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História Laços (Des)feitos - Parte II - Infelizes Coincidências


Escrita por: Tayh-chan

Notas do Autor


Nem demorei, viu? Só quatro dias u.u
Esse capítulo é pequeno mesmo, é o menor da fic pra falar a verdade.
Queria agradecer a todos os comentários, eu vou responder todos com o mesmo carinho que os li <3
E ah, vou explicar por que eu escolhi o Kyungsoo e também todo o lance de separação, mas vou fazer isso nas notas finais e parar de enrolar aqui.
Boa leitura!

Capítulo 2 - Parte II - Infelizes Coincidências


“Como assim você não vai contar pra ele?” – Indagou Luhan, exasperado. Ele e Sehun tinham ficado chocados com a notícia, não mais que eu é claro.

Cheguei a faltar o trabalho no dia que recebi o resultado dos exames, coisa que eu nunca faço. Chanyeol até me ligou preocupado, eu realmente nunca faltei o trabalho, marcava presença até se tivesse queimando em febre. Obviamente não atendi Chanyeol, não atendi ninguém. Ainda tive que correr até a padaria mais próxima para comprar pão doce, eu queria muito comer pão doce.

“Eu não vou, é simples.” – respondi. Eu tinha pensado muito até tomar aquela decisão.

“Ele é o pai, precisa arcar com as despesas.”

Eu ri daquilo, minha situação não era boa, mas mesmo assim eu ri.

“Eu também sou o pai Luhan e vou criar essa criança sozinho.” – capaz que eu iria dividir meu bebê com Chanyeol e Kyungsoo.

Ele suspirou impaciente e foi até a cozinha tomar água, eu tinha que acalmá-lo logo. Eu conhecia muito bem Luhan, ele cuidava muito de quem amava, era justiceiro, preocupado e carinhoso. Também era divertido e sincero. Eu realmente amava ele, mas não poderia seguir seu conselho agora.

“Eu concordo com ele.” – disse Sehun quando fomos deixados a sós. “Será difícil pra você. Talvez um dia vocês se esbarrem e ele te veja com uma barriga enorme ou com uma criança no colo. O que acha que vai acontecer?”

Engoli em seco só de pensar naquela hipótese.

“Eu vou tomar cuidado para que isso não aconteça. Eu só não posso viver com ele perto de mim pra sempre e não estar com ele, entende?”

Sehun pareceu entender toda a situação dessa vez, ele era sério e compreensível com esse tipo de coisa. Não agia tão emocional como o namorado.

“A gente vai te ajudar com tudo.” – ele falou se encostando no apoio do sofá, seu braço estava apoiado no joelho e entre seus dedos tinha um cigarro chegando ao fim. “Vamos, não é?” – dessa vez ele olhava para o namorado que tinha acabado de voltar para a sala.

Eu estava mesmo muito sentimental, pois meus olhos começaram a encher de lágrimas. Sorte ou não, eu tinha a gravidez como desculpa.

  ~O~

1º mês

Eu deveria admitir de uma vez que eu era um puta de um masoquista, me arrumar para ir até a festa de fim de ano da empresa foi a prova final disso. E peguei a melhor – e única –  roupa que eu tinha para aquele tipo de ocasião.

Calcei sapatos pretos e brilhosos, arrumei minha franja negra colocando-a para trás e deixando minha testa lisa à mostra. Resolvi até mesmo passar delineador, não abusei, apenas o necessário para mudar um pouco do meu olhar.

Eu queria parecer bem! Eu tinha que ficar bem!

“Você tem certeza?” – Luhan indagou pela décima vez antes de seguirmos até o carro dele.

“Ele já respondeu que sim.” – interveio Sehun, puxando Luhan pela cintura na tentativa de fazê-lo andar mais rápido.

“Eu não perguntei pra você.” – Luhan disse irritado. Até eu fiquei surpreso, e Sehun se limitou em tirar o braço da sua cintura e seguir na frente sozinho.

Luhan trabalhava na mesma empresa, só que em um departamento diferente, por isso também iria para a festa. Sehun não trabalhava lá, ele ainda estava fazendo cursinho para o vestibular, mas iria como acompanhante.

“Droga...” – Luhan murmurou.

“Você deveria pedir desculpas.”

Luhan olhou para mim e acenou com a cabeça antes de correr e abraçar o namorado por trás. Sehun até tentou se afastar, mas Luhan foi insistente a capturou seus lábios. E era assim que eles faziam as pazes. Aliás, esse também costumava ser o tempo máximo em que permaneciam brigados.

“Vem logo, Baek!” – Luhan gritou quando alcançaram o carro.

Eu nem percebi que tinha parado de andar só para observá-los.

~O~

Algumas pessoas nem pareciam as mesmas vistas no ambiente de trabalho, eu estava até achando que tinha chegado a festa errada. As mulheres calçavam saltos altíssimos, vestidos colados e maquiagem reforçada. Tinha algumas que conseguiam ser elegantes mesmo usando o básico, e eu preferia assim. Não que alguém naquele lugar fosse se importar com a minha opinião.

Eu também estava bonito, oras!

O ambiente era um pouco escuro, as luzes vermelhas davam uma aparência mais aconchegante ao local. No meio do salão tinha um bar onde poderia pedir bebida a vontade, e eu ia encher a cara só para o pai do Kyungsoo pagar. Ah, eu fazia questão de dar esse prejuízo.

Vi um colega de Luhan ir cumprimentá-lo e ri da cara fechada de Sehun observando os dois, aproveitei para escapar e ir até o bar. Pedi uma dose de martini, bebida de puta eu sei, mas eu gostava.

O copo chegou em minha mãos no mesmo momento que dois braços se apoiaram no balcão ao meu lado. Levantei o olhar, meio trêmulo por já suspeitar quem era. E lá estava Kyungsoo, seus olhos grandes nem passaram por mim e eu percebi que ele estava evitando um contato direto. Agradeci mentalmente por isso e virei meu copo de martini. Assim que ele saiu, eu pedi outra dose.

E bem, estou oficialmente admitindo que sou um masoquista. E sim, eu olhei para trás. Eu não deveria, repeti várias vezes “não olha, não olha”.  No entanto parece que minha cabeça se moveu sozinha, e a pouca claridade permitiu que a aquela imagem atingisse minhas pupilas.

Chanyeol sorria para Kyungsoo enquanto aceitava um copo de bebida do seu noivo. Jack Daniel’s,  seu whisky favorito. Eu odiava aquela bebida, odiava como ela descia queimando tudo. Eu estava experimentando uma sensação parecida observando aquela cena, por isso me virei novamente, dando as costas para aquela cena.

“Dia ruim?” – alguém indagou, sentando-se no banco ao meu lado. Acho que eu já tinha visto seu rosto algumas vezes na empresa, não conseguia me lembrar muito bem.

“Dia, mês... Acho que esse ano nem deveria ter começado, sei lá.” – sim, eu já comecei me apresentando com um desabafo melodramático. Ótimo Baekhyun, ótimo.

“Nossa.” – ele riu. “Acho que eu escolhi um bom momento para te conhecer, então.”

“Bom?” – eu tinha acabado de desabafar para ele o quanto a minha vida estava ruim, não era um bom momento. Acho que ele tinha se enganado.

“Sim, aí talvez eu consiga te animar um pouquinho e você se encante por mim.”

Eu sorri de verdade, acho que até ri. Fazia tempo que eu não recebia cantadas de desconhecidos.

“Como você se chama?” – indaguei, ainda meio constrangido com a cantada inesperada. Tinha sido uma cantada mesmo, né?

“Pode me chamar de Chen, é assim que todos me chamam.”

“E eu sou Baekhyun, prazer.” – sorri.

“Hum, então Baekhyun... Vou te pagar muitas bebidas hoje, aceita?” – ele indagou, já levantando a mão para chamar atenção do garçom. Mas a atenção que ele queria chamar mesmo era a minha, e eu sabia muito bem que as bebidas eram por conta da casa. Então eu ri e aceitei uma bebida mais forte.

~O~

Eu sabia o quanto eu era fraco para o álcool, também sabia que não deveria abusar mesmo estando no primeiro mês de gestação, eu só não sabia como tinha ido parar naquele estacionamento com o garoto que eu acabara de conhecer passando a mão por todo meu corpo.

Ele não estava me forçando, claramente, eu poderia me afastar de se quisesse.  No entanto o álcool circulava no meu sangue, e eu não conseguia controlar minha vontade. Eu queria sim ser beijado, queria atenção, eu estava precisando daquilo mais que tudo no mundo.

Por isso eu correspondi seu beijo, deixei ele apertar a mão na minha cintura e me levar para mais perto dele, colando nossos corpos. Em meio a toda aquela troca de salivas, imaginei Chanyeol em seu lugar. Não era algo legal a se fazer, nem comigo, muito menos com Chen. Mas eu deixei me levar e imaginei que estivesse beijando a boca do meu ex-marido e tudo ficou mais gostoso.

Mas era diferente, o fato de eu não precisar esticar nem um pouco do meu corpo, ou ficar na ponta dos pés para alcançar seus lábios era um exemplo. Senti suas mãos passarem por cima da minha intimidade e massagear a região. Eu gemi baixinho e me afastei um pouco.

“Hum... Não.” – Pedi, mesmo sem conseguir desgrudar de seus lábios.

Ele sorriu um pouco em meio ao beijo, tirou a mão de onde estava e voltou a me abraçar na cintura.

“Você não se sente a vontade?”

“Eu acho... Acho que é meio rápido.” – Bom, eu parecia uma menina virgem falando. Mas a situação não era tão simples, entendam, eu só tive relação sexual com Chanyeol na minha vida toda, eu não sabia como era fazer com outra pessoa.

“Ei, tudo bem.” – ele murmurou gentil, me puxando para perto novamente quando tentei me afastar.

Chen estava apoiado em um carro, que eu acreditava ser o seu (e se fosse ele tinha um puta cargo naquela empresa, porque o carro não era pouca coisa), enquanto me abraçava pela cintura, me prendendo na sua frente. Eu me sentia um adolescente daquela forma, abraçado com alguém – que eu acabara de conhecer – no estacionamento.

“Faz quanto tempo que você se separou do Chanyeol?” – ele indagou de repente, me surpreendendo. Eu não havia falado de separação alguma, muito menos tocado no nome de Chanyeol.

“C-como você sabe?”

Chen ia abrir a boca para responder quando um alarme de carro foi acionado ao nosso lado, aquilo tirou minha atenção e eu virei meu rosto na mesma direção. Maldita hora! Meus olhos encontraram os de Chanyeol, que abaixou a face um pouco desconcertado. Eu nem me importei com o fato de Kyungsoo estar olhando de mim para Chen e de Chen para mim repetidas vezes. Meus olhos pararam sobre um Chanyeol que parecia não saber o que fazer.

Era só entrar no carro, oras!

E como se ouvisse os meus pensamentos, ele o fez e foi seguido por Kyungsoo que entrou e sentou-se no banco do motorista. Virei meu rosto para Chen, apesar de manter minha fronte abaixada, e esperei que o carro saísse dali.

“Seu ex-marido...” – ele começou. “sempre vai lá em casa, desde que ele e meu irmão começaram a sair.”

Acho que eu petrifiquei por um momento tentando processar tudo, fiquei sem ar, e quando as coisas se montaram na minha cabeça eu coloquei minhas mãos em seu peito e me afastei.

Aquilo não podia estar acontecendo!

- V-você é irmão do Kyungsoo? – indaguei quando o ar finalmente voltou para meus pulmões.

CONTINUA...


Notas Finais


Baek, tu é um fudido mesmo meu fio. Tanta gente pra ficar te paquerando, tanta gente pra tu beijar (tipo eu) e tu vai logo ficar com o irmão do garoto que tu mais odeia, o garoto que roubou o seu marido. Queridinho, conselho: Se tranque dentro de casa e não saía de lá tão cedo, assim você não arruma confusão -q
E explicando o motivo de Chansoo e do divórcio na fic~ EU AMOOOO CHANSOO! Sem mais. E também amo esse lance de divórcio e tal, quem acompanha as minhas fics sabe que eu tenho uma oneshot que fala sobre isso <3
Então, não foi um couple aleatório que eu escolhi, e também não foi por causa de 10080 que várias pessoas citaram nos comentários. Eu realmente amo Chansoo e até tenho o plot e algumas cenas já prontas de como eles começaram a se envolver e os lances da traição (é narrado na visão do Chanyeol), talvez eu poste uma short deles pra vocês entenderem e tal, só que não por agora kkk
É isso gente, até o próximo ^^


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