Mebuki tinha levantado mais cedo do que gostaria. A mulher não sabia o porquê, mas sentia dentro de si que seu despertar era muito importante. Desceu para preparar um chá e analisar seu próximo passo a tomar contra a família Uchiha, foi quando tinha chegado ao final da escada que alguém bateu a sua porta. Eram exatamente cinco horas da manhã e receosa ela atendeu. Uma mulher jovem, loira e que vagamente lembrava a Sakura estava na sua porta.
--Bom dia!
--Bom dia. - Respondeu seca.
--A Sakura se encontra?
Mebuki nunca viu aquela mulher e com medo de ser alguém mandado pelos Uchiha’s, decidiu ser mais cautelosa.
--Ela saiu ontem à noite e ainda não voltou. E acho que o celular está desligado, já tentei ligar mais não dá certo.
A moça olhava de um lado para outro aflita.
--Posso entrar? É muito urgente!
Mebuki deu passagem e antes de fechar a porta olhou para sua rua, aparentemente nada suspeito.
--O que é tão urgente?
--Teve uma confusão em uma festa de formatura, e a senhora Uchiha descobriu algumas coisas sobre a Sakura.
--Que tipo de coisas? - Mebuki fingiu perfeitamente uma preocupação genuína, ou aquela jovem estava tão aflita que nem percebeu.
--Sobre falsificação de documentos e algo sobre drogar o ex-marido.
--Meu Deus! - Era incrível como Mebuki conseguia ser tão cínica. --E tem mais alguma coisa?
--Sim. Uma ordem de prisão foi expedida. Eles vão vir o mais cedo possível. Por favor! Por favor! - A moça segurou nas mãos de Mebuki chorosa. --Peça pra ela fugir para o mais longe que puder, e que eu sinto muito!
Chorando a jovem partiu da sua casa às pressas. Mebuki ficou um tempo congelada até a ficha cair. Se tinha uma ordem para Sakura, era muito provável que Mikoto Uchiha providenciou outro para ela. Voltou para o andar de cima e acordou seu esposo.
--Temos que ir embora.
--Vou avisar a Sakura.
--Não! Ela vai ficar!
--Certeza, querida?
--Sim! Tudo isso é culpa dessa menina idiota e burra! Maldito o dia em que peguei ela! - Pegou outra mala e começou a esvaziar o cofre. --Pegue tudo de valor e coloque no carro!
--Qual carro eu pego, querida?
--O mais caro seu imbecil!
Seu marido desceu até o porão e olhou para um canto, um ponto importante que estavam esquecendo. Recolheu alguns objetos importantes e subiu.
--Querida. - Chamou manhoso.
--O que foi? - Respondeu ríspida.
--E o porão?
--O que tem o porão?!
--Você sabe.
Então ela lembrou de outro problema e que ela não teria tempo de resolver. Não tinha outra opção além de deixar para trás.
--Deixa lá! Não temos tempo para isso!
--Mas o Orochimaru...
--Dane-se ele! Você vem comigo ou não?
--É claro que vou querida!
--Então se mexa seu imbecil!
E assim, sorrateiramente Mebuki fugiu deixando tudo para trás. Mas sua fuga não durou muito quando foi parada por um carro da polícia e as seguintes palavras lhe trouxeram pavor:
--Uma chuva escarlate se aproxima.
Antes de pensar em correr com o carro, uma SUV parada a frente deu partida e um braço indicou que o seguissem. Ela foi escoltada até um armazém da polícia para descarte de drogas. Tremendo ela desceu do carro agarrada a seu marido, que mais tremia que ela. Foi levada para uma sala onde encarou um jovem rapaz bonito de sorriso gentil, a porta foi fechada as suas costas.
--Olá! Você deve ser a Mebuki Haruno, certo?
--Sim. É um prazer lhe conhecer, senhor?
O rapaz saiu atras de sua mesa e foi cumprimenta-la adequadamente. Apertou sua firme e se apresentou:
--Sou Pain. É muito bom finalmente lhe conhecer.
Mebuki tinha ouvido falar sobre ele e das coisas horríveis que fazia com os insubordinados. A porta foi aberta mais uma vez e a pessoa que não desejava rever tão cedo surgiu por aquela porta, Orochimaru tinha um sorriso sádico.
--Olá, Mebuki.
Antes que pudesse responder e disparar suas mentiras, um soco forte foi desferido em seu estomago. Kizashi estava em choque segurando a mão da mulher com força.
--Mebuki, você tem algo que nos pertence. - Orochimaru começou. --Acha mesmo que perderíamos produtos tão valiosos assim? Você tem uma dívida com o clã.
Logo outra pessoa entrou pela porta, mesmo curvada tentando voltar a regular sua respiração, ela reconheceu a pessoa. Shizune Kato, a mulher que cuidou de todo seu processo para a inseminação de Sakura.
--Senhor, Sakura Haruno foi presa.
--Onde ela está?
--Está sobre a tutela de Yahiko Ame.
O jovem mostrou sua frustração. Seria difícil colocar suas mãos na jovem com Yahiko vigiando. Precisaria pensar em outra forma de tirar Sakura da cadeia e mantê-la sobre vigilância até a criança nascer.
--Chame Asura. - Ordenou o líder. Em pouco tempo o jovem entrou acompanhado de outro rapaz com uma cicatriz no rosto. --Certo, já que vocês estão aqui tenho um trabalho para vocês. A casa de Mebuki tem um produto muito importante guardado no porão. Vão lá, vigie e no primeiro momento oportuno resgatem meus produtos. Entenderam?
--Sim! - Responderam em uníssono.
Os rapazes saíram da sala e no carro trocaram os planos para a execução.
--Então, você acha que toda aquela droga cabe nesse carro?
--Kirishima, você prestou atenção de quem estava na sala?!
--Sim, aquele cara esquisito e duas pessoas amedrontadas.
--Cara, aquele cara esquisito é o tal do Orochimaru.
O outro arregalou os olhos em espanto.
--Puta merda! Asura, não vamos pegar drogas, certo?
--Não. Vamos precisar de outro carro. Uma van seria melhor e um pouco de ópio.
--Ópio? Realmente é necessário?
--Você quer lidar com crianças birrentas?
--Crianças?! Asura que merda nós vamos fazer?! - Kirishima estava quase entrando em pânico.
--Sim. Até onde sei, aquela mulher é subordinada do Orochimaru. Como ele é médico não pode levantar suspeitas de ter um cativeiro em casa. Agora, aquela mulher tentou fugir e deixaria aquelas crianças morrendo de fome e sede até serem encontradas.
--Aceitei entrar nesse clã para esse negócio de drogas! Não de trafico infantil!
--Kirishima, mantem a calma. Agora que você está na Akatsuki não pode sair vivo disso.
Ele estava apavorado com suas novas descobertas.
--Certo. Você vigia a casa e eu vou atras de uma van.
--Por que eu tenho que vigiar a casa?
--Eu sou novo nisso, e ter que aceitar esse plano maluco está me deixando muito nervoso! Se eu ficar de vigia é capaz de ser preso.
O mais experiente concordou e o deixou no seu apartamento. Um pouco ansioso andou calmamente e quando por fim sentiu que estava o mínimo seguro ligou para alguém que há muito tempo sentia falta. Não demorou muito para ser atendido.
--Porra! Temos que abortar a missão! Mikoto ferrou com minha operação. Você precisa sair.
--Kakashi eu não posso ir agora.
--O que aconteceu?
--Me encontra no lugar de sempre em meia hora. Muito urgente.
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