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História Lâmina dourada - Livros


Escrita por: Oh_Lomia e MiissGabby

Notas do Autor


Brotei!! ⊂((・▽・))⊃

Não li essa budega não, relevem qualquer erro.

[...]

— Oʟᴀ́, ᴍᴇᴜ ɴᴏᴍᴇ ᴇ́ Lᴏᴍɪᴀ ᴇ ᴇsᴛᴇ ᴄᴀᴘɪ́ᴛᴜʟᴏ ғᴏɪ ʀᴇᴠɪsᴀᴅᴏ!

Capítulo 2 - Livros


Fanfic / Fanfiction Lâmina dourada - Livros

Vendo que não seria capaz de conseguir a atenção de seu irmão, XFrisk apenas bufou, retirando-se do quarto... Cross Chara estava realmente empenhado em realizar aquele plano, estúpido aos olhos do mais novo, que ainda não era capaz de compreender ao certo o porquê das decisões de seu irmão. Quer dizer... Ele até sabia, em partes.

Frisk caminhava dentre os corredores do palácio, um tanto quanto cabisbaixo. Seus passos lhe direcionaram ao laboratório real, onde ele ergueu o olhar, passando as suas órbitas por todo o cenário, até finalmente fixa-las nos livros empoeirados de uma estante solitária, na qual ele se aproximou rapidamente.

— Eu não mexeria aí se fosse a vossa alteza... — XFrisk quase deu um pulo ao ouvir a voz feminina ressoando atrás de si. O príncipe olhou por cima do ombro, avistando Alphys, a cientista real, que estava parada ali, com alguns objetos de seu laboratório em mãos. — O rei Chara anda muito interessado nesses livros do Lorde XGaster, talvez ele fique bravo se te ver mexendo nessas coisas. — A mulher de baixa estatura deixou as coisas que carregara sobre uma mesa próxima, enquanto parecia estudar sobre algo.

— Ah... Obrigado, Alphys. — O príncipe desviou o olhar para os tais livros, encarando-os com seriedade. — Eu não entendo o porquê desses livros chamarem tanta atenção de meu pai, e agora de Chara também. — Balbuciou ele.

— Essas são escritas antigas que relatam sobre a árvore de sentimentos que o Lorde XGaster estava em busca... Mas tudo está codificado. Mesmo dedicando quase toda a vida para descodificar esses livros, o seu pai praticamente não conseguiu progresso. — Explicou a cientista, atenta aos seus próprios experimentos. O comportamento daquela mulher sempre era extremamente automático.

— Tudo o que meu pai conseguiu com isso foi uma guerra, que custou a vida dele... — XFrisk apertou um pouco os punhos, e Alphys o olhou de relance, não compreendo ao certo o que o príncipe havia falado, visto que o tom de voz utilizado pelo mesmo fora extremamente baixo. — Todo o rancor que Chara guarda chega a me assustar. Eu tenho medo do que ele está prestes a fazer, meu irmão poderia até mesmo iniciar outra guerra.

— O rei sabe o que faz... Não deveria se preocupar, senhor. Agora peço que saia, eu estou ocupada. — Retrucou novamente a menor, voltando totalmente a atenção para o seu trabalho.

XFrisk olhou de relance para o último livro da prateleira, que estava um tanto quando afastado dos outros, por alguma razão, aquilo chamou a sua atenção. O príncipe notou que a mulher estava de costas para si, e aproveitou a deixa para pegar o livro em questão, escondendo-o atrás de seu corpo.

— Tudo bem, desculpe o incomodo. — Afirmou XFrisk, para que enfim se retirasse do laboratório, levando consigo o livro que havia pego.


(...)


Lentamente, o pequeno loiro abriu uma brecha da porta revestida a ouro de seus aposentos, ele olhou em volta, acabando por expressar um sorriso nos lábios ao pensar que não havia ninguém ali, e assim finalmente iria poder sair de seu quarto.

— Alteza, retorne para os seus aposentos. — Afirmou um dos guardas, ao lado da porta, que não havia sido visto pelo loiro. O pequeno inflou as bochechas, irritado. — São ordens do rei. — Prosseguiu o guarda, com frieza, sem nem mesmo olhar para o menor, que logo fechou a porta do quarto, retornando para dentro do mesmo.

Dream soltou um longo suspiro, perguntando-se até quando iria ficar preso ali, ele estava entediado... Realmente odiava quando seu irmão o deixava de castigo. Porém, uma ideia "brilhante" veio em sua mente, e assim ele se virou novamente para a porta, abrindo a mesma.

— Eu já pedi para que a vossa alteza permaneça no quarto. — O mesmo guarda se pronunciou, ainda sem observar o menor diretamente, mantendo a sua postura.

— Eu sei, eu sei! Desculpe, eu apenas gostaria de perguntar algo. — O loiro sorriu de forma gentil.

— Prossiga. — Respondeu o homem.

— Eu queria saber se... — O príncipe interrompeu a sua fala, quando fixou as pupilas em uma enorme janela de vidro do corredor, como se observasse algo ali. — Espera... O que é aquilo?! — Fingiu espanto, e o guarda automaticamente voltou a atenção ao local apontado pelo rapaz.

— O que foi, senhor?! — O homem já ficou em posição de ataque, se aproximando da janela. O loiro seguro um riso baixo, aproveitando a distração do homem para correr para fora do quarto. — Eu não estou vendo nada! — O guarda voltou o olhar para a porta, vendo que o loiro, antes ali, havia simplesmente desaparecido, ou melhor, fugido. Ele soltou um longo suspiro em derrota, já habituado com aquele tipo de situação.

Enquanto isso, Dream corria pelo outro corredor, com um sorriso travesso em seus lábios, imaginando que aquele cavaleiro logo iria vir atrás de si. Assim, o pequeno na tentativa de despista-lo, acabou entrando em um quarto aleatório de hóspedes. Meio ofegante, ele se apoiou na porta para impedir que a mesma fosse aberta. Aquilo havia sido mais fácil do que esperava.

— Err... Alteza? — Dream deu um pulinho acompanhado de um grito fino ao ouvir a voz ressoar um pouco atrás de si. Logo ele direcionou o olhar para Cross, que estava sobre a cama, rindo do susto que o menor havia tomado com o seu pronunciamento. — Desculpe, não era a minha intenção te assustar. — Afirmou o monocromático, após se acalmar. Dream suspirou aliviado.

— Tudo bem, eu só achei que fosse outra pessoa. — O pequeno sorriu de forma gentil, enquanto se aproximava da cama, sentando-se em uma poltrona que havia ao lado da mesma. — Como está se sentindo?

— Eu estou bem, graças a você. Não sei o que teria acontecido comigo se você não tivesse me encontrando naquela floresta. — O maior sorriu, enquanto que Dream corava um pouco.

— Não foi nada, eu jamais iria deixar alguém sozinho e ferido naquele lugar. — Respondeu simplório.

— Mas e você... O que aconteceu? Parece que anda fugindo de algo. — Dream encolheu um pouco os ombros ao ouvir a fala do homem, tentando disfarçar um leve nervosismo.

— Err... — Buscou uma melhor forma de se expressar. — Meu irmão meio que me deixou de castigo, e eu fiquei entediado no meu quarto. — Cross riu, enquanto Dream desviava o olhar, meio bicudo.

— Você é corajoso de fugir assim. O seu irmão me deu calafrios. — Os olhos dourados de Dream voltaram a fitar o semblante de Cross... A maioria das pessoas realmente consideravam Nightmare alguém assustador, porém, a opinião do loiro em relação ao seu irmão era completamente diferente daquilo.


(...)


Ambos os príncipes passaram um tempo ali, conversando sobre os mais aleatórios temas. Dream era uma boa companhia, e sempre fazia Cross rir, principalmente quando o monocromático conseguia irritá-lo, e o loiro inflava as bochechas, emburrado. O maior se perguntava: Como duas pessoas tão diferentes como Nightmare e Dream poderiam ser irmãos gêmeos?

Logo, o céu escureceu, e assim o pequeno deveria retornar para o seu quarto. A essa altura, Nightmare provavelmente já tinha conhecimento sobre a fuga do castigo, então o loiro deveria ser discreto para não se encontrar com o mesmo.

Após se despedir de Cross, o príncipe antes de se retirar do quarto olhou da porta para os corredores, para ter certeza de que não havia ninguém, e assim saiu do cômodo, começando a caminhar pelos corredores do palácio, quase que na ponta dos pés, tentando ser o mais discreto possível. Porém, alguém tossiu atrás de si, e o loiro estremeceu.

Lentamente, ele se virou, temendo por qual figura que iria ver ali... Logo, ele pôde avistar Nightmare parado de braços cruzados, o encarando com um semblante nada amigável. Dream riu meio sem jeito, uma falha tentativa de aliviar a tensão que havia se formado, enquanto que Nightmare permanecia sereno.

— E-Eu posso explicar... — Balbuciou o menor, nervoso. Até que, para a surpresa de Dream, seu irmão começou a rir.

— Pff... Você deveria ter visto a sua cara! — Afirmou entre os risos, enquanto o loiro apenas emburrou o seu semblante.

— Você me assustou! Eu pensei que estivesse bravo. — Agora foi Dream que cruzou os braços, enquanto que Nightmare se aproximava dele, apertando a bochecha do mesmo, que choramingou um pouco.

— E eu estou... Mas não vai adiantar nada te deixar mais dias de castigo, pois sei que você vai fugir novamente na primeira oportunidade que tiver. — O rei sorria de forma paciente, e Dream também não pode deixar de soltar um riso travesso, vendo que era verdade. — Você já deveria estar na cama. Venha. — Afirmou o maior, pegando a mão de seu irmão, levando o mesmo até o quarto.

Dream fixou as suas íris douradas no gêmeo mais velho, observando as ações do mesmo. Realmente... Nightmare não era assustador para si, era apenas o seu irmão, a sua única família. Enquanto caminhavam, o príncipe se aproximou mais do maior, abraçando o braço do mesmo, que se surpreendeu um pouco com a ação repentina do menor, mas não protestou, e sorriu o observando.

Chegando ao quarto, Nightmare se aproximou de uma estante com livros, enquanto Dream vestia roupas mais leves e confortáveis para dormir. Após isso, o pequeno se jogou sobre a cama macia, e o maior direcionou o olhar ao mesmo, pegando um dos livros da estante em suas mãos.

— Posso ler uma história para você dormir, como quando eramos crianças. — Disse o rei, que se aproximou da cama, sendo recepcionado por um Dream completamente animado, fazendo um sinal positivo com a sua cabeça, enquanto seus olhos pareciam brilhar como as estrelas no céu.

Nightmare riu com a reação do menor, e então se sentou na cama, apoiando suas costas na cabeceira, Dream se aproximou, e o maior colocou o seu braço sobre o ombro do pequeno, enquanto o loiro se aconchegava no peito de seu irmão. O rei segurou o livro com a outra mão, enquanto iniciava a leitura.

Quando criança, Nightmare com certeza já havia lido aquele mesmo livro para Dream, pelo menos umas milhares de vezes, afinal, era o seu favorito. E mesmo agora, o pequeno ainda ficava animado com a leitura e se surpreendia com os acontecimentos da história, mesmo que momentâneo, visto que logo a sonolência começou a inundar o casula, e as suas pálpebras começaram a pesar.

Nightmare já havia chegado a conclusão de que seu irmãozinho continuava sendo uma criança... E ele o amava, mais do que tudo em sua vida. Quando viu Dream falando que a falta de atenção que o maior estava lhe dando atualmente o machucava, Nightmare pensou que deveria fazer algo a respeito, pois tinha ciência de que os afazeres do reino os distanciavam, mas tudo o que menos desejava era machucar o seu irmão.

O rei parou a leitura, quando notou que o loiro já havia adormecido. O maior observou o rosto terno do loiro, que mais parecia um anjo, enquanto um sorriso estava desenhado em seus lábios. Nightmare beijou a testa do menor, e logo em seguida bocejou, cansado, pois o dia havia sido uma correria. O rei apenas fechou as suas órbitas, e adormeceu ali mesmo, junto de seu irmão.


(...)


O cantar irritante do grilos era a única coisa que poderia ser ouvida diante do completo silêncio daquela noite... XFrisk buscava em sua cama uma posição confortável para dormir, pois talvez assim o sono iria vir de encontro consigo. Porém, aquela fora apenas mais uma tentativa falha, como todas as outras.

O príncipe se sentou sobre a cama, encarando a enorme janela de vidro do cômodo. Por alguma razão, ele não conseguia dormir, e essa razão se chamava Cross Chara. Ele estava preocupado com o seu irmão, graças a todo o desejo de vingança que o mesmo tinha.

XFrisk passou o seus olhos pelo quarto, parando-os na escrivaninha, onde o livro que havia pego no laboratório real estava. O rapaz aendeu uma lamparina próxima, e deixou a mesma ao seu lado para enfim pegar o livro, folheando as páginas velhas e empoeiradas do objeto. Haviam algumas ilustrações meio confusas, acompanhadas de uma linguagem nunca vista pelo príncipe.

Sua curiosidade começou a aumentar, conforme passava as páginas ilegíveis, até que algo chamou a sua atenção. Havia uma folha entre uma das páginas, na qual XFrisk logo pegou, analisando-a. Com sua outra mão, o rapaz pegou a lamparina que estava sobre a escrivaninha, para que pudesse ver melhor o conteúdo da folha.

Eram anotações que indicavam o significado de alguns dos símbolos do livro, XFrisk reconheceu aquela como sendo a letra de seu pai, XGaster. O príncipe estava incrédulo com o que havia encontrado... Porém, ele logo se espantou quando ouviu algumas batidas na porta de seu quarto, seguido de uma voz familiar do outro lado:

— Frisk, posso falar com você...? — Era a voz de seu irmão. XFrisk rapidamente colocou a folha dentro do livro, e jogou o mesmo embaixo da cama, para que enfim pudesse ir abrir a porta para Chara.


Notas Finais


Fanart da capa por: http://shigxx.tumblr.com

Próximo capítulo será escrito pela @Oh_Lomia
Então, até mais! (つ≧▽≦)つ


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