1. Spirit Fanfics >
  2. Laços Impossíveis >
  3. Capítulo II

História Laços Impossíveis - Capítulo II


Escrita por: Skailly

Notas do Autor


Cheguei! >.<
Dessa vez com a recomendação de, claro, Shawn Mendes: Mercy e Treat You Better porque essas músicas acabam, em um sentido bom, com o meu raciocínio e é verdade porque demorei para escrever este capítulo, ficava cantando junto e só enrolava. Mas, deu tudo certo! *-*
Também tenho uma MEGA ULTRA NOVIDADE, a @kardashianbaby fez uma capa linda, cherosa e muito maravilhosa para a fanfiction! Já agradeci um milhão de vezes, mas agradeço de novo, muito obrigada flor! *-*
Boa leitura! ^-^

Capítulo 3 - Capítulo II


—Vamos Layla! Você vai gostar, conheço vários carinhas legais na cidade. – madrinha dizia animada me arrastando para fora do beco. Por incrível que pareça, nós paramos no centro do lugar.

Parecia uma feira, na verdade, era uma feira comercial. O legal do reino, é que existia uma moeda única, existia o capitalismo, mas também existia a base de troca e só se podia fazer na feira. Ouvi meu pai comentar comigo um dia sobre.

Tinha padaria, tinha supermercado, era um bairro de classe média, todas as crianças brincavam com vestes das quais nós estávamos vestidas. Era divertido. O legal era que não havia bagunça e se a maldade existia ali era meio mascarada para as pessoas, pois a família real, principalmente o rei sempre colocou em primeiro lugar o respeito que todos deveriam ter uns com os outros.

Estava longe de ser um reino perfeito, mas o rei caminhava com pensamentos para que um dia se aproxime numa figura legal, onde houvesse coisas boas. Meu pai era um homem bom.

Eu não era uma pessoa tão boa assim. Tinha algumas coisas positivas em mim, mas com o passar do tempo e com as coisas ocorrendo, às vezes passava pela minha mente não ser tão boa com as pessoas, já que a vida não era tão boa comigo.

Ninguém passava a mão em minha cabeça como os pais dos ricos passavam. Na verdade, eu era colocada em último lugar e sabia que o reino sempre viria em primeiro lugar. Que erro eu estava cometendo fugindo do castelo para conhecer novas pessoas? Nenhum. Mamãe devia estar tão ocupada que não faria falta da minha pessoa.

Puxei madrinha pelo braço e começamos a andar pela feira. Ali tinha de tudo um pouco, até “magia” era vendida. Comecei olhar as crianças, os adultos fazendo trocas ou comprando alimentos direto das fazendas. Pedi dinheiro a madrinha e comecei a comprar alguns alimentos: eram doces, salgados, comi tudo do qual tinha vontade.

No fim, tudo retornava com uma dor de estomago, senti uma tontura e apertei o braço da madrinha. Ela vinha como um animal pronto para atacar, muito rápido e ia embora lentamente com a presa já escolhida.

Passei a mão na testa, estava suando, soltei dos braços dela e escorei em uma parede, o sol estava dificultando um pouco meus sentidos.

—Layla, você está bem? – ela perguntou segurando meus braços.

—Não muito. Estou com muita dor de estomago. – disse apertando minha barriga. Ardia. Queimava. Minha garganta secava aos poucos.

—Vou comprar uma água. Você comeu muita coisa menina. – ela saiu e me deixou só.

Assim que fiquei sozinha olhei para os lados e via tudo borrado, nada era nítido. Céus, eu estava morrendo? Comecei a apertar meu pescoço discretamente, parecia que alguém, de fato, estava me enforcando.

Um moço passou em minha frente. Olhei suas botas sujas. Ele estava muito sujo, mas incrivelmente sedutor. Balancei a cabeça, sou uma adolescente, sem idade para esses pensamentos.

Mas aquilo estava tão forte e madrinha estava tão concentrada na barraquinha que comecei a segui-lo. Foi no automático. Não era eu, mas minha mente liberava uma sensação tão prazerosa que ativei meu automático. Olhava seus passos e suas costas vendo as gotas de suor. Parecia ter a minha idade. Comecei a andar mais rápido para não perdê-lo de vista.

Tudo foi muito rápido. Já enxergava muitas coisas. Puxei seu braço com muita força e o empurrei em uma parede em algum beco ali. Ele sacudia o cabelo. Andei até ele e o agarrei pela manga da camiseta, prensando-o na parede. Seus braços tentavam me empurrar, mas era inútil, eu estava machucando ele e não me importava nenhum pouco. Aproximei de seu rosto e minha garganta fisgou, senti o cheiro e fiz algo tão estranho, o mordi.

Ele gritava, mas a dor devia ser tanta que não saía som. Mordi com brutalidade, senti um gosto de ferro horrível, mas minha mente estava tão fissurada naquilo que eu não conseguia parar. Estava com ânsia, vontade de vomitar profundamente, mas parecia que tinha uma pessoa em mim mesma me forçando a fazer aquilo. Depois de um tempo literalmente engolindo aquela coisa com gosto de prego, o sabor foi ficando diferente, parecia um melado de caramelo ou um leite condensado forte, não era tão enjoativo, era viciante.

Larguei de seu pescoço assim que a dor de estomago passou. Minha visão foi voltando ao normal e aí caiu a ficha. O moço com uma tonalidade de cabelo castanho estava caído no chão, com dois furos no lado esquerdo. Os furos estavam bem abertos e escorria um liquido vermelho ainda. Assustei-me.

O que diabos tinha acabado de acontecer?

Corri em busca da minha madrinha. Passei a mão na boa e tentei ao máximo limpar aquilo. Estava horrível. Sentia-me apavorada com poucos olhares. Vi madrinha de longe em uma barraca perguntando algo, corri e puxei seu braço até uma parte da feira menos movimentada em um beco.

—Me tira daqui. – disse segurando o choro.

—Meu Deus, o que aconteceu Layla? Você caiu? Se machucou? – ela perguntou passando a mão por toda minha roupa e minha bochecha.

—ME TIRA DAQUI MADRINHA! – soltei o que estava na garganta e chorei. Soltei tudo o que estava segurando. Sentia-me louca. Minha mente estava uma bagunça.

Senti seu abraço e segundos depois estávamos no meu quarto.

—Obrigada, mas vai embora. – empurrei-a.

—Olha o respeito menina. O que aconteceu? – ela perguntou andando em minha direção.

—Nada. Já disse, NADA. – continuei friamente.

Ela me abraçou, se despediu, colocou a água na minha estante e sumiu. Estava sozinha no quarto. Chorei ainda mais. Será que o moço estava vivo? Olhei a minha janela aberta e sentei num estofado ali feito. Peguei a água e bebi uns goles, logo cuspindo janela a fora. Que ódio! Joguei o plástico junto.

Alguma coisa estava acontecendo e parecia que não seria a última vez o ocorrido. Olhei o espelho, havia alguns dentes diferentes, pontudos. Havia apenas um lugar que poderia me ajudar, na situação em que eu me encontrava e meus pés me levaram até lá.

NUM OUTRO LUGAR...

Abri os olhos vagarosamente. Minha mente rodava. O que tinha acontecido caramba? Um animal me atacou? Levantei observando minha roupa. Estava ferrado, deveria ter ficado em casa.

Limpei o máximo que deu e coloquei a mão no pescoço. Destino: casa. Comecei a andar, olhava em todas as direções e via se não tinha ninguém me observando. Apressei o passo e entrei em uma área proibida, adentrando a floresta. Corri porque já estava sentindo dor. Empurrei a porta de entrada gritando.

Minha mãe veio correndo em minha direção perguntando o que tinha ocorrido. Apaguei e fui acordar em minha cama.

—O que você aprontou dessa vez? – ela perguntou passando a mão em meu cabelo.

—Nada mãe. Te juro. Não aprontei nada. Foi tudo muito rápido, uma louca me agarrou e me mordeu. Loucura. Era um animal. Aí eu apaguei. – disse me sentando na cama e sentindo uma tontura.

—Calma menino. – ela disse e sorriu. Estranhei seu sorriso. – Já sei o que aconteceu! Isso é incrível filho! Está começando a acontecer! – ela estava alegre a batia palmas.

—Mãe, quê isso? Eu quase morri! MORRI MÃE! Fui atacado e você fica sorrindo? Pirou é? – disse indignado com a situação. Ela continuou rindo.

—Você mocinho está de castigo, sem sair de casa. Saiu sem minha permissão. – ela disse e bufei irritado.

—Eu fui encontrar uns amigos mãe. Qual é? – disse cruzando os braços.

—Qual é nada criatura. Castigo até que eu diga que acabou. – ouvi e ela beijou minha testa saindo do quarto.

Levantei-me devagar. Muita calma. Olhei meu pescoço no espelho e os furos haviam sumido. Magicamente sumido. Se passasse as mãos ainda sentia eles ali.

Eu não entendi absolutamente nada do que minha amada mãe tinha comentado comigo, porém ali tinha assunto e era muito interessante. Também não fui ver amigo nenhum, fui encontrar uma menina muito bonita da alta classe, sem ser da realeza. Desde pequeno via o gosto pelo poder de minha mãe e aquilo estava começando a me afetar. Maldade. Tudo girava em torno desta palavra. As pessoas fazem de tudo para conseguirem o que querem, mesmo que precise ser retirado algumas do caminho. Sinceramente, fico triste ao ver que minha vida é mais para realizar os sonhos e planos dela.

Sai do quarto e desci as escadas até achar a cozinha. Com tudo o que havia acontecido eu estava preocupado com uma fase que se iniciaria. Colegial. Um tipo de “internato” ou “colégio interno” onde você fica lá durante a semana inteira e os pais vem visitar só final de semana. O dia de me tornar um grande feiticeiro estava se aproximando, minha mãe realizaria a cerimônia, ou seja, iria para o colégio com minha magia completa e não podemos descartar a opção de alguém descobrir sobre coisas sobrenaturais ou estranhas.

—Dou o que quiser se você me contar no que está pensando docinho. – mamãe surgiu do nada na bancada da cozinha.

—Mãe, já disse para não me chamar de “docinho”. Estou pensando no colégio, nas aulas, entende? – disse arrumando um sanduiche.

—Entendo sim. Lembro da época que estudava, foi lá que conheci seu papai, sabia? – ela disse com sarcasmo na voz. Nós não conversávamos muito sobre meu pai o que era bom e ruim ao mesmo tempo.

—Sabia, você já me contou. – ri da cara dela. – Mãe, de verdade mesmo, você acha que estou pronto para ser completo? Acredito que eu seja muito novo para isso. – disse mordendo o sanduiche que estava muito bom.

—Querido sei que você é muito novo devido a sua idade, mas você é uma pessoa avançada mesmo, isso já é de você. Tu tiveste mais facilidade que eu filho. Você consegue. – ela disse e veio me abraçar com muita força.  

—Te amo mãe. – disse a abraçando. A cerimônia ocorreria daqui á dois dias.

—Eu também te amo filho. Nunca se esqueça disso. Tudo o que faço é para te proteger. É para o seu bem, para seu futuro. Você está preparado Shawn. – ela disse me abraçando mais forte ainda.

—Vou treinar. – disse e soltei rindo novamente de sua cara. Peguei meu sanduba e fui até a área de treinamento. Terminei de comer com muita calma. Respirei fundo e imaginei o círculo da magia.

Recitei alguns passos e movimentos para canalizar minha força e meus dons. Senti um boneco em minhas costas e rapidamente virei recitando, muito baixo, um feitiço de ataque com o elemento água. Em seguida, realizei vários feitiços com todos os elementos, parei quando senti minhas articulações doerem e tive que parar. Estava anoitecendo. Parti para meu quarto, um bom banho era a única opção, vesti uma calça, uma camiseta qualquer e desci as escadas novamente pelo corrimão e sentei-me na cadeira. O jantar já estava na mesa.

NO CASTELO...

—Layla abre esta porta! – o rei batia com brutalidade na porta.

—NÃO! ME DEIXA MAJESTADE! – disse com muita raiva.

—Mas o que diabos aconteceu querido? – a rainha parou ao lado do marido e esperou a respiração se normalizar já que tinha corrido até lá. Estava uma gritaria e um escândalo aquilo ali.

—Layla estava na biblioteca procurando sobre coisas sobrenaturais querida. Ela enfiou na cabeça que está diferente. A culpa é tua mulher! De tanto você falar e insistir isso já está até no subconsciente da nossa filha. Ela pegou um monte de livro para poder ler. – o rei dizia com muita tristeza na voz para a esposa.

Já dentro do quarto Layla tinha pegado alguns livros de assunto que o pai dizia, ma outros eram assuntos como: viver sozinha, ser independente, encontrando um bom emprego, encontrando uma ótima casa, arrumando dinheiro, como viver sem os pais emocionalmente e como fugir de um castelo.

A rainha já havia arrumado a matrícula da filha para a escola da elite e Layla ainda não sabia. A princesa só tinha uma única certeza, os dias naquele castelo já estavam contados e a liberdade na vila a aguardava.


Notas Finais


Agora tudo está fazendo muito sentido, acredito eu! HUAHUA
Já vou deixar no ar que muita coisa vai rolar na escola hein!
Espero que vocês tenham gostado. *-*
Se quiser, segue lá no twitter: é @imskys. Vamos bater um papo! >.<
Já deixo avisado que há uma possibilidade do próximo ser um pouquito extenso. >.<
Grande abraço! <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...