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História L'Amore per Caso - 57


Escrita por: MonnaPetrovick

Notas do Autor


Hello people!

^^

Capítulo 57 - 57


Sasuke nunca pensou que um dia teria uma discussão tão feia com Hinata. A moça se negava a deixar seu primo sozinho um segundo sequer, e ele tentava ao máximo faze-la relaxar mais. Porém, Hinata disse que faria o que fosse possível para passar vinte e quatro horas ao pé da cama de Neji e que não largaria ele por nada, e se Sasuke Uchiha continuasse a importunando tanto, poderia dar adeus ao relacionamento deles. Apesar de estar frustrado ele deixou que Hinata fizesse o que bem entendesse, sozinho no seu quarto ria da situação. Só fazia um mês que eles estavam juntos, mas sentia que já se passava anos ao lado dela. 

 

Itachi levou três dias para organizar seus pensamentos e foi falar com sua família. Chegou bem a tempo de pegar Hinata quase saindo pela porta. 

--Hinata. Aonde você vai? 

--Aonde mais eu iria? Ficar com o Neji! 

--Eu preciso de você aqui. Para a reunião. 

--E o Neji precisa de mim. 

--Deixei o Kisame cuidando dele. Qualquer coisa ele entra em contato imediatamente. 

--Mas Itachi, eu não posso me afastar dele. E além do mais, essa reunião não tem nada a ver comigo. 

--Essa reunião é sobre o Neji. 

Ela respirou fundo e por fim voltou para a grande sala da mansão. Sasuke apareceu descendo as escadas e ironicamente disse: 

--Olha só quem voltou! O dia passou mais rápido dessa vez. 

Hinata apenas lhe mostrou o dedo do meio e não o encarou. 

--E nossos pais? 

--Estão vindo. Saíram cedo para resolver algo do processo contra o Naruto e outro contra a Sakura. 

--A Sakura foi presa? - Itachi ainda custava a acreditar. 

--Sim. Mas apesar de tudo me preocupo com ela. - Hinata declarou. 

--Se preocupa à toa. Ela não tá nem aí pra você, e se dependesse dela você não teria um segundo de paz. - Retrucou o mais novo. 

--Você sabe o real motivo da minha preocupação! - Itachi estava apenas calado prestando atenção. 

--Hinata, já disse pra esquecer de Sakura e desse bebê que tenho certeza que não é meu! 

--E você acha que dá pra esquecer uma gravidez assim?! Sasuke, independente se você for o pai ou não, essa criança vai nascer dentro de um presidio e depois vai para um lar de adoção! 

--Amor, como você é a favor da adoção podemos adotar quantas crianças você quiser. 

--E eu quero o da Sakura! 

--Menos o da Sakura! 

Eles ficaram calados emburrados. Itachi não tinha passado muito tempo com Hinata, mas pela breve discussão seu irmão realmente tinha encontrado alguém a sua altura. 

--Então, vocês já estão nesse ponto da relação? - Deduziu o mais velho. 

--Sim. Estamos. E por mim casaria com ela amanhã mesmo. - Sasuke declarou envergonhado. Ele sabia que ainda era muito cedo, mas sempre que estava ao lado dela não conseguia imaginar a vida sem ela. 

Hinata ruborizada pela declaração respondeu quase inaudível: 

--Isso só vai acontecer quando o Neji estiver melhor. 

Itachi ficou em choque. Aquele tinha sido o pedido de casamento mais estranho que viu. Ele queria rir da situação, mas se controlou. Observando bem, era meio estranho que os Uchiha’s tenham se apaixonado pelos Hyuga’s, e como da mesma forma que Sasuke se sentia por Hinata, ele sentiu o mesmo por Neji. Depois de uma semana de encontros ele já tinha certeza que casaria com o mais novo. Não demorou muito para os patriarcas chegarem e se juntar aos mais novos. 

Mikoto abraçou cada um e os apertou o máximo que pode. 

--Certo. Itachi, nos chamou aqui. Pode começar. - Fugaku lhe deu a palavra. 

Ele estava nervoso e não sabia se começava respondendo perguntas ou relatando sua história. Mordendo os lábios com força, sua mãe se aproximou e pegou sua mão. 

--Filho. Respira e começa devagar. Temos todo o tempo do mundo. 

--É que eu passei esses últimos três dias pensando no que dizer. Por onde começar, que agora parece tudo embaralhado na minha mente. 

--Bom, então vamos pelo início. - Hinata se pronunciou. --Qual a sua relação com Neji? 

--Nós fomos namorados. 

Todos ficaram de queixos caídos. Itachi era tão reservado que Mikoto e Fugaku não tinha ideia sobra a orientação do seu filho, e depois que ele assumiu sua relação com Ino pensaram que ele sempre foi hetero. Até mesmo Sasuke que raramente via seu irmão em festas, sempre estava acompanhado de alguma garota, então nunca suspeito de Itachi. 

--Deixe-me corrigir os pensamentos de vocês. Eu gosto de ambos os sexos. - Itachi brilhava escarlate declarando isso para sua família. 

--Tudo bem filho. E isso não vai mudar o que sinto por você. - Fugaku pronunciou. 

--Certo. - Hinata bateu palmas e estampava um sorriso enorme no rosto. --Então você é o famoso príncipe? 

--Príncipe? - Ele não entendeu. 

--Deixa que eu explico. O Neji nunca disse seu nome, apenas chamava de O Príncipe. E ele ficava tão feliz quando falava de você. Nossa! Fazia parecer que era um sonho! 

--Mas ele já teve outros namorados, certo? - Ele perguntou com uma pontada de ciúme. 

--Não. Ele teve uns fica aqui, uns fica ali. Mas nada realmente sério. E também tínhamos outro problema, ele mantinha esse lado dele em segredo dos nossos pais. 

--Seus pais eram contra esse tipo de relação? - Sasuke questionou. 

--Os meus não. Mais o dele era. Meu tio tinham um certo preconceito contra as pessoas dessa comunidade. Mas foi mais por causa de uma coisa que aconteceu com Neji.  - Ela apertava seus dedos relembrando a situação. 

--O que aconteceu querida? - Mikoto estava de um certo modo indignada sem nem saber a história. 

--Bom, o meu primo sempre gostou de manter os cabelos longos. Antes de entrar no ensino médio, uns caras mais velhos zoavam ele por isso. Então, um dia ele resolveu revidar, mas a situação não foi nada favorável para ele. De repente estávamos todos no hospital, aqueles caras espancaram o Neji. Quebraram o braço dele, passou dois meses internado. - Ela deu uma pausa para retomar o folego. --Meu tio o pressionou para contar o motivo da briga, aí ele contou todas as coisas horríveis que eles disseram sobre pessoas homossexuais. Em vez do meu tio enxergar o Neji como uma vítima, passou a culpar ele. Então quando ele já estava melhor, fez questão de transformar meu primo em um ‘homem de verdade’. - Fez aspas com as mãos. 

Sasuke a abraçou, Hinata continuou a história: 

--Antes de Neji iniciar um novo ano escolar, meu tio o obrigou a corta o cabelo bem curtinho. 

--Que cretino! - Fugaku vociferou visivelmente irritado. 

--Com o tempo, meu pai conseguiu de alguma forma, fazer com que meu tio fosse menos rígido com o Neji. Quando entrou em Stanford ele queria aproveitar mais da liberdade que teria, longe dos olhos do meu tio. Então, no primeiro final de semana dele a primeira coisa que me disse, foi que conheceu um cara incrível e tava super-hiper-mega apaixonado. - Ela esbanjou um enorme sorriso. 

Itachi mostrou um sorriso singelo relembrando do dia que conheceu Neji. Ele também se sentia da mesma forma, esse sentimento tão avassalador. 

--Itachi, vocês começaram a sair quando ele tinha acabado de entrar na faculdade, certo? - Hinata tinha um olhar travesso naquela pergunta. 

--Sim. Nos conhecemos na cerimônia de boas-vindas. 

--Ele tinha 17 anos quando entrou em Stanford. 

Itachi ficou chocado com a informação. E Hinata começou a rir. 

--Hina, isso não é engraçado. Itachi já devia ter pelo menos uns 23 ou 24. - Sasuke argumentou. 

--24 mais precisamente. - Confirmou o mais velho. 

--Ele nunca disse a idade dele pra você. - Hinata declarou. --Ele nunca falou sobre sua idade também. Só dizia que você parecia um sonho, e que estava perdidamente apaixonado. Que se pedisse pra ir morar com ele, não pensaria duas vezes e partiria para essa nova vida. - Hinata ria falando isso. Ela ria não porque achava engraçado, mas era a lembrança de uma época feliz. --O Neji tava realmente apaixonado. Nunca vi ele se quer suspirar por algum ficante. 

--E eu era perdidamente apaixonado por ele. Sabe Hina, depois da cerimônia de boas-vindas nos encontramos em um clube, então começamos a conversa e logo pedi pra ele sair comigo. Depois de uma semana, eu comprei isso. - Itachi mexeu no bolso do seu paletó e tirou uma pequena caixa aveludada. --Sei que parece loucura, mas ia pedir ele em casamento. Sempre que estava com ele carregava essa caixa, esperando o momento perfeito de fazer o pedido. E então, seis meses se passaram e depois ele sumiu. 

Hinata admirava a aliança dourada com uma pequena pedra incrustrada, bem simples e discreta. Conhecendo bem o seu primo, sabia que ele teria amado. 

--Então, Itachi. Como você encontrou ele? Até onde Hinata sabia, ninguém da sua família tinha sobrevivido. - Fugaku estava muito interessado. 

--E você sabe dizer, se foi só o Neji mesmo? - Hinata queria ter a esperança de alguém mais. 

--Infelizmente, sobre seus outros parentes eu não tenho informação. Quando cheguei em São Bernadino, disseram que apenas ele tinha sido encaminhado para lá. - Itachi respirou fundo e disse o que aconteceu: --Eu e Neji tínhamos uma linha particular para nos comunicar. Depois do dia previsto para sua volta, eu liguei várias vezes, mas nunca teve um retorno. Aí no dia que os amigos de Hinata vieram, e trouxeram o álbum de fotografias, fiquei chocado com a semelhança. Então fui correndo pra casa, ter certeza se era ou não a mesma pessoa. - Ele tirou da bolsa um envelope e estendeu para sua cunhada. 

Hinata abriu e ficou surpresa ao ver seu primo com lentes. Sasuke analisou as duas e tinha certeza que era a mesma pessoa, e depois seus pais olharam. 

--Ele usava lentes? - Hinata claramente desconhecia aquele fato. 

--Sim. Eu percebi logo de cara, mas ele dizia que era pra dar uma diferenciada. Que não tinha nada de especial nos seus olhos. 

--Nada de especial? - Sasuke segurou com cuidado o queixo de Hinata, e apontou para aqueles olhos lilases perolados. --Era obvio que queria esconder esse detalhe tão marcante. - Deu um selinho nela. Hinata retribuiu brincalhona. 

--Tá certo. Agora explica a parte que você descobriu que ele tá vivo. - Mikoto suplicou. 

--Bom, como disse fui direto pra casa e confirmei que era a mesma pessoa. E tínhamos uma linha particular, e como descobri que o cara por quem fui muito apaixonado e quem eu não conseguia esquecer morreu. - Sua voz parecia fraca. --Decide religar o aparelho, pra escutar suas mensagens de voz, vídeos e fotos. Mantive as duas linhas ativas por todos esses anos, então enquanto o aparelho ganhava vida chegou um monte de notificações. A princípio pensei que se tratava apenas de propagandas, mas na verdade tinha muitas ligações e mensagens vindo do número dele. 

--Meu Deus! - Fugaku parecia ler a história mais fantástica e sua curiosidade se aflorava cada vez mais. --E aí? Você ligou de volta? 

--Sim. Mas o número sempre caia na caixa postal. Então vi as mensagens, e muitas delas era de uma doutora me dando o endereço e a credencial dela. Anotei tudo e parti de imediato para São Bernadino. Não queria perder um minuto. 

Todos estavam calados, mergulhados nessa história inacreditável. 


Notas Finais


Obrigada pelos comentários!

^^


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