POV HARRY
Aos poucos, as pessoas foram indo embora e nós limpamos toda a casa, deixando-a como antes. Eu estou aliviado pela noite ter acabado bem, pensei que Louis e eu passaríamos por mais uma crise, mas graças a Deus entendemos um ao outro e tudo o que eu quero agora é ficar agarrado ao corpo dele pra sempre.
E aqui estamos nós, deitados na cama tentando recuperar o sono perdido.
Na verdade não posso dizer se realmente dormi ou apenas pisquei, mas quando me levantei da cama já eram quase 17:00. Fui para a cozinha e encontrei Niall e Zayn quase se comendo sentados à mesa. Caramba, parece que eles transam 24hrs por dia!
-Bom dia- falo, ainda com a voz grossa de sono.
-Bom dia, Harry- respondem os dois, pigarreando e esforçando-se para parecerem apresentáveis.
Eu vou em direção à geladeira e pego uma jarra de suco, me servindo das torradas com manteiga que os outros dois já comiam.
-Que hora vamos embora?- indago.
-Quando a Bela Adormecida do seu namorado acordar- responde Zayn, enquanto ainda mastigava uma torrada.
-Não queria voltar pra casa- murmuro em tom baixo.
Neste momento, sinto mãos pequenas agarrarem meus ombros e depositarem um beijo no topo de minha cabeça.
-Bom dia, princesa- ouço a voz doce do Louis sussurrar no meu ouvido.
-Bom dia, Boo- respondo num sorriso e o menino se senta ao meu lado- você não precisa voltar pra sua casa. Pode ir pra minha.
-Isso é mais um dos seus pedidos pra eu ir morar com você?- indago, erguendo uma sobrancelha.
-É sim. Diga agora ou cale-se até a próxima vez em que eu pedir!- fala ele, dando sua legítima piscadinha safada.
-Não posso sair de casa assim Lou!- nego, erguendo uma mão para acariciar seu rosto.
-Tudo bem, mas eu sempre vou te fazer essa pergunta!
Ri e me inclinei para beijá-lo. Ouço os outros dois fazerem barulhos de ânsia atrás de mim.
-Vamos embora, please?- pede Niall.
Louis e eu nos separamos.
-Vamos- concorda ele- vão indo pôr as malas no carro- ele manda e o casal se retira da cozinha, nos dando mais alguns minutos de privacidade.
{...}
Algumas horas depois, eu estava são e salvo em frente ao meu apartamento. Agradeço aos meninos e me despeço, entrando no prédio em seguida. Subo até meu andar e respiro fundo antes de entrar.
-Nossa, pensei que tinha morrido afogado!- Gemma exclama- mas é claro que eu não iria ter tanta sorte.
-Obrigado pela recepção- digo ironicamente- cadê nossos pais?
-A mãe saiu e o pai está dormindo- explica ela.
-Não sei como você consegue chamar esse homem de pai! Ele me odeia...
-Te odeia porque você tem mais roupas femininas do que eu!- ela solta uma gargalhada.
Eu reviro os olhos e vou direto para as escadas, entrando em meu quarto em seguida. Respiro o cheiro familiar, mas não reconfortante, e depois de guardar minhas coisas em seu devido lugar, me joguei na cama.
Por mais que tenha passado 4 dias inteiros junto dele, eu só conseguia pensar em Louis. O cheiro dele me era reconfortante e sempre me fazia sentir em casa. Eu sinto que ele é capaz de me acolher exatamente da maneira que eu sou, sem máscaras e disfarces. E isso mexe muito comigo.
Me faz pensar, nem se for por um segundo, que eu posso jogar tudo pro ar e ser quem eu realmente quero ser; fazer as coisas que sempre quis fazer e tive medo das pessoas me julgarem ou me reprimirem... De certa forma, ele me liberta.
E foi esse pensamento que me fez levantar da cama e abrir o guarda-roupas. Busquei na parte mais funda e escondida dele, até finalmente encontrar o que procurava: minha roupa de quando dançava balé.
Me despi, ficando somente com a camiseta branca que usava e peguei a saia rosa que eu vestia nas aulas. Fui até meu computador e pus uma música clássica no volume máximo, e comecei a dançar, como fazia há tempos atrás.
Eu me senti livre, sem peso na consciência e nem culpa. Sozinho, no meu quarto, eu posso ser quem eu sou, sem ninguém dizendo que isso é ridículo, ou que eu deveria me comportar mais como um homem.
Eu já havia perdido a noção do tempo, estava de olhos fechados somente dançando e dançando, sentindo a música fazer o efeito tão bom que tem sobre o meu corpo, até que de repente a música para de tocar e me senti parando de flutuar no céu e começando a desabar de um precipício.
Meu padrasto estava parado com a mão no teclado do computador, me olhando com a pior expressão que já vi ele fazer em toda minha vida.
Pensei em sair correndo, mas minhas pernas não me obedeceram. Ele se aproximou de mim lentamente, e falou quase sussurrando:
-Eu desliguei a porra dessa música, e se você não tirar essa saia agora, vou te desligar por completo.
As lágrimas começaram a escorrer de meus olhos sem que eu pudesse perceber e minha garganta deu um nó.
-Eu estar vestindo essa saia não me faz menos homem- não sei de onde tirei as palavras, mas elas saíram.
Ele começou a gargalhar imediatamente. Riu por longos segundos, e apesar da grande parcela de raiva, havia uma pontada de humor.
-Até parece!- brada ele, cuspindo na minha cara- você é um bicha mesmo, hein?
Respirei fundo, mantendo minha voz sobre controle:
-Eu sou tão homem quanto você. Porque quando eu tiro essa roupa, o que eu tenho entre as pernas não muda, e nunca vai mudar! Eu posso me vestir da forma que eu quiser e me comportar como eu bem entender!- eu finalmente podia falar o discurso que ensaiara milhões de vezes nos meus sonhos- você não é meu pai, e nunca vai ser exemplo de homem pra mim! Você é só um ignorante, que parece incapaz de aceitar e respeitar que as pessoas vivam de um jeito diferente do seu. Mas as pessoas não têm que te seguir!
Ele pareceu tão chocado por me ver respondendo com tanta coragem que abriu a boca para gritar algumas vezes, mas engasgou nas próprias palavras. Portanto continuei:
-Homem de verdade não vive rebaixando os outros, e sim fazendo o possível para crescer e orgulhar à si mesmo! Não vale a pena viver às sombras de uma empresa ou de uma família que finge ser unida e feliz, mas que na verdade não se suporta! Eu quero ser mais que isso! Quero conquistar alguma coisa pra me fazer feliz de verdade! E o único exemplo que você me dá, é de como ser covarde!
Disse, botando tudo para fora e fechei os olhos, esperando um jorro de xingamentos, muitos socos, chutes, ou tudo isso junto, mas nada veio. Quando eu reabri os olhos vi somente aquele homem que me atormentou a vida inteira, parado à minha frente com os olhos cheios de lágrimas, mas com orgulho demais para deixa-las cair. Ele pigarreou e sussurrou com a voz quase inaudível:
-Junte essas suas tralhas de meninas e caia fora da minha casa! Não quero ter que olhar pra você nunca mais na minha vida.
Eu assenti sem dizer uma palavra. Ele caminhou até a porta, e saiu do meu quarto. Eu devia me sentir mal por estar na rua, mas a primeira reação que tive foi sorrir.
Arrumei todas as minhas coisas e saí do apartamento sem olhar pra trás, sem me despedir de Des nem tampouco de Gemma. Somente caminhei até a rua e peguei um taxi, pensando em onde poderia ir, acho que só tenho uma opção.
Desci do taxi e parei em frente à mansão. Bati na porta três vezes e quando Louis me atendeu, repeti a pergunta que ele me faz desde que nos conhecemos:
-Posso morar com você?
POV LOUIS
Eu sorrio imediatamente ao ver o menino com suas malas parado em frente à minha porta.
-Claro Hazza, entre!- respondi e o menino adentrou minha casa- por que mudou de ideia?
-Meu padrasto me expulsou- conta ele. Eu abro a boca num “O”.
-Nossa, sinto muito. Ele fez algo com você? Te bateu?
-Não, quem deu o discurso fui eu, disse tudo o que estava entalado na minha garganta.
Ele não parecia abalado, tinha uma expressão tranquila e isso me tranquilizou também. Me aproximei dele e envolvi seu rosto em minhas mãos.
-Estou orgulhoso de você. Meu namorado corajoso!
Ele sorri e me abraça, eu retribuo o apertando forte.
-Está com fome? Vou preparar alguma coisa pra gente jantar- digo, me separando dele- enquanto isso você vai arrumando suas coisas lá em cima.
-Você que vai cozinhar?- ele ergue uma sobrancelha.
-Não bota fé em mim não?- respondo, num sorriso torto.
-Ok, capricha hein!- fala ele, me dando um último selinho e caminhando em direção às escadas.
Andei até a cozinha com um sorriso que não cabia no meu rosto, finalmente ele estava aqui, só pra mim.
Abri os armários e decidi fazer o que eu faço de melhor (ou uma das poucas coisas que eu sei fazer direito); macarrão e picadinho de carne.
Demorei em torno de 1 hora pra preparar tudo, e quando Harry entrou na cozinha pareceu se surpreender com a mesa toda arrumada e as taças de vinho.
-Você realmente se dedicou!- elogia ele, sentando-se à mesa. Eu me sentei de frente à ele.
-Aposto que você pensou que eu ia fazer miojo- digo.
-Sinceramente? Pensei. Achei que fosse comer miojo e ovo frito, mas você me surpreendeu.
-Não é nada comparado com o que você faz, mas dá pra comer- digo e ele revira os olhos, um pouco corado pelo elogio.
Nós comemos a macarronada, que estava muito boa, modéstia à parte, depois subimos para o quarto, onde ele se deitou na cama e ligou a televisão na novela. Eu me despi na frente dele, deixando minhas roupas ao pé da cama e me dirigi ao banheiro, ligando a ducha e deixando a porta aberta de propósito.
Não demorou muito pra eu sentir os olhares de Harry sobre mim, examinando todo meu corpo. Meus olhos se encontraram com os dele e o menino ficou vermelho como um pimentão. Eu soltei uma risada.
Alguns minutos depois, saí do banheiro somente com uma toalha amarrada na cintura e me surpreendi quando vi o menino cheirando minha cueca.
-Hazz?- chamo, com a voz risonha.
Ele arregala os olhos e solta o tecido de abrupto.
-Er...Oi...
-Gostou do meu amaciante?- pergunto, ainda com um sorriso nos lábios.
-S-sim... É muito bom... – ele fala, muito sem graça.
Sem nem me vestir, deitei debaixo dos cobertores ao lado dele e o menino me olhou espantado:
-Vai dormir pelado?!
-Faço isso sempre aqui em casa- dou de ombros.
-Mentiroso- ele estreita os olhos- tá fazendo isso só pra me provocar.
-Pelo visto tá funcionando- dou uma piscadinha.
Ele sorri marotamente e envolve minha cintura com seus braços, me dando um beijo gostoso. Eu retribuo da mesma forma, subindo em cima dele e sentando sobre sua cintura, já me livrando da toalha que escondia minha intimidade.
Vamos pôr essa porra em igualdade.
Eu logo puxo sua regata branca pra cima deixando seu abdômen à mostra. Eu inclino a cabeça a passo a beijar e morder os locais de sua tatuagem, fazendo-o gemer baixo. Assim que abocanhei seu mamilo seu gemido saiu mais alto, então continuei ali, puxando-o levemente enquanto os chupava.
Harry apertava minha bunda com força, também me fazendo gemer. Quando seus dois mamilos já estavam vermelhos e inchados, eu deixei um chupão bem forte em seu pescoço e desci até a beira de sua cueca.
-Por que não está de calcinha hoje, baby?- perguntei, erguendo a cabeça para olhá-lo. Ele corou.
-Não uso sempre...
-Tudo bem- abro um sorriso- é que eu gosto delas.
Vejo ele assentir com a cabeça e volto minha atenção para o que estava fazendo, puxando sua cueca verde claro para fora de seu corpo, tendo a visão de seu pênis grande e ereto.
Logo abaixei a cabeça e comecei a chupar intensamente toda a sua extensão. O menino fazia movimentos com sua cintura, incentivando meu ato.
-Ah Lou! Eu vou gozar.... – ele avisa e eu paro na hora o que estava fazendo. Não queria que acabasse agora.
Subi de volta a me pus a atacar sua boca com violência. O menino ri entre o beijo e rola na cama, parando por cima. Ele me lança um olhar malicioso e também começa a morder meu abdômen assim como fiz com ele. Ele começa a descer, e eu pensei que fosse abocanhar meu pênis, mas em vez disso, começou a masturba-lo enquanto chupava minhas bolas.
-Mais forte!- peço, enquanto agarrava firme em seus ombros- quero te sentir, Hazza!
O menino acelera os movimentos de sua mão, a apertando mais forte em torno do meu membro.
Quando senti que ia gozar, dei uma puxada em seus caichos e ele entendeu o recado, erguendo a cabeça e passando a língua nos lábios.
-Quer que eu fique de quatro pra você?- ele indaga com um olhar safado.
-Hoje vamos fazer diferente, baby. Eu quero poder te beijar- respondo e ele sorri pra mim.
Eu me apoio na cabeceira da cama e o menino aproxima de mim e vira de costas, pronto para sentar no meu colo, mas eu o impeço.
-Não quer se preparar primeiro?- indago.
-Não. Quero te sentir dentro de mim agora- ele afirma.
-Tudo bem- aceito. Se ele quer sentir mais dor...
O menino agacha até que meu pênis entre dentro dele, o ato foi lento, mas quando ele se sentou sobre minha cintura, soltou um grito de dor. Esperamos um tempo até que seu ânus se acostumasse com meu volume e começamos a nos movimentar.
-Hazz... Vira a cabeça pra mim- pedi, entre os gemidos incessantes que saiam de mim.
O menino obedeceu e eu encaixei nossas bocas num beijo caloroso, mas não apressado. Minhas mãos apertavam suas coxas e deslizavam para seu pênis, masturbando o mesmo.
Já estávamos suados, o cheiro de sexo invadia o ar, e agradeci mentalmente por morar sozinho nessa casa e poder gritar o quanto quisesse.
Logo Harry gozou na minha mão, espalhando seu líquido por sua barriga. Eu gozei logo em seguida, derramando meu esperma dentro dele.
O menino espera sua respiração voltar ao normal e se levanta do meu colo, deitando-se na cama. Eu me ajeito ao seu lado, fazendo um doce carinho em seu cabelo que grudava um pouco no rosto.
-Foi bom pra você?- ele indaga, com um sorriso no rosto. Retribuo.
-Gozei tanto que acho que você pode engravidar- respondo e ele ri.
-Seria um sonho.
-Sério?
-Você não quer ter filhos?
-Claro que quero.
-Eu também... Acho injusto só as mulheres poderem ficar grávidas...
-Se um dia inventarem um útero masculino você será o primeiro a usá-lo, ok?- proponho.
-Ok- ele sorri e deposita um selinho demorado nos meus lábios, depois monta em cima de mim e chupa meu pescoço por longos segundos, depois sorri marotamente pra mim.
-Agora sim- conclui ele- pra todo mundo saber que você tem dono.
-Que garoto possessivo- digo, sorrindo- você também tem dono- falo toco sua marca com a ponta dos meus dedos. Ele ri e volta a se deitar ao meu lado.
Eu virei na cama e deitei de bruços, de costas pra ele. Um segundo depois, sinto o menino passar os braços envolta da minha cintura, me abraçando.
-Boa noite, Boo- ele sussurra no meu ouvido.
-Boa noite, Hazz- respondo.
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