Nono capítulo
Lily
O lugar onde Lily morava era o mais perfeito para se educar um filho. Cheio de árvores, um grande espaço para brincar, uma escola não muito longe dali, e o clima da cidade não era nada ruim. Perfeito para uma mulher jovem de 16 anos morar com sua filha, após ficar viúva.
A viagem não demorou muito, mas leva-se em conta o fato Jared estava simplesmente correndo na estrada. Eles logo pararam em frente a uma pequena casa de madeira, branca e se percebia que ali era um lugar super bem organizado. Jared buzinou e, em pouco tempo, viram Lily e sua filha paradas à porta. Lily tinha um sorriso deslumbrante, segurando sua pequena filha pela mão. A pequenina tinha os cabelos claros e um vestido branco com sapatos da mesma cor complementava a aparência angelical da criança.
Jared e Margot saíram sorridentes do carro. Dando um ar de irmãos muito felizes. Jared se dirigiu até a jovem na porta, sendo seguido por Margot.
— Olá. — Lily disse, visivelmente tímida.
— Sou Jared. — Ele disse, mesmo sendo desnecessário.
— Eu sei. — Ela afagou um riso. — Bem, essa é minha filha, Maddison. Diga oi, Maddie.
A pequena apenas se recolheu para mais junto da sua mãe, escondendo-se do casal estranho em sua casa.
— Olá, Maddie. — Jared agachou-se, ficando na altura da menina. Ele abriu um lindo sorriso, sabia que se cativasse a criança, ganharia vantagem em conquistar a mãe.
A pequena loirinha soltou da mão da mãe e sacou um papel que segurava atrás das costas.
— Esse é um desenho que eu fiz. Essa é a mamãe, essa sou eu e esse é você. — Ela estendeu o papel para Jared, revelando linhas tortas e homens palito. Dois de vestido e um com terno. A maneira que disse de forma tão articulada, não muito normal para sua idade, surpreendeu Margot e Jared.
— Que talentosa.— Margot exclamou, olhando para o desenho da menina. Lily lançou um sorriso para Margot, que retribuiu
Jared sorriu novamente, e Maddie o abraçou, a pedido da mãe, que queria que a filha fosse a mais simpática possível
—Oh. Obrigado. — Jared riu, sem estar esperando pelo abraço.
— Posso te mostrar meu quarto? — Ela perguntou animada. Seus olhos brilharam e Jared não poderia negar, tanto pelo plano, quanto pela espontaneidade de Maddie.
— Claro que pode. — Jared se levantou e pegou a menina no colo, os dois se dirigiram para dentro da casa. — Por esse caminho? Ok então vamos. Você tem algum bichinho, um cachorrinho, algo do tipo? — Jared dizia para ela, conforme passavam pelos cômodos, em direção ao quarto.
— Você deve ser Margot. — Lily sorri para a mesma, estendendo sua mão.
— É um prazer conhecer você, Lily. — As duas apertam as mãos delicadamente.
— Significa muito para mim, para nós, você ter deixado seu trabalho como enfermeira para vir até aqui com o Jay.
— Por favor, o prazer é todo meu, é muito bom dar um rosto para tudo o que Jared falou. — Margot atuava muito bem. Mesmo que sua simpatia pela moça talvez pudesse ser real.
As duas adentraram o local e Margot pôde conhecer um pouco mais sobre a vida simples de Lily e sua filha.
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Já havia feito alguns dias que Margot e Jared chegaram a casa de Lily . Jared e Maddie se relacionavam muito bem, e a menina adorava os novos tios. Talvez ter Maddie ao seu lado, fizesse com que Jared matasse a saudade do filho. Lily e Margot se tornaram grandes amigas, e começam a dividir as tarefas de casa – insistência de Margot, parte pelo plano.
Margot estava gostando de ficar lá, assim como aprendeu a gostar de Lily e Maddie, mesmo que seu ciúme por Jared ainda a fizesse sentir certo desconforto ao vez Jared e Lily juntos. Ela estava tentando se controlar, e a primeiro momento, tudo deu certo.
Aquela tarde estava quente e perfeita para fazer alguma atividade ao ar livre. Após Lily pendurar as roupas no varal, ela e Margot ficaram sentadas em uma pequena mesa, tomando chá gelado e conversando. Jared e Maddie estavam sentados no balanço.
— Você é uma menina muito simpática. — Jared dizia para Maddie, que estava ao seu lado, sentada no balanço.
— Obrigado, tio Jay.— A menina respondeu.
— Ah, que vida boa, não? — Lily suspirou para Margot, que estava sentada na cadeira de balanço, com seu olhos fechados e sentindo a vitamina D entrando por seus poros.
— Quem diria que ele iria ter jeito com crianças. — Margot olhou para o balanço atrás delas, onde Jared e Maddie brincavam de tentar derrubar um ao outro do balanço. A imagem de um Jared violento, como era a maioria das vezes, era completamente oposta naqueles momentos em que estava com Maddie. Fazendo Margot soltar um sorriso amargo no rosto.
— É realmente incrível. Eles realmente se apegaram um ao outro, sabe? — Lily ficou sorridente. Para ela, Jared supria todas as necessidades da menina por ter tido um pai ausente. — Ela nunca conheceu seu pai.
— Não?
— É. Ele morreu pouco tempo antes de dar a luz. Foi um período difícil. Não conseguia cuidar da Maddie da maneira que deveria. Depois disso, eu percebi que teria de ser somente eu e ela. E eu sou muito grata por vocês. — Ela desviou o olhar para Jared, que agia como uma criança no balanço. Ela voltou sua atenção para Margot, e segurou sua mão delicadamente. — Obrigada.
Lily se levantou e foi até as "duas" crianças no balanço.
— Sabe, eu conheço uma mocinha que precisa de uma soneca. — Ela disse de uma forma teatral, com as mãos na cintura, parada ao lado do balanço.
— Ah, mamãe, agora que estava ficando legal. — Maddie choramingou, chateada.
— Agora, mocinha.
— Seja uma boa menina, Maddie. — Jared se levantou do balanço e pegou a menina em seu colo. — Nossa, você está pesando uma tonelada. — Ele brincou, arrancando uma gargalhada da criança.
Ele entregou Maddie para Lily, e antes delas se retirarem, Jared roubou um beijo quente de Lily. Margot revirou os olhos.
— Jay, você vai no mercado como disse? — Lily pergunta alto, já na porta de casa.
— Sim, vou.
— A lista de compras está na bancada da cozinha.
— Ok! — Jared assente com a cabeça para Lily, já no interior da casa, distante.
Lily lançou um beijo no ar e Maddie acena para Jared. Ela deixaria Maddie na cama.
Jared foi até Margot, que não se importou em ao menos olha-lo no rosto.
— Ora, ora, ora. — Ela cruzou os braços e abriu um sorriso cínico.
— O quê? — Ele pergunta ríspido, bebendo um pouco de água que estava na mesa. Ele sabia que Margot começaria com mais um ataque de comentários sarcásticos.
— Não se apegue muito, Jared. Nunca se sabe quando as coisas irão mudar.
— Sério? Mas talvez eu esteja pronto para uma mudança.— Ele coloca o casaco, a caminho do mercado, como Lily pediu.
— Você, a Dona Benta e a pirralha? — Margot ri, sem humor — Eu já até consigo ver isso. Você construindo a cerca nova, acenando para a vizinhança e colocando a merda da estrela no topo da árvore de natal, hm? Isso seria ótimo.
— Talvez seria mesmo. — Ele aproximou seus rostos e sorriu cínico, entrando em seu jogo de provocação.
— Vocês estaria pirado em uma semana e imploraria para que eu voltasse. — Ela retribuiu o sorriso, e limpou seus ombros de uma poeira que nem ali estava. — Mas, o verdadeiro problema aqui, Jared , a verdadeira razão de que isso nunca iria funcionar é o simples fato de que você não é bom. Você é podre por dentro. E vai acabar levando elas para a miséria com você. E sabe disso.
Ela dá as costas para ele e volta para a casa.
— Ah, não se esqueça de ir ao mercado.— Margot grita para ele, com uma voz doce.
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