_ Posso passar a noite na sua casa?
Minhas pernas estremeceram e quase caio de joelhos no chão quando escuto Nathan dizer aquilo. Como pode uma pessoa ser tão direta assim?!
Nathan permaneceu em silêncio esperando minha resposta.
_ Porque isso tão de repente?
_ Na sua casa te explico. Não me sinto seguro conversando ao telefone.
Me fodi. Me fodi muito. Fodeu tudo. Tá tudo fodido. Como diabos vou fazê-lo tirar a blusa sem desconfiar de nada??? Ele vai me interpretar mal. Tenho certeza. Vai dar muita merda hoje!
_ Tudo Bem então. _ Concordei. _ Quero ouvir uma boa desculpa do senhor quando chegar aqui.
_ Ok. Obrigado. Já estou me arrumando. _ Nathan disse aquelas palavras quase sussurrando ao telefone.
Eu desliguei o celular pasmo. Não precisei dizer nada. Ele mesmo Pediu para vir aqui e passar a noite. Mãe, pai, me perdoem por estar indo pelo mal caminho!
Eu estava deitado no sofá, quase tendo um ataque cardíaco de tanta ansiedade, quando escuto baterem na porta. Dessa vez lembrei de trancar a porta, mas na hora errada... cof cof...
Destranquei a porta e lá estava Nathan, com uma mochila pesada nas costas. Peguei sua mochila e o convidei para entrar e sentar. Estranhei a atitude dele. Ele entrou sem dizer uma só palavra e se sentou no sofá. Me aproximei e coloquei sua mochila sobre a mesa de centro.
_ Então, _ Me sentei ao seu lado e perguntei. _ Qual o motivo de estar aqui? Algo na sua casa está te incomodando?
Ele olhou bem nos meus olhos e respondeu a pergunta:
_ Meu primo vai passar a noite lá em casa. Ele me deixa nervoso.
_ Como?
_ Fica me assediando!
- ...
Como pode isso? O irrita tanto ao ponto de não aguentar mais ficar em casa? Mas realmente me sinto preocupado com Nathan. Sua família parece problemática.
_ Mas não pense besteira! _ Ele continuou. _ Ele só gosta de ver irritado, então fica me assediando.
_ Não acha que deveria dizer algo?
_ Sim. Mas quem se importa comigo? Se eu disser, ele vai mentir e vão acreditar nele, não em mim.
Esse menino não tem auto-estima nenhuma! Não me admira Paola estar tão preocupada com ele.
_ Paola veio aqui a tarde, não veio? _ Ele disse cruzando os braços.
_ Sim. Ela não falou nada sobre isso, né?
_ Não. Ela não quis me dizer sobre o que vocês dois estavam conversando.
_ Eu acho que tem um segundo motivo pra você ter vindo aqui. O assunto não era nada de mais.
_ Se não era nada de mais, você pode me dizer sobre o que era, certo?
Não achei justo, de qualquer maneira. Nathan se sentia excluído, e eu sei como é essa sensação.
_ Nós falamos sobre a sua saúde, e como estamos preocupados com você. _ Não podia dizer o real objetivo dela ao vir aqui em casa.
_ Sério...? _ Ele levantou os olhos fitando meu rosto. _ Está preocupado comigo?
Foca no objetivo. Fazer ele tirar a blusa.
_ Sim. _ Acenei com a cabeça afirmando. _ Ela acha você muito depressivo ultimamente, e está preocupada com você.
_ Quem se importa com o que a Paola acha? _ Disse cruzando os braços novamente e fazendo uma cara emburrada. _ Perguntei se você estava preocupado.
Esse garoto realmente não sabe como mandar uma indireta! Eu fiquei com o rosto totalmente vermelho, isso foi praticamente ele admitindo estar com ciumes de mim.
_ Sim... _ Eu me desliguei por um momento mas logo voltei á realidade. _ C-Claro!
Ele me abraçou dizendo:
_ Não se preocupe. Eu estou bem.
Ele estava se aproveitando da situação para me cheirar e eu ficando cada vez mais curioso sobre o que Paola tinha dito. Até que não aguentei mais a curiosidade.
_ Nathan. _ Disse o empurrando. _ Tire essa blusa!
Nathan levou um um susto com minha ordem repentina e corou as bochechas, mas obedeceu minha ordem e tirou a blusa.
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