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Final de semestre na faculdade era estressante. Eu realmente esperava que por ser um curso com o qual tenho muita afinidade fosse ficar mais fácil, o que se mostrou um grande equívoco. Claro que eu ainda amava moda, mesmo que às vezes quisesse sair dali e não colocar mais os pés naquele lugar. É só que… às vezes era difícil conciliar tudo, faculdade, projetos de extensão, dois namorados, novos amigos, velhos amigos, guardiã dos miraculous, heroína de Paris. E como se não bastasse ter que esconder o namoro, ainda tinha que esconder dos dois que eu sou LadyBug, esconder Tikki deles, e pior ainda, esconder de Luka, todas as noites em que estava patrulhando ao meu lado.
Às vezes me sentia tão mal por compartilhar aquilo com Luka, que procurava Adrien durante um combate para entregar-lhe um miraculous, mas por sorte ele tinha adquirido o dom de sumir quando um akumatizado aparecia, depois de tantas vezes ter se tornado refém de alguma fã maluca. Pelo menos eu ficava mais tranquila por saber que ele estava fora de perigo, embora me preocupasse que ele procurasse a mim ou ao Luka durante um combate.
Viperion aparecia com tanta frequência nas patrulhas que parecia ter escolhido seu horário de aulas para deixar aquele tempo livre, mas conforme a faculdade dele se aproximava do fim, estava abrindo mão das rondas, mas nunca das batalhas. Era idiota, mas as vezes eu sentia ciúmes de Viperion, pela atenção que ele dava a LadBug, que, mesmo sendo eu, não era a namorada dele, mas principalmente por ChatNoir, com quem tinha uma grande amizade, e sempre que Luka estava com algum amigo eu prestava atenção, tentando identificar alguem que pudesse ser Chat, mesmo sabendo que não posso conhecer a identidade dele.
Enquanto eu tentava manter distância de Viperion em minha forma de heroína, Chat não se importava em passar horas conversando com ele, ao ponto de por vezes esquecer que eu estava ali.
A muito tempo tinha parado com as gracinhas para cima de mim, desde que conversamos na sacada do meu antigo quarto, há quase dois anos, e depois daquilo tínhamos adquirido um novo tipo de amizade, poderíamos ser melhores amigos, não fosse a falta de detalhes sobre nossas vidas. Até mesmo de minha forma civil ele tinha se afastado, o que me fazia pensar que talvez sua namorada não concordasse que ele passasse a madrugada na sacada de outra garota, mesmo que apenas conversando.
Apesar de saber que ele agora estava namorando, me pegava com ciúmes da atenção que dava ao meu namorado, porque aqueles trocadilhos que ele não fazia mais comigo agora eram destinados a ele, e me incomodava tanto por ele ser comprometido quanto pelo alvo ser Luka.
Às vezes, Viperion parecia incomodado com toda aquela atenção, então me fazia participar das conversas, mesmo quando eu preferia ficar quieta no meu canto, apenas remoendo meu ciúme, ou mesmo pensando em quantas coisas tinha que fazer quando chegasse em casa.
Nossa interação nas lutas eram mais fáceis do que nas patrulhas, como se nossos poderes se completassem, a segunda chance tinha salvado nossa pele várias vezes, mas, namorar um dos parceiros podia ser estressante, eu me preocupava com Viperion de uma forma que não me preocupava com ChatNoir, apesar de ser Chat quem tinha a tendência de arriscar a vida para completar a missão. Aquilo sempre me apavorava, ao menos ChatNoir andava muito mais cuidadoso, agora que estava namorando, mas, se fosse com Viperion, talvez eu não conseguisse terminar a luta para salvá-lo.
Ao menos o fato de morar sozinha ajudava a manter minha identidade em segredo, não tinha mais que me preocupar com as explicações que dava aos meus pais. Os horários de patrulha eram os momentos em que eu estaria em casa sozinha, era o horário em que Adrien malhava e que Luka fingia estar na aula, então eles não se davam conta de minha ausência. Meu maior problema era quando alguém era akumatizado enquanto estávamos juntos.
Agora que eu morava mais próximo a faculdade a maior parte dos nossos encontros eram em minha casa, e era realmente estranho inventar uma desculpa para sumir de meu próprio apartamento, e também por esse motivo eu tinha demorado tanto para dar uma cópia das chaves para eles, mesmo que Adrien pagasse mais da metade do aluguel.
A princípio não estava sendo mais difícil por eles terem acesso a qualquer hora, pois respeitavam muito meu espaço. Apenas uma vez cheguei em casa e me deparei com Adrien, dormindo sozinho em nossa cama, depois que uma aula foi cancelada e ele não teria tempo de ir para casa antes de nos encontrar à noite. Me deitei ao seu lado e o abracei, dormindo com ele até que Luka chegasse e embalasse nosso despertar com o violino, sentado na poltrona que Adrien tinha comprado para ele.
Girei a chave na fechadura quando cheguei no apartamento, e por um momento desejei que tivesse alguém em casa me esperando, mas estava silenciosa, escura e fria.
Passei pela sala, que agora era decorada com alguns dos instrumentos fabricados por Luka, de sua coleção particular, o violão antigo, a guitarra, o violino e um cello, que ocupava espaço de mais, mas, essas coisas diziam que ali era a casa dele também, e me deixava confortável.
Apenas nosso quarto tinha fotos nossas juntos, todas tiradas por Luka depois que lhe demos uma Polaroid. Na sala tínhamos fotos com todos os amigos, nada que nos denunciasse como trisal, para evitar que alguma visita desavisada colocasse em risco nosso relacionamento.
Liguei o aquecedor e fui direto para o banheiro, enchendo a banheira antes de separar meu pijama, quando voltei, o banheiro estava quente e a banheira cheia, então entrei, deixando a água escaldante aliviar o estresse das aulas.
A banheira vitoriana era pequena demais para que Luka ou Adrien tomasse banho comigo, na verdade era pequena para qualquer um deles, mesmo que sozinhos, e Adrien só não comprou uma maior porque não caberia no banheiro, então, se contentou com a que já estava ali.
Afundei a cabeça na água, fechando os olhos ao submergir e relaxando embaixo d'água, todo som e preocupações abafados ali em baixo. Tinha perdido a patrulha por causa de um trabalho em equipe, em que duas das meninas não podiam se reunir em outro horário, então ficamos na biblioteca do campus até mais tarde finalizando o trabalho em um único dia. Isso deixava a patrulha por conta de ChatNoir e Viperion. Não era incomum um dos três faltar a alguma patrulha, era o esperado com o passar do tempo.
Eu me perguntava quem abandonaria a vida de herói antes, porque eventualmente todos teriam outros compromissos, trabalho cansativo, se mudariam de Paris, se casariam, teriam filhos, e talvez eu ficasse sozinha como guardiã, tendo que escolher novos portadores. Como se aquilo não fosse um pensamento ruim o suficiente ainda me fez pensar em Adrien, e se ele nos deixaria um dia. Era triste pensar nisso, e, essa perspectiva, junto a todo estresse das aulas só fazia com que me sentisse ainda pior. Tomei ar e afundei novamente, como se a água afastasse os problemas.
Quando emergi tomei um susto com Adrien ao lado da banheira.
_ Já estava preocupado com você, te chamei várias vezes.
_ Estava distraída. Não estava esperando você hoje _ sorri, a visão dele afastava aqueles pensamentos, e tirei a água do rosto com as mãos _ acho que o Luka passa por aqui mais tarde.
Seus lábios cobriram os meus, em um beijo que era sua forma de me dar oi, antes de tirar a calça e colocar os pés dentro da banheira, sentando na cabeceira, e, pegando meu shampoo começou a lavar meus cabelos.
_ ia dar uma passada rápida, mas posso ficar esperando então. Essa semana mal ficamos juntos. _ me senti envergonhada pelos pensamentos recentes, que por mesmo por um breve momento tivesse duvidado de Adrien.
Ele tinha estado ocupado com a faculdade e com o trabalho, cada dia seu trabalho como modelo aumentava, mesmo que as aulas agora exigissem muito mais dele do que no ensino médio. Continuava modelando apenas para a Agreste, mas como modelo adulto tinha muito mais para representar do que um modelo Team, além do trabalho como dublador, que começou com os filmes de LadyBug, e agora era sua segunda profissão.
As mãos dele massageando meus cabelos deixavam meu corpo mole, sorri com aquele contato, mal prestando atenção quando me perguntou como foi meu dia, e mantivemos uma conversa preguiçosa. Suas mãos desceram para meus ombros, pressionando os nós na musculatura, era doloroso, mas eu sempre me sentia melhor depois.
Ouvimos o cantarolar de Luka quando chegou em casa e o chamamos para o banheiro.
_ Aqui dentro está bem melhor. _ Desenrolou o cachecol do pescoço e o pendurou atrás da porta, junto com o sobretudo pesado.
_ hoje está muito frio, foi difícil sair da cama e ir para a aula. _ Adrien era quem tinha mais dificuldade com o inverno, então gostava de passar o tempo em casa em baixo das cobertas, e sempre reclamava de ter que sair.
_ Saiam do banho de uma vez, eu faço o jantar. _ os olhos de Luka se demoraram em nós dois, como se quisessem gravar aquela cena, e eu agradeci mentalmente por ele não estar com a câmera em mãos, e então ele saiu para a sala.
Adrien me ajudou a levantar, e quando chegamos na cozinha Luka estava cortando legumes no balcão, usando meu avental branco com rosa. Peguei a polaroid e tirei uma foto, porque ele cozinhando era sempre uma bela visão. Sacudi a foto e a coloquei na geladeira com um imã, por enquanto ficaria junto de tantas outras fotos, mas logo iria para minha coleção.
Estes momentos com eles eram especiais, e muito frequentes, e eu amava morar ali, com toda a liberdade que tínhamos estando sozinhos. Eu ia em casa quase todos os finais de semana, mas não me parecia mais meu lar, minha casa era ali, com eles.
Me apoiei no balcão e observei quando Adrien mergulhou uma colher no caldo que cozinhava no fogão, e Luka o ameaçou com a colher de pau, enxotando-o da cozinha.
Preparou uma sopa encorpada e gordurosa, maravilhosa para aquele frio, e comemos sentados no sofá assistindo um filme.
Estava cansada, saciada e quentinha, e, sentada entre Luka e Adrien no sofá acabei relaxando mais do que deveria, e adormeci.
Acordei com o movimento de Adrien no sofá, e, olhando ao redor, não vi Luka.
_ onde está Luka?_ perguntei a Adrien, que observava uma foto.
_ pelo jeito já foi embora, e é melhor eu ir também, está tarde. E eu tenho que falar com aquele idiota_ a última parte ele disse em um sussurro, levando a foto ao bolso. Sabia que algo estava errado e estendi a mão pedindo a foto.
Adrien tentou esconder, mas eu fui mais rápida que ele. Éramos nós dois, dormindo abraçados, não tinha nada de mais na imagem, mas a legenda me apertou o peito.
"Quando eu não estiver por perto
Canta aquela música que a gente ria
É tudo o que eu cantaria
Quando eu for embora, você cantará"
_ o que é isso? _ perguntei olhando a foto.
_ é só a letra de uma música._ deixei que ele pegasse a foto de minhas mãos, e, mesmo naquele momento, senti que Luka já tinha me deixado.
Deixei que Adrien fosse embora sem me explicar o significado daquilo, e novamente aquele sentimento de desespero, das perdas que faziam parte do futuro, me dominou. E dessa vez me parecia ainda pior, porque eu não pensava na perda de Luka e Viperion, para mim ele era uma constante, como se fosse a única certeza em minha vida, porque mesmo que eu amasse Adrien tanto quanto amava Luka, uma parte de mim achava que ele nos deixaria, que me deixaria.
Abafei os soluços no travesseiro, mal notando que Tikki tentava me consolar, e chorei até cair no sono novamente.
Acordei com o sol batendo em meu rosto, me dando conta que tinha dormido com a cortina aberta e me odiando por isso.
Minha cabeça latejava, e eu tinha certeza que meu rosto estava inchado. Não sentia mais aquele desespero, mas não tinha ânimo suficiente para sair da cama, então apenas puxei as cobertas sobre a cabeça e tentei sem sucesso voltar a dormir.
Ouvi quando a porta de entrada se abriu e os passos se aproximaram do quarto parando na porta aberta, fiquei em silêncio, fingindo que dormia, e só me movi novamente quando a porta foi encostada e eles se afastaram.
Eu não estava com saco para aquilo hoje, ainda estava chateada com os dois por ontem, embora não soubesse exatamente porque, além da mensagem para Adrien na foto.
O rádio foi ligado na sala e eu ouvi a risada deles, e até mesmo aquilo me deixou mais brava, que estivessem em minha casa cedo em um sábado, que não me deixassem dormir, que estivessem se divertindo sem mim, mas foi o cheiro delicioso de café que me fez afastar as cobertas e marchar até a sala.
_ vocês não tem mais o que fazer não? Além de me acordar essa hora em um sábado?_ parei no espaço que dividia a sala da cozinha, e, eles me olharam surpresos.
_ Bom dia princesa.
_ Bom dia gatinha._ eles sorriram como se estivesse tudo bem, e aquilo me deixou mais brava ainda.
_ bom dia o cacete, me deixem dormir.
_ sem faxina hoje então?_ Adrien perguntou largando a caneca de café, me fazendo parar na metade do caminho até o quarto, eu tinha esquecido da faxina, e do trabalho que era tirar Adrien da cama cedo para um trabalho banal como aquele.
_ melhor deixarmos para semana que vem _ Luka falou _ hoje não é um bom dia.
_ qual o problema de hoje?_ Adrien sussurrou, e Luka apontou para o calendário na geladeira, brigando por espaço entre as fotos._ ah... ok, sem faxina então. Mari, posso dormir com você?
_ não!_ cruzei os braços, mas não voltei ao quarto, me joguei no sofá e puxei o cobertor que tinha ficado jogado ali ontem. Me sentia ainda pior agora, que eles achassem que meu humor era TPM, e não culpa deles. Podia ser os dois, mas não só um.
Eles resolveram me deixar em paz, mas o som deles conversando no balcão da cozinha fazia meu estômago se contorcer, então agarrei as cobertas e me arrastei até o quarto novamente.
Despertei com um gemido alto seguido de uma risada baixa, e o fato de estarem aos amassos em minha casa me tirou da cama na hora.
Observei Adrien por cima de Luka no sofá, ainda estavam de roupa, mas as mãos de Luka apertavam e bunda do namorado por dentro da calça larga de moletom, enquanto o loiro beijava seu pescoço e deslizava sobre ele, o atrito dos corpos como fonte de prazer. Queria me deitar entre eles e deixar que se esfregassem em mim, que me apertassem e me beijassem também, mas em vez disso falei
_ vocês não tem lugar melhor pra foder não?_ me odiei por isso assim que falei.
_ só a sua cama, se você já cansou de dormir e quiser se juntar a nós _ Luka afastou Adrien e se dirigiu a mim, com as duas mãos em meu rosto me ergueu até sua boca, e então não eu já não sabia porque estava brigando com eles, tudo que importava era que Luka estava ali, que Adrien estava ali, e deixei que me carregasse até a cama, e me deitasse bem no centro do colchão, para que cada um ficasse de um lado.
Logo os dois estavam nus, e me acariciavam com os corpos que eu amava, mãos, braços, pernas, torços, tudo roçava e me pressionava, me fazendo suspirar, arfar, e gemer. Meu pijama foi desabotoado e a calça puxada para baixo, com uma precisão que parecia que ensaiavam esses movimentos, e logo eu estava nua entre eles, aproveitando ainda mais o contato da pele contra a minha.
Gemi alto na boca de Adrien quando Luka entrou em mim por trás, e os lábios dele se levantaram em um sorriso lascivo me vendo gemer de prazer com a movimentação de Luka, ele se afastou, escorregando para baixo na cama, e, levantando minha perna sobre o ombro, lambeu entre meus lábios. De lado, enquanto Luka se jogava para dentro de mim, era certamente uma posição horrível, mas ele deslizou a língua deliciosa em cada canto, e se concentrou naquele ponto que sempre me fazia delirar, e eu tive que segurar seus cabelos reluzentes enquanto revirava os olhos nas órbitas, deixei que o prazer de ter os dois me invadisse, gemendo em agonia enquanto meu corpo contorcia e depois relaxava conforme eles diminuíam os movimentos. Luka não parou de se mover, embora fosse devagar, deixando que Adrien se posicionasse novamente em minha frente, e, em uma confusão de pernas, entrasse em mim.
Senti cada centímetro dele me penetrando, brigando por espaço com Luka pela parede fina que os separava, cada espaço cedido era acompanhado de uma onda incontrolável de prazer, o movimento dos dois me fazia arfar em busca de ar, e deixava meu corpo relaxado e mole, e eu não tinha mais forças para colaborar com ritmo, toques ou beijos, então fiquei ali, tentando respirar, e deixei que os dois fizessem todo o trabalho enquanto eu alcançava o nirvana de novo, e de novo, e de novo.
Fiquei deitada na cama enquanto eles tomaram banho de chuveiro, relaxada e sonolenta, a banheira foi enchida para mim, e passei a próxima meia hora de molho na água quente com espuma, quando saí do banho me sentia bem novamente. Já não estava irritada, estava feliz, e, perdidamente apaixonada pelos dois.
Uma caneca de chocolate quente foi colocada em minhas mãos assim assim cheguei na cozinha, Adrien, como era de se esperar, também estava com uma caneca do doce em mãos, enquanto Luka enchia outra caneca de café, preto e amargo.
O pote de cookies estava aberto sobre o balcão, já pela metade, e Adrien devorava um punhado dos biscoitos, aqueles biscoitos eram os favoritos de Tikki, e imaginei os dois discutindo pela posse dos biscoitos se um dia se conhecessem. Normalmente os preferidos de Adrien eram os macarons, mas o pote já estava vazio na pia. Luka empurrou outro pote, biscoitos amanteigados, combinavam melhor com o chocolate quente por não ser tão doce.
_ porque vocês tem que ser tão bons comigo _ acusei fingindo irritação _ uma garota não pode nem ficar estressada em paz.
Eles sorriram, mas foi Adrien quem respondeu.
_ porque nós temos no máximo uns... 60 anos pela frente, e não é tempo suficiente pra amar vocês.
_ eu me contento com qualquer tempo que eu tenha com vocês dois _ Luka falou quase em um sussurro, e Adrien o fuzilou com os olhos.
_ Não se preocupe Luka, você vai viver mais do que o Adrien se ele continuar comendo assim. _ eu ri junto com eles, mas por dentro eu estava triste novamente.
Só mais 60 anos. Aquela era a contagem deles, mas eu viveria o dobro disso, como guardiã dos miraculous minha longevidade era muito maior que a normal, até então eu tinha evitado pensar nisso, mas, para poder realmente ficar com eles eu teria que resolver este problema. Não podia abrir mão da caixa, senão perderia a memória, deles, e de tudo que aconteceu desde que ganhei o miraculous, não era uma opção. Eu teria que achar uma forma de manter minhas memórias e envelhecer junto com eles, ou de fazê-los guardiões, se fosse possível, e quem sabe, se dividíssemos este fardo, a longevidade também fosse dividida. Tinha que haver uma solução, e em breve eu teria que fazer uma viagem ao templo, para descobrir o que poderia ser feito.
_ o que foi Mari?_ sequei os olhos e respirei fundo, tentando não me mostrar tão destruída quanto me sentia.
_ nada, é só a TPM mesmo.
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