oh, não – sorri sem graça – eu apenas não costumo vir nesse horário.
- Ah sim. Bem, a gente sempre vem nesse horário que é antes da faculdade.
- Você está se formando em quê? – digo curiosa.
-Direito, mas eu queria mesmo era ser um policial – ele falou com um tom de tristeza – porém meus pais queriam que eu fosse um advogado de respeito – disse dando ênfase na palavra respeito – sabe como são as famílias tradicionais coreanas, né?
-Infelizmente eu não sei, ou felizmente – digo cabisbaixa.
-Porquê? – ele pergunta curioso.
-Eu não tenho família – ele me olha surpreso e já ia se desculpar, porém eu o corto – quer dizer, eu tenho, mas eles nunca se importaram comigo. Então não os considero minha família.
-Ah que triste, mas você não tem ninguém?
-Bem, eu tenho, eu moro com.... – meu celular começa a tocar.
Atendi imediatamente enquanto Jimin me encarava confuso.
-Alô.
-Mery? Yoongi pediu para você voltar – dizia Jk no outro lado da linha.
-Mas já não tinha acabado o meu serviço? – perguntei sem deixar nenhuma pista á Jimin.
-Surgiu um imprevisto. Onde você tá? Eu irei te buscar.
-Não precisa, estou com o carro. Já que eu chego ai.
-Beleza – ele desligou.
-Bem...é...Park.
-Pode me chamar de Jimin, Mery – disse o garoto a minha frente.
-Ok...Jimin, terei que ir. Meu patrão precisa de mim agora – falei me levantando.
-Tudo bem, é... nos vemos outro dia? – ele perguntou envergonhado e se levantando.
-Claro, porque não? – digo sorrindo – até a próxima – saio andando enquanto olhava pra trás dando um aceno rápido.
-ATÉ – ele grita acenando animadamente para mim.
Passo pela porta fazendo aquele tão famoso tilintar do sino que sempre soa ao entrar e sair do local, ando pelo estacionamento até o carro. Então entro e dou partida até o galpão.
Confesso que no caminho todo fiquei pensando na minha conversa com Jimin. Conversar com ele foi agradável e ele é tão fofo e meigo, espero o encontrar mais vezes.
Estacionei o carro em frente ao galpão e fui até o escritório de meu chefe, onde ele e Jungkook me esperavam sentados enquanto conversavam sobre algo aleatório e tomava um copo de uisque. Assim que notaram minha presença, Yoongi se levanta e me puxa para um abraço.
-Dormiu bem pequena? – ele pergunta em meu ouvido e quanto me aperta mais contra seu corpo.
-Sim, Suga – o respondo retribuindo seu abraço.
Eu não tenho um tipo de relacionamento meloso com Yoongi, até porque eu nem gosto dele, apenas o trato bem para que ele não tenha motivo para acabar com minha vida. Não sinto mais nem um terço de medo que eu sentia quando o conheci, até porque com o passar do tempo ele foi me ensinando a ser forte e não deixar que ninguém brinque comigo.
-Que bom – disse me soltando – sente-se.
-Não! Obrigada. O que aconteceu dessa vez? – pergunto cruzando os braços.
-Yoongi finalmente deu permissão para matar aquele cara – fala Jk bebericando sua bebida.
-Temos um outro cara em jogo. Ele anda me devendo bilhões, sempre me pedia empréstimos para bancar a família e a faculdade do seu querido filhinho – disse Yoongi se sentando em sua confortável cadeira.
-E vamos matar ele logo ou você pretende mantê-lo por um tempo?
-Por enquanto iremos mantê-lo. Seu filho está prestes a virar um advogado de sucesso e tenho certeza que se cobrarmos, ele irá salvar a vida do pai – Yoongi bebeu o resto de seu uísque – mas nunca digam seus nomes perto dele, ou até mesmo sem disfarce, não irei salvar ninguém se vocês vacilarem. Se ele for solto, vocês dois estão fudidos e eu não vou acobertar ninguém. Entenderam?
-Ok. Ele nunca te viu? – perguntei curiosa.
-Não – disse me encarando com desdém – eu sempre trato sobre meus negócios por celular ou mando algum imprestável fazer pra mim. Não seja tola Mery – permaneci calada.
-Ok, vamos atrás desse cara – disse Jk se levantando, o mesmo tinha se permanecido calado durante esse tempo todo – vamos Mery.
-Vamos – segui ele e descemos as escadas que levava até o andar de baixo do galpão.
-Você não deveria questionar muito Yoongi – dizia Jungkook sem parar de andar.
-E daí? A única coisa que ele vai fazer é me mandar calar a boca até ele se irritar e mandar você me matar – falo ainda o seguindo.
-Você sabe que eu não faria isso, não é? – ele para em frente ao carro e destrava as portas.
-Tanto faz – dou de ombros e parando em frente a porta do passageiro – acho que seria até bom – entramos no carro.
-Você é louca – ele ri.
-Talvez eu seja mesmo. Eu não tenho nada aqui, Jungkook.
-E eu sou o que agora? – ele diz sugestivo.
-Você é você – eu riu.
-Ok né – ele ri e liga o carro dando partida no mesmo logo em seguida.
E lá estávamos nós, fazendo aquele caminho que havíamos feito no começo da manhã, de novo.
Duas horas se passaram e chegamos ao barracão, saímos do carro e Jk pediu para que eu esperasse do lado de fora e assim fiz. Ouvi alguns disparos e depois de alguns minutos Jungkook sai pela porta carregando o corpo morto dentro de um saco preto.
-Tenho que me livrar dele, pode limpar a bagunça pra mim? – ele pediu sorrindo.
-Óbvio né, sempre sobra pra mim – digo cruzando os braços.
-Prometo te recompensar mais tarde – disse o mais velho colocando o corpo no porta malas – daquele jeito que você gosta – ele sorriu malicioso e entrou no carro logo dando partida.
-Eu realmente espero – disse para o carro que deixava rastros de poeira conforme andava.
Entrei no barracão e fui limpar o sangue daquele escroto.
-Até assim dá trabalho – digo resmungando.
Pelo menos não iria mais ver a cara daquele nojento e espero que o novo idiota não seja um velho masoquista e nojento.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.