1. Spirit Fanfics >
  2. Laços (Hiatus) >
  3. Aquele que o hobbie é flertar

História Laços (Hiatus) - Aquele que o hobbie é flertar


Escrita por: langa

Notas do Autor


Ia postar ontem, mais tinha que me desfocar um pouco PORQUE HOJE FOI O ÚLTIMO EP DE SK8
enfim, família

Capítulo 3 - Aquele que o hobbie é flertar



CAPÍTULO 3


O sol de meio-dia estava tão tranquilo que os meninos que usavam moletom já tratavam de tirar.

Miya estava no sol fazia dez minutos, porque seu pai de cabelo verde disse que já estava chegando. Reki e Langa foram juntos para casa, e mesmo que tenha os convidado para o almoço, Langa diz que iria procurar um emprego e Reki, iria dormir.

Ah, não esquecendo o quão possessivo Langa ficou com o copo embalado que seu pai de cabelo rosa fez.


O carro preto luxuoso já aparecia em seu campo de visão, Miya entrou chutando tudo que via pela frente, batendo a porta do carro fortemente.

– Tem geladeira na tua casa não? Ou é a Carla que traz a comida congelada? – Joe resmunga contragosto. – O que foi que já está com essa cara amarrada?

Miya sempre se surpreendia sobre quão sonso ele poderia ser.

– Você demorou, eu estou derretendo.

– E fedendo, não tomou banho de manhã não?

– Não, não tomei. – Gritou.

Joe parou bruscamente no sinal vermelho, olhando abismado para o filho. – Eu disse brincando.

– Então eu disse brincando também.

– Você convivendo com Kaoru está ficando igualzinho a ele, situação tá ruim.

Miya gritou. – Eu tenho um pai neurótico e dramático e tenho outro cínico e sonso, eu estou ficando maluco!


– Pare de gritar.

O restaurante que Kaoru escolheu não era tão longe do colégio, então o percurso, graças a Deus, Buda ou qualquer outra divindade que Joe acreditava, não era tão longe. Estar no carro com o filho era como estar com uma criança sagaz, que tinha resposta para tudo e sobre tudo.

Isso quando Miya não era a criança que vivia perguntando o sentido da vida.

O restaurante grande deixou o garoto de boca aberta, mas Joe comentou que nem se comparava com o seu – síndrome de dono de restaurante – e que Kaoru só não voltava lá porque sabia que “ia se viciar e não aguentaria a pressão e pediria para reatarem o casamento". Como um bom pai, passou perfume de bebê no filho, arrumando o cabelo preto e o uniforme bagunçado.

– Vamos.

Joe destrava o carro, pega a mochila do filho, saindo, fechando o carro e indo na frente. Logo percebe que estava muito silencioso e escuta as batidas frenéticas na janela.

Destravou o carro.

– Como você consegue esquecer de mim por míseros um minuto?! – Miya grita.


– Você fica enrolando pra sair, achei que já estava na porta do restaurante. – Se faz de desentendido.

Ambos adentram no restaurante, Miya admira o grande lustre que reluzia pedrinhas brilhosas, totalmente inerte e Joe se sente enciumado, prometendo mentalmente colocar um lustre três vezes no seu restaurante principal para o filho ficar mil vezes mais admirado.

– Olá, boa tarde, mesa para dois? – A recepcionista sorriu gentil.

Como um viciado em flertar, Joe sorrir elegantemente. – Sim, por favor, aliás, gostaria de se juntar?

A recepcionista olhou Joe de baixo para cima, sorrindo com intenções. Miya revirou os olhos.

– É uma reserva para Sakurayashiki Kaoru, ele é o marido e eu sou o filho. – O menor rebate, fazendo a mulher o olhar com vergonha, liberando a passagem.

Miya segura a mão do pai, o levando-o procurando por uma cabeleireira rosa. Joe estava surpreso pela iniciativa do filho.

– Vou fingir que eu não vi isso. – Miya murmura, beliscando Joe que, sinceramente, não sentiu dor.

De costas eles viram a cabeleira rosada amarrada, com uma postura ereta e gesticulando bastante, Joe já imaginava mil formas de implicar, mas após Carla entrar em seu campo de visão, sentiu um incômodo dentro de si.

Carla é inteligente como uma inteligência artificial, dona de uma elegância que se iguala a de seu ex-marido, portadora de longos cabelos negros e olhos estranhamente lilás, uma mulher linda e cheia de energia que vive na cola de Cherry muito além de secretária. Joe nunca gostou dela.

– Oi, meu ex-marido querido. – Joe toca no ombro de Kaoru, este que fez uma expressão nada convidativa.

– O que caralhos você está fazendo aqui? Eu só pedi para trazer o Miya. – Brigou, olhando para o ex-marido.

– Parece que atrapalhei algo, né, Carla? – Miya se sentiu envergonhado pela cena.

Carla se levantou, Joe tinha tanta raiva de Carla que nem conseguia flertar com ela. – Olá pequeno Miya e senhor Nanjo. – Frisou no sobrenome de solteiro de Joe. – Com licença senhor Sakurayashiki, irei me retirar e retornarei para a empresa, obrigado pelo convite.

O barulho do salto foi ocultado pela falação local, Kaoru nem teve tempo para se despedir. Olhou feio para Joe, que já se sentava no lugar que antes era de Carla, e logo voltou-se para o filho, procurando não se estressar.
– Oi pai.

– Miya por que você trouxe esse traste com você? – Kaoru balbucia.

– Só sei que nada sei, já pediu a comida?

– Pegue o cardápio e escolha por conta própria. – O rosado ergue o cardápio para o filho, fingindo que não tem nenhum certo alguém em sua frente.

– Certo, vou no banheiro primeiro.

Kaoru olhou indignado para Miya, este que saiu sem olhar para trás. A fim de evitar Kojiro, Kaoru começa a mexer no celular de maneira bruta e descontrolada, entrando e saindo de vários aplicativos cada vez que ouvia a risada de Kojiro.

– Tá rindo do que se o único palhaço aqui é você?

– Trocou o terno pela yukata sabendo que eu gosto quando você a usa? Me diz, Kaoru, você sabia que eu iria vir e ficaria. – Falou roucamente, captando a atenção dos olhos dourados.

– Me poupe Kojiro.

– Vai dizer que não se trocou porque não sabia que eu estaria aqui.

Kaoru bebericou um pouco do vinho. – Kojiro quando nós morávamos juntos você usava a cueca quatro dias seguidos, me arrumei pra comer, me arrumei pra mim, me arrumei pra ser visto.

– Procurando um novo amor? Eu estou solteiro. – Insistiu, rindo internamente.

– O segredo para um bom amor é não ter um, principalmente com você né, já que estava solteiro desde o dia que nos conhecemos, que namoramos e que nos casamos.

– Tá insinuando o que, Cherry?

– Que você me traiu, Joe, seu traidor, filho da puta, seu ridículo imprestável! – Kaoru estava vermelho, apertando as bordas da mesa para não avançar no ex-marido.

– Não, não, eu não te traí. – Joe rebate, começando a ficar nervoso também.

Diz a lenda que ele traiu o ex-marido e até hoje ele não sabe com quem.

– Tá me chamando de mentiroso? Olha Joe, eu nunca cometo o mesmo erro duas vezes… Cometo umas cinco vezes, só pra ter certeza que é errado mesmo e olha o que eu ganhei, um traste que tá grudado em mim mas pelo menos paguei seis viagens com o preço da aliança.

– Você nervosinho é tão atraente. – E novamente o ignorou, sorrindo ladino.

– Na altura do campeonato e eu sou obrigado a ouvir isso. – Reclama, erguendo a mão chamando uma garçonete.

Joe olhou para as pernas expostas, e Cherry não deixou de se sentir raivoso por aquilo.

– O que desejam, senhores? – A mulher alternou o olhar entre o rosado e o esverdeado.

Ela estava sonhando?

– Eu aceitaria de fosse você. – Joe sorriu malicioso, fazendo a mesma devolver o mesmo sorriso, totalmente perdida.

– Me veja o prato trinta e seis e o prato vinte e nove, por favor. – Kaoru elevou a voz, chamando a atenção dela para si. – E não dê ouvidos para ele, ele é hetero top pior raça que existe minha filha, mas se quiser ele agradeça ao divórcio! – Comenta, deixando o ex-parceiro emburrado.

– Eu diria que é deselegante rejeitar um convite.


– Hetero... top?

– Sim, mais isso não te convém agora já que está em horário de trabalho, que tal ir terminar a comanda? – Kaoru exaltou uma áurea intimidadora.

Se não era Miya, agora era Kaoru. Tal pai, tal filho

– Você está com ciúmes?

– Com ciúmes de você Joe? Eu estava livrando essa pobre alma que cair no fundo do posso.

– Você está muito tenso esses dias, gritando com todos, agindo feito um possessivo, não quer uma ajudinha?

As palavras cheias de segundas pretensões fizeram Kaoru se beliscar por debaixo da mesa. – Se eu quiser ajuda eu procuro.

– Quem ama, cuida. – Deu os ombros. – Estava fazendo merda, Miya?

– Se quem ama cuida, eu procuro um médico para namorar.

– Estava, por quê? – Murmurou.

Tal pai, tal filho.

– Vamos comer em paz, está bom?

A refeição fora tranquila, e Miya como um ótimo filho, comentou todo o trajeto de sua rotina na escola – obviamente, escondendo as partes que era expulso da sala e tirava notas baixas, deixando o clima agradável e sendo elogiado incontáveis vezes pelos pais. Estufava o peito por tamanha satisfação.

Sem gritos e xingamentos.

– Miya, engole essa comida agora. Falou, falou que não comeu nada. – Kaoru observava o prato do filho, ainda pela metade.

Pela metade por uma hora. Dividir o mesmo ar e a mesma mesa com Kojiro estava lhe causando náuseas.

– Kaoru, deixe o menino comer no tempo dele. – Como um pai protetor, Kojiro interviu. – Eu tenho o meu tempo, ele tem o dele, até você infelizmente tem o seu.

Uma veia saltou em sua testa, cada dia que passava o esverdeado ficava mais insuportável.

– Se eu não der limites pro Miya, ele me troca e te troca por um skate. – Murmurou, controlando a voz. – E se eu for esperar o tempo dele, vou sair daqui só quatro da tarde.

– Como você consegue ser tão histérico?

– E como você consegue ser ridiculamente chato? Na verdade, nem era pra você estar aqui.

– Tá com raivinha por que a Carla foi embora?

– E por que eu ficaria com raiva da Carla indo embora?

– Sonso, dramático, histérico e cínico, você dizia me amar enquanto estava tendo um caso com aquela mulher. – Kojiro implicou, cruzando os braços.

Kaoru encheu a taça de vinho, bebericando tudo de uma vez.

– Eu devo ter cuspido na tábua dos dez mandamentos Joe. – Sussurrou, ainda tentando controlar a voz. – O único que me traiu foi você, e ao contrário de você eu não fico perseguindo mulheres pra estufar esse peito de pombo e dizer no topo Everest que sou hetero.


– Não posso ser hetero e gostar de homens?

– Hetero top não tem voz, calado.

– Você tem estado mais estressado que o habitual, Kaoru. – Kojiro sorriu galanteador. – Por que não me chama pra cuidar de você?

– Porque se eu quiser alguém pra cuidar de mim e pago um médico e não um traidor, miserável, gorila imprestável como você.

Miya revirou os olhos enquanto mastigava a carne e evitava sorrir – com certeza se Reki tivesse ali, estaria caindo aos gargalhos. Estavam a 0 dias se estresse por conta dos pais, e o recorde foi de apenas trinta minutos.

– Dá pra vocês se calarem por uma hora? – Bateu a mão pequena na mesa.

– Está vendo Joe, você me estressa e ficar implicando, logo esse menino cresce cheio de traumas, com medo das pessoas porque o pai é um porre. – Dramatizou.

– Qual dos pais, né Kaoru?

– Vou pedir a conta. – Declarou. – Miya nem precisa mais encostar na comida, vamos pro shopping, te compro um hambúrguer.

– Eba!

– Não paga a conta ainda não, fiquem aqui.

– Não vou pagar conta nenhuma, você vai. – O homem engomadinho se aproxima com um cartão retangular preto, o rosado sinaliza para Kojiro, a fim dele aceitar. – Quero ser indenizado, não sou obrigado a te aturar.

Miya riu.

– Tudo isso? Tinha caviar com diamante nessa comida?!

Kaoru levanta, cutucando o filho. – Aí, isso dói!

– Então levanta essa bunda daí e vamos.

Desfilaram pelo salão até alcançarem a porta principal, mas havia um problema.

– Puta merda, Carla. – O rosado bufou. – Puta merda não, puta merda não existe Miya.

– O que foi?

– Eu vim com o carro da empresa e ela levou.

– E agora?







– Eu estou me sentindo um motorista, dá pra um de vocês virem pro assento passageiro? – Kojiro estava insatisfeito, dirigindo pelas ruas movimentadas de Tóquio.

– Continua pagando tua indenização, palhaço. – Kaoru estava no tablet, fazendo planilhas. – E apresse-se, tenho hora marcada na loja.

– Mandão.

– O que disse? – O olha pelo retrovisor, fulminando-o com o olhar.

Kojiro ficou calado.


O percurso até o shopping estava tranquilo, Miya comemorou internamente enquanto se aconchegava na estufa confortável do carro. Em menos de dez minutos chegaram ao shopping central da classe alta, Miya batia muitas fotos lá.

Jovem rico e burguês.

Kojiro estacionou o carro, logo saindo e abrindo a porta para que o ex-marido pudesse sair.

– Quer que eu pegue sua mão e de um beijo?

– Mais me poupe, Joe.

Kaoru saiu ajustando a yukata bordada, verde como a grama, mas quem o via podia compara-lo com a primavera.  Seu mediano cabelo róseo estava amarrado, lhe dando uma impressão de indivíduo simples, mas elegante.

Os três adentraram no shopping, recepcionado pelo frio do ar-condicionado com um baixo falatório. Estava tudo tranquilo. Kaoru andava na frente de ambos, guiando-os, sendo constantemente perseguido por olhares femininos e masculinos.

Aquilo era uma peça rara.

–  Por que todo mundo tá olhando pra ele se eu também sou rico e bonito? – Kojiro enraiveceu, olhando feio para um segurança que não tirava os olhos do ex-marido.

Sakurayashiki Kaoru não gostava de atenção.

– Porque ele é rico, dono de IA, bonito, tem cabelo rosa, e foi eleito como um dos empresários mais bem sucedidos pela revista SK8 e por mim. – Miya estufou o peito para falar do outro pai.

– E eu?

– Fica dando moral pra toda as mulheres.

– O que vocês estão falando aí? – O homem se virou, olhando-os com suspeitas.

– Eu vou comprar doces, tô indo. – Miya acenou.

– Cuidado! – Kaoru comenta. – Ah, você ficou.

Kojiro sorriu, tentando colocar sua mão na cintura do menor. Sem êxito. – Sou seu guarda-costas, agora vamos indo, meu rei.

O rosado revirou os olhos, entrando em uma loja luxuosa de ternos que a maioria das pessoas que estavam ali eram as vendedoras.

Por que ele não ia simplesmente para o shopping normal? Era mais divertido.

– Senhor Sakurayashiki! – Uma mulher se acenou, fazendo reverência. – Seu terno está lhe esperando no provador vinte. Feito de tecido leve e quase igual ao tecido das yukatas, como me pediu.

Kojiro podia ver coraçãozinho circulando o ex-marido. Ele gostava de tudo que tinha o tecido de yukatas.

– Vamos lá.

Kaoru andou, mas logo percebeu que sua sombra estava sendo tampada por uma maior, ah, tinha o traste lhe seguindo.

– Você. – Virou-se tocando com as pontas do dedo o peitoral de Kojiro. – Fique aqui paradinho.

– Como se eu quisesse te ver trocando de roupa, né, branco azedo.

O mesmo deu os ombros, sendo guiado até o provador preferencial de porta vermelha. Kojiro estava se sentindo ansioso, como se estivesse esperando a noiva experimentar o vestido, nem mesmo as mulheres o olhando tiraram-sua atenção. Sem consentimento, entra na área dos provadores, batendo delicadamente a porta do provador vinte.

– Gostei bastante do terno, e o tecido está ótimo. – Ouviu a voz abafada, que abria a porta rapidamente, mas a expressão calma se moldou para uma expressão de repulsa. – O que você está fazendo aqui?

Kojiro olhou Kaoru dos pés a cabeça, confirmando pela milésima vez o quanto preto combina com ele.

– Você está muito bonito.

– Saí daqui agora.

O maior se aproximou, Kaoru deu um passo para trás se sentindo ameaçado, e antes que pudesse racionar, ergueu o braço com o intuito de estapear Kojiro, que foi inutilmente segurado pelo mesmo. O rosto do esverdeado se aproximou do seu, parando centímetros de distância.

De perto, Nanjo podia observar os cílios longos de Kaoru, e seus olhos dourados arregalados, a boca entreaberta e, tendo um pouco da vibraçã do corpo trêmulo.

Era um coelhinho assustado.

– Precisa de algo, senhor Sakurayashiki?

A voz da vendedora fez Kaoru agir em impulso, puxando Kojiro para dentro do provador, empurrando a porta. – Não, já estou saindo.

– Tudo bem. – O barulho do salto se afastou.

– Você é idiota? – Sussurrou, sentindo as bochechas esquentarem.

Kojiro sorriu, cruzando os braços. – Estava esperando que eu te beijasse, Sakurayashiki Kaoru? – Supôs.

Talvez não fosse mentira.

O menor abriu a porta, estapeando o ex-marido dali.

– Vai pra puta que pariu, Joe!

Viu só? Até falou os apelidos íntimos.

 


Notas Finais


Aff, só vim dizer que ainda tô cadelando o final, socorro.
Até o próximo
ps: perdoem se tiver erros, estou em um estado de me perguntar o que vai ser meus sábados sem minhas serotoninas (e deus cherry)


E OLD QUE FOI CANÔN JOE E CHERRY PAIZÕES DE UMA NAÇÃO, TAVA NAS ARTES
oh, whoah, let´s keep the feelings


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...