CAPÍTULO 11
Risadas.
Gargalhos.
Piadas.
Sakurayashiki Kaoru bebericava a água recém servida mexendo na tela inicial do seu celular como se tivesse algo importante ali, tudo para evitar Adam.
Eram amigos, mas Kaoru preferia que fosse uma amizade calma e silenciosa, tipo, o Adam morando em outro país bemmmm longe.
– Tem cigarro, Cherry?
– Não.
– E vocês?
– A gente nem pode usar isso, tá louco? – Reki toma voz.
– É disso que eu gosto, um gay cafona e crianças conscientes. Aliás, eu não fumo mais ok?
– Fala isso mais você tá segurando o palito de dente como se fosse um cigarro, tio. – Miya desdenha. – Você é um barato.
– Se ele é um barato vai morar com ele então. – Kaoru deu os ombros.
– Eu vou mesmo, já pensou? Ainda viaja para os Estados Unidos né tio? Eu poderia ir as conferências de tecnologia e de videogames. – Miya estava sonhador, animado com suas ilusões. – Eu poderia ir na sede da Rockstar fazer protesto pra lançarem o GTA VI
– Leva Reki e Langa contigo.
– Eu iria, você ia gostar também Langa, Adam tem uma casa com pista de skate nos Estados Unidos.
Langa ficou curioso. – Você anda de skate?
– Sim, sim. – Acenou. – Muita das minhas aventuras na adolescência foi graças ao skate.
– Imagina a gente morando com o tio Adam nos Estados Unidos, podíamos ficar na pista sem nos preocupar e pedir hambúrgueres sem se importar. – Continuou Miya.
– Faz logo um pedestal dele. – O rosado murchou na cadeira em seu interior. Miya não era assim consigo.
– Tá com ciúmes, deixa ele. – Adam riu.
– Nessa altura do campeonato e eu vou estar com ciúmes de você? Me poupe.
É, Kaoru estava com ciúmes da atenção que Adam recebia de seus meninos.
– Olha o papai ali. – O pequeno apontou para o outro lado do restaurante movimentado.
Todos direcionaram sua atenção para Kojiro, que conversava com sua equipe e mexia panelas, ato que dava para ser visto pela divisória transparente.
Kojiro mexia a panela com ódio, o famoso gastronomia por amor.
– E não é que ele deu certo na gastronomia? – Adam suspirou de orgulho pelo maior, Kaoru continuou olhando para o ex-marido.
– Ele tinha que dar certo em alguma coisa né? Joe ficava dia e noite cozinhando pra gente. – Murmurou.
– Pra gente “vírgula” – Adam fez aspas com as mãos, enfatizando a palavra. – Ele colocava pimenta na minha comida e só faltava jogar enfeite em você, eu sempre fui deixado de lado.
Kaoru revirou os olhos. – Nunca te deixamos de lado, vai bancar o ingrato agora? Toda minha dedicação de vida naquela faculdade eu embalei em presente e dei pra você.
– Para de ficar jogando isso na minha cara.
– E eu tô errado? – Kaoru deu um aplauso rápido, se levantando e colocando as mãos na cintura.
Adam se levantou, apontando o indicador na face do rosado.
– Tá sim, mocreia. E você tá gritando por quê?! Tá perdido? – Chiou. – Eu estudei também, tá? Não vai me dizer que não se lembra das madrugadas que ficamos acordados estudando marketing, estudando logística, fazendo trabalho.
– Você né? Porque eu dormia todas as noites.
– O narcisismo e o exibicionismo são pecados tá? Tá na Bíblia.
– Olha não enche meu saco se não eu mesmo te mando pra fora desse restaurante.
Langa e Reki acompanhavam a discussão olhando de Adam para Kaoru e de Kaoru para Adam, Miya brincava no celular de Free Fire.
– Eu não acredito nisso! – Resmungou, perdendo.
Miya foi para os status de whatsapp, escrevendo:
Perdi no Free Fire
Eu: Que merda prr
A parede depois do soco: Nossa você é tão forte pq vc eh assim?
– Miya, pede pra eles pararem por favor, tem gente nos encarando aqui ô. – Langa cutucou o menor.
– Isso vai ser uma perda de tempo. – Murmurou. – Eles não vão parar.
– Eles são assim mesmo, o tio Adam se da mais bem com o tio Joe porque eles falam mal do tio Cherry juntos, ou vão beber. – Reki explica, tirando o guardanapo da mesa para que não houvesse chance de deles se agredirem com aquilo. Enquanto isso com Adam e Kaoru...
– Que papo é esse de namorada Adam, tu não é gay? – Cherry
– Eu nunca disse que eu sou gay.
– Como tu não é gay? Tu me beijou naquela festa quando a gente tinha quinze anos, dei meu bv pra tu seu ridículo. Eu beijei um hetero, eca.
– E? Eu sou bi.
– “E?” E nada. Tu é gay, passei uma vida contigo gay agora me deu de virar bi, fica confundindo as pessoas com isso. – Bufou. – E teu servo? Achei que ele era teu namorado.
Adam arrumou o cabelo com 1kg de gel. – Aquele é meu cachorro, você não entenderia.
Kaoru semicerrou os olhos. – O-O que?
– Mas voltando ao assunto principal, eu ainda quero meu presente de chá de casa nova.
– Me poupa olha, não me deu nada no meu casamento e quer um presente de casa nova, vou te dar um lixo pra você se jogar e fazer um favor pra sociedade.
– Eu não te dei nada mona? E aquela viagem de 1 dia em Cancún foi o que?
– Uma mão de vaca, eu e Joe chegamos em Cancún sete da manhã e tínhamos que voltar aqui pro Japão três da tarde. – Bradou. – E aquela minha roupa que eu te emprestei? Até hoje eu quero ela.
– Aquela roupa? Que roupa?
– Meu terno branco.
– Eu dei pro Tadashi, queria que ele usasse branco.
– Vai pra merda Adam, saí desse restaurante. – Kaoru empurrou o maior.
– E você é o que? – Resmungou. – Segurança! Segurança!
– Sou o homem do chefe. – Kaoru gritou, mas logo tampou a boca de vergonha.
– Ih, aí botei fé Cherry, dei credibilidade.
Miya jogou o celular na mesa, com o cenho franzido. Tinha se esquecido que, não importa o lugar, eles sempre brigavam.
Não podia ter tido uma família normal?
– Da pra vocês pararem? – Gritou. – Vocês dois parecem crianças, poderiam ficar quietos só até chegarmos em casa? Que merda.
– Olha a boca garoto. – Kaoru brigou, empurrando Adam bruscamente para o banco. – Senta logo aí, para de gracinha.
– Foi bem eu né, sou eu que sou cheio de gracinha. – Sussurrou.
Kaoru e Adam viraram seus rostos para lugares opostos, esperando Joe trazer a comida que eles pediram não fazia nem vinte minutos. O restaurante italiano estava cheio por ser horário comercial, garçons iam e vinham desde recolher bandejas com louças sujas e levarem bandejas com as degustações, além disso passavam os carrinhos de sobremesas onde Langa, Reki e Miya já estavam na sétima sobremesa.
Kaoru nem se importou, eram os filhos do chefe mesmo.
Joe se desdobrava na cozinha e cumprimentando os clientes, até que entrou um grupo de mulheres estrangeiras e Joe forçou um sorriso, tentando entender o que seu inglês permitia, fez Skill e Babel com vinte anos, o resto foi na fé. Adam olhou aquilo com um sorrisinho no rosto e cutucou Kaoru, que estava vendo vídeos de gatos fofinhos no YouTube.
– Tá aí porque a comida tá demorando. – Disse Adam. – A poc atrevida tá ali ô, se sentindo a Ariana Grande.
– Alá como ele fica alá, igual o Mickey na porta do castelo dando tchau. – Concordou com Adam.
– Tô com fome olha, da tchauzinho pra esse desgraçado também, deem tchau também crianças, esse corno diz que a gente vai comer comida rápida e tô quase uma hora aqui. – Adam olhou para o trio, que começou a acenar igual as mulheres acenavam. – E a gente é vip, imagina se não fosse! Tô comendo vento aqui.
Joe olhou para a mesa debaixo do lustre grande, revirando os olhos e retornando para a cozinha. Em sua defesa ele nem estava flertando, apenas sendo simpático.
Retornou para a cozinha mandando seu empregados levarem a carne e os aperitivos acompanhantes para a mesa vip, assim tirando seu uniforme, afinal, também queria almoçar em família.
Quando chegou na mesa ele viu a montanha de sobremesas, uma parte de si chorou, afinal, teria que descontar um pouco do seu humilde dinheiro.
– Sextou família. – Joe arregaçou as mangas de sua blusa social azul, colocando a comida na mesa.
Miya foi logo tirando uma foto pra postar no status do seu WhatsApp pra mostrar pra seus amigos e suas webnamoradas que ele podia ostentar. – Sextou com S de churrasco (shurrasco) – Disse.
Kaoru, Adam e Joe olharam abismados para o menino.
Langa revirou os olhos pela burrice do irmão. – Larga de ser jumento, churrasco é com x (xurrasco).
Reki riu com Kaoru, mas lá no fundo da alma sentiu um desgosto.
– Ainda bem né? – Miya reclamou, se servindo.
– Ainda bem o cacete, vou colocar vocês dois pra escrevem churrasco cem vezes no caderno até vocês aprenderem. – Kaoru brigou, apontando a faca para Langa e Miya.
– Ah, mas você nunca errou, né pai? – Miya revirou os olhos.
– Errar uma vez tudo bem, agora duas vezes é demais.
– Eu só errei uma palavra, relaxa aí que é meme, né Langa? – Trocaram olhares.
Langa assentiu, sendo observado por Kaoru. – É meme pai.
– Sei~ – Reki deu um riso debochado, o que irritou Miya.
– Mas quando o Reki disse que “leite condensado” é com ç ninguém fez escândalo com ele.
– Outro burro. – Langa riu.
– Em minha defesa, era meme. – Mentiu.
Às vezes dava bug mental.
– Tudo é meme agora né? Incrível! – Miya cruzou os braços, largando os talheres. – Por isso que tu é um otário.
Kaoru colocou a mão no rosto suspirando profundamente, não sabia se vendia Miya pros ciganos ou abandonava Reki, se ria ou chorava, Kojiro percebeu a chateação e o cansaço do ex-marido, tocando em suas costas.
E Adam... Adam estava comendo.
– Meninos, hoje não. – Kojiro murmurou, sem alterar a voz.
– Otário é teu pai.
– Ahá, você é meu irmão, é seu pai também panaca.
Langa e Adam riram.
Kojiro chutou o tornozelo de Miya e beliscou Reki, parando os dois que os olharam abismados.
– Dá pra ficarem quietos e respeitarem a refeição? – Aquela foi a primeira vez que viram Kojiro bravo.
Os dois arrumaram a postura, começando a se servir.
– Amor, quer que eu te sirva? – Kojiro sussurrou no ouvido de Kaoru, que estremeceu.
O rosado abriu uma fresta entre os dedos. – Se você me chamar de amor de novo, eu te expulso desse restaurante.
– Ih gente, vem com papo meloso pra cá não, cruz credo até me arrepiei aqui. – Adam zoou, fazendo Kaoru sentir suas bochechas esquentarem.
Por alguma razão, sentiu nostalgia de quando estavam no ensino médio.
O almoço foi tranquilo depois a discussão, todos conversaram civilizadamente – o que é um bom ponto – e trocaram ideias sobre o futuro. Adam estava pensando em viajar para os Estados Unidos e Miya já queria ir junto, old que Kojiro não deixou e muito menos Kaoru. Ao contrário, Kojiro queria visitar algum lugar calmo e Kaoru... Kaoru nem sabia se tinha algum plano a não ser comprar o duplex que tanto queria.
Não pagaram a conta porque eles eram companheiros do chefe, então Kojiro deixou por conta do restaurante mas fez todo mundo lamber até o caldo da macarronada, agora estavam indo deixar Kaoru na casa do cliente que o mesmo iria atender.
– Nossa como você tá gordinho. – Miya estava no sentado ao lado de Adam e de Reki, o azulado maior fez cócegas no menor.
– Parô. – Miya ria, se debatendo... até peidar altamente.
Langa fechou os olhos segurando uma risada e Reki se desaproximou do irmão.
– Puta merda, tu comeu o que? – Kaoru desligou o ar e abriu as janelas.
– Nunca mais faço isso, nunca mais. – Adam tampou o nariz pro afilhado.
– Mas ninguém nunca peida aqui né? Sempre sou eu, só eu faço isso. – Choramingou.
– Cherry, teu filho vai chorar. – Adam cutucou o amigo.
– É teu sobrinho, fala com ele.
Miya lacrimou, sempre zoavam consigo, era sempre o Miya! Miya isso, Miya aquilo. Miya fez isso, bate no Miya, Miya fez aquilo, briga com o Miya.
Miya, Miya, Miya! Todo dia era o Miya.
Todo mundo odeia o Miya.
– Vocês me tratam como se eu fosse um monstro. – Chorou, abraçando Adam e Adam ficou paradinho.
Ele deveria carregar o menino e entregar para os pais?
– Nossa mais teu peido é fedorento, até com o vidro aberto tá fedendo. – Reki deu os ombros.
– Isso não é quando ele faz caquinha e não puxa a descarga. – Lembra Langa.
Reki concorda. – Sim.
Miya chorou ainda mais, estava sensível ou era sono.
– O Reki sempre é assim comigo, ele me trata mal e me deixa de lado mais quando ele quer alguma coisa eu faço porque eu sou besta. – O rosto branquelo estava ficando vermelho. – O Langa também, eu fico de fora.
– Eu não te trato mal, naquela vez que tu quebrou o copo eu te defendi até o final. – Reki se defende.
– Mas foi só isso. – Engrossou o choro.
Kojiro aumentou a música na rádio.
– O Langa... papai prefere o Langa que eu, é Langa isso e Langa aquilo, o Langa peida e ronca toda noite mais todo mundo só quer me zoar.
– Chiquimiya, é porque você é o mais novo, todo irmão mais novo passa por isso. – Adam acalentou o menor.
– Então eu quero outro irmão mais novo que eu.
Adam riu. – Estão ouvindo? Ele quer outro irmãozi--- Aí porra.
Cherry estapeou Adam, puxando fortemente Miya para o banco do passageiro, colocando o menor confortavelmente em seu colo.
Kaoru abraçou seu pontinho de ódio afagando seus fios negros, sentindo um incômodo em seu pescoço pelas lágrimas do filho.
– Deixem ele em paz, pelo amor de mim. – Pediu, já choramingando também. – Kojiro, acalma ele.
– Eu tô dirigindo.
Reki, Langa e Adam riram no banco de trás enquanto Kaoru já sentia o bolo na garganta em desespero. Ele não podia entregar Miya nos braços dos pais porque ele era o pai.
– Ei gatito, chiquimiya, fica assim não. – Ergueu levemente a cabeça do menor, vendo a catarrada no rosto. – A gente te ama, tá bom?
Miya limpou a meleca que saía de seu nariz e passou por todo o rosto para limpar as lágrimas. Kaoru odiava quando Miya fazia aquilo e por um momento ele se sentiu testado.
– Vocês não vão me abandonar não, né? – Perguntou melancólico.
– Não. Papai ama, papai cuida. – Kaoru fez um esforço grande pra beijar a testa do filho.
– É Miya, para de drama, a gente gosta de você também. – Reki deu um peteleco na testa do irmão. – Se eu não gostasse eu te faria de escravo, nem isso eu faço.
– Não faz, mais o Langa faz, vive pedindo pra eu pegar água e colocar a comida dele.
– Langa tu não tem braço não? – Kaoru perguntou em um tom suave.
– Eu? – Se fez de desentendido. – Eu não faço isso, para de ser mentiroso.
– Uhum... – Miya abraçou Kaoru de novo, olhando com os olhinhos verdes e brilhantes para o rosado. – Sabe o que vai me fazer feliz?
– O que?
– Um cachorrinho, um gatinho ou um peixinho.
– Não, não quero nada de animal naquela casa, já tem três e mais dois bois contando com o Kojiro e o Adam agora, não quero animal na merda da casa.
Miya voltou a resmungar, choramingando no pescoço de Cherry.
– Acho que vou encontrar um hotel para eu ficar mesmo. – Adam suspirou.
Ficar com eles seria uma loucura.
– Tchau, papai ama vocês tá? Se cuidem. – Kaoru se despediu, entrando em um prédio esbranquiçado. – Ah, e não deixem Kojiro dar muito sorvete pra vocês que Kojiro é retardado.
– Ô coisinha chata. – Kojiro resmunga.
Os três meninos acenaram, mas logo voltaram a atenção para Kojiro.
– Vamos pra onde agora? – Langa questiona, esperançoso de não ir pra casa.
– Como pra onde? Pra casa, oras.
Adam olhou para Langa, como se tivessem um código secreto.
– Que tal irmos no shopping?
– Adam, não começa, você vai querer dar tudo que eles querem?
O azulado tirou do seu terno o famoso Black Card. – Vamos para o shopping, quero ficar um pouco com os meninos e nós podemos beber um pouco.
Kojiro não pensou duas vezes em virar a esquerda, indo em direção do shopping.
– Então... pensem bem o que vocês querem sem ser celular, televisão, jogo acima de trezentos reais em lançamento da PlayStation, geladeira Electrolux que sai gelo...
Reki e Langa se entreolharam como cúmplices. – Queremos skates novos.
– E hambúrguer. – Langa acrescenta.
– Anotado, e você, Miya?
– Eu vou te levar pessoalmente lá. – Miya tinha um sorriso maléfico no rosto, mas ao virar seu tronco para encarar seu padrinho, fez uma carinha de coitado. – O senhor promete comprar tudo que eu quiser?
– Só não quero me comprometer e irritar o louco do Cherry, porque não vai sobrar só pra mim, vai sobrar pra todo mundo então pensa bem.
Kojiro concordou. – Pensa bem.
Kaoru chegou em casa estranhando o silêncio.
A mala de Adam não estava ali e Higa estava fazendo a janta.
– Cadê o pessoal, Higa?
– Oh, eles disseram que iriam bem ali rapidinho.
– Bem ali onde?
– Não sei.
Olhou os cantos da casa, tudo brilhava. – E o Adam? Ele tá aqui ainda?
– Ele ocupou o quarto de hóspedes.
– Meu Deus, por que você não jogou ele fora de casa gente? Vou colapsar com Adam aqui em casa. – Kaoru subiu as escadas, ouvindo a risada de Reki e Langa.
Kaoru, pela brecha da porta viu o ruivo e o azulado bem próximos um do outro, não se importou muito com isso quando viu Reki erguendo um cachorrinho laranjinha que parecia um morcego.
O cachorro começou a latir igual doido, balançando pra lá e pra cá exalando puro H2ódio, era um pinscher, aqueles cachorros loucos.
Kaoru se desaproximou da porta bufando, como eles ousaram lhe desobedecer? Não queria cachorro em casa e ponto, ninguém ia cuidar muito menos si mesmo.
Digitou o número de Kojiro.
– Oi querido.
– Cadê você, Kojiro?
A voz de Kojiro nem tremia. De fundo podia ouvir Miya conversando com Adam.
(Uma coleira azul?) Era a voz de Miya.
(Compra brinquedo pra ele extravasar o ódio, vai ele e Cherry competir quem morde mais)
– Um cachorro, Joe?
– Tchau, querido.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.