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História Kismet - Capítulo Quatorze: É Tarde Demais


Escrita por: SagitariusBitch

Notas do Autor


Olá pessoas!!! Espero que não tenham me abandonado devido à demora. Acontece que as coisas estão mais agitadas na faculdade e acabo tendo menos tempo para escrever. Por isso posto menos, se não acabarei sem material.
Enfim... Espero que gostem do que está por vir, não é o momento mais esperado, mas é algo que sei que muitas de vocês andam esperando.
Aproveitem.

Capítulo 15 - Capítulo Quatorze: É Tarde Demais


Fanfic / Fanfiction Kismet - Capítulo Quatorze: É Tarde Demais

Henry passou todo o curto caminho da boate até seu apartamento em silêncio e olhando pela janela do carro, não se incomodou em tentar explicar qualquer coisa a Jenny ali. Conversariam quando chegasse em casa. Ao chegarem ao apartamento, ele abriu a porta e ela entrou na frente. Ele ainda trancava a porta quando sentiu algo passando bem próximo à sua orelha. Olhou para o chão e viu o belo bracelete de brilhantes que tinha dado à Jenny no chão. Abaixou-se e pegou-o com calma, aquilo era um péssimo sinal. Não que achasse que a conversa seria fácil, mas pelo jeito seria pior do que imaginara. Virou-se lentamente, apenas para se deparar com uma mulher que estava visivelmente ferida e furiosa. Respirou fundo e falou com o máximo de tranquilidade.

- Por que jogou isso em mim?

- Você sabe muito bem o porquê. – Jenny bufava, estava com ódio e seu corpo tremia. Queria gritar e chorar, mas não faria nenhum dos dois. – Há quanto tempo você tem um caso com aquela mulher, Henry?

- Que mulher? Eu não tenho caso com ninguém. Você está maluca. – Retrucou ele.

- Não se faça de desentendido e nem me tire como idiota. Há quanto tempo?

- Jenny, eu não tenho caso com ninguém. Eu nem sei de quem você está falando. – Ele se aproximou dois passos dela, que deu dois passos para trás.

- Eu vou reformular a frase. – Ela falou sarcasticamente. – Há quanto tempo você me trai com a Natalie, Henry?

- Você só pode estar ficando louca! De onde você tirou isso? Eu mal conheço aquela mulher. Jenny, não faz isso. Você não é esse tipo de mulher maluca. – Ele falou cinicamente. Não queria mentir, mas não queria falar a verdade, tampouco.

- Henry, você passou o tempo todo de mal humor. Você olhava pra ela com o Ethan como se quisesse matar alguém. Eu te conheço o suficiente para saber que você estava com ciúmes. Então para de me tirar de idiota e me diz. O que está acontecendo entre você e essa tal Natalie?

- E eu já disse que mal conheço aquela mulher. Eu estava com dor de cabeça, por isso estava de cara fechada. E o Ethan estava ali, largando a Emily que foi como companhia dele. Por isso eu estava com a cara fechada. Não está acontecendo nada entre mim e ela. E se você insistir nisso, eu vou ter certeza que você está maluca. – Mais uma vez mentiu e nem ele entendia o porquê. Afinal de contas, seria muito mais simples falar a verdade.

- Nunca mais, você está me ouvindo bem? – Ela andou na direção dele com o dedo indicador em riste. – Absolutamente, nunca mais na sua vida ouse me chamar de maluca.

- E o que você quer que eu diga. Você surta do nada, está imaginando coisas. Quer que eu ache que você não enlouqueceu?

- Henry Davies... entenda o seguinte. Eu terminar com você a esse ponto, é inevitável. Mentir pra mim só vai piorar. Agora, se continuar me chamando de louca, além de tudo eu vou perder o respeito que tenho por você. – Os olhos de Jenny estavam frios como duas pedras de gelo, seus lábios volumosos estavam pálidos e finos de tanto que ela os contraía. Estavam agora frente a frente, o dedo dela quase no rosto dele. – Então, eu vou perguntar mais uma vez. E se você ousar me chamar de maluca ou mentir pra mim, eu vou enfiar a mão na sua cara, para você entender que eu não sou idiota. – Ela chegou mais perto, porém ele não se mexeu. – Você conhece a Natalie, não tem como negar. Você a olhava com desejo e ao Ethan com ódio. Não tem como negar. E eu posso ser loira, mas estou muito longe da piadinha clichê de ser burra. Me diz de uma vez. Desde quando você tem um caso com a Natalie?

- Eu não tenho caso nenhum com a Natalie. – Ela falou resignado.

Foi instantâneo. Ao ouvir aquelas palavras Jenny não se controlou e sua mão voou direto na face esquerda de Henry, que mesmo com o aviso prévio, não esperava que realmente acontecesse e não conseguiu evitar o impacto. O tapa fez com que Henry virasse o rosto, o som foi alto e estalado. A palma da mão de Jenny ficou vermelha. Tão vermelha quanto a marca no rosto dele.

- Eu mandei não mentir pra mim. – Jenny soltou as palavras com ódio.

Finalmente o grito que vinha segurando desde a boate saiu de sua garganta. Seus olhos estavam em fúria. Ela começou a distribuir tapas no peito de Henry. Ela batia nele e o empurrava com força. Ele teve que segura-la pelos finos pulsos para fazê-la parar. Apesar de tudo, não estava com raiva pela agressão, seu olhar era triste. Ele respirou fundo e falou resignado:

- Para de me bater e me escuta.

- Me solta, ou eu vou começar a gritar. – Falou entre dentes.

- Só se você prometer que não vai mais me bater, que vai sentar e vai me ouvir. Temos que conversar com calma. – Insistiu ele.

 

Jenny bufava, mas parou de se debater e apenas concordou com um aceno de cabeça. O que fez com que ele a soltasse. Ela afastou-se dele e sentou-se na poltrona, não queria sentar perto dele. E no espaçoso sofá ele tentaria e aproximar.

- Então... pode falar!

Henry olhava os movimentos de Jenny e sentia todo o peso do que tinha que falar e da dor que causava nela. Aquela garota linda sempre foi calma, sorridente e controlada. Ele agora via lágrimas se formando em seus olhos, olhos que o encaravam com ódio. Ódio no lugar onde até algumas horas atrás ele via amor. Respirou fundo, foi até o bar e serviu uma dose de Whisky para os dois. Caminhou até o sofá, entregou um dos copos a ela e acomodou-se. Ele a olhava e começou a falar calmamente.

- Como eu disse antes, eu não tenho e nem nunca tive um caso com a Natalie. Eu a conheci em Viena, aproximadamente, três meses atrás em um café. Nada aconteceu na ocasião, mas eu me senti atraído e mexido com ela. Por isso eu voltei mais duas vezes, mas em nenhuma das duas vezes consegui encontrá-la. Eu ainda não sabia que ela trabalhava pra mesma empresa que eu. Eu nesse tempo pensei em terminar com você várias vezes, mas acabei desistindo de procura-la. E, no final das contas, eu estava feliz com o que eu e você tínhamos. Mesmo que eu tenha me comportado como um idiota nos últimos meses. – Ela o encarava, os olhos cada vez mais marejados, e isso o destruía por dentro. Quando decidiu namorar Jenny, não sabia se daria certo, mas tinha prometido a si mesmo fazer de tudo para nunca machucar aquela garota. Afinal de contas, ela era só uma menina. Ele bebeu um gole do Whisky e prosseguiu. – Eu estava decidido a cultivar o que tínhamos e cheguei a comprar o anel para te pedir em casamento. Ia fazer isso no almoço com seus pais, amanhã. Porém as coisas não saíram como planejado. Eu sabia que segunda-feira receberíamos a psicóloga que faria as avaliações e sabia que ela não era de Londres, não me preocupei muito com isso. Mas ao chegar ao escritório dei de cara com a Natalie e as coisas ficaram confusas. Como eu já estava decidido a esquecer tudo, tentei ser profissional, ela também. Mas em algum momento acabamos nos beijando. E foi tudo muito intenso, acabamos brigando depois do beijo. E justamente porque eu ainda estava com você. Eu larguei tudo e voltei pra casa, pensei muito em tudo o que vinha acontecendo e decidi que não poderia mais te enganar e nem me enganar. Eu me apaixonei por outra pessoa, uma pessoa que eu realmente mal conheço e que só beijei uma vez. Mas me apaixonei de tal forma que não poderia continuar com tudo isso. – Ele não suportava mais sustentar o olhar da bela loira, que a essa altura chorava em silêncio. – Eu estava decidido a terminar tudo naquele dia, quando fui ao seu apartamento, foi justamente para isso. Mas as coisas saíram do controle. Acabamos transando e eu desisti. Tentaria mais uma vez esquecer a Natalie, tentaria mais uma vez fazer dar certo com você. Eu não a vi mais a semana toda, até hoje na boate.

Jenny aceitou a bebida que Henry lhe ofereceu e a bebeu de uma vez, deixando o copo na mesa ao lado. Ela ouvia tudo o que ele tinha a dizer pacientemente, as lágrimas caíam conforme ele falava. Estava incrédula. Apesar de tudo nunca imaginou que Henry pudesse machuca-la de maneira tão cruel. Ela sempre achou que se eles terminassem um dia, seria porque ficaram entediados. A traição, ser colocada como segunda opção, tudo o que saía da boca dele a deixava mortificada e com ódio. Respirou fundo e soltou o ar devagar, falou com calma.

- Quer dizer que na segunda-feira, quando você foi ao meu apartamento e transou comigo como não fazia há tempos, você tinha ido terminar? Você tinha beijado, e te conhecendo bem, não só isso, outra mulher naquele dia? E passou o dia todo pensando nela e em terminar comigo, só para no final das contas me usar como um depósito das suas frustrações? Alguém completamente descartável? Daí ficou com remorso e decidiu que me daria mais uma... como você chamou mesmo? Chance? Uma segunda opção?! Um prêmio de consolação de segunda mão? – Por mais que tentasse manter a calma, as palavras saíam tão violentas quanto as ferroadas de uma vespa. Ela, no entanto, manteve a compostura e levantou-se com calma. – Pois saiba que eu não vou me prestar a esse papel. Não mais. Como eu disse antes, eu terminar com você a essa altura era inevitável. Eu vou embora pro meu apartamento. Quando sair para trabalhar na segunda me mande uma mensagem, pois eu virei buscar minhas coisas e depois mando minha secretária entregar as chaves no seu escritório. – Ele se manteve de cabeça baixa, não conseguia encara-la. Aquilo a fez sentir nojo. Ele estava patético, muito distante do homem que ela amava e costumava admirar. Afastou-se com graça e foi até a porta, já a tinha aberto quando parou e olhou para trás. – E Henry... A mim você com certeza perdeu. E o Ethan é um cara incrível, começo a achar que um homem muito, mas muito melhor que você. Espero que ele tenha terminado a noite na cama da Natalie, ou ela na dele. E que você acabe completamente sozinho, para aprender a ser um homem de verdade e não um moleque canalha que acha que pode brincar com quem quiser, a hora que quiser. – Ao terminar de falar, ela não esperou resposta, apenas saiu e bateu a porta.

Henry ouviu cada palavra dita por Jenny com pesar, sabia que a tinha magoado e aquilo o feria, pois nunca fora sua intenção. No entanto, as últimas palavras cheias de raiva, rancor e amargura proferidas por ela o deixaram petrificado. Ele a encarava boquiaberto quando ela bateu a porta, deixando-o parado sozinho, com um olhar vazio e ainda sentado no sofá. Até que ela falasse aquelas coisas, ele tinha esquecido completamente que Ethan e Natalie continuaram juntos depois que ele saiu. Imediatamente pegou o telefone e tentou ligar para o amigo, mas ele não o atendia. Várias chamadas perdidas depois recebeu uma mensagem que continha apenas um gif de conotação sexual. Normalmente acharia aquilo uma piada engraçada de Ethan. Contudo, dessa vez sentiu seu estômago embrulhar e o chão sair debaixo dos seus pés. Ethan estava com Natalie. Sua Natalie! E as palavras de Jenny corriam o sério risco de tornarem-se verdade. Henry pegou a garrafa de Whisky e levou-a junto consigo de volta ao sofá. Ela estava pela metade e ele a bebeu quase toda, ficando tão bêbado que, quando acordou no dia seguinte, não tinha ideia de como conseguiu forças para tirar a roupa e jogar-se na cama, embora tenha sido exatamente o que fez.



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