História KLance- Imaginary - R

-Lance. ––Uma ideia surgia e Keith segurava nos ombros do outro, fazendo Lance se afastar do ombro de apoio e o encarar. –Eu.... Acho que tenho uma ideia. –Dizia. –Na verdade é uma teoria muito estranha, mas acho que vai fazer sentido. –Confessava o mestiço.

-E que teoria seria essa, senhor Holmes? –Questionava Lance com um sorriso e isso fazia o paladino vermelho ficar irritado.

-Estou falando sério seu idiota! –O sorriso de Lance desaparecia aos poucos.

-O que é? –Agora Lance prestava mais atenção.

-Te conto no caminho, vem! –Keith o puxava pelo braço e os dois iam em direção aos andares dos leões.

*

-Outra dimensão?! –Questionava o paladino azul. –Calma, calma! –Lance fazia sinal de tempo com as mãos enquanto corria juntamente com o outro. –Você está dizendo que eu, Lance, paladino do leão vermelho, originalmente azul, lindo maravilhoso que faz todas as mulheres se apaixonarem, sou de outra dimensão?!

-É a resposta que faz mais sentido! Lance, tudo isso começou quando você sofreu os dois acidentes, talvez.... Nesse momento, você tenha mudado de dimensão. Isso pode acontecer. Li várias vezes, em vários livros, de que, quando uma pessoa não está pronta para morrer e morre, ela, ou um outro ela é mandada para a dimensão que essa pessoa morreu e então, ela continua viva, teoricamente.

-Mas isso é teoria! Cadê a Pidge?! Ela deve saber! –Lance parava de correr e tentava voltar, mas o paladino vermelho o puxava para dentro do elevador e o prensava contra parede. –Keith...

-Escuta. Eu sei que é loucura, mas é a única coisa que faz sentido para nos dois. Lance, nós vamos para esse tal planeta Karnus, se não tiver nada.... Vamos voltar e pensar em outra coisa, tudo bem? –O moreno concordava e o mestiço o soltava e se virava para encarara a porta. –Além disso, já fomos para outra dimensão, vai ficar tudo bem.

-Verdade. –Concordava e se aproximava do outro. –E se.... Eu for, o que vai acontecer com essa dimensão? –O paladino vermelho dava de ombros.

–Eu não sei. –As portas do elevador se abriam, eles então iam em direção ao leão vermelho. Trocaram de roupas e colocaram seus uniformes, prontos, os dois entravam no leão. Keith se sentava e tentava ligar o leão. –Eu.... Quero leva-lo para fora da escuridão. –Murmurava o paladino. As luzes se acendiam e o leão se levantava.

-Ah, esse leão vai me deixar louco assim! –Comentava o paladino azul.

-Ei! O leão vermelho está saindo do castelo! –Alertava Matt.

-O QUE?! –Allura e Coran se assustavam ao verem o leão solto, no espaço. –Lance! O que está fazendo?! –Questionava a princesa.

-Princesa, tenha calma. Eu e o lance vamos achar a resposta para a perda de memória dele. Voltamos já. –O mestiço cortava a comunicação e eles viajavam pelo espaço a procura do planeta.

-Allura vai nos matar quando voltarmos. Shiro também. –Temia Lance.

-Você está parecendo o Hunk assim. –Keith sorria. –Vai ficar tudo bem.

 -Assim espero. –Lance se aproximava, vendo o caminho que o paladino vermelho tomava.

-Eu pesquisei antes, por quase toda a galáxia, pelo planeta que você mencionou, Karnus.... Um planeta desabitado.

-Por que acha que é esse planeta e não o outro?

-Pois foi lá que tudo começou, de acordo com você. –Ele respondia. –Vai demorar um pouco até chegarmos.

*

Se passou algum tempo até o leão vermelho chegar ao planeta e como Keith havia dito, karnus era um planeta inabitado, sem quase ninguém o habitando, exceto por pouquíssimas plantas e uns míseros animais.

-Acha que estamos no lugar certo? –Questionava o moreno. –Não lembro de um planeta assim...

-Isso porque você disse que nem entrou nele. –Lance sorria assentindo. –Então a teoria... –Keith parava de falar ao notar uma nave da espada e marmora logo a frente. Os dois se entreolharam e resolveram ir ver. Saiam do leão vermelho e caminharam devagar sobre as rochas, se escondendo até ver algo que nem mesmo Keith entendeu direito.

-Keith... Aquele ali na nave... é você?! –Lance apontava para o outro Keith que estava vestido com as roupas da espada de marmora, conversando com Kovilam.

-Impossível. –Dizia. –O que está acontecendo? –Ele via os dois avançarem contra algo mais a frente, tomando o máximo de cuidado possível para ninguém os ver.

-Keith, o que você vai fazer? –Perguntava, se referindo ao o outro Keith.

-E eu vou lá saber?! De qualquer modo... vamos ver o que é. –Keith tomava cuidado e quando os outros dois avançava, os dois paladinos entravam na nave, Keith conhecia muito bem a nave e sabia dos truques que haviam nela.  Ao desativar as defesas da nave, Keith e Lance puderam entrar com tranquilidade.

-O que vamos fazer? –Questionava.

-As coisas estão bastante estranhas. –Murmurava o mestiço enquanto acessava as informações do computador. –Tudo aqui diz apenas sobre informações recolhidas na última missão.

-Sabe ler letras alienígenas?! –Questionava Lance, bem surpreso.

 -São anotações minhas! Eu as fiz a algum tempo.... –Respondia. –Bem, o planeta seria uma suposta base dos Galras para estoque de minérios. –Lance prestava atenção enquanto mexia nas coisas da nave. –Algo que levantou muitas suspeitas para o líder da Espada de Marmora. Sem muitas opções, decidimos investigar, como seria algo bem superficial, não iriamos importunar os paladinos do Voltron. –Terminava. –Isso... –na mesma hora o paladino vermelho sentia uma forte dor de cabeça.

Ele sentia seu coração bater fortemente e isso fazia sua cabeça latejar como nunca, tentou se apoiar para não cair, mas foi em vão, suas pernas falhavam e Keith caia no chão. Lance, assustado, foi até ele, colocando uma mão em suas costas e a outra segurando a mão do mestiço.

O moreno viu como Keith respirava com dificuldades, não queria ficar ali com o outro em uma nave que eles achavam muito estranha, decidido, Lance envolveu seus braços no outro e o levantou, carregando ele para o leão vermelho.

-Lance... –Keith colocava sua mão no peito do outro, chamando atenção. –Me bota no chão. –Pediu.

-Tem certeza? –Questionou e levou um aceno do mestiço.

-Além disso, você está tremendo. –Comentava ao sentir que Lance não aguentava carregar Keith nos braços, talvez por falta de malhação.

-N-Não estou tremendo. –Dizia enquanto colocava o outro no chão. –Você que estava muito pesado. –Murmurava desviando o olhar.

-Está dizendo que estou gordo? –Questionava enquanto caminhavam em direção ao leão vermelho. Lance o encarava, observando seu corpo dos pés à cabeça.

-Claro que está! –Afirmava. –Sofri bastante para te carregar e você ainda reclama.

-Isso porque você é fraco! –Ele rebatia. –Eu poderia te carregar muito bem. –Sorria quase esquecendo por completo a dor que teve.

-Ah, então me perdoe senhor mais forte do mundo! –Sorria, deixando Keith um tanto bravo pelo moreno tirara sarro dele. –Ah... –Ele suspirava. –Você está bem? –Se aproximava serio.

-Hum... Um pouco melhor. –Seu tom de voz abaixava, ele sentia seu peito esquentar pelo modo como Lance o tratava. –Acho que já sei como te levar para fora. –Sorria ao se lembrar das coisas que viu enquanto sentia a forte dor, todas as lembranças voltaram e Keith sabia exatamente o que estava acontecendo.

-Me levar para fora? –Lance sorria sem entender. –Do que está falando?

-Você só precisa acordar. –Dizia. –Não sei como você veio parar aqui, mas... –Ele o encarava nos olhos. –Lance, você precisa voltar para os demais! A Voltron não pode ficar sem você. –O mestiço fechava seus olhos e todo o lugar sumia, apenas deixando eles e o leão vermelho no negro. Keith abria seus olhos novamente. –Entendeu agora?

-O..O que é isso?! –Lance ficava pasmo, ele não estava entendendo mais nada. –K-Keith o que aconteceu com o planeta?! Que lugar é esse?! Porque tão escuro?! Cadê o chão?! O céu?! -O paladino azul começava a ficar desesperado.

-Ei! –O mestiço se aproximava, colocando suas mãos no rosto do moreno, fazendo ele o encarar. –Eu.... Agradeço muito! Muito obrigado mesmo Lance, desculpe por ser tão chato com vocês, se você se lembrar daquela nossa conversa, diga a eles que eu tentei.... Eu realmente tentei ser um membro da família, vocês são as cosias mais preciosas da minha vida. –Uma vontade enorme de chorar começava a consumir Keith. –Quando eu via vocês sofrendo, principalmente por minha causa, meu peito doía, me sentia um lixo. –Confessava. –Mas... esse é meio jeito de proteger as pessoas, espero que entenda.

-Keith, eu... –Lance não entendia mais nada do que estava acontecendo.

-Quando acordar.... Me promete que vai cuidar de todos? Que quando for dormi... vai lembrar de mim? –O paladino sorria, algumas lágrimas já o consumiam e isso fazia o peito de lance doer. –Eu quero poder continuar a sonhar com vocês, quero poder viver mais...

-Keith! Você vai viver! Nós vamos achar uma saída, juntos! –O moreno segurava a mão do outro que estava em seu rosto, como Keith, Lance também começava a chorar. –Para de dizer essas bobagens, a gente vai conseguir.

-Desculpa Lance, mas o único que vai conseguir aqui é você...  Talvez um dia, eu consiga sair... isso é quase improvável... –Se conformava, sorrindo.

-Keith, eu não estou entendendo mais nada. –O paladino azul colocava sua mão no rosto do outro e limpava as lagrimas em seu rosto. –Me explica isso. –Ele colava sua testa com a do outro.

-É um sonho, Lance. Vai ficar tudo bem. Agora feche os olhos. –O mestiço pedia, sorrindo.

-Se.. Eu fizer isso... O que vai acontecer? –O moreno sentia um forte medo correr pelo seu corpo.

-Você vai acordar e encontrar com todos. –Lance engolia a seco, mas fazia o que o outro pedia. Ele fechava os olhos, mas por medo, os abria novamente, sentia que Keith iria desaparecer de sua vista. –Feche mais uma vez. –Keith sentia Lance tremer. –Vamos Lance.... Vai ficar tudo bem. Vou contar até três e você fecha os olhos.

-C-certo... -Ele continuava a temer o que poderia acontecer.

-1... –Lance começava a sentir uma forte dor de cabeça. –2...

-Keith... Eu não quero acordar! –Dizia assustado. O paladino vermelho então se aproximava e selava seus lábios com o do outro. Lance sentia a dor sumir, estava tão confuso, contudo o beijo livrava todas as dúvidas dele e então Lance pode aproveitar.

Uma das mãos do moreno seguravam com força o pescoço do mestiço enquanto a outra, o forçava para ficar mais perto, seus corações batiam rapidamente, Keith sentiu mais lágrimas escorrerem, não queria dizer adeus, mas o beijo fazia ele ter esperanças de poder voltar. Os olhos de Lance, fechados, também choravam, mesmo que ele não soubesse o motivo.

-3.... –Lance desaparecia da frente do mestiço, apenas deixando a Bayard vermelha no chão, no mesmo momento as pernas de Keith fraquejavam e ele caia, uma forte dor o consumia e ele se entregava a dor que estava sentindo e a culpa de não ter dito tudo que queria. –Eu te amo.... Seu idiota. Amo todos vocês...