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História Laços (VKook - Taekook) (ChanBaek) - Conversas sinceras


Escrita por: SkyColor

Notas do Autor


Heeeeeeeeeeey nuvenzinhas 💜💜💜.........
Eu ia responder a todos hoje, porem não deu, então começarei a responder os comentários do capítulo anterior e desse amanhã.... seguindo para os mais antigos... realmente não quero deixar nenhum sem responder mas estou com o tempo corrido 💜💜
Que agradecer aos 2890 favoritos 💜💜💜 De verdade, gente muito obrigada, é bom ver que estão gostando da fanfic, isso realmente é importante para mim!!!!!
Espero que gostem do capítulo 💜💜💜

Capítulo 29 - Conversas sinceras


(Jungkook POV)

Era de madrugada e eu estava em meu quarto, rolando de um lado para o outro na minha cama. Estava fazendo um calor insuportável e mesmo com a janela totalmente aberta, vestindo uma regata e um calção de tecido fino, eu me sentia desconfortável. Olhei para o relógio no criado mudo e fiquei ainda mais irritado ao ver que eram quase três horas da manhã.

Passei a mão em meu rosto e resolvi me levantar, para ir tomar um pouco de água. Saí do meu quarto e comecei a andar pelo corredor escuro da minha casa. Por ser tão tarde, não havia nenhum movimento ali, as empregadas já não estavam mais lá e os seguranças apenas andavam do lado de fora, próximos aos muros da propriedade.

Eu desci as escadas com cuidado, para que nenhum incidente acontecesse. Assim que cheguei ao térreo, comecei a andar até a cozinha, agradecendo mentalmente por ter decorado onde cada móvel estava e com isso não sair esbarrando em nada.

Quando me aproximei do cômodo, escutei o barulho de algo se chocando contra uma superfície dura e depois o murmúrio choroso e dengoso de alguma pessoa, após isso a luz do local foi ligada. Andei silenciosamente até a porta do local e me escorei no batente da mesma, vendo o Taehyung massageando o quadril, enquanto abria a geladeira.

O ômega vestia apenas uma blusa, que eu tinha certeza que era minha, que ia até a metade de suas coxas. Provavelmente estava vestido dessa forma por pensar que ninguém viria até aqui nessa hora. Ele parecia indeciso sobre o que pegar. Levava a mão até uma jarra de suco, porém a recuava. Depois de pouco tempo, vi o mesmo suspirar frustrado e escolher a garrafa de água. Eu revirei os olhos com a situação.

- Se queria o suco podia ter pegado. – falei, assustando o loiro. Ele se virou rapidamente em minha direção.

- Jungkook. – disse surpreso. Comecei a andar até o mesmo e assim que me aproximei o bastante, peguei a garrafa de suas mãos e a guardei, logo pegando o suco. – Não precisa. – disse suspirando.

- Você que não precisa ter vergonha ou receio de pegar qualquer coisa pra comer ou beber. – eu disse ao que pegava dois copos e nos servia. – Toma. – lhe entreguei um.

- Obrigado. – respondeu envergonhado. – Também está sem sono por causa do calor? – perguntou acanhado.

- Sim. – falei rindo. – Detesto esse tipo de clima. – confessei e foi a vez do ômega sorrir.

- Eu também não gosto muito. – disse me encarando.

Nós dois ficamos nos olhando por alguns segundos até que ele levou o copo até a boca e começou a beber o suco. Eu poderia ficar observando o mesmo por longos minutos, apenas o admirando e notando como ele era adorável, porém algo que chamou a atenção. Em um dos pulsos do loiro havia um marca arroxeada e por parecer estar clareando, eu tinha certeza que não era tão recente.

- Taehyung, o que foi isso no seu braço? – perguntei sério. O ômega arregalou os olhos e escondeu o pulso. – Aqueles alfas fizeram alguma coisa com você? Por que se foi, dessa vez eu juro que irei matá-los. – falei fechando minhas mãos em punhos.

- N-não foram eles. – o ômega falou gaguejando.

- Quem foi? – perguntei e o mesmo negou com a cabeça, ao que abaixava o olhar. – Olha pra mim. – pedi, tentando soar calmo, mas era quase impossível. Eu respirei fundo, peguei o copo de sua mão e coloquei no balcão. Aproximei-me do loiro e levei minha mão até o rosto do mesmo, o fazendo me encarar. – Me diz quem foi. Só assim eu vou poder te manter em segurança. – falei sério.

- Se eu disser... Promete que não vai fazer nada? – perguntou.

- Não, se me disser prometo que acabo com vida de quem te machucou. – fui sincero.

- M-mas ele pode te machucar. – ele disse choroso.

- Apenas diga, Tae. – pedi impaciente.

- F-foi o meu pai. – ele disse com os olhos marejados. Meu corpo começou a tremer de raiva.

- Quando você o encontrou? – perguntei entre dentes.

- Quando eu fui com o Hoseok ao parque. – respondeu fungando.

- E por que não disse? – meu tom de voz fez ele se acuar um pouco. Eu realmente estava irritado.

- Nós não estávamos nos falando, até agora. – ele disse triste. Aquilo me fez ficar sem palavras. Eu e ele realmente estávamos no evitando desde a festa. Eu respirei fundo e voltei a me pronunciar.

- Ele te machucou em mais algum lugar? – perguntei o analisando.

- Não, só no pulso, quando tentou me levar. – ele respondeu e eu o encarei cético. – Ele disse que era pra eu ir com ele, mas Hoseok e eu conseguimos a ajuda de dois alfas, por isso nada de muito sério aconteceu. – disse como se tentasse me acalmar.

- Ele tentar te levar é algo mais do que sério Taehyung. – falei ao que passava uma das minhas mãos em meus cabelos, demonstrando o quão tenso eu estava. – A partir de hoje nada de sair só você e o Hoseok, está me ouvindo? Ou vai com algum segurança, ou comigo, com Yoongi, com Chanyeol, seu irmão, tanto faz, mas sozinho não. – falei sério e ele acenou positivamente.

- É bom ver que ainda se preocupa comigo. – ele falou sorrindo pequeno.

- É claro que eu me preocupo. – falei incrédulo. – O que te fez achar que eu não me preocuparia mais com você? – perguntei.

- Você ter dito que foi idiota por ter se apaixonado por mim e ter me evitado todo esse tempo. – falou triste. Eu fiquei tenso diante daquelas palavras. – Posso perguntar uma coisa? – ele disse um pouco incerto – Dependendo da sua resposta, eu prometo que nunca mais te incomodo com isso. – disse ao que tinha uma expressão triste em seu rosto.

- Pode perguntar. – eu falei simples.

- Você se arrepende de ter se apaixonado por mim? – seu tom voz soou um pouco embargado.

- Tae eu... Você... – eu não sabia o que responder, ou melhor, sabia, afinal eu não me arrependia, mas eu queria que tudo tivesse sido diferente. – Você nem sequer me deixou terminar de falar no dia em que eu quis me declarar pra você. – falei frustrado.

- Se pudesse falar tudo agora, você diria? – perguntou. Eu fiquei o encarando por alguns segundos.

- Vai me escutar até o fim? – perguntei desconfiado e ele acenou positivamente. – Na verdade acho que agora vai soar mais como um enorme pedido de desculpas. – falei sorrindo pequeno e ele retribuiu o gesto. – Olha Tae... Eu sei que fui um idiota por ter apostado com o Yoongi que eu tiraria a sua virgindade. – comecei a falar. – E eu sei que errei quando eu me aproximei de você apenas para conseguir alcançar meu objetivo de te levar pra cama. – fiz uma pausa ao que vi o rosto do ômega com uma expressão irritada. – Você disse que escutaria. – contestei.

- Estou escutando Jungkook, só continuo não gostando do que estou ouvindo. – falou emburrado. Eu sorri e o abracei, deixando meus lábios próximos ao ouvindo dele. Ele não retribuiu o gesto.

- Mas com o tempo que foi passando, eu me senti mais apegado, eu sentia uma vontade imensa de estar perto de você, de te proteger ainda mais, de te fazer sorrir. – falei baixo em seu ouvido. – Tudo pra mim começou a se resumir a você. Eu percebi que pra mim, ficar com outras pessoas não significava nada, o que me fez até mesmo parar. Eu queria apenas você, Tae. – senti os braços do ômega subirem lentamente e com isso o mesmo me abraçou. – Você, com todo esse seu jeito encantador fez com que eu me apaixonasse e a resposta é não, eu não me arrependo disso. – o apertei mais em meus braços. – Nunca me arrependeria. – escondi meu rosto na curvatura de seu pescoço.

- Acho que consigo te desculpar, já que também sou apaixonado por você. – ele falou terno. – Mas ainda estou chateado por ter gritado comigo. – disse com um falso tom emburrado.

- Eu também fui um idiota por fazer isso. – falei rindo, voltando a encará-lo. – Você tinha todo o direito de ficar com outra pessoa. – suspirei – Só assim vai ter a chance de encontrar a pessoa certa. – completei.

- Eu acabei de dizer que sou apaixonado por você e você diz que tenho que ficar com outros pra encontrar a pessoa certa. – ele falou com uma sobrancelha arqueada.

- Ser apaixonado por mim não quer dizer que eu seja o seu príncipe encantado. – falei rindo. – A gente pode ficar juntos, mas ainda assim você pode não se sentir seguro o suficiente para se entregar a mim. – disse por fim.

Sem dizer uma única palavra, Taehyung selou nossos lábios em um beijo calmo. Puxei o loiro para mais perto, o apertando contra o meu corpo, e aprofundei ainda mais nosso ato. Eu sentia tanta falta dele, de poder beijá-lo, de abraçá-lo. Meu coração estava batendo aceleradamente e eu sabia que ele com certeza poderia estar sentindo. Assim que nos separamos, Taehyung sorriu doce em minha direção.

- Você é o meu príncipe, Jungkook. – ele disse calmo – Com uma lista bem extensa de defeitos, que eu sei lidar e aceitar muito bem. – falou divertido, o que me fez rir. – É pra você que eu quero me entregar, só você. – disse a ultima frase me encarnado intensamente.

- Você tem certeza disso? – perguntei, passando a mão em seu rosto. Ele acenou positivamente. Fiquei o encarando e pensando por alguns segundos. Eu queria pensar em algo que para ele fosse inesquecível. – Vem comigo. – falei entrelaçando meus dedos aos deles e o puxando para fora da cozinha.

Nós começamos a andar até a porta dos fundos, logo saindo de casa. Nos guiei até a área de lazer externa. Soltei a mão do Taehyung e fui até onde ficava o painel de controle da nossa piscina. Eu aumentei um pouco a temperatura da agua e liguei a luzes da mesma, deixando a piscina com um tom mesclado de azul e roxo.

- E se alguém aparecer? – ele perguntou corando, ao que apertava a barra da blusa que usava.

- O quarto do meu pai fica do outro lado da casa, então ele não vai ouvir nada. – comecei a explicar. – Nesse horário não tem nenhuma empregada e nem a mama acordados ou por aqui. Os seguranças ficam apenas próximos aos muros. – o informei. – Ninguém vai vir aqui. – sorri. Fui andando até o ômega e aparei na frente do mesmo. – Eu queria ter preparado algo especial. – falei simples.

- Se for com você, pra mim já vai ser especial. – ele selou rapidamente nossos lábios.

Afastei-me um pouco dele e parei na borda da piscina. Sorri ladino para o loiro e comecei a me despir lentamente, sem quebrar nosso contato visual. Eu fazia questão de que cada movimento meu fosse feito lentamente e podia ver o ômega olhar cada centímetro do meu corpo que ficava a mostra. Assim que fiquei apenas de box, fui em direção aos degraus da piscina e os desci, ficando com a água batendo pouco acima da metade das minhas panturrilhas.

- Vem cá, quero que se sente no primeiro degrau. – eu falei sorrindo. Quase não havia água no primeiro degrau, nem o suficiente para cobrir o quadril de quem sentasse ali.

Taehyung veio calmamente em direção à piscina e fez o que eu havia pedido. Me aproximei dele e o beijei de forma intensa e desejosa. Ele entrelaçou os dedos em meu cabelo e eu comecei a passar a mão sutilmente por seu corpo. Eu revezava entre morder e sugar seus lábios, fazendo com o que ele arfasse.

Separei nossos lábios e comecei a beijar e a marcar o pescoço do ômega com vontade. Ele inclinou a cabeça um pouco para o lado, me dando total acesso ao seu pescoço. Eu podia sentir a pele do loiro se arrepiar todas as vezes que o meu lábio tocava nela.

Levei minhas mãos até a barra da blusa que ele usava e a tirei. Desci meus beijos até a sua clavícula e continuei a descer, até que cheguei em um de seus mamilos. Passei a ponta da língua no mesmo, para depois morder sutilmente e puxar, arrancado um longo suspiro do meu ômega.

Fiquei pouco tempo o estimulando naquela área tão sensível, intercalando de um mamilo para o outro, até que resolvi continuar a descer com meus beijos. Fiz um caminho curto e lento até chegar ao cós da box que o Taehyung usava. Levei minhas mãos até sua ultima peça de roupa e a tirei, vendo sua quase ereção.

Sorri ladino para o loiro, antes de começar a distribuir beijos molhados pelo seu membro. Subi até a glande do mesmo e a contornei com a língua, para logo em seguida chupar apenas aquela parte. Taehyung gemeu alto e em seguida tampou a própria boca. Soltei seu membro, fazendo um som estalado. Comecei a masturba-lo ao que aproximava mais o meu rosto do seu.

- Não precisa ter vergonha ou se conter. – selei nossos lábios e aumentei a velocidade da minha mão.

Eu podia ouvi-lo gemer abafado contra meus lábios. Sessei nosso beijo e voltei para o seu membro, o colocando em minha boca. Taehyung entrelaçou os dedos no meu cabelo e gemeu ao que jogava a cabeça para trás. Era uma cena linda.

Comecei a aumentar o ritmo do vai e vem com minha cabeça, com um único propósito: fazer ele chegar ao ápice, excitá-lo ao máximo para que o ômega produzisse bastante lubrificação natural e não doesse tanto na hora do ato. Eu queria cuidar dele e fazer tudo com carinho e da forma menos dolorosa possível.

Levei minha mão livre até os testículos do loiro e comecei a massageá-los. A respiração dele estava descompassada e seus gemidos saíam entrecortados. Ele voltou a me encarar e eu pude ver que os seus fios de cabelo estavam começando a grudar em sua testa por conta de seu suor, os lábios estavam avermelhados e entreabertos. Ter aquela imagem dele, totalmente entregue e sensual, fazia meu membro enrijecer e pulsar. Taehyung era lindo.

- Jungkook eu vou... Eu vou. – antes que ele terminasse a frase, senti seu membro pulsar e ele se desfez em minha boca.

Fiz questão de deixar tudo descer pela minha garganta e então retirei seu falo da minha boca. Taehyung estava corado, ofegante e sorria de forma tímida. Mesmo nesse momento ele conseguia ser adorável.

O puxei delicadamente pela mão e ficamos frente a frente. Começamos a nos beijar de forma apaixonada. Sem quebrar nosso contato, eu me sentei no local em que o Taehyung estava e coloquei o ômega em meu colo. Meu coração batia de forma acelerada e eu estava nervoso. Eu queria que tudo fosse perfeito para ele, queria que fosse inesquecível, assim como seria para mim, mesmo não sendo minha primeira vez.

Comecei a passar a mão pelas coxas dele, subindo para a cintura e por fim parando no meio de suas costas. Eu queria poder senti-lo, decorar cada pedacinho do seu corpo, sem deixar escapar nenhum detalhe. Voltei a descer minhas mãos pelas costas dele, até chegar em suas nádegas. Levei meu dedo até sua entrada e era possível sentir o quão bem lubrificado ele estava por conta de seu orgasmo anterior. Acariciei aquela área sensível, o que o fez arfar e separar nosso beijo.

- Está pronto? – perguntei e ele acenou positivamente.

Comecei a introduzir o primeiro dedo lentamente e o vi ficar um pouco tenso, mas depois relaxou. Movimentei a minha mão devagar enquanto ele arfava, introduzi o segundo dedo e o ômega prendeu a respiração por alguns segundos antes de voltar a relaxar. Comecei a tesoura-lo. Assim que supus que já era o bastante, retirei meus dedos com cuidado e posicionei meu membro em sua entrada. Taehyung estremeceu com meu ato.

- Está nervoso, quer continuar? – perguntei calmo.

- Quero. – ele respondeu deixando claro o quão nervoso estava, com seu tom voz.

- Então eu preciso que relaxe. – falei sereno.

Ele respirou fundo e acenou positivamente. Juntei nossos lábios novamente e coloquei minhas mãos em sua cintura, o conduzindo para que a penetração ocorresse de forma lenta. Eu queria passar segurança a ele com aquele beijo e com meus toques. Toda a preocupação que eu estava sentindo era algo novo até mesmo para mim. Nunca cheguei a me importar com alguém assim, mas com ele era diferente, afinal Taehyung era a pessoa que eu amava.

Nós nos beijamos de forma calma e aos poucos era possível sentir que o Taehyung relaxava e isso estava facilitando a penetração. Quando minha glande adentrou no ômega, o mesmo separou nosso beijo e escondeu o rosto na curvatura do meu pescoço, mas ainda assim não parou com a penetração.

Comecei a acariciar sua cintura e a distribuir beijos delicados por seu pescoço, no intuito de tentar fazer com que a dor passasse rápido. Quando senti meu membro adentrar por completo, segurei meu ômega de forma firme e me levantei com ele em meu colo. Comecei a andar para a parte um pouco mais profunda, até que a água cobrisse acima da minha cintura.

- Você está bem? – perguntei preocupado. Taehyung me encarou e eu pude ver seus olhos um pouco marejados, acompanhados de um bico fofo. – Vai passar. – falei começando a distribuir vários beijos pelo seu rosto. Eu teria que ser muito cuidadoso com ele.

Poucos minutos depois, o ômega entrelaçou os braços por volta do meu pescoço e se impulsionou para cima lentamente e depois voltou para o lugar na mesma velocidade, fazendo com que parte do meu membro entrasse e saísse de si. E vi aquilo como um sinal que eu poderia começar a me mover.

Fui em direção a borda, onde encostei o loiro, e comecei a entrar e sair do mesmo em um ritmo lento, porém ainda prazeroso. Taehyung gemia de forma manhosa e me encarava intensamente. Eu comecei a aumentar a velocidade dos meus movimentos de forma que o corpo do ômega impulsionava para cima cada vez mais. Estar dentro do Taehyung era algo delirante. Ele era apertado, quente, gostoso de todas as formas e aquilo estava me levando a loucura.

O ômega entrelaçou os dedos no meu cabelo e o puxou de leve, descontando o prazer que estava sentindo. Levei minha boca até o seu pescoço e continuei a marcá-lo. Em meio a tudo que eu estava fazendo, um gemido alto e agudo foi emitido por ele. Eu sorri ladino e comecei a estocar ele apenas naquela área sensível, cada vez mais fundo e rápido. Taehyung soltou meus fios negros e levou as mãos para o meu ombro e a parte superior das minhas costas, onde senti o mesmo arranhar minha pele.

- Jungkook. – me chamou em meio a um gemido manhoso.

O segurei pelas coxas e o ergui um pouco, para conseguir mais acesso e mais velocidade em meus movimentos. O ômega me puxou contra o seu corpo e me beijou de forma intensa e sensual. Entramos em um briga por dominância, que eu deixei ele ganhar. Tê-lo no comando da situação era algo que eu aprendi a amar. Ficamos bons e longos minutos daquela forma.

- Eu... Ah! Estou... Quase. – falou gemendo ao que separamos nossos lábios.

Nossos fios de cabelo estavam molhados, nossas respirações descompassadas, lábios vermelhos e entreabertos, as testas e os narizes resvalando uns nos outros enquanto gemíamos de forma deleitosa. Algumas estocadas depois, senti o Taehyung começar a tremer e me abraçar com força, ao que gemeu de forma longa e arrastada. Seu interior apertou ainda mais meu membro e com isso me desfiz dentro do mesmo. Repousei a cabeça em seu ombro e sorri. Ambos havíamos atingido nosso ápice.

- Eu te machuquei? – perguntei o encarando.

- Não. – respondeu ofegante e sorrindo de forma encantadora – Mas confesso que doeu um pouco. – disse manhoso, o que me fez sorrir e selar nossos lábios em um rápido beijo calmo. Retirei-me de dentro dele com cuidado e fiz sinal para que o mesmo virasse de costas para mim e assim o fez, o abracei pela cintura e comece a nadar de costa, de forma calma. – O céu está lindo hoje. – disse encostando a cabeça em meu ombro e se aconchegando melhor a mim.

De fato estava uma noite linda. A lua cheia, o céu totalmente estrelado e sem nenhuma nuvem ou luz adicional que nos impedisse de ver tudo nitidamente e para completar o cenário, eu ainda estava com a pessoa que eu amava em meus braços. De todas as provas de amor que o Taehyung poderia ter demonstrado, acho que se entregar a mim, demonstrando que eu ainda tenho a sua confiança, depois de tudo que fiz a ele, poderia ser a maior delas.

- Tae, eu tenho algo pra perguntar a você. – falei um pouco nervoso. Ele se virou e me encarou. – Eu sei que errei com você e mais uma vez peço desculpa por isso. – continuei e o vi sorrir e acenar positivamente. – E eu sinceramente não vejo cenário melhor para te perguntar isso se não debaixo desse lindo céu estrelado, na piscina, onde eu tive o prazer e a sorte de ser o seu primeiro e depois de termos exposto nossos sentimentos um pelo outro. – eu sentia meu rosto esquentar, anunciando que eu estava corando. – Você quer namorar comigo? – perguntei. Taehyung sorriu largamente e se jogou em meus braços, quase nos afundando.

- Eu quero, quero muito. – ele respondeu sem se afastar – Eu achei que não ia pedir. – confessou.

- Talvez eu devesse ter pedido antes. – falei divertido.

- Talvez. – respondeu no mesmo tom.

- Eu te amo. – confessei. Ele me encarou surpreso e vi seus olhos lacrimejarem, ao que mais uma vez, me lançava um sorriso encantador.

- Eu te amo. – falou me encarando intensamente. Meu coração acelerou e meu corpo inteiro pareceu formigar ao ouvir aquelas palavras.

Nós dois ficamos um bom tempo ali na piscina, para que a pequena dor incomoda que o Taehyung estava sentindo passasse, até que por fim decidimos sair, antes que ficássemos doentes. Fui até o painel de controle da piscina, desliguei as luzes, voltei com a temperatura normal e apertei o botão para que a lona de proteção fosse posta, um sinal que Chanyeol e eu colocamos para avisar que a piscina deveria ser limpa. Dei minha blusa para que o ômega vestisse e coloquei minha calça. Pegamos os restantes das nossas roupas e entramos na casa, indo praticamente correndo até o meu quarto. Nós dois corríamos de mãos dadas e fazíamos o possível para não fazer barulho algum.

Chegando ao cômodo, fomos tomar um banho rápido. Assim que terminamos, saímos do banheiro, nos vestimos e deitamos em minha cama. Taehyung se aconchegou em meus braços e eu fiz o mesmo ao corpo do ômega. Ficamos brincando por um tempo, até que o sono finalmente veio. Poder sentir o aroma dele e o calor do seu corpo, eram coisas que eu mais sentia falta. Eu com certeza sou a pessoa mais sortuda do mundo por ter o Taehyung ao meu lado, como meu ômega, o meu namorado. E eu faria ser assim para sempre.

(Taehyung POV)

Já era de manhã e eu havia acabado de acordar por conta do som do despertador. Estiquei-me até o aparelho e o desliguei, antes que acordasse o meu alfa. Assim que o fiz, encarei o Jungkook e vi que o mesmo ainda dormia. Ele tinha a respiração serena e ressonava um pouco. Comecei a analisar o corpo do mesmo. Havia alguns rastros vermelhos em seus ombros, rastros feitos por mim.

Comecei a me lembrar da noite anterior e senti meu rosto corar e meu coração acelerar. Eu havia perdido a minha virgindade com a pessoa que amo e nós dois estávamos namorando. Eu sorri largo e levei minha mão até o rosto do moreno. Comecei a fazer um carinho sutil no local e vi meu namorado se aconchegar mais ao meu toque. E pensar tudo poderia ter sido diferente, caso eu tivesse desistido e não ter tentando insistir mais uma vez.

Eu estava tão distraído em meus pensamentos e no fato de estar admirando a beleza do alfa, que não pude deixar de me surpreender ao ouvir alguém batendo na porta. Segundos depois a mesma foi aberta e com isso vi a dona Heejin adentrando no cômodo.

- Jungkook querido, está na hora de-. – fez uma breve pausa ao que nos encarou. Eu me sentei lentamente, e comecei a pensar no que dizer a ela, porém o doce sorriso que a beta direcionou a mim fez com que eu me acalmasse por completo e retribuísse o gesto. – Bom dia, querido. – me cumprimentou terna.

- Bom dia, dona Heejin. – falei acanhado.

- Vejo que fizeram as pazes. – ela disse calma – Fico feliz com isso, eu não gostava de ver a carinha triste dos dois pelos cantos da casa. – disse rindo. – Ele realmente gosta muito de você Taehyung, e digo isso com certeza, eu o criei e nunca vi ele agir e se importar com outras pessoas, como ele faz com você. – disse vindo em nossa direção. Ela parou ao lado da cama e passou a mão de forma delicada e carinhosa nos fios de cabelo do alfa, como se fosse a mãe do mesmo, e sorriu quando o mesmo se remexeu e abriu os olhos lentamente. Foi uma cena adorável.

- Bom dia, mama. – Jungkook disse rouco, ao que se espreguiçava.

- Pelo visto os dois não vão para aula hoje. – disse a beta levando a mão até meus fios de cabelo e os acariciando. – Parece que tiverem uma noite longa. – disse passando os dedos delicadamente pelo meu pescoço. Com certeza estava marcado. Eu corei intensamente. – Querem que eu peça para trazerem o café da manhã de vocês? – perguntou.

- Por favor. – Jungkook falou ao que se sentava.

- Voltarei logo. – falou ao que se virava para sair, porém antes que o fizesse eu a chamei.

- Dona Heejin. – falei um pouco hesitante.

- Sim querido. – disse se virando em minha direção.

- Eu tenho um pedido para fazer. – suspirei. A beta fez um gesto para que eu continuasse. - E-eu queria pedir pra alguém comprar aquele remédio que evita a gravidez. – mordi o lábio em nervosismo. Ela arqueou uma das sobrancelhas.

- É uma prevenção para antes ou já aconteceu o ato? – ela perguntou cautelosa. Eu fiquei estático, com o tamanho da vergonha que eu estava sentindo naquele momento.

- Já aconteceu. – Jungkook respondeu coçando a cabeça.

- Eu irei providenciar para você querido. – ela falou calma. – Espero que os dois tenham juízo, estou confiando em vocês. – sorriu.

- Obrigado, dona Heejin. – agradeci. Ela realmente era um anjo, e sempre foi, desde que chegamos aqui.

- Mama. – Jungkook a chamou e logo ganhou sua atenção. – Taehyung e eu estamos namorando. – o alfa disse cada palavra de forma boba e apaixonada, que fez meu coração derreter.

- É serio? Você está namorando? – Heejin perguntou surpresa e com certa animação. – Oh meu Deus, isso é uma ótima notícia, principalmente com essa pessoa sendo o Taehyung. – me encarou encantada. – Você teve a sorte grande, bebê! E você também Taehyung, apesar dele ser um pouco difícil, é um amor de pessoa. – falou toda orgulhosa. – Hoje vou preparar a sobremesa favorita dos dois, e dos irmãos de vocês. – disse como se fizesse uma lista de tarefas mentalmente. – Eles chegam hoje e parece que todos irão ter novidades para contar. – sorriu – Eu vou indo agora, providenciar tudo. – disse terna e logo saiu do quarto.

- A mama realmente ficou feliz por nós dois. – o alfa disse me abraçando e eu concordei com a cabeça.  – Vem, vamos escovar os dentes. – disse se levantando e me levando consigo.

Nós fomos andando de mãos dadas até o banheiro. Depois de fazermos as necessidades básicas matinais, cada um na sua vez e com sua devida privacidade, fomos até a pia e começamos a escovar os dentes.  O que era para ser uma tarefa simples e rápida, acabou de tornando uma guerra de água, que eu perdi. Enquanto terminávamos a nossa higiene bucal, encarei o Jungkook pelo espelho e vi o mesmo perdido em seus próprios pensamentos, antes de rir e negar com a cabeça.

- Está pensando em que? – perguntei curioso.

- Na ultima conversa que eu tive com o Yoongi. – ele respondeu. – Eu estava realmente mal e não via um lado bom em estar apaixonado. – falou sincero. – Então ele me aconselhou a superar meus sentimentos e voltar a ser como eu era antes. – falou por fim, terminando sua escovação e enxaguando a boca. Eu fiquei o olhando de forma incrédula, mas eu sabia que não seria justo dizer nada contra.

- Seokjin também me aconselhou a esquecer tudo e seguir em frente. – eu falei, também terminando de escovar os dentes. – Os dois estavam preocupados com a gente. – falei me virando em direção a ele.

- São bons amigos. – ele falou me abraçando pela cintura e resvalando nossos narizes. – Mas acho que o melhor foi não ter seguido o conselho dos dois. – disse selando nossos lábios. Nós dois sorrimos em meio ao ato.

Saímos do banheiro e voltamos para cama. Jungkook pegou o controle da TV e começou a escolher alguma coisa para vermos. Alguns minutos depois, a dona Heejin apareceu no quarto novamente, acompanhada de uma beta que trazia nosso café da manhã. A beta mais velha me entregou o remédio e disse que havia demorado porque a mesma foi comprar, para evitar qualquer constrangimento da minha parte, por ter que falar para outras pessoas sobre o que eu precisava. Eu a agradeci imensamente.

As duas betas saíram do quarto e com isso Jungkook e eu começamos a tomar nosso café da manhã, logo depois de eu tomar meu remédio. O alfa colocou algumas animações para assistirmos, dizendo que é sempre bom variar um pouco e relembrar da infância. Ficamos um do lado do outro, tão próximos que as nossas pernas se entrelaçavam um pouco. Eu me sentia feliz perto do alfa, e queria que fosse assim para sempre.

(Chanyeol POV)

Nós estávamos no jato da empresa, pousando no aeroporto. Depois de uma longa viagem finalmente havíamos chegado. Baekhyun dessa vez não havia dormido, já que o mesmo parecia nervoso com o fato de voltarmos. Seria o momento onde ele descobriria se havia sido contratado ou não. Em minha opinião, ele havia se saído de forma excelente em todas as reuniões e com certeza seria contratado.

Assim que pousamos, Luhan, Minseok, Baekhyun e eu nos levantamos e começamos a andar rumo à saída. Os dois ômegas carregavam algumas sacolas de lembranças que haviam comprado para os amigos e o Taehyung, e diziam o quanto sentiam saudades dos mesmos, enquanto Minseok e eu apenas sorriamos os encarando.  Quando saímos do jato, vimos que haviam dois carros parados a nossa espera.

- Por que dois carros, se vamos todos para o mesmo lugar? – Luhan perguntou.

- Nós recebemos ordens de levar apenas o senhor Baekhyun a empresa, senhor Luhan. – um dos motoristas falou de forma respeitosa.

- O que? – meu ômega perguntou surpreso. Ele me olhou de forma que seu nervosismo ficasse evidente. Aproximei-me do mesmo e segurei a sua mão, tentando passar calma a ele.

- Como assim levar só ele? – Luhan perguntou irritado.

- Apenas estamos seguindo ordens. – o motorista disse um pouco acuado. Ele era um beta, e confesso que o tom de voz do Luhan, quando irritado, também me assustava algumas vezes. Acho que ele nasceu com os genes trocados. Deveria ser um alfa, na realidade.

- Isso está errado. – o de fios verdes falou pegando o celular e começando a ligar para alguém. Pouco tempo depois ele voltou a falar. – Papai-. – não completou sua frase. Eu estava próximo o suficiente dele ao ponto onde escutei meu padrinho dizer “Siga as ordens, Xiao Luhan” de forma dura. O ômega desligou o celular irritado e se virou para o Baekhyun. – Vai dar tudo certo está bem? Qualquer coisa me liga. – disse preocupado.

- Acho que essa frase é minha. – eu falei cético.

- O melhor amigo aqui sou eu. – sorriu em minha direção e eu revirei os olhos.

- Baek, você foi ótimo nessa viagem, então com certeza ganhará uma resposta positiva. – eu falei acariciando seu rosto.

- Ok. – ele disse suspirando. – Me desejem sorte, e ao Jongin também. – disse indo em direção a um dos carros.

- Boa sorte. – nós três falamos em uníssono. Ficamos o vendo entrar no carro e partir.

- Nós vamos pra sua casa esperar por noticias, Chanyeol. – Luhan ditou simples e eu apenas concordei.

Entramos no segundo carro e começamos a fazer o percurso para minha casa. O ômega de fios verdes havia ligado para o Jongin e o mesmo disse que estava na empresa, aguardando o inicio de uma reunião e que só faltava o Baekhyun chegar. Aquela noticia apenas pareceu deixar o Luhan mais tenso. Sempre foi um plano dele ter os amigos perto e eu também sabia que ele torcia pelo sucesso de ambos.

Depois de um longo caminho, com um clima um pouco tenso dentro do carro, nós finalmente havíamos chegado na minha casa. Eu confesso que eu sentia saudades daqui, do meu pai, do meu irmão, mesmo pensando que ele sequer devia ter sentido minha falta. Saímos do veículo e entramos na casa, sendo surpreendidos por uma adorável cena. Taehyung e Jungkook estavam sentando no sofá, conversando calmamente e com o ômega deitado sobre o corpo do alfa, enquanto meu irmão afagava seus cabelos.

- Tae. – Luhan o chamou sutilmente.

O ômega nos encarou e um enorme sorriso brotou em seu rosto. Os dois se levantaram, e o loiro veio correndo em nossa direção, se jogando nos braços do esverdeado, enquanto o Jungkook andava lentamente em minha direção, e me dando um simples abraço quando se aproximou o suficiente. Eu retribuí o gesto sorrindo.

- Eu senti tanto a falta de vocês. – Taehyung falou de forma carinhosa.

- Também sentimos. – Luhan disse afagando o cabeço do loiro, sem quebrar o contato dos dois.

- Onde está o meu irmão? – o mais novo perguntou.

- Teve que ir pra empresa, mas logo ele chega. – eu respondi.

- Como foi a viagem? – Jungkook perguntou.

- Foi ótima. – eu o respondi.

- Foi bom ter um momento relaxante. – Minseok disse suspirando.

- Mas eu já estava morrendo de saudades do meu bebê. – Luhan falou e se afastou um pouco do ômega e o analisou. De repente ele franziu o cenho. – Taehyung, que marcas são essas? – perguntou incrédulo. Eu vi o meu irmão e o Taehyung arregalarem os olhos.

- B-bom... É... Tem algo que eu preciso dizer pra vocês, mas temos que esperar o meu irmão chegar. – falou um pouco cauteloso.

- Você que fez essas marcas, Jungkook? – Luhan perguntou sorrindo de forma macabra.

- Luge, deixa eles. – Minseok falou rindo.

- Foi. – Jungkook respondeu calmo. Luhan voltou a analisar o corpo do Taehyung, como se checasse para ter certeza que não havia nenhum pedaço faltando, já que as marcas roxas eram intensas e pareciam ser recentes. Eu sentia que a qualquer momento meu irmão poderia ser morto. – Jungkook, olha essas marcas. – falou mostrando um dos braços do Taehyung. – O que você fez? – era possível notar pontadas de ódio em sua voz.

- E-essa não foi ele. – Taehyung falou hesitante.

- Alguém te bateu? – perguntei preocupado, me aproximando do ômega.

- Conte a eles. – Jungkook disse simples e com isso todos olharam para o Taehyung.

- Foi o meu pai. – o ômega respondeu pesadamente.

- O QUE? COMO ASSIM? QUANDO FOI ISSO? – Luhan perguntou histérico. – Por que não nos contou? – usou um tom de voz duro para falar com o ômega a sua frente. Algo que eu via pela primeira vez.

- E-eu não quis preocupar vocês e achei que seria melhor falar pessoalmente. – Taehyung respondeu acuado. – Tem algo que eu quero perguntar. – disse tentando soar firme.

- Perguntar o que? – o de fios verdes falou, respirando fundo.

- Temos que esperar o meu irmão chegar. – Taehyung disse triste.

- Vamos nos sentar e esperar pelo Baekhyun. – Minseok falou calmo. – Pelo visto o dia será cheio de notícias e por isso todos temos que ficar calmos e esperar. – disse por fim e todos pareceram concordar.

Nos sentamos no sofá e começamos a conversar para que o tempo passasse mais rápido. Minseok e eu contávamos todos os detalhes da viagem aos dois mais novos enquanto o Luhan parecia perdido em seus próprios pensamentos. Eu o entendia. A notícia de que aquele homem havia se aproximado e machucado o Taehyung era realmente preocupante.

Depois de algumas horas, a porta principal foi aberta e com isso o Baekhyun entrou correndo em casa. Ele veio em nossa direção e se jogou em meus braços. Era possível ouvi-lo rir e fungar, anunciando que estava chorando. Isso era um ótimo sinal.

- Eu consegui. – ele falou eufórico. – Jongin e eu conseguimos e vamos começar a trabalhar depois de amanhã. – concluiu.

- ISSO. – Luhan gritou em comemoração. Todos parabenizaram meu namorado, que os agradecia.

- Eu falei que conseguiria. – eu disse terno, selando nossos lábios rapidamente.

- Estou feliz por você, Baek. – Taehyung disse de forma orgulhosa. Baekhyun sorriu e abraçou o irmão.

- Agora que estamos todos aqui. – Luhan começou a dizer. – Tem algo que o Tae quer nos contar, Baek. – disse com uma das sobrancelhas arqueadas. – E se for o que estou pensando, Jungkook vai perder seu bem mais precioso. – disse ameaçador.

- O que mais tenho de precioso é o Tae, e isso você não vai tirar de mim, ninguém vai. – Jungkook falou convencido. Todos os olhamos espantados.

- O que? Como assim? Quem é você e o que fez com o verdadeiro Jungkook? – Luhan perguntou cético.

- A primeira noticia é que... – Taehyung corou. – Jungkook e eu estamos namorando. – disse sorrindo terno.

- O JUNGKOOK O QUE? – eu perguntei espantado. – Não é você que sempre diz que não se apaixona, que não se apega, que não tem um coração? – perguntei.

- Muito engraçado. – meu irmão falou sem humor e suspirou. – As coisas mudam e eu me apaixonei. – disse sorrindo. Aquilo realmente era algo novo.

- E... Bom, nós... – a coloração do rosto do loiro ficou mais intensa. – Como vou dizer isso. – parecia nervoso. – Nós... Nós... Eu preciso ter uma conversa entre ômegas. – falou gesticulando.

- Mas só temos essa conversa com quem não é mais... – Baekhyun fez uma breve pausa e ficou estático. Juntando todas as peças, era óbvio o que tinha acontecido. – Jungkook eu vou te matar! – falou encarando meu irmão.

- Baek! – Taehyung chamou pelo irmão. – Eu finalmente achei a minha pessoa especial. – disse apaixonado. Era fofo.

- Mas você é um bebê. – Luhan disse choroso. – Eu esperava que isso acontecesse daqui a quarenta anos. – disse por fim.

- Jongin vai surtar quando souber. – Baekhyun falou, rindo de repente.

- Jongin vai matar o Jungkook quando souber. – Luhan falou divertido.

- Não contem para ele então. – Jungkook falou de forma nervosa.

- Não se preocupa. – Taehyung falou abraçando o namorado – Eles só querem nos assustar. – apesar de soar calmo, ele não parecia ter tanta certeza de suas palavras.

- Mudando de assunto. – Baekhyun falou. – Essas marcas no seu corpo são todas da sua grande noite? – perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas.

- Baek. – Taehyung o chamou de forma manhosa, o que fez o de fios rosa sorrir. – Falando em marca. – olhou para o próprio braço. O clima voltou a ficar tenso. Luhan suspirou pesadamente, antes de se pronunciar.

- Baek. – Luhan o chamou, ganhando sua atenção. – O Tae encontrou com o pai de vocês. – disse triste.

- O que? – Baekhyun parecia extremamente preocupado. – Ele te machucou? Tentou alguma coisa? – perguntou ao irmão.

- Ele tentou me levar como ele, mas o Hoseok e eu conseguimos ajuda. – o loiro respondeu.

- Você não estava com ele? – perguntei ao meu irmão, que negou com a cabeça.

- Esse cara só pode ser louco. – Minseok falou incrédulo.

- Ele me disse uma coisa que me incomodou bastante. – Taehyung voltou a falar.

- O que? – Luhan e Baekhyun perguntaram.

- Ele disse que o seu maior erro foi ter me protegido demais e nunca ter me dito a verdade. – disse devagar. Luhan e meu namorado arregalaram os olhos. – O que ele quis dizer com isso? – perguntou.

- T-tae... – Baekhyun começou a dizer de forma tremula. – É melhor não. – disse por fim.

- Então realmente está me escondendo alguma coisa? – o mais novo perguntou incrédulo.

- É para o seu bem, bebê. – Luhan falou choroso.

- O que é? Eu quero saber. – Taehyung parecia agitado. Os dois negaram com a cabeça. A situação apenas piorava. Eu sabia o que era e entendia o porquê de terem escondido aquilo do Taehyung. Não desejava essa verdade a ninguém.

- Acho que para o seu bem é melhor continuar não sabendo. – eu falei calmo.

-  Você também? – ele me perguntou e eu suspirei. – Por que eu não posso saber? – perguntou choroso.

- Se é algo em relação a ele, ele deve saber. – Jungkook disse em defesa do namorado.

- Não é tão simples, Jungkook. – eu falei para o meu irmão.

- Mas ele está certo. – Minseok disse simples. – Principalmente ser for algo sério. – disse por fim.

- Tem um motivo para ele não saber. – Luhan disse com os olhos marejados. – Se nós escondemos a verdade dele durante todo esse tempo é porque não queríamos que ele sofresse. – disse por fim.

- É algo tão ruim assim, Baek? – Taehyung perguntou ao irmão. Baekhyun começou a abrir e a fechar a boca algumas vezes, e as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto. – O que é? – o tom de voz do ômega loiro começou a ficar assustado.

- É-é sobre a m-mamãe Tae. – o meu namorado disse hesitante. Aquele seria um momento delicado caso contassem a verdade e eu agradecia por não ter nenhuma beta por ali no momento. – S-sobre a morte dela. – disse por fim.

- A morte da mamãe? – Taehyung perguntou confuso. – O que o suicídio da minha mãe tem a ver com isso? – os olhos dele começaram a marejar.

- Ela.. Ela... – Baekhyun não conseguia completar a própria frase e o Luhan já chorava copiosamente, tendo o Minseok preocupado em cima de si. – Ela não se matou. – o de fios rosa falou depois de suspirar. – Ela foi assassinada, Tae. – disse por fim, caindo em prantos.

- O que? – o horror na expressão de todos que não sabiam a verdade, assim como em suas vozes ao perguntarem, se fizeram presente.

- Foi ele quem a matou, Tae. – meu ômega disse entre lágrimas. – Foi o nosso pai. – disse por fim.

Os dois ômegas mais velhos contaram exatamente o que havia acontecido e o Taehyung começou a chorar intensamente. O ômega negava com a cabeça diversas vezes, dizia que aquilo não era possível e chamava pela mãe. Luhan e Baekhyun também choravam e tentavam consolar o mais novo, porém aquilo parecia impossível. Era uma cena horrível de presenciar, principalmente se tratando de pessoas tão importantes para mim.

Depois de longos minutos a situação parecia ter se acalmado um pouco. Taehyung ainda chorava, nos braços do irmão, mas não tão intensamente como antes, e todos os outros pareciam perdidos nos próprios pensamentos, tentando aceitar a realidade de que tudo tinha vindo à tona.

- Por que não o denunciaram? – a voz do Jungkook soou de repente. Ele parecia irritado.

- Nós tentamos, mas não acreditaram na gente. – Luhan respondeu, já que o Baekhyun parecia atordoado demais para dizer qualquer coisa. – Nos colocaram como os meninos que sofreram um trauma e por isso viam coisas. – disse tentando secar as próprias lágrimas. – Era o testemunho de vários adultos contra o de dois garotos. – disse por fim.

- E não tentaram fazer isso mais tarde? – Minseok perguntou.

- Não valeria de nada o nosso depoimento sem provas. – o de fios verde respondeu – E nós não podíamos dizer nada, já que ele ameaçou o Taehyung. – disse por fim.

- Se ele chegar perto do Tae eu o mato. – Jungkook disse sério.

- O melhor pra todos é manter distancia dele. – Baekhyun finalmente se pronunciou. – Até mesmo vocês. – disse me encarando.

- Baek. – Taehyung o chamou choroso. – Eu quero ir ao tumulo da mamãe. – pediu.

- Claro que podemos ir. – meu ômega respondeu sorrindo terno.

- Posso levar se quiserem. – Luhan disse e os dois acenaram positivamente, depois olharam em nossa direção.

- Acho que... Esse é um momento para você três. – Minseok disse.

- Minseok está certo, vocês precisam disso. – eu falei sorrindo.

- Vamos esperar aqui. – Jungkook completou. Era como se tivéssemos entrado em acordo sem dizer uma única palavra.

Os três ômegas sorriram em nossa direção e se levantaram. Eu avisei que pediria para que um dos seguranças os levassem até o local, e os três agradeceram. Eles saíram e com isso, Minseok, Jungkook e eu ficamos sentados no sofá, em um curto período de silêncio.

- Como um pai pode destruir uma família desse jeito? – Minseok perguntou.

- Ele nunca amou a família, apenas o dinheiro. – eu falei simples. – Tanto que vendeu os próprios filhos. – concluí.

- Eles não mereciam passar por isso. – Jungkook falou incrédulo.

- Ninguém merece passar por uma situação dessas. – Minseok disse suspirando pesadamente.

- Ele queria levar o Taehyung uma vez. – Jungkook voltou a dizer. – Nada impede que tente de novo ou que tente o mesmo com o Baekhyun. – continuou – Eu não vou permitir que nada do tipo aconteça. – disse firme.

- Vamos aumentar a segurança deles, nada de deixá-los saindo sozinhos. – eu falei sério. – Vamos procurar sempre estar por perto e deixar os seguranças por perto também. – eu falei simples e todos pareciam concordar.

Ficamos conversando um pouco, sobre formas de manter nossos namorados seguros. Tanto eu, quanto o Minseok e o Jungkook, queríamos o melhor para os três. Estávamos lidando com um homem que era capaz de qualquer coisa, e isso nos deixava apreensivos. Ele poderia aparecer a qualquer momento e tentar o que fosse para ter o que queria, e eu faria o que fosse preciso para protegê-los.

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!! 💜


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