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História KILLER - Jikook - Ter forças para ir adiante.


Escrita por: StarAsMe

Notas do Autor


Manas, desculpem, sério, esse capítulo tá mais do que tenso, tá doente
Então, estômago fraco, tem cuidado
Até as notas finais.

Capítulo 25 - Ter forças para ir adiante.


Antes que eu tivesse tempo de associar direito suas palavras, vejo o homem se mover mais para perto de mim, sua mão que antes segurava meu rosto me soltou, assim como não me tocava mais. 

Então ele enfiou sua própria mão em seu bolso, tirando de lá uma espécie de pano preto, que não parecia ser nenhum pouco transparente. Nisso, dobrou o pano numa quase faixa e elevou até a altura dos meus olhos. 

Franzi o cenho, me afastando um passo e levantando as mãos. 

— O que irá fazer? — Perguntei meio confuso, o outro agora me encarava. 

— Não achou que deixaria você ver até chegarmos lá, achou? Não vamos estragar a surpresa. — Disse rouco, o mistério em sua voz me deixava curioso, mas ao mesmo tempo, assustado. 

Estava indeciso se permitiria aquilo, baixei a cabeça pensando nas possibilidades daquilo ser uma espécie de cilada. 

Mas droga, se fosse uma cilada, por que não à fez muito antes? Ele teve tempo. 

Meio distraído com meus pensamentos, notei o moreno parecer bufar em descontentamento e se aproximar, logo tapando minha visão antes que eu pudesse lhe contestar. 

Levei minhas mãos até seus pulsos, segurando levemente, na tentativa de impedir aquilo caso ele apertasse demais ou desse algum sinal que fizesse meu corpo ficar em alerto. 

Lembro de Namjoon Hyung, e os instintos realmente podem salvar minha vida.

Podia sentir as batidas de seu coração, eram quase paradas de tão calmas. 

O outro não faz nada, apenas amarra um nó atrás de minha cabeça, não aperta tanto nem nada, mas o pano era tão escuro, que não conseguia ver mais nada por culpa dele. 

Senti uma respiração pesada próxima ao meu rosto, então minhas bochechas arderam, ele não iria sair comigo? Isso está ficando desconfortável. 

Mas levando em conta sua respiração, ele provavelmente tinha tirado a máscara. 

— Então é assim que você se manteve à sua vida inteira querido, de olhos vendados. — Ele disse, algum sentimento era notável em sua voz grossa e estranha, mas eu não sabia qual que era. 

Não soube lhe responder, então senti uma mão agarrar meu pulso. 

— Apenas siga os meus passos, que você poderá finalmente enxergar. — Ele disse e eu confirmei com a cabeça.

Sentia - me estranho demais para falar algo.  

Então ele saiu me puxando por aquela sala, ou para mim, aquela escuridão total, meus passos eram um pouco atrapalhados, mas eu estava conseguindo lhe acompanhar.

Ele abre a porta e me puxa para fora, porque senti o vento frio da noite bater em meu rosto. Escuto a porta ser fechada e então ele me arrasta pelo gramado macio de pisar. 

Até ele parar e eu ouvi algo como uma porta de carro sendo aberta. 

— Entre. — Foi tudo o que ele disse, então lhe obedeci. 

Apalpando o veículo para não acabar batendo meu corpo no mesmo, consegui me por sentado no canto confortável. 

Logo a porta é fechada e escuto passos rodearem o carro. Ele entra e o liga, me atento ao seu corpo quase debruçado sobre o meu enquanto põe meu cinto. Logo ele liga e sai dali.

Encostei minha cabeça ali perto, pensando. Poderia estar seguindo aquele caminho direto para a minha sepultura. 

Eu sabia era bem provável que o Coelho estivesse apenas me levando para algum lugar para me matar, todos pensariam o mesmo em meu lugar. Mas eu sentia algo, sentia que precisava saber, e essa droga de pensamento não me permitiria desistir antes de saber tudo. 

De entender as coisas sem sentido que ele repetia, de poder ver o ponto de vista da sua maneira, ou de saber qual era o rosto por detrás daquela máscara de coelho assustadora. 

E o porquê de tudo isso ser comigo.

O carro para e eu percebo que provavelmente tinha ficado pensando por tempo demais. Ouço uma música de fundo alta, como as que tocam em festas. Ele havia me trazido para uma festa? 

— Onde estamos? — Perguntei cego, e ouvi uma risada soprada ser ouvida. 

— Estamos na parte número 1. Há cinco delas. — Ele disse aquilo baixo e rouco, quase que murmurando. 

Ouvi travas sendo desligadas e logo a porta ao meu lado foi aberta.

— Quero que tire sua venda, saia do meu carro e entre dentro daquele edifício. Não olhe para trás em nenhum momento, quando terminar, se conseguir ainda, coloque de volta sua venda e venha para fora. — Ele explicou calmamente, nem parecia a voz da pessoa que não sabia falar uma frase como uma pessoa normal falaria. 

— Você... Não vem comigo? — Perguntei meio confuso. Estava receoso, não vou mentir.

Com aquela venda, era difícil saber suas reações. 

— Não deixe que ninguém lhe veja, Park Jimin. — Disse sério, estava me assustando. 

Confuso e meio sem entender, concordo, apalpando a porta ao meu lado até a mesma se abrir, então com cuidado me pondo para fora. 

Lá mesmo tirei aquele pano que cobria meus olhos, assim vendo em minha frente uma festa, daquelas de adolescentes. 

Perguntaria ao homem o porquê daquilo, mas ele disse que não deveria olhar para trás, então guardei o pano em meu bolso e sai em direção à casa, sem nem ao menos olhar o veículo por onde sai. 

Qual o propósito daquilo? Eu não fazia idéia, mas se para descobrir teria que enfrentar uma festa, eu enfrentaria. 

Ando calmamente até alcançar a entrada daquela casa, gente bêbada com copos coloridos em mãos era tudo o que eu podia ver, mesmo no jardim frontal da casa.

Ignorei e continuei andando até entrar na residência de porta escancarada. Mais pessoas, todas amontoadas e o cheiro de bebida era forte, tanto que, enjoava meu corpo.

Eu olho para os lados confuso, parado ali no meio, mas antes que ficasse ainda mais confuso, vejo uma cabeleira castanha que eu conhecia, sentado no bar. 

Aquele era Namjoon? 

Tive o impulso de ir até ele e lhe cumprimentar, mas logo as palavras do Coelho vieram em minha mente, quando ele pediu para que não fosse visto. Não deveria ser visto por Namjoon? 

Ignoro tudo aquilo e continuo ali, sendo empurrado de vez em quando pelas muitas pessoas que me cercavam. 

Notei então que ele conversava com um garoto ao seu lado, muito bonito por sinal, lábios fartos e sua pele parecia porcelana. Mas este já parecia estar no centésimo copo, rindo de tudo e parecendo estar quase caindo por cima de meu amigo, que apenas conversava consigo sorrindo, não parecia bêbado. 

Franzi o cenho ao ver os dois se levantarem, então rapidamente fiquei de costas e me enfiei mais sobre as pessoas que apertavam e apalpavam meu corpo, tentando não pensar muito nos toques indesejados, olho para trás à tempo de ver os dois sumindo enquanto subiam uma escada.

Curioso, consigo depois de alguns minutos me livrar das pessoas ao meu redor e vou na mesma direção em que os vi indo, subi aquela escada com cuidado para não ser ouvido, vendo um corredor com vários quartos e apenas isso naquela área. 

Encosto na primeira porta e ela se abre, revelando o quarto vazio, a segunda porta estava trancada, mas colocando o ouvido na mesma, podia - se perceber que também estava vazio. Agora a terceira porta, estava apenas encostada e alguns barulhos estranhos vinham dela. 

Como não aguentei minha curiosidade, acabei por abrir um pouco apenas e espiei por dentro. Na hora o meu estômago se contorceu e o vômito subiu por minha garganta, assim como meus olhos manejar marejaram. 

Namjoon estava deitado por cima daquele rapaz lá de baixo, as roupas ainda pareciam vestidas em seu corpo, mas a do garoto estavam espalhadas pelo quarto, o outro parecia inconsciente e meu amigo estocava dentro dele.

Assustado e com as lágrimas que desciam de meu corpo, fui na direção de abrir a porta, mas um corpo me puxou para trás. 

O meu próprio corpo tremia e eu sentia que desmaiaria ali mesmo, o corpo me virou rapidamente de frente e forçou meu rosto contra seu peito e eu instintivamente lhe abracei sem nem ao menos ver seu rosto. 

— P-p-precisamos a-judar... — Eu pedia tão baixo que eu mesmo não ouvia minha voz, soluçando à cada palavra. 

— Ele já fez, vamos embora daqui. — Era a voz do coelho, sombria e baixa, carregada da mais pura raiva. 

Olhei para a fresta à tempo de ver meu ex amigo sair de dentro do outro e se jogar na cama ao seu lado. 

Não conseguia me mover ou parar de chorar, o corpo do homem que eu abraçava começou à se mover rápido, quase que me carregando, até as escadas e para fora daquela casa.

Assim que cheguei no jardim, meu corpo tremeu e eu me joguei no chão, vomitando tudo o que tinha comido durante o dia ali. Chorava e soluçava baixo, quase inaudível. 

Quando terminei, ajoelhado naquele chão, senti o corpo alheio se ajoelhar atrás do meu, sua mão se enfiou no meu bolso e tirou aquele pano, enxugando minhas lágrimas e logo depois amarrando com cuidado aquilo ao redor dos meus olhos.

Ele levantou e me levantou também, não sentia força em minhas pernas, meu corpo estava em choque. Nunca imaginaria aquilo.

O outro limpou o canto da minha boca e me carregou até seu carro, colocando - me no banco do passageiro e logo após o cinto, para entrar e se por do meu lado. 

O silêncio não era nada comparado à aquela coisa amarga que subia em meu interior, matando uma parte de mim. 

— Acha que tem forças para ir adiante? — Ele perguntou baixo, sua voz não era incisiva, era apenas neutra. 


Não pude lhe responder, apenas confirmei com a cabeça e deixei meu corpo mole se render ao sono súbito que me invadiu. 

Ele tinha razão, eu nunca mais seria o mesmo. 


Notas Finais


Amo o Namjoon, apenas coloquei ele nisso porque ele e Taehyung são amigos do Jimin, e todos os que rodeiam eles tem alguma parte podre
Nesse caso, completamente podre.
Esse capítulo tá tão pesado, que eu não vou responder os comentários do capitulo anterior, okay?
De novo, desculpem.

O próximo sai ainda hoje.


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