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História Lamp - (Mileven) - Capítulo 04


Escrita por: AuntCherry

Notas do Autor


Esse demorou pra sair :x
A tia anda com problemas musculares meus amores, minhas mãos estão realmente meio acabadas, então talvez será normal que eu demore uns 3-4 dias pra atualizar, me perdoem.
Vou tirar minha tarde pra revisar todas minhas fanfics hoje, então esta também está incluída.
Espero que gostem, tenham uma boa leitura.


A música para este capítulo chama-se Autopilot do Kodaline!



PS: se alguem souber um jeito de aliviar dores nas juntas dos dedos e nas mãos eu ficarei grata se puderem me dizer 💕

Capítulo 4 - Capítulo 04


Fanfic / Fanfiction Lamp - (Mileven) - Capítulo 04

Pela primeira vez ali na escola, Eleven sentia-se realmente feliz.
Depois de muito procurar, finalmente encontrara a biblioteca. Desde pequena desejava conhecer uma biblioteca de perto, mas como sua mãe estava sempre ocupada, ela nunca conseguia ir.

No momento estava em uma das mesas do local, terminando de colorir seu desenho. O lugar era tão calmo e silencioso, que ela podia ouvir perfeitamente o cantar dos passarinhos e até mesmo o barulho da ponta dos lápis deslizando com força contra o papel.

- Está ficando bonito - Instantâneamente deixou os lápis que segurava em sua mão caírem. Mike riu.

- Me assustou.

- Desculpe - Agachou-se recuperando os lápis que ela derrubara a pouco. Logo após caminhou até a cadeira em sua frente, puxando-a para se acomodar.

Ela suspirou voltando a dar atenção a sua obra.

- É bem legal.

- O que? - olhou-o de soslaio, dando-lhe atenção.

- Seu turbante - Gesticulou com seu queixo - Tem cores alegres.

- Eu devia agradecer, certo?

- Na verdade, você se preocupa muito - Ele sorria - Apenas faça as coisas porque quer fazer e não porque sente que deve.

- E se eu não souber o que quero ou o que dizer?

- Dê um sorriso e diga que entendeu. Sempre funciona - Ela sorriu - É isso, dê um desses.

- Michael.

- Sim?

- Obrigada, eu acho - Mike lhe encarou intrigado.

- Pelo o que?

- Senti que devia agradecê-lo.

- Oh, ok. Não tem de quê.

Sem algum motivo aparente, pegou o lápis de cor amarelo sobre a mesa, e o estendeu para ela. Eleven o encarou confusa.

- Faça um turbante legal como o seu na garota que desenhou e quem sabe, ela se aceite.

Depois disso, levantou-se e partiu, deixando-a para trás, perplexa.
Ela observou o lápis amarelo em sua mão logo em seguida o desenho a sua frente.

O garoto do lápis de cor era realmente alguém muito peculiar.




- Eu adoro esta aqui - Max exclamou eufórica.

- Sim, parece legal.

- Sabe, você poderia ao menos olhar para o CD, ajudaria a disfarçar a sua falta de interesse.

- Desculpe.

- Está mais dispersa que o normal hoje... aconteceu algo?

- Nada.

- Você é péssima mentindo - Max sorriu.

- Não estou mentindo, não aconteceu nada mesmo.

- Parte de se ter uma amiga, é contar as coisas pra ela. Posso acabar sendo útil.

- Max, está sendo meio chato isto, já lhe falei que não aconteceu nada.

- Tudo bem então.

Max cruzou suas pernas, deslizando seus dedos entre seus cabelos.

- Voltando ao nosso assunto inicial então... - Pegou o mesmo CD que segurava a pouco, colocando-o sobre seu colo - Eu acho que posso fazer minha mãe me comprar ingressos para irmos até o show deles.

- Não sei se poderia ir.

- Sua mãe não deixaria?

- Ela é super protetora, seria muito improvável que deixasse.

- Ah, tudo bem então.

- Max, preciso fazer algo agora. Já volto.

Estranhando, Max observou a amiga levantar-se aos poucos. Sabia que tinha algo haver com o que hipoteticamente havia acontecido, porém se Eleven não queria lhe dizer, ela não a incomodaria perguntando sobre novamente.

Eleven caminhava receosa. Precisa exclarecer algo com o garoto de cabelos negros. Ele não podia simplesmente lhe  dizer algo induzindo que ela não se aceitava e sair andando sem nenhuma explicação.

O encontrou num dos bancos do pátio. Conversava com seus vizinhos de mesa, o de cabelo cacheado, o moreno e o de olhos esverdeados. Todos os três estavam entretidos no que parecia ser um console de um videogame.

- Michael, quero falar com você - Nenhum deles haviam notado ela chegar ou a sua presença até o momento em que ela se pronunciou. O de cabelos cacheados sorriu para ela.

- Você fala... - Disse soando numa falsa admiração.

- Sim, eu falo.

- De perto ela é bem bonita, Mike.

- Sim, ela tem olhos interessantes - O de olhos verdes sorriu.

- Pra mim ela é só uma garota - O moreno deu de ombros, claramente desinteressado.

- Sabe, eu ainda estou aqui e posso ouvir o que estão falando. Só quero que Michael me responda algo e logo irei embora.

- Mas você acabou de chegar! - Ele se levantou colocando-se a sua frente - Sou Dustin Henderson.

- Eleven.

- É seu nome mesmo? - Will aproximou-se dos dois - Pensei que estava brincando. Tem uma sonoridade bem bacana, Eleven.

- Sim, como nome de alguma super- heroína - Dustin virou-se para Will, empolgado.

- Super Eleven. Vê o quão legal parece?

- Ela poderia ter poderes de telecinése.

- Como Jean?

- Exatamente!

- Oh, seria tão maravilhoso.

- Estão a assustando - Mike finalmente se pronunciara - Ela não está entendendo nada do que estão dizendo.

- Na verdade, eu estou. Estão falando sobre Jean Grey, certo?

- Ohh, ela conhece X-man! - Dustin parecia estar a ponto de explodir. Ela quase teve vontade de rir.

- Uma garota gostar disso em nossa idade é tão raro - Will sorriu - Considere-se uma preciosidade em nossa escola.

- Ei, Eleven - Mike chamou por seu nome, jogando sua mochila para suas costas - Venha.

Eleven acenou um adeus para os garotos antes de seguir à Mike, eles sorriam encantados para com ela ainda. Ele não se pronunciou durante todo o percurso, ela também não sabia muito bem o que dizer, então apenas o seguia um pouco mais atrás, observando-o.

Ela ainda não tinha tido a oportunidade de conhecer aquele lugar para onde ele estava a levando. A quadra escolar.

Era cercada por uma longa e extensa grade, em sua volta haviam algumas árvores e um gramado mediano, se não estivesse tão descuidado, seria um lugar bonito.

- Pronto, chegamos.

Eleven olhou a sua volta, observando a extensão do local.

- É meu lugar favorito na escola depois da biblioteca.

- Entendi.

- Pode perguntar - Ele sorriu timidamente.

- O que quis dizer com o incidente do lápis ainda agora?

- Exatamente o que você entendeu. Esse turbante na sua cabeça, não tem necessidade dele.

- Você não entende.

- Creio que seja você que não entenda. Ser diferente devia ser um motivo de orgulho pra você, não de vergonha.

- A diferença, é que fui obrigada a ser diferente, não foi uma escolha minha.

- E você não podia tornar isto algo de orgulho? Qual o motivo por não ter seus cabelos? Uma doença? - Ela assentiu - Você foi forte o suficiente pra sobreviver, por que não pode ser forte também pra ignorar o fato de que seu cabelo caiu? Ele vai voltar alguma hora.

- Não é assim que funciona.

- Pois é assim que devia funcionar.

Ele aproximou-se dela sorrindo docemente para ela. Seus dedos foram de encontro a uma das pontas de seu turbante, e então, ele simplesmente puxou-o sutilmente.

Ela arregalou seus olhos, estática.
O lenço caiu de forma suave em seus pés. Sua cabeça raspada estava exposta.

- O..O que você fez? - Estava desperada.

Ele simplesmente se inclinou contra ela, dando-lhe um beijo no topo de sua testa.

- Você é linda desse jeito. Não há motivo para esconder isso.

Ela simplesmente se agachou pegando seu turbante do chão, em seguida o embalou em seus braços e correu não se permitindo olhar para trás.




Estava a aproximadamente 30 minutos sentada no canto da biblioteca chorando, abraçada a si mesma.

Decidira não voltar para aula, não se sentia bem.

Sabia que de algum jeito, Mike havia tentando lhe ajudar, no entanto se sentira exposta quando ele puxara seu turbante, como se tivesse deixado-a nua.

Algo doía dentro dela, não tinha certeza do que, talvez vergonha?

- El? - Max abraçava dois livros contra seu peito. Jogou-os sobre uma mesa próxima, agachado a altura da amiga - O que aconteceu?

- Eu não sei... eu...

- Posso abraçar você? - Eleven assentiu.

Max se colocou a sua frente, puxando-a para um abraço apertado. Ela não tinha ideia do que havia acontecido, mas ver sua amiga daquela forma a deixava mal.

- Pode me dizer o que aconteceu?

- Eu sou estúpida, nem eu sei ao certo porque estou chorando.

- Está se sentindo mal?

- Um pouco.

- Quer desabafar?

- Por hora não.

- Tem certeza?

- Sim, eu tenho.

Eleven encarou a Max. Ela tinha lágrimas em seus olhos também, mesmo assim ela sorria para El.

- Por que está chorando Max?

- Você é minha amiga Eleven, apesar de nosso relacionamento ser conturbado, dói muito em mim ver você chorando.

- Algo relacionado a sua irmã?

- É, também. Às vezes, tudo que ela queria era um abraço e eu... não notava isso.

- Não se culpe Max.

- Algumas vezes é inevitável.

- Sim, eu sei - Ela intensificou o aperto, naquela hora, as duas estavam precisando daquilo.

Elas continuaram abraçadas por um tempo até notarem o quão atrasadas estavam para a aula e então resolveram voltar para sala.

Eleven caminhava envergonhada. Apesar de já se encontrar mais calma, não tinha ideia do que dizer para Michael quando o visse, ela nunca sabia o que dizer em qualquer situação que acontecesse mas aquela parecia ser a pior de todas as que havia enfrentado antes.

Quando abriu a porta, a primeira coisa que fez foi caminhar até a mesa de sua professora, evitando olhar para o restante da sala.

- Aqui - Ela abriu sua mochila procurando por seu desenho, ao encontrar, o estendeu para ela.

- Era isto que estava fazendo?

- Não estava me sentindo bem, precisei tomar um ar.

- Quando for assim, me avise por favor.

- Ok.

- Pode voltar para o seu lugar - Eleven assentiu dando meia volta.

Ele a encarava, assim como o restante dos meninos.

Evitando ao máximo olhá-lo, ela caminhou até seu assento, deitando-se sobre seus braços. Não adiantou muita coisa já que alguns minutos depois ele estava lhe cutucando em seu cotovelo.

- O que quer? - sua voz saira abafada pelo seus próprios braços.

- Falar com você.

Ela levantou um pouco sua cabeça, deixando apenas um de seus olhos a mostra.

- Ficou chateada?

- Eu não sei.

- Estava falando sério quando disse que é linda sem esse turbante.

- Sei que estava.

- Então por que correu?

- Nem eu mesma sei.

- Quando descobrir, me conte.

- Vai ser o primeiro a saber.

- Vou deixá-la descansar um pouco.

Ela assentiu voltando a se deitar sobre seus braços. Mais um dia estupidamente cansativo.

   



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