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História Past Tears - Imagine Kim Taehyung - Let me down slowly


Escrita por: Minax

Capítulo 11 - Let me down slowly


Fanfic / Fanfiction Past Tears - Imagine Kim Taehyung - Let me down slowly

S/n 

Minhas mãos estavam suadas e meu coração acelerado, se o rei desconfiasse de qualquer coisa, meu plano de fuga estaria arruinado.

 

Ao mesmo tempo uma sensação estranha invadiu o meu corpo. Lembrei-me que no final a princesa havia aparecido morta no seu quarto, o que dava indícios que fugir com Taehyung não iria dar tempo ou até mesmo certo. 

 

 

Essa noite é fria no Reino

Posso sentir você desaparecer

Da cozinha até a pia do banheiro

Os seus passos me mantêm acordado

Não me ignora, me jogue fora, me deixa aqui para definhar

Eu já fui um homem com dignidade e graça

Agora estou escorregando pelas rachaduras do seu abraço frio

Então por favor

Por favor 

Você poderia encontrar um jeito de me decepcionar aos poucos?

Espero que você possa me mostrar um pouco de compaixão 

Se você for vou ficar tão sozinho

Se você está partindo, amor, me decepcione aos poucos

 

 

Jungkook

Achei estranho a demora da S/n e fui atrás dela, quando a encontrei desmaiada no quarto. Fiquei tão desesperado que só consegui pegá-la no colo e descer as escadas correndo. 

 

— O quê aconteceu? — Hyeon se levantou depressa. 

 

— Eu encontrei ela desmaiada no quarto. — Respondi com minha noiva ainda nos meus braços. — Precisamos levá-la no hospital, alguma coisa está errada com a S/n.

 

— Oh meu Deus, o que a minha filha tem? — Minha sogra se perguntava aos prantos. 

 

Saímos rapidamente em direção ao hospital onde eu trabalho, nossa sorte era que não ficava tão longe dali. Assim que me viram chegando na emergência com a minha garota nos braços, nem me perguntaram nada, apenas trouxeram uma maca e a colocaram ali pedindo o que havia acontecido. Expliquei toda a situação encaminharam ela para alguns exames, alguns para identificar se não tinha alguma lesão na cabeça. Já que quando a S/n desmaiou bateu a cabeça no chão. 

 

— Quando os exames saem, Lucy? — Perguntei para a enfermeira que estava acompanhando o caso. 

 

— Daqui a alguns minutos, doutor Jeon. — Disse ainda enquanto colocava o acesso no braço da S/n. — Sem querer ser intrometida, mas já sendo, quem é ela? — Indagou sem graça. 

 

— Essa é a minha noiva, já falei muito dela para vocês, se lembra? 

 

— Ah claro, como iria esquecer? — Deu uma risada. — Ela é uma mulher de sorte, espero que tudo fique bem. 

 

— Também espero, mas a S/n é forte, não será nada além de uma queda de pressão, tenho certeza. — Tentei pensar pelo lado positivo. 

 

— Jungkook, que bom te encontrar aqui! — Meu amigo Jackson chegou e deu-me um abraço rápido. — Quer dizer... não é bom te encontrar nessa situação, fora do horário de trabalho, significa que está sendo acompanhante de alguém no hospital, certo?

 

— É, essa não é uma das melhores ocasiões, mas tudo bem. 

 

— Deixa eu pegar a ficha de exames da Lee S/n. Espera aí... S/n não é a sua noiva? filha daquele juiz famoso, Lee Hyeon? — Arregalou os olhos e eu assenti. — Não acredito, vamos ver o que houve com ela. — Jack começou a ler os exames em voz alta para que eu também escutasse, mas o estranho era que não tinha nada de errado com a S/a, ela estava até saudável. Sem quadro de anemia, pressão baixa e também não estava grávida. — Não entendo o que pode ter acontecido com sua noiva, aparentemente está tudo normal. 

 

— Talvez estresse e cansaço, porque não vejo outra explicação. — Passei as mãos pelos meus cabelos, puxando os fios. — Estou nervoso, uma pessoa com o quadro médico dela não deveria ter esses desmaios. 

 

— Olha, Jeon. Podemos colocá-la em observação, assim poderemos ver se acontece algo. — Pousou a mão no meu ombro. — Tente ficar tranquilo, meu amigo, tenho certeza que a sua noiva ficará bem logo logo. 

 

Jackson saiu do quarto e logo a família Lee entrou no local e começou a me lançar inúmeras perguntas. 

 

— Como está a minha filha, Jeon? O que aconteceu com ela? — Minha sogra perguntava desesperada. 

 

— Aparentemente está tudo bem, mas ela vai ficar em observação. 

 

— Tudo bem?! — Alterou a voz. — Minha filha está desmaiando e isso é considerado "tudo bem"? O que está acontecendo com a medicina desse país? — Pude ver Hyeon colocar a mão no ombro da esposa. 

 

— Acalme-se, querida. — Depositou um selar no lugar que até então estava sua destra. — Confie em Jungkook, ele é um médico renomado e ainda noivo da nossa princesa. Se ele falou isso, é porque ele sabe que não temos que nos preocupar.

 

— Desculpa, Jungkook. — A mulher suspirou fundo. — É só que... eu como mãe, fico com medo de algo acontecer. Não é nada com você, ok? Pelo contrário, sei que você só quer o bem da S/n.

 

— Tudo bem, senhora Lee, eu sei como é. — E realmente sabia. Trabalhar como médico não é fácil, muitas vezes os familiares dos meus pacientes me culpam por alguma medida que não gostam. E até se atrevem a dizer que não estou me esforçando o bastante. — Meu turno vai começar daqui a uma hora, então vou passar em casa para tomar um banho e já estou de volta. Se quiserem ir embora, não tem problema, eu vou estar pelo hospital, e como eu disse, ela está bem de acordo com os exames. Caso ocorra alguma alteração, ligo pra vocês.

 

(...)

 

Eu já estava cumprindo com meu plantão, tinha uma lista enorme de pacientes esperando minha visita, mas antes de qualquer coisa, fui checar S/n. Que continuava a dormir serenamente. 

 

Sem muita preocupação fui até o meu primeiro paciente, o qual já estava ali há alguns anos e mesmo assim a família insistia em deixar os aparelhos ligados. Era uma decisão difícil para os familiares, mas deixá-lo naquela situação não adiantaria em nada, eles só teriam que pagar cada vez mais para mantê-lo no hospital. 

 

— Como vai meu paciente, favorito? — Dei um sorriso singelo assim que abri a porta. 

 

— Na mesma. — Suspirou sua mãe. — Mas eu sei que meu menino irá acordar, só precisamos esperar mais um pouco. 

 

Eu ficava com muita pena daquela mulher, ela ainda tinha esperanças do filho acordar. Sendo que ele estava vivendo apenas por causa dos aparelhos. 

 

— Acho que precisamos conversar, senhora Sohui. — Abaixei o olhar e a mais velha entendeu. — Melhor nós irmos para a lanchonete daqui do hospital. 

 

— Claro, claro. — Concordou sem pestanejar. — Cuide dele. — Alertou ao marido, que apenas assentiu. 

 

Aquela não seria nossa primeira conversa, eu acreditava que nem a última. Mas toda vez era um desafio tocar em um assunto tão delicado para a senhora Sohui, e não era pra menos, seu filho estava em coma a muito tempo. Desligar os aparelhos não era uma idéia apoiada por nenhum membro daquela família... bom, na verdade, só não era apoiada pela própria senhora Sohui. 

 

— Teve alguma melhora no quadro do meu menino? Você olhou os novos exames dele, doutor Jeon? — Foi a primeira pergunta que a mulher me lançou assim que sentamos em uma mesa. 

 

— Sim, senhora. — Sorri sem mostrar os dentes. — Ele está com a saúde normal, digamos assim. Mas...

 

— Mas o quê? Aconteceu algo? — Seu olhar era de desespero. 

 

— Não, continua tudo do mesmo jeito de sempre. Só que como eu já conversei com vocês, a possibilidade do seu filho acordar é mínima, tanto é que todos os pacientes nessas condições... bem, a família acha melhor desligar os aparelhos. — Segurei sua mão. — Não acha que está na hora de deixar ele descansar?

 

— Eu... eu... eu não sei, senhor Jeon. Ele sempre foi um garoto forte, destemido... pensei que fosse sair dessa. — Eu continuava tentando consolar Sohui, que não parava de chorar. — Não é fácil pra mim, entende? E se ele pensar que eu desisti dele? Que eu o deixei morrer? 

 

— A senhora estaria apenas fazendo seu filho descansar em paz, poder finalmente sair dessa cama de hospital. — Segurei sua mão ainda mais firme. — Imagino que não deve ser fácil, não vim na intenção de lhe obrigar a desligar as máquinas, mas que apenas ponha a mão na consciência. 

 

— Eu vou apenas me despedir dele, e conversar com meu marido, é claro. — Respirou fundo. — Poderia me dá um tempo, doutor? 

 

— Claro. — Assenti rapidamente. — Qualquer coisa não hesite em me chamar, Sohui. 

 

S/n 

Acordei atordoada. Não estava mais no meu quarto, nada parecia fazer sentido. Só pensava em como encontraria Taehyung, ele estava em uma prisão, precisava ir vê-lo de algum modo. 

 

Mas aparentemente estava no hospital e já era tarde, torcia para que Jungkook estivesse fazendo plantão naquele dia, assim poderia me ajudar a sair dali. 

 

Com cuidado saí do meu quarto e fui até a recepção, perguntei sobre meu noivo e agradeci ao bom Deus por ele estar trabalhando naquele horário. Como a recepcionista não podia dizer onde o Jeon estava, resolvi esperá-lo. O problema é que tava demorando muito e eu já comecei a ficar irritada, por esse motivo saí do quarto de novo e comecei a andar sem rumo. Só na intenção de distrair a mente. 

 

Enquanto andava, escutei um choro alto vindo de um dos quartos, a porta estava entreaberta, então não vi nenhum mal em dá uma espiada para ver se estava tudo bem. Quando olhei uma moça chorando, de joelhos no chão. Não consegui pensar duas vezes, entrei no quarto e a abracei fortemente. 

 

Eu não sabia o que estava acontecendo, mas ela precisava de um abraço no momento. A mulher ficou assustada ao me ver, mas ignorou o fato e devolveu o abraço. 

 

— O que houve, senhora? — Desfiz o abraço e enxuguei suas lágrimas. 

 

— Meu filho... eu não quero que ele se vá. — Chorou ainda mais. — Eu sei que preciso fazer isso por ele, mas não consigo. 

 

Ajudei a mesma a levantar do chão e olhei no fundo dos seus olhos. 

 

— Vai ficar tudo bem, eu estou aqui com você, ok? — Ela assentiu ainda chorosa. 

 

Quando levei o meu olhar para a pessoa que estava acamada, quase não pude acreditar. Era ele. Taehyung, o meu Taehyung. Estava dormindo, mas ainda sim era o garoto que eu amava, não havia dúvidas. 

 

Em um gesto rápido, corri para perto do Tae e o abracei, finalmente toquei em seu rosto. 

 

— Como é bom te reencontrar, meu amor. — Acariciei a face do acastanhado, que continuava a dormir. 

 

— Não estou entendendo. — Sua mãe se aproximou. — Você e o Tae se conhecem? 

 

— Sim, bom... quer dizer... não exatamente. — Falei constrangida pelo meu ato. — É uma história complicada, mas eu prometo explicar tudo depois. — Lhe joguei um sorriso amigável. 

 

— S/n, finalmente te achei! Me deixou preocupado, sabia? — Jungkook correu até mim e me deu um abraço. — Por que está aqui? 

 

— Por nada, só estava te procurando e acabei parando no caminho para ajudar a senhora... — Não completei a frase para que a mulher falasse seu nome. 

 

— Sohui. 

 

— Só estava ajudando a senhora Sohui, me desculpe. — Abaixei a cabeça. — Sei que não devia me intrometer no seu trabalho. 

 

— Tudo bem, apenas não faça novamente. — Fez um breve carinho na minha cabeça. — A propósito, essa é a minha noiva, senhora Kim. — O Jeon me abraçou de lado. 

 

— Ela é uma bela garota, muito gentil e educada também. — De repente, sem que ninguém esperasse, Taehyung começou a ter uma convulsão. — Meu menino!

 

— S/n, leve a Sohui para a recepção e chame os enfermeiros. — Concordei e fiz tudo o mais rápido que conseguia. 

 

Na minha mente aquilo estava acontecendo porque Jungkook tinha dito na frente do Tae que eu era sua noiva. Aquilo não deve ter feito nada bem para ele. 

 

— Tome, senhora. — Levei um copo de água para Sohui que já devia estar desidratada de tanto chorar. 

 

— Obrigada, meu bem. — Sorriu mínimo e tomou o conteúdo do copo. — Queria saber onde se meteu o meu marido em uma hora dessas. — Passou as mãos no cabelo. — Desde o acidente do Taehyung, ele ficou mais reservado. 

 

— Imagino que não deve ter sido fácil para ambos. — Encostei minha cabeça no seu ombro. — Por que a senhora estava dizendo que iria perder o seu filho? 

 

— O doutor Jeon acha melhor desligar os aparelhos do meu menino, para ele poder morrer em paz, sabe? Descansar. — Seu olhar estava pensativo. — E eu concordei dessa vez, talvez seja o melhor. Assim Tae não irá mais sofrer. 

 

— Não! Não deixe desligarem as máquinas, eu sei que o Taehyung vai sair dessa. — Me desesperei um pouco. 

 

— Tenho tido esse pensamento por muitos anos, e olha onde eu ainda continuo. — Balançou a cabeça negativamente. — Isso não é certo, preciso voltar a viver minha vida, seguir em frente. Deixar meu menino morrer em paz. 

 

— Por favor, preciso que confie em mim. — Segurei seus ombros. — Sei que me conheceu só hoje, mas eu conheço seu filho a muito tempo e, agora estou aqui para ajudá-lo.

 

— Você é também é médica, como seu noivo? 

 

— Não, mas sou alguém que vai conseguir tirar o Tae dessa. — Sorri. — Só preciso que confie em mim. 



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