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História La madre de mi novio - Seis


Escrita por: aura_monsterx

Capítulo 6 - Seis


Fanfic / Fanfiction La madre de mi novio - Seis

Jeffrey havia se atirado para cima do corpo da Sierra e assim, tentou tirar a arma da mulher com alguns socos e tapas na mulher.

Eu não posso me interferir, eu não posso me..

Um choro começou a se ouvir no andar de cima, é a menina.

Alicia acabou por apertar o gatilho.

O sangue começou a sair da perna de Jeffrey rapidamente.

- Estanca e some daqui — vi a mulher dar um chute no ferimento e assim se livrar do peso do corpo do cara, se sentando na bancada com o rosto e a roupa com sangue.

A menina chorava lá encima e vendo a mulher naquele estado, não pensei em duas vezes correr lá pra cima e atender a menina. Certeza que a Senhora Sierra me viu.

Porém era o que eu podia fazer, acalmar Helena.

Eu queria ter ajudado, feito alguma coisa para impedir do homem chegar perto de Alicia. Mas eu simplesmente parei, não tive reação. Como se meu corpo criasse vida própria e eu não mandasse mais nele.

Mas não que isso mude o fato de como a raiva em mim aumentou quando ele se aproximava mais e cada vez mais dela.

~ O que foi lê? Tô aqui — digo abrindo a porta do dormitório da menina, que se encontrava em completa escuridão, apenas com uma leve luz que vinha da janela por causa da magníficante Lua. Pegando a mesma em meus braços, me sento em uma das poltronas que havia no local e me estico em direção a um armário em meu lado, procurando alguma coberta para nos tapar, por estar fazendo um friozinho naquela noite.

Falhando, me levantando a tal procura dessa manta. Que por sinal estava difícil a fazer com apenas uma mão.

Com ela já em minha mão, me acomodo novamente no confortável assento que combinando com o quarto, era também rosinha claro.

Tapando nós duas com um tecido também da cor rosa, porém com a figura enorme de um unicórnio.

Aos poucos diminuía seu agito e seu chorinho, que estava desconfiando por ser pela falta de sua mãe. Mesmo não tendo nenhum irmão pequeno, consegui lidar com a situação.

Mais fácil do que isso, só sopa de minhoca.

Já com a sua respiração pesada, decido esperar mais uns minutos até que pegue no sono de vez e não acorde nenhuma vez na madrugada.

Como deixei a porta do quarto aberta, pôde ouvir passos vindo do corredor ao lado. Não sei porque, mas apertei um pouco mais a menina em meus braços.

Me surpreendendo, aparece Alicia com uma aparência que nunca tinha visto, detonada. Diferente.

Sua afeição estava tão triste e irritada que obtive um certo medo por perguntar se estava tudo bem.

Sentou-se na poltrona que tinha em frente a minha e apenas fechou seus olhos enquanto havia posto sua cabeça para trás.

O quanto isso que aconteceu afetou ela, apenas quem viu entenderia.

Um pouco trêmula se encontrava e batendo a sola de seu sapato inúmeras vezes, começou a me deixar aflita. Respeitando seu espaço, apenas permaneci em silêncio.

Eu só queria lhe dar um abraço e dizer que tudo ficaria bem, Jeffrey não pisaria mais nessa casa. Principalmente com o pensamento desse de fazer algum mal para ela.

Coloco a menina em sua cama, cobrindo a mesma. E então me encontro com aquela cena, Alicia com suas mãos tapando seu rosto tentando esconder seu rosto, provavelmente estava a se desvaiar em lágrimas.

Coitada.

Involuntariamente meu corpo se baixou, me apoiando em meus joelhos e olhando diretamente para ela. E me atrevo a por a minha mão direita a começar a fazer um carinho em seu joelho, como consolo. Permanecermos por vários minutos assim.

Até que eu decidi quebrar o silêncio entre nós.

~ Ele te machucou aonde?

Alicia negou com a cabeça e seguiu para seu quarto.

~ Deixe-me te ajudar.

- Vá para seu quarto — ordenou Sierra fazendo-me ir um pouco para trás. Só quero ajudar, caralho.

Acabei por adentrar em seu quarto e a mulher se encontrava no chão, sentada.

~ Senhora Sierra? — andei rapidamente até a mulher, assim me abaixando no seu lado. — Está tudo bem?

- O barulho do tiro foi muito perto de mim, só uma dor de cabeça. — sussurou bufando e retirou seus sapatos, logo seguida sua blusa em minha frente. Porra?

Maldito Pedro! Mas ele me paga.

Se ele tivesse aqui talvez nada disso havia acontecido.

Mordi fortemente meus lábios e pôs o olhar em sua barriga, que tinha um pequeno roxo.

~Ele fez isso com você? — pergunto assustada apontando para o roxo e por impulso, minha mão foi em seu queixo, levantando sua cabeça para mim. — Seu lábio também está machucado. Senhora voc-

Notei o quanto invasiva estava sendo naquele momento. Meu Deus.

~ Err... Desculpe-me, eu...

Meus olhos se chocaram com os delas, deixando por um bom tempo nós duas naquela posição.

Alicia estava totalmente focada em mim.

Não sei o que aconteceu mas ficamos uns 4 minutos assim desse jeito. Que estranho...

A mesma passou seu polegar no canto da boca, assim limpando o sangue que havia ali.

- Só me ajude a levantar...

Quando estávamos nos olhando, no olhar dela estava normal. Eu esperava um olhar triste ou para baixo, mas muito pelo acontrario.

~ Sim, claro.

Fiz com que a mulher botasse os braços em volta do meu pescoço e ficando em sua frente, segurei sua cintura e a puxei lentamente para cima. Algumas reclamações vieram dela até se por em pé. Estávamos praticamente abraçadas.

- Que situação — sussurou baixo e se apoiou na parede ao lado. — Pode ir, boa noite Raquel.

Nossa, boa noite Raquel.

Acenti com a cabeça a dizendo boa noite também e me retirei logo depois, fechando a porta atrás de mim.

Incrível como essa mulher guarda tudo para si, pensa que me engana que está apenas com uma dor de cabeça.

(...)

Filho da puta.

Levantei meu corpo rapidamente reclamando de dor em meu pé... havia dormido.

~ Nem de manhã tenho sossego — resmunguei e ao abrir os olhos, me deparo com alguém sentado no chão, ao lado da minha cama.

Me assusto, por mais que seja uma das pessoas que possuía uma carinha das mais angelicais que já tinha visto.

E um felino.

- Como que você veio parar aqui, Lê? — questiono a pequena que apenas ficou me olhando por um bom tempo, enquanto brincava com comissário que ,aliás ,estava mais quieto do que o normal.

Escuto alguns chamados se aproximando do corredor e com a menininha chamando pela sua mãozinha por baixo da cama, fiquei intacta pensando.

Ok, ela quer se esconder de alguém.

Sua mão puxou a minha com uma certa forcinha e rindo, me pôs como ela pediu.

Escondidas do monstro.

~ Shh, bota a mão na boca pra não rir.

A menina se contorcia de tanto dar risadas.

Iria estragar o nosso segredo.

A porta foi aberta, fazendo piorar o desespero da guria ao meu lado. O diachos.

Como que ela me abre a porta de um quarto que nao era dela? Eu poderia estar me arrumando.

Pos minha cabeca um pouco levantanda, assim tendo a visão de um salto preto. Era a Alicia.

O barulho foi se aproximando e cada vez que aumentava, Helena se escondia em meu braço para não rir. Tão espertinha.

Um suspiro veio da mulher e vendo seu salto indo na direção da porta, sorri olhando para a garotinha.

- licia ja fui?

Acenti com a cabeça mas passos voltaram rapidamentes e vi a guria sendo puxada pelos pés. Não aguentei e comecei a rir, após seu berro de desespero.

Ela fez de tudo e conseguindo se rebater, foi um pouco mais pra cima. Mas algo recebeu de troco, a tadinha acabou por bater com tudo nas madeira da cama. Ela se encolheu e ficou quietinha, com um chorinho baixo.

~ Lê? — olhei preocupada para o lado mas não durou muito, em questão de segundos meus pés foram puxados rapidamente para fora da cama, fazendo-me soltar um grito e ver a Senhora Sierra em minha frente.

- Bom dia Raquel — dizia atenta em mim, com um sarcástico sorriso em seu rosto. O monstro havia nos pegado.

~ Bom dia — pronuncio com a última palavra num tom baixo, fazendo apenas eu ouvir. Estava como um pimentão, olha na situação que fui me enfiar.

Sem dizer nada apenas retribuindo com um sorriso sem dentes, Alicia partia em direção a debaixo da cama, onde estava o que tanto estava procurando.

Helena Sierra, o alvo.

O choro da menina comecou a ecoar o quarto e sendo pega no colo pela mãe, esticou os braços em minha direção. Em tantos poucos dias havia se apegado demais a mim, também sendo uma criança dócil como es, é fácil de se apaixonar.

Porém Alicia segurava forte a menina, que se rebatia toda hora querendo fugir.

- Porque choras tanto Helena? – questionou a mulher que já estava a ficar preocupada com a cena que Helena fazia.

- Bati mim cabeza Ma-mãe— dizia com lágrimas e lágrima escorrendo de seu rostinho, enquanto apontava com seu dedo indicador no local do ferimento. Assim, esticou seus bracinhos novamente em minha direção, teimando por um colo meu— Eu queru ir com a Raqueu— e por acabar de pedir seu desejo e ter conseguido o que queria, logo cessa seu choro e eu começo a rir da pequena.

Porque ela estava se escondendo? Deve ter acontecido outra coisa para ela chorar tanto assim.

- Vamos?

Ao ouvir sua mãe falar, começaste denovo a choramingar perto de meu ouvido, encostou sua cabeça em meu ombro e ficou grudada em meu pescoço. O lugar que irá daqui a pouco é tão horrível assim?

~ Vou por uma roupa primeiro, logo desço — disse me referindo a Alicia. Mas algo não queria me soltar por nada e acabaste ficando comigo ali.

Estava tão fofa com seu pijama todo ilustrado com unicórnios, estrelas e boiolices do tipo que nem parecia realmente uma roupa de dormir. Seus cabelos bagunçados tapava as vezes minha visão ao escolher no armário próximo algo para vestir.

Peguei uma jeans marinho cintura alta na qual foi a primeira peça que botei meus olhos, será essa. E por final uma regata branca básica por dentro da mesma complementou meu look. E claro um tênis preto, que me acompanhava por onde eu ia, este é um legítimo guerreiro.

Tudo isso feito com a pequena em meus braços, ainda com sua participação em tentar arrumar meus cabelos com seus minúsculos dedos.

~Tá assim porque Lê? – perguntei. Quase nem ouvi o que dizia, sussurrando com a sua delicadeza e fofura, entendi tudo o que estava a se passar.

A moçinha iria se vacinar, e a mesma afirma ter medo da “picadinha” que iria levar. Diz que fica doendo seu braço depois do ato. Tadinha, já passei por isto a anos porém já acostumei. Pode ser desconfortável na hora mas é para o nosso bem. Mas dá uma dó principalmente nas crianças que abrem o berreiro por conta da vacina.

- Mamae dissi qui vai mi dar balinha depoix

Devo imaginar que em qualquer situação que a mais nova passava de “sofrimento”, Alicia lhe tacava doce para alegrar um pouco a filha. A mesma diz que pirulitos, chicletes e todas essas doçuras não fazem nem um pouco de mal para a saúde e que até ajuda a melhorar seu humor diário.

Decendo as escadas com cuidado pois carregava algo frágil aka filha da minha sogra, já sabe né, se acontecesse algo com essa criaturinha e eu ainda estivesse por perto, iria sobrar pra mim.

Melhor não provocar a fera, não?

Me deparo com Pedro a recém— realmente estava a falar serio sobre passar a noite em seu amigo, mesmo não tendo nenhum trabalho para entregar— chegando em casa, com suas roupas toda amarrotadas, cabelos bagunçados e grandes olheiras debaixo de seu rosto.

A noite foi bem aproveitada, filho da égua?

Filho da égua não, caralho.

Segui com a Little Sierra para a porta principal, colada em mim e sentindo o cheiro do seu perfume doce e delicado, deixei-me sorrir passando ao lado de Pedro que foi em minha direção, depositar um beijo em mim. Porém nada fiz, estava realmente chateada com o mesmo.

Alicia estava a conversar com Pedro brevemente, antes de abrir a porta.

Bom, já aproveitando que iríamos...eu não tinha certeza que havia feito todas as vacinas e minha mãe me obriga a levar minha carteira de vacinação para todo que é canto. Por algo acontecer, nunca se sabe.

Minha barriga estava um rombo e barulhos foram escutados quando decidi me aproximar de Alicia, maldito.

— Após saímos de lá, podemos tomar um café da manhã numa cafeteria.

Concordo com a cabeça e vejo Lê se agarrando a mim mais do que antes, percebi que Helena ainda estava com aquela roupinha e descalça em meu colo. Precisava perguntar.

~ Ela irá assim? — questiono com um sorriso meio sem graça. Por mais que esteja muito bonitinha, continuava a ser um pijama. E acabava por ser engraçado.

- Uhum — Sierra se abaixa perto da porta e pega um dos sapatos que havia ali. — Só pôr um chinelinho e está pronta. — diz me entregando um chinelo de dedo para por na menina quando for a hora da mesma descer e caminhar com suas próprias pernas. Que creio que isso demoraria para acontecer.

Com suas mãozinhas fazendo uma concha aberta em meu ouvido, começou a "sussurrar" uma frase. Pelo menos ela pensava que aquilo era falar baixo.

- Ma-mae tá bunita né laleu.

Laleu...

Sierra estava ocupada em procurar alguma coisa em sua bolsa e a observando após a pergunta de sua filha, tive que concordar. A mesma estava posta numa calça jeans de cor padrão e acompanhada de uma blusa social azul, com listras finas e posta para dentro da calça.

Com barulho vindo de seus saltos e chaves que estava em suas mãos, isso tornava o lugar menos silencioso. Claro contado com a partição da linguagem desconhecida de Helena que ninguem entendia o que estava a dizer.

Elegância e postura que a mulher de cabelos ruivos em minha frente possuía, causava falta de ar em qualquer um. Logo eu, uma asmática.

E vamos de hospital.

Nos direcionamos a garagem que ficava ao lado da casa. Alicia negou nossa entrada ao carro, fazendo a mesma ligar o coche e bota- lo para um lugar mais aberto do terreno, para que podemos nos acomodar melhor, com luz natural do sol que a recém havia se posto.

Não pensei em duas vezes em abrir a porta da parte de trás e por a menina na cadeirinha. Mas ela sussurava que não queria.

~ Se você me soltar agora, eu faço o que você quiser depois.

- Tudu? — a menina abriu um grande sorriso e fez uma carinha de arteira olhando fixamente em meus olhos. Menina esperta.

~ Sim, agora senta aí para que eu possa te arrumar. — ordeno.

Em tudo em seu devido lugar ou melhor, todos, a mais velha avisa para por os cintos que já estavamos a esquecer. Acabei por ficar no lado da menor, e Pedro a lateral de sua mãe.

Com certeza absoluta que eu me encontrava com enfuriamento de meu namorado, tirando o fato de mentir na cara dura para mim e ainda estiveste ausente em um momento que poderia ter sido totalmente diferente.

Ao entrar em meu quarto hoje cedo, a mulher continha uma expressão tão habitual e natural que até tinha me esquecido que presenciei tal momento ontem. Me aborrecia esse comportamento dela, esse costume de manter tudo para si. Dúvido que mencionou para Pedro o que seu querido pai fez.

Aversão.

Foi o que me causou sobre as suas atitudes. Pensava que era um homem bom, porém aparência engana.

Deslumbrante por fora e deteriorado por dentro.

Acabamos por às vezes julgar o livro pela capa, se o mesmo possuí uma capa não muito bem ilustrada e bem simples nem mostramos interesse e ocasionalmente perdemos um grande livro. Já ao contrário, se a capa de cara nos chama a atenção, criamos uma expectativa vasta e por final concluímos que o livro se mostra a ser uma grande bosta. Mesma coisa com pessoas.

Decepção, algo que não há volta. Uma vez tida, custosa de converter-lá.

Perdida em minhas reflexões, ouço alguém rompendo a quietude no automóvel.

- Laleu, tevi una veix qui fui pu tabaio da mim mamãe — saindo de sua tristeza que estava, logo se animou lembrando do dia que estava prestes a contar. — mamis pediu pus homi lá umas ambû e helicó. — e se atreveu a imitar o jeito de sua progenitora. — foi muy divitido.

- Só para você minha filha, naquele dia foi um dos mais chatos casos que peguei. Sempre tem um engraçadinho que faz merda e esse não foi diferente — faz uma pausa enquanto olhou concentrada no retrovisor em seu lado, avistando se podia continuar e dar a seta para direita. — Sequestro e roubo foi o que aconteceu nesse dia. E aliás a senhora ficou dormindo o dia inteiro.

Risadas e assuntos aleatórios foi o que tornou a pequena rota mais leve e divertida. Tentando o máximo entreter Helena para que ela não ficasse agora aflita.

Chegando perto do local, vejo Alicia vendo pelo retrovisor dentro do carro, mirando seus olhos em mim servindo de aviso para distrair a figurinha em meu lado.

Captando o aviso, rápida como sou, inventei de emprestar meu celular para a mesma logo dizendo que possuía um jogo revolucionário, de tão legal que era. Iludir a bixinha, que dor. Mas era preciso.

E realmente funcionou, adentramos ao posto e nem desviado a sua atenção da tela do celular havia feito.

Numa bancada, Alicia se aproximou falando que tinha vindo checar se as vacinas estavam em dia ou se precisava fazer uma. Pegando quatro fichas, nos sentamos em aconchegantes cadeiras de plásticos azuis.

- Está com a sua carteira? — falou a ruiva em tom baixo para apenas eu ouvir.

~Sim — digo seguindo o mesmo timbre de voz da mais velha — Eu vou ter que entrar com ela? — expresso com uma face um pouco descontente. — Ela não quer me largar...

- Vamos dar um jeito depois. — Faz uma pausa— não será nada fácil — diz acompanhado por uma doce risada, que fazia qualquer um a ir aos encantos. E com aquela mania incansável que fazia era impossível não olhar, aquele hábito de por sua mão em frente de seu rosto quando ria, eu simplesmente me perguntava.

Estou no paraiso?

E se passava minutos até nos chamarem. Estavam demorando demais para nos atender, provavelmente havia casos mais urgentes a cuidar.

Minhas pernas começaram a formigar pelo mini peso que carregava a quase uma hora de espera, com medo de meche-las e depois me arrepender, era enorme.

Alicia estava a se distrair em seu celular, sem dúvidas a resolver alguns casos ou dúvidas pelo aparelho em suas mãos. Estava a digitar bastante, quase nem paravam aqueles dedos de tocar a tela brilhosa em uma determinada distância de seu rosto. Que certeza compria o devido distanciamento para não lhe fazer mal, em sua vistas.

Já eu ficava horas em meu celular, passava tanto tempo que nem percebia que anoitecia ou amanhecia. E detalhe, som alto no máximo na qual podia colocar e o celular quase colado em minha cara. Nada me surpreende daqui a alguns anos, me encontrar usando óculos com uns seis graus no mínimo e meu querido — e companheiro— par de parelhos auditivos.

Mudança em minha vida, necessito para agora.

Pedro estava em meu lado esquerdo, as vezes enchia o saco de sua irmã mais nova, dando tapinhas em seu braço ou chamando-a para que ela perdesse no jogo. Comigo, nenhuma palavra trocada. Deve ter percebido que não gostei nada do que fizeste noite passada.

Queria acreditar ou mesmo confiar nele. Cinco meses de namoro pra quê? Se não existe um pingo de confiança um ao outro? Será uns dos últimos erros que ele irá aprontar comigo e que não se repita mais o mesmo. Não querendo ser muito envasiva, mas creio que deveria mandar uma mensagem pra alguns de seus amigos. Só para confirmar se havia passado a noite em suas casas. Eu por ser adolescente, entendo que as vezes estamos em ligação com alguém e quando por perto estão seus amigos, acaba por acontecer uma zoação principalmente se for com a mãe/pai ao telefone. Frases absurdas e até mesmo sons esquisitos.

Podia ser isso que aconteceu, não faria sentido Pedro estar a me trair. Penso eu que não estamos naquelas fases de problema na relação. Me sinto uma desalmada tratando ele desse jeito.

Resolvo com nenhuma vergonha na cara mesmo, dar-lhe um suave beijo enquanto seguro seu queixo em uma de minhas mãos. Como pedido de desculpas. Sua expressão baralhada me fez rir e ele fez o mesmo.

Com a porta fazendo um estridente barulho no local, percebo que chegou a hora. Até em mim começou a surgir uma leve apreensão em meu corpo. Com meu olhos virados completamente para Senhora Sierra, apenas os arregalei por ter que pensar no que aconteceria agora.

- Ficha número seis, por favor.

O primeiro a ir foi Pedro, apertou minha mão e se sumiu através da enorme porta a seguir. Mãos suando e nervosismo batendo na porta começou a me deixar inquieta, até me fazer levantar e começar a andar de um lado para o outro. Helena nem percebeu e eu agredeci por isso.

Logo Pedro vinha novamente com sua camisa Polo branca arremangada para cima, com aquele típico algodão segurado com uma fita crepe.

A moça estava a se aproximar novamente e Alicia — boba como não é— tocou meu braço delicadamente, como uma forma de aviso. Chegou a hora.

- Ficha número sete, por favor.



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