História L'Amore per Caso - 46

O pequeno grupo enchia o recém casal de perguntas enquanto a matriarca apenas observava absorta em seus pensamentos. Ino tinha dormido no antigo quarto de seu noivo e logo se juntou a mesa, acompanhada de seu sogro e que aos poucos eram informados do recente ocorrido. Fugaku ficou confuso e feliz, tudo parecia muito repentino e ao mesmo tempo tinha a sensação de que passara um século. 

Ino estava feliz e de imediato ligou para Itachi, mas a ligação ainda caia direto na caixa postal. Ela se virou para Mikoto e sussurrou: 

--Mikoto, Itachi ainda não atende as ligações. Teve alguma notícia dele?  

A matriarca saiu de seu torpor e logo lembrou do primogênito. Itachi sempre foi muito reservado em tudo na sua vida, as vezes quando se metia em confusão e Mikoto era informada sobre isso, o problema já tinha sido resolvido pelo o próprio. Ela achava que nunca conseguiria alcançar seu primogênito, que parecia fazer de tudo para ser independente o mais rápido possível, e agora era a primeira vez que ele sumia sem dizer nada. Em seu coração de mãe, ela sentia que estava tudo bem mais não deixava de se preocupar. Pediu licença e foi fazer uma ligação. 

--Bom dia, senhora Uchiha. 

--Kisame, tem alguma notícia de Itachi? 

--Olhei em quase todos os lugares que a senhora pediu, e o nome dele não aparece. Tenho um contato que está olhando as câmeras da cidade, em breve terei uma resposta mais definitiva. 

--Ok. Obrigada. - Mal encerrou a ligação e Ino a abordou. 

--Então? 

--Por enquanto nada. Mas eu tenho certeza que ele está bem. Você conhece Itachi tão bem quanto eu. - Foi o único consolo que pode dar a sua nora. 

Ino terminou seu café junto a família e amigos, e logo partiu. Itachi finalmente a tinha pedido em casamento, desde o primeiro dia em que pôs os olhos no irmão mais velho de Sasuke, ela tinha colocado em sua cabeça que ele era sua alma gêmea. Teve contra tempos, muitos foras e finalmente o dia tão feliz em que começaram a namorar. Ela nunca soube nem por ele ou pelas perseguições que ela fazia, de alguma namorada do moreno. 

Por mais que ela perguntasse sobre seus antigos relacionamentos tudo o que ele respondia era: ‘’Está no passado. O que importa é o agora e o futuro.’’, o que a deixava muito frustrada. Foram seis anos até finalmente o pedido ter sido feito, e agora ela sentia que isso estava por um fio. O problema estava em descobrir, seu noivo não mantinha suas amizades muito próximas, mal saía de casa e o único amigo íntimo que conheceu dele, também é seu funcionário, e tentar manter uma conversa com Kisame parecia ser uma missão literalmente impossível. 

--Então, o que tem de divertido por aqui? - Gaara estava empolgado. 

--Podemos ir no Great America. 

Gaara gritou extasiado, um dos seus objetivos seria realizado. 

--Melhor, vamos fazer as malas e ficar o resto do fim de semana lá. Tem muita coisa para aproveitar no parque. - Sugeriu Sasuke. 

O ruivo correu para o quarto não querendo perder nenhuma oportunidade. Lee suspirou e foi atras de seu parceiro, Hinata achou a ideia incrível mais logo um pânico se instalou quando os patriarcas anunciaram que não poderiam ir. Uma coisa era estar namorando, outra coisa era ficar sozinha com Sasuke em um quarto, o que era bem irônico. 

Sasuke andava com Hinata colada ao seu corpo, não importava se teria paparazzi no lugar onde estavam. Ele queria mostrar e esfregar na cara de todos a jovem e bela dama que estava ao seu lado e, com alguma certeza meio incerta, ela ficaria ali para sempre. Se sentia um tolo em acreditar em coisas idiotas de amor à primeira vista, alma gêmea ou ligados pelo destino. Mas ele tinha uma certeza que rondava em sua mente tola apaixonada, de que ela, Hinata Hyuga, era a mulher que sonhou em sua vida. 

Gaara arrastava e empurrava sua turma animado com o passeio, mas Lee sabia bem lá no fundo o que ele de fato estava aprontando. Se fosse outro cara que estivesse ao seu lado ele jamais concordaria com as loucuras de seu parceiro, mas Gaara o magnetizava de uma forma tão assustadora e provocante que logo estava transando em um lugar inusitado e arriscado. Antes mesmo de chegarem ao hotel ele disparou para Sasuke: 

--Sasuke, você é bem mais rico que eu. Poderia me fazer um favor? Como um presente de aniversário atrasado. - Sorria travesso. 

--GAARA! - Lee e Hinata o repreendeu de imediato. Sasuke riu da cena e não se importava em pagar algo aos amigos dela. 

--Claro. Eu devo um presente já que não pude estar no dia para comemorar. 

--Acredite, vocês não perderam nada. - Shino comentou. 

Hinata tentava ao máximo não transparecer, mas Sasuke não tinha tirado os olhos dela principalmente no momento em que seus pais disseram que não poderiam ir. Ela disfarçou bem, mas ele notou o desconforto em seu olhar. Ele sabia o que significava passar um fim de semana inteiro com uma garota, a qual acabou de firmar um compromisso. Imaginava que a cabeça dela deveria estar a mil pensando na possibilidade do sexo iminente. Ele não conseguia se lembrar com que idade e quem foi a garota de sua primeira vez, nem tinha a mínima ideia se a garota era virgem. Um fato muito importante, pois pela memória dele, as virgens com já ficou passou a ser um evento traumático. 

Se na cabeça de Hinata a possibilidade de transar fervilhava, na dele um vulcão já tinha entrado em erupção. Era algo tão habitual na sua vida que agora parecia algo novo e diferente. Anotou mentalmente que deveria pesquisar mais sobre o assunto, para não assustar sua namorada. Então a melhor coisa que fez foi providenciar quartos separados. Gaara mal recebeu seu cartão de acesso e correu com Lee. Shino e Kiba ficaram um pouco envergonhados pela atitude do amigo. 

--Sasuke, não o mime muito. - Kiba aconselhou. 

--Exatamente. Ele fica insuportável quando está sendo mimado. - Hinata fazia uma careta que não tinha visto antes. 

--Então, como ele é sem o Lee? 

--Acredite, é muito pior. - Shino parecia se lembrar de algo há muito esquecido. 

--Não consigo imaginar se isso é bom ou ruim. - Estava ficando mais curioso. 

--Bom, o que tem que saber, meu querido namorado. É que o Gaara é uma boa pessoa, mas se um dia o Lee sumir da face da Terra, prepare-se para o apocalipse. 

Isso ainda não foi o suficiente para esclarecer as dúvidas do mais recente integrante daquele grupo. 

São Bernadino 

Itachi mal se instalara no pequeno hotel quando seu telefone tocou. Kisame já tinha ligado diversas vezes e agora precisava de sua ajuda. 

--Itachi! Finalmente! Sua mãe e sua noiva estão desesperadas em sua busca. 

--Sinto muito. Aconteceu uma coisa e acabei agindo por impulso, mas estou com medo. Preciso de você amigo. 

--Claro. Onde você está? 

--São Bernadino. 

--Isso ainda fica na Califórnia? 

--Sim. E me faz um favor, não diga nada a ninguém. Nem a minha mãe. Simplesmente venha para cá. 

Kisame devia muito a família Uchiha, principalmente a matriarca. Mas se Itachi pedia sigilo absoluto como amigo, ele manteria sua lealdade. E sem dizer nada a ninguém, Kisame partiu.