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História KILLER - Jikook - Estar disposto.


Escrita por: StarAsMe

Notas do Autor


Já vou logo avisando que vocês vão passar raiva nesse capítulo
Mas calma
É necessário
Até as notas finais ♡♡♡

Capítulo 20 - Estar disposto.


Assim que percebi estar parado no meio daquelas árvores, lembro - me de obrigar minhas pernas à funcionarem antes que o Coelho resolvesse voltar, então corri daqui direto para meu quarto, fechando com dificuldade a janela atrás de mim. 

Naquela noite eu quase não durmo, a única coisa que se passava pela minha cabeça, era aquela sensação. Aquele misto de sensações que o outro tinha causado em meu corpo, o medo, a ansiedade, aquela vontade estranha. Que droga. 

Eu até fechei a minha janela durante à noite, porque não estava preparado para acaso o outro resolvesse aparecer ali. 

Mas como por mágica, no outro dia quando eu acordei, ela estava aberta, com a cortina balançando e chiando com o vento.

Depois eu procurei em cada canto do meu quarto algo, nem que fosse um daqueles bilhetes estranhos, uma foto, desenho, texto, a cabeça de uma pessoa. Mas não havia nada em lugar algum. 

Até fiquei mais aliviado, principalmente se pensar sobre a última possibilidade. 

Eu levantei cedo e fui para a escola, minha mãe havia saído mais cedo ainda, mas meu pai estava à todo sorrisos, o que só me fazia querer fazer uma careta de imaginar o porquê daquilo.

Recebi um beijo na testa e fui para a escola, quase me bato quando percebo não estar prestando atenção ao que o professor falava. Tudo o que se passava pela minha cabeça era o maldito Coelho assustador.

— Senhor Park, as janelas são mais interessantes do que minha matéria? — A voz do senhor reverberou por meus ouvidos, assustando - me. 

— Ah d-desculpe, eu.. — Tentei me desculpar, vendo o professor Kim revirar os olhos. 

— Não se explique, apenas preste atenção. Não vai querer um ponto retirado da sua média perfeita, não é? — Ele falou irônico e eu abri minha boca e fechei várias vezes, sem saber o que dizer.

Apenas neguei e abaixei a cabeça levemente, podendo vê - lo sorrir de canto de boca. Aquele homem era cruel, ninguém o suporta, talvez eu entenda o porquê. 

Sentia raiva, mas não era maior do que meu sentimento de impotência. Respirei fundo e suspirei, prestando atenção em suas palavras. 

O tempo se passou e tocou para a saída, eu apenas juntei minhas coisas na mochila e coloquei nas costas.

Fui em direção à porta, por onde a maioria já tinha saído, não restavam dois alunos ali, até Taehyung tinha saído, ele parecia apressado. 

Mas uma mão rude me para, quase derrubando - me. 

— Senhor Park podemos conversar? — A voz daquele homem foi ouvida, virei - me para encará - lo, tirando com cuidado sua mão de meu braço. 

— Sim, senhor Kim. — Falei, me preocupando em forçar um sorriso. 

— Não me leve à mal, mas preciso falar das suas notas. — Ele disse e eu concordei, franzindo o cenho com suas palavras. — Sei que pretende ser médico como sua mãe. — Ele começou, mas, como sabia daquilo? Ele olhou ao redor, parecendo se certificar que agora aquela sala estava vazia. Olhou - me nos olhos e abriu um sorriso cruel, não entendi o motivo. — Mas para ser tão renomado quanto ela, precisa das melhores notas. — Ele disse e eu concordei.

— Estou ciente disso, Senhor. — Disse, não entendendo onde ele queria chegar com aquela conversa. 

O homem dos cabelos grisalhos olhou para o lado e depois para mim. 

Vi sua mão se erguer até a altura dos cabelos loiros que quase cobriam minha visão, afastando - os levemente. 

— Sendo direto, eu estou disposto à te ajudar com isso, posso até conversar com outros professores e fazer eles lhe darem as melhores notas. — Ele disse, sorrindo contido e estranho. 

— Acho que minhas notas estão boas o suficiente sozinho, mas agradeço. — Disse e tentei um sorriso, mas não foi o que saiu. 

Não gostava do tom daquela conversa.

O outro respirou fundo, sua mão segurou meu queixo com certa força e eu franzi as sobrancelhas.

— Você não me entendeu. — Ele disse, aproximou - se um passo. — Estou lhe oferecendo uma proposta irrecusável, sua mãe deve ter aceitado algo assim quando foi a vez dela. — Insinuou e sorriu nojento, não gostava mesmo do seu tom. — Mas saiba que as coisas não são feitas de graça. Se você estiver disposto à... — Parou, sorrindo. — Me ajudar. — Murmurou essa parte. — Estarei disposto à ajudá - lo também. — Ele terminou.

Eu arregalei meus olhos ao pensar que tinha entendido o que ele queria dizer. Tirei sua mão do meu queixo e me afastei vários passos, criando uma boa distância dele, que fechou a cara. 

— Não estou disposto. — Afirmei firme, sentia meu estômago borbulhar em nojo, queria vomitar. 

O homem de expressão emburrada depois de ombros, cruzando os braços. 

— Como quiser. Seja um fracassado. — Disse ácido e eu senti a raiva subir por meu corpo, criando um bolo em minha garganta.

Sai quase que correndo daquela sala, sentia tanta coisa ao mesmo tempo. Passava a mão fortemente pelo meu queixo, em tentativa de anular aquele seu toque ali, meu estômago revirava e revirava, sentia meus olhos quererem lacrimejar de raiva. 

Como ele pode propor isso?

Nessa correria pelos corredores vazios, bati de frente com um corpo grande, que por pouco me segurou em seus braços, não me deixando cair no chão.

Ao levantar meu olhar, vi o professor Jeon. 

Sua expressão era tão assustadora e fria que fez meu corpo amolecer mais em seus braços, assim como um calafrio subiu por minha espinha. 

— D-desculpe, não o vi. — Murmurei, me afastando de suas mãos, que não pareciam querer me soltar no começo.

O moreno nem mesmo abriu a boca, continuava parado e estático, o que me fez estranhar e me afastar mais alguns passos. 

— E-estou indo. — Disse baixo, o rosto alheio nem ao menos formava expressão alguma. 

Confuso sobre tudo aquilo, passei por si. Por algum motivo esperava que me parasse, mas não foi o que aconteceu. 

Ignorei aquilo e corri para fora da escola, ainda sentindo todos aqueles sentimentos ruins dentro de mim. 

Talvez o Coelho tenha razão quando disse uma vez que as pessoas não valem o esforço, talvez ele só tenha conhecido pessoas como o Kim. 

Homens como o senhor Kim não deveriam existir. 

Pensando isso, sigo sozinho, em direção à minha casa.



Notas Finais


Lembram quando o Jeon disse que queria levar o Jimin para o mundo dele?
Nha
Não morram, daqui a pouco posto o próximo, Coelho/Jeon nem falaram nesse capítulo, mas calma que no próximo ele brota.
Até o próximo sksjs ♡♡


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