História Laranja Fugaz - Algumas provocações podem rolar

JIMIN

— E você? — Kookie, apelidado por mim assim, perguntou, tirando-me de meus pensamentos estranhos — gosta de música?

— Gosto, sou fã de rock também. Já ouviu falar em Bon Jovi? — ri sarcástico. Afinal, parecia que Jungkook estava mentindo quando disse que curtia aquele estilo. Por isso, eu o provocaria até o último segundo.

— Claro que sim. Um clássico, eu diria. — eu não era fã de uma banda só, tudo que tocava, eu ouvia. Mas Jeon, com seus cabelos cherry, parecia ansioso para falar de bandas que ele gostava — eu gosto de Guns N' Roses. Já ouviu?

— Ah, sim. Claro que sim. Ficou horrível depois que Slash e Axl se separaram. — rolei os olhos.

Quando mais novo, ouvi tanto as músicas que acabei por ficar enjoado com o tempo, mas eu ainda sabia muito bem apreciá-las.

— Não fale assim. Você nem mesmo havia nascido quando eles ainda tocavam juntos. Ah, por falar nisso, parece que eles se reuniram de novo agora. — ah, é claro, aqueles velhos voltaram a tocar juntos. Eu já sabia.

— Tanto faz. — dei de ombros, pegando a caixinha de cigarros em meu bolso. Acendi um e o levei até a boca. Oferecendo para Jungkook, que negou sutilmente com a cabeça.

Como sempre digo, não fumava direto, apenas quando estava estressado ou entediado. Bem, digamos que agora, eu esteja mais entediado do que estressado, pois falar com Jeon Jungkook não era muito minha praia.

— Gosto de tocar as músicas deles. — concluiu, sorrindo mínimo.

Quando ele disse aquilo, lembrei-me do sábado de manhã na casa do Min. Aquele maldito sábado em que eu havia bebido e transado, ao qual planejava acordar tarde, mas uma pessoa ali perto não havia deixado. Pois havia colocado música dos anos 80 alta, e feito um solo de guitarra por cima.

Não poderia ser Jungkook, ou poderia? Seria uma coincidência muito infeliz se fosse.

— Você sabe onde o Yoongi mora? — não havia forma melhor de descobrir se não investigá-lo.

-—Sei sim, por quê?

— Ora seu... Não me diga que foi você quem estava tocando guitarra em plena às dez horas da manhã naquele condomínio! — minha face demonstrava fúria, não acredito que foi ele esse tempo todo.

— Ah, sim. Fui eu, sim. — o cerejinha dizia como se não fosse nada, e como se o que ele havia feito comigo não fosse grave. — por quê?

— Você mora lá perto? — para tentar me manter calmo, preferi lhe fazer outra pergunta a dar uma resposta a ele.

— Eu não, mas um amigo meu, sim. Eu havia dormido na casa dele. Mas os vizinhos, do apartamento ao lado, não me deixaram dormir bem por conta de seus gemidos — um sorriso cínico veio dele, enquanto o mesmo mordia os lábios, demonstrando seu deboche por saber que os vizinhos éramos nós.

Não acredito que no AP ao lado, Jungkook nos ouviu a noite e que por isso, se vingou me fazendo acordar cedo

— Você sabia que aos sábados, estudantes como nós, costumamos aproveitar para dormir até mais tarde? — por ser menor que Jungkook em altura, eu acabei por ficar nas pontas dos pés. Assim, segurando a gola de seu suéter, ameaçando esmurrá-lo.

— E você sabia que as noites de sexta-feira, são o único dia já semana que jovens, assim como nós, podem dormir tranquilos, pois não precisam se preocupar com a escola? — refutou-me, colando suas mãos em meus ombros.

Pensei que ele iria me afastar, mas não o fez. Apenas ficou ali, com suas mãos em mim, enquanto fitava-me cara a cara, com um sorriso travesso em seus lábios realmente finos e bem formados.

— E por que então você não foi embora da casa do seu amiguinho fajuto? Aposto que estava transando também. — um sorriso ladino também se formou em meus lábios. Abaixei os pés, ficando no chão, mas não o soltei.

— Não estava. Fiquei lá porque havíamos programado terminar algo juntos, e quando finalmente pudemos descansar, nossos vizinhos de baixo se animaram muito. — eu me lembrava daquela noite como se fosse ontem, fora muito bom, por isso permiti-me dar um sorrisinho mais safado quando Jeon mencionou-a, me lembrando de tudo que havia feito com o hyung.

— Bem, você já viu a pulseira que o Yoongi anda usando? — soltei minhas mãos de seu corpo sujo, finalmente, mas ele ainda continuou com as suas em meu ombro. — foi bem caro, muito caro mesmo. Então, ele me retribuiu o favor… desculpe-me se atrapalhei o seu soninho de princesa.

— Você geme igual uma cadela no cio. Desculpe-me se é impossível conseguir dormir com isso. — debochou, apertando o tecido de minha camisa entre seus dedos, suas unhas cravadas em meus ombros.

— Vai se foder, Jungkook. — eu não havia gemido tão alto assim, pelo menos não naquela noite.

Na verdade, quando estou com Yoongi-hyung, costumo fazer mais barulho quando sou o que fica embaixo, naquela noite eu fui ativo, não gemi tanto.

— Você ficou me ouvindo gemer atentamente, não é? — sorri cínico e ladino, passando a língua por meus lábios carnudinhos, logo tragando o cigarro e soltando toda a fumaça no rosto dele — diga-me senhor pervertido, ficou duro me ouvindo?

Eu não era capaz de deixar de provocar a Jungkook naquele instante, afinal, se ele estava dizendo aquilo, é porque prestara muita atenção às coisas daquela noite.

Joguei a bituca do cigarro no chão, apagando-a com o solado de minha bota e me aproximei ainda mais do Jeon, com um sorriso perverso no rosto.

Eu o odiava, mas gostava do fato de que ele parecia ficar perdidinho quando eu era ousado consigo, fingindo ter interesse.

— Ficou duro, Jungkook-ah? Responda-me. — levei minhas mãos até seus braços, passando-as ali como se estivesse fazendo-lhe uma massagem bem sedutora.

Apertava seus músculos bem marcados, mesmo que ele ainda estivesse com um suéter.

— Pare com isso... — suspirou, retirando suas mãos de meus ombros, mas eu o segurei.

Segurei ambas as mãos fortes daquele tirano, levando-as até minha cintura. As coloquei ali e o puxei para perto, fazendo nossos corpos ficarem colados, de forma que, se alguém nos visse, pensariam que éramos apenas um casalzinho apaixonado se abraçando.

— Você não está me respondendo, estou ficando impaciente. — revirei os olhos, mas ainda decidido a provocá-lo.

Então, desci um pouco os dedos da mão destra, ainda o segurando perto de mim com a outra e apertei sua coxa.

O puxei ainda mais, querendo cada minuto colocar nossos corpos, o que realmente consegui com sucesso. Acabamos por deixar que nossas intimidades, ainda cobertas por minha calça de couro e por sua calça jeans, se tocassem.

Imediatamente senti que Jungkook estava um pouco duro, o que de certo me surpreendeu.

— Você queria que eu estivesse gemendo para você, Jungkook-ah? — aproximei minha boca de seu pescoço, raspando meus lábios ali como se fosse deixar um chupão no mesmo — você quer isso agora?

— N-não… — suspirou pesado, jogando a cabeça para o lado. Queria que eu o marcasse com meus lábios.

Mentiroso, um belo mentiroso. Ele dizia que não, mas não podia fazer nada contra meus toques, tudo que fazia era ficar mole em minhas mãos.

— Lembre-se que não está mentindo só para mim, Jungkook, também é mentindo para você. — subi com a palma até seu falo, dando um mínimo aperto no mesmo com meus dedinhos pequenos e gordinhos.

Jungkook fez tudo o que eu mais queria; que nesse caso, era arfar e deixar que um resmungo saísse de sua garganta. Uma pequena lamuria rouca e baixa.

Ele por sua vez e extasiado com meus toques em seu cacete, jogou a cabeça um pouco mais para trás e desceu de minha cintura, até minha bunda, onde dera um aperto firme com seus dedos, deixando ali um tapa estalado.

— Ficou duro naquela noite assim como ficou agora? O que te fez ficar excitado aqui? Minha pele exposta? — passei as mãos por meus braços descobertos e lambi meus lábios, sensualmente. — a lembrança daquela noite, onde você me ouviu gemer, ou os meus toques agora?

— T-tudo… — respondeu-me finalmente, com certa dificuldade e mordendo seu lábio inferior, segurando-se ao que apertei ainda mais com precisão seu pênis por cima daquela maldita calça azul — um pouco de tudo.

Ao confessar aquilo, então tive certeza de que ele havia ficado acordado não só por meus gemidos, mas também porque seria incapaz de dormir estando excitado.

Puxei Jungkook para o banheiro que havia ali perto comigo e tranquei a porta, impedindo que qualquer ser humano entrasse junto conosco.

— Você se tocou me ouvindo gemer, Jungkook? — empurrei seu corpo contra uma das paredes brancas, voltando à mesma posição de antes.

Levei as mãos do Jeon até minha cintura outra vez e o puxei para mim, abri o zíper de sua calça, que graças a deus não levava cinto e toquei seu pênis por cima da cueca.

O tecido de pano mole já se encontrava um pouco molhadinho por conta do pré-gozo e do tesão que, dava pra ver que ele sentia.

Passei meu dígito indicador pela extensão da glande, sentindo-a gosmenta e o pano molharem-se ainda mais.

— Você teve que se aliviar depois daquilo? Bateu umazinha? — enfiei minha mão sem pedir permissões, para dentro da cueca boxer e preta do outro, apertando seu falo com mais vontade agora.

Jungkook se chocou com o ato e deu quase um pulo por conta do susto, porém, ao mesmo tempo, seu caralho pulsou contra meus dedos, o que me fez salivar.

— Jimin, não deveríamos fazer isso. — suspirou de novo, levando suas mãos até meus ombros outra vez.

Afinal, ele estava espantado, pois assim como eu, ele também me odiava. Ter os toques de um cara que você desgosta não deve ser muito legal, já que, estaria ciente de que não teria carinho envolvido entre nós.

Mas ao mesmo tempo, assim como eu, ele estava adorando a ideia.

Essa era a primeira vez que ficávamos tão próximos, a primeira vez que nossos corpos tinham tanto contato e também a primeira vez que eu, o grande Park Jimin, pegava no pau de Jungkook e dava-lhe a honra de ser masturbado por mim.

— Você vai continuar mesmo sem me responder? — insisti, dando-lhe um aperto forte em seu cacete, espremendo toda sua derme contra a palma de minha mão.

— Ahn, hyung, já chega… Isso é vergonhoso, não quero falar sobre isso. — revirou os olhos em deleite. Então, ele gostava de ser judiado?

— Por que não? — abaixei as roupas do Jeon até a metade de suas pernas, deixando seu cacete pular e pulsar para fora.

Estava muito surpreso agora, pois apesar de já ter sentido, o pau de Jungkook era grande e parecia suculento. Bem depilado e, com uma glande inchada e rósea, que me fez salivar ainda mais.

— Porque é vergonhoso, já disse! — revirou os olhos ao que eu cuspi em minha mão e a levei sobre seu pênis, puxando sua pele acima da glande peniana e desci com rapidez, em um movimento brusco, porém prazeroso para o mais novo.

— Não há nada vergonhoso aqui a não ser o fato de você fugir desse assunto.

Ri ladino, juntando meus lábios em sua orelha, ouvindo mais gemidos lhe escapar enquanto eu usava toda a minha palma, descendo e subindo pelo caralho de Jungkook, apertando seu cacete, sentindo-o pulsar cada vez mais.

— Você gemeu assim como está gemendo agora ao se tocar pensando em mim, seu safadinho? Imaginou-me rebolando contra esse seu pau pecaminoso?

Eu sussurrava aquelas palavrinhas mágicas em seu ouvido, enquanto ainda o estimulava com meus dedos. Agora, eu brincava com toda a parte de seu corpo peniano, rodeava a glande com meus dedinhos travessos, apertava e o dava uma masturbação feita por deus.

A forma como minha mão destra estava melecada pelo pré-gozo e também por minha saliva, deveria dá-lo a impressão de que estava realmente fodendo comigo.

— Por que está fazendo isso comigo, hyung? Pensei que nos odiássemos — o de cabelos cherry, disse com dificuldade e com os olhos fechados, ofegante. Estava querendo vir, mas eu fazia aquilo tão lento, apenas para torturá-lo.

— E nos odiamos. Estou fazendo isso porque você está sendo muito levado e não quer me dizer a verdade, Jungkook-ah… — coloquei um bico em meus lábios quando ele voltou a abrir os olhos e me encarou.

Voltei a punhetá-lo com fugacidade, o que fez o garoto abrir a boca e jogar o pescoço para trás. Espremeu outra vez os olhinhos, sem deixar que som algum escapasse mais de si além das marteladas fortes de seu coração e da oxigenação tão agitada.

— Goza pra mim, vai. Faça da mesma forma que fez quando me ouviu gemendo ao foder com outro homem. — seu pau pulsou, deixando algumas veias expostas e ele levou as mãos até seus lábios finos, tentando tapar os altos gemidos que dava ao desfazer-se em minhas mãos.

Eu havia o permitido gozar, então, Jeon deixou todos os pensamentos de lado, se concentrando apenas em mim naqueles instantes. Estava claro para mim que ele estava preferindo se calar apenas para ser punido, e também porque, certamente havia feito mesmo o que eu tanto suspeitava naquela noite.

— Park Jimin, eu ainda irei matá-lo. — tombou com o corpo para trás, suspirando alto, enquanto eu ainda continuava com minhas mãos em si, espremendo sua intimidade, puxando a pelinha para retirar qualquer restinho de porra que ainda sobrava em si. — v-você é um maldito cretino… — sorriu ladino, mordendo a pontinha de sua língua como se estivesse pronto para me dar o troco — vou fazê-lo pagar por isso.

E em questões de segundos, meu arque-inimigo já estava em cima de mim, puxando minha cintura e deixou uma mordidinha em meu pescoço, descendo com suas mãos até minhas nádegas e deixou um tapa ali.

Gemi manhoso e baixinho ao senti-lo também me apertar. Ele passou com uma de suas mãos sobre meu tórax, o que me fez lembrar um pouco de Jihye naquela manhã.

Ignorei, logo a tirando de minha cabeça enquanto Jungkook, por outro lado, puxava meus fios laranjas-vermelhos, forçando-me a curvar a cabeça um pouco para trás.

Olhávamo-nos com muita tensão agora, enquanto eu, mais uma vez, passava com minha linguinha astuta sobre meus beições grossos. Apesar de ele já ter gozado, estava disposto a se vingar.

— O que estão fazendo aí? — ouvimos batidinhas na porta, de uma voz que já era muito bem conhecida por ambos. Os toques fizeram com que Jungkook e eu nos afastássemos um pouco assustados.

Foi então que eu me lembrei que ainda estava com minha destra suja pela porra daquele maldito, por isso que, corri para perto da torneira que havia ali e lavei-a passando muito sabonete para retirar seu cheiro tão maravilhoso que estava impregnado em mim.

— Caralho. — passei a mão por meu cabelo, que estavam mais que bagunçados pelos puxões — se veste garoto, temos que sair daqui. — olhei para o Jeon, que parecia perdido em pensamentos, caminhando até ele e segurando seu pau, limpando-o com toalhas de papel.

— Hey, você não tem que fazer tudo por mim! — fez uma careta que eu não tive tempo para descrever no momento e subiu sua calça, abotoando-a. — mas acho que terei que me vingar em uma próxima vez. — o sorriso perverso, com seus dentes a mostra, estava de volta.

Lindo, irritantemente lindo.

Não deu nem tempo e já estamos com nossa rivalidade de volta, exatamente do jeitinho que eu gosto.

— Perdeu sua chance pirralho, você não encostada nesse corpinho gostoso que eu tenho nunca mais — provoquei, apenas para não dar o gostinho da vitória a ele.

Afinal, não queria ter uma ligação de sexo com Jungkook, isso seria estranho. Apenas fiz isso com ele hoje para que aprendesse que é feio ficar ouvindo os outros transarem e ficar duro com isso.

— Eu farei isso, Park Jimin, muito mais vezes do que você possa imaginar. E na próxima, você vai me pedir perdão — em passos lentos e arrogantes, ele caminhou até mim, com seus sapatos irritantes fazendo estalos e rangidos ainda mais irritantes por todo o banheiro — de joelhos, de preferência. Enquanto eu, por outro lado, me entalo aqui.

Sua destra imunda se ergueu e com dois dedos, do meio e indicador, ele tocou a pele de minha garganta, bem por onde a salivação passava, fazendo um movimento brusco, o que me forçou a engolir em seco.

Estava insinuando que na próxima, eu teria que chupá-lo para pagar por meus pecados. Mas ele não queria vingança? Então por que seria eu quem teria que trabalhar de novo?

De qualquer forma, ri em tom alto e zombeteiro, deixando meus dentes expostos em sinal de deboche puro.

—Gamou tanto assim em mim, que não consegue ficar longe, Jeon? — lambi meus lábios, provocando-o e o puxei para fora dali junto a mim.

— Fala sério, a gente descuida de vocês dois segundos e vocês já vêm se pegar no banheiro? — Hoseok disse ao que abri a porta e dei de cara com um Yoongi de braços cruzados, e ele SeokJin estavam atrás do loiro.

— Você não presta Jimin. — o Kim riu sádico, pervertido, olhando para as roupas amassadas de Jungkook e os meus cabelos, que mesmo com minha insistência em arrumá-los, ainda estavam bagunçados. — e aí, quem comeu quem? — idiota, eles não passavam disso.

— Vocês acham mesmo que eu teria coragem de transar com Jungkook? E ainda por cima em pleno shopping? — entortei um pouco os lábios, tentando demonstrar que sentia repulsa em apenas pensar em algo como aquilo

— E esse cabelo bagunçado? — Hoseok indagou, mas não obteve resposta alguma de minha parte.

— Jimin, é bom mesmo que você não tenha coragem de transar com Jeon Jungkook — Yoon se aproximou, me puxando para perto e passou os braços em meus ombros, me dando um olhar mortal

— Você sabe que eu o odeio tanto quanto você o odeia, hyung. — lancei-lhe um olhar cafajeste — e para provar, posso passar na sua casa hoje, se quiser. — falei as últimas palavras em sua orelha, vendo os fios dourados de sua nuca se eriçarem quando deixei um chupão no lóbulo. — vejo que pegaram nossos capacetes

Voltei minha atenção a Hoseok, que pegou o meu capacete e do Jeon, havíamos deixado-os no balcão, com a atendente da loja de antes.

— Obrigado. — peguei-a ambos e entreguei um para de cabelos cereja.

— Park Jimin sabe agradecer? — Jinnie voltou a me provocar, enquanto eu rolei os olhos para cima e passei meus braços pela cintura do Jeon ali.

Odiava-o, mas amava provocar ao loirinho aguado e também provocar o cerejinha junto. Pois sei que ele ficava tão confuso com isso, a ponto de se afetar. Se não fosse assim, ele teria resistido todas as minhas provocações.

— Querem fazer mais o que? — puxei meu celular do bolso, vendo que batiam apenas seis horas da noite. — está cedo ainda, podemos ver um filme. Da pra aproveitar e jantarmos juntos também.

Minhas ideias não eram o máximo, mas passar uma tarde com pessoas da sua idade era muito melhor do que passar enfurnado dentro de casa com minha mãe e meu padrasto.

Mil vezes melhor.

— Está tarde, deveríamos ir para casa! — Yoongi disse, lançando um olhar desgostoso para minha mão, que fez questão de apertar a cintura fina de Jungkook, apenas para provocar.

— Você sabe que eu odeio ir para lá. — rolei os olhos outra vez. Afinal, Yoonie era o único a me conhecer tão bem ao ponto de saber que eu detestava meus familiares. — vamos jantar juntos!

— Você me compra muito fácil com comida, Jimin — o Jung riu ladino, passando os braços por volta do pescoço do Min — Yoon está com ciúmes, talvez seja melhor ir para casa, sozinho. — o loiro bufou com as palavras do castanho e passou as mãos por sua cintura também.

Hoseok era totalmente o contrário de Yoongi e eles se odiariam se não fosse por conta de que nós dividimos uma amizade. Era certo que ele apenas estava fazendo aquilo na intenção de me provocar.

Já que o Jung ficou desconfortável com o ato e o hyung sorriu zombeteiro para mim, arqueando uma das sobrancelhas como se dissesse: “você gosta do que eu faço?”

Apenas revirei os olhos e soltei ao de cabelos cherry, me afastando um pouco de si, vendo o Min fazer a mesma coisa com Hope.

— Certo, vamos ver um filme e em seguida podemos ir comer algo. Não quero comer essas porcarias que vendem aqui, vamos a um restaurante. Quero comer Kimchi — finalmente o loiro aguado voltou a sorrir sutilmente, deixando um pequeno suspiro escapar de seus lábios.

Como iríamos ver um filme todos juntos, Jin insistiu para que comprássemos algumas guloseimas para comer enquanto víamos.

Por ser ainda um pouco cedo, a sala estava bem vazia, Yoongi queria que eu me sentasse ao seu lado, já que quando fazíamos isso juntos, tínhamos o costume de trocar beijos, mas o Kim interrompeu.

O mais velho disse que estávamos muito juntos ultimamente e que tínhamos que nos separar um pouco, pois já estava cansado de segurar vela para nós.

Se quiséssemos ficar juntos, poderíamos fazer isso depois em qualquer outro lugar.

Era por isso que, agora, eu estava sentado ao lado do garoto que eu mais detestava, apenas eu e ele na fileira, enquanto víamos o restante do pessoal sentar-se na da frente.

Yoongi sentou-se no meio de Hoseok e de Jin, não que eu me importasse muito com isso, mas preferia mil vezes estar junto deles também a estar com o filho da puta chamado Jeon Jungkook.

Eu não havia levado muita coisa pra comer, apenas um copo de suco e um Cheetos qualquer, já que não queria perder o apetite para o jantar depois.

O filme estava na metade, Jungkook estava muito focado na imensa tela, igualmente aos nossos amigos. De repente, senti seus dedos finos tocando minhas coxas bem cobertas pela minha calça apertada. Olhei-o assustado, vendo-lhe fazer um final com seus dedos para que eu fizesse silêncio.

Sua mão destra e bem safadinha subiu até o cós de minha calça, onde ele apertou minha intimidade. Mesmo que ainda fosse de couro, a calça levava zíper e botões, e discretamente o cerejinha abriu-os, enfiando sua mão ali, apertando novamente.

— O que você ‘ta fazendo? — curvei-me um pouco em direção a ele, soltando a pergunta como um sussurro lamuriado, ao que ele tornou a enfiar sua mão, agora, por baixo de minha peça íntima.

— Vingança, Jimin-hyung. — sussurrou de volta, com um sorrisinho cínico nós lábios, passando sua língua em minha orelha.

Oh, deus, acho que estou ferrado!

— Não pode fazer isso aqui! — eu era louco da cabeça sim, mas confesso que esse tipo de coisa em público não era meu forte. Não dentro da sala do cinema.

— Quer dizer que em outro lugar pode? — os lábios finos rasparam em meu pescoço, ao que os fios laranja de minha nuca se arrepiaram totalmente. — Relaxa. Isso aqui está tão vazio que ninguém irá perceber. Na fileira atrás da nossa não tem ninguém.

Sua intenção era me deixar calmo, mas com os toques, os apertos e toda aquela sensação de estar sendo masturbado pelas mãos do grande Jeon Jungkook, me fazia ficar nervoso.

Essa era, a primeira vez em toda a minha vida, que tinha um contato como esse com o mais novo. Era a primeira vez que eu estava sendo tocado por ele e infelizmente, o garoto fez de uma forma que parecia e me fazia pensar que de todas as outras pessoas com quem já fiquei, ele era a melhor delas.

Embora tenha dito a mim mesmo naquela tarde que já estava enjoado de transar e que Jihye teria que levar horas me chupando para conseguir um orgasmo meu, eu estava já bem molinho nas mãos de Jungkook.

O outro, ainda com suas mãos em mim, massageou-me suavemente, apertando meu caralho, me fazendo espasmar.

Não sei o porquê nem como, mas por ser ele, eu estava bem excitado. Nem mesmo sabia dizer quando havia ficado tão duro daquele jeito, mas as mãos do tirano trabalhavam tão bem que fora impossível.

— Chega… — levei minhas mãos até seu pulso, segurando-o e apertei forte, indicando que não poderíamos continuar — tire suas mãos, irei terminar no banheiro — pedi, ouvindo-o sorrir ciciar em minha orelha.

— E se eu não quiser? O que é? Está com tanto medo assim que eu sinta sua porra? — passou os braços ao redor de meu pescoço, me puxando para mais perto.

Estava tão inerte e arquejando tanto com o pré-gozo que já sentia saindo de mim, que acabei caindo contra seu tórax, ficando um pouco mais curvado e todo torto na cadeira.

— Pode me sujar, hyung. Goza pra mim. — assim como eu o incentivava mais cedo, ele fazia comigo, me provocando.

Mas ele era mais ousado, chupava e mordia o lóbulo de minha orelha, me fazendo soltar gemidos baixinhos contra sua pele.

Jeon apertou minha glande massageando-a, fazendo-me suspirar e arfar outra vez, espremendo minhas coxas uma na outra, o que ocasionalmente também apertou sua mão.

— Geme pra mim! — sorriu ladino, lambendo de meu pescoço até meu queixo — se gemer, eu deixo você me melecar com esse seu pau que já está quase explodindo de duro. — abaixei a cabeça. Droga. Apesar de ter feito o mesmo com ele, não queria que ele me submetesse a isso. — O que é, Jimin-hyung? O Yoongi não te satisfez na última noite?

Fazia coisa de apenas dois dias desde que transei pela última vez, então, ainda estava recente. Sério, eu não tinha mais forças para aquilo, ou pensei não ter. Até conhecer o lado obscuro desse pivete, que está querendo me fazer gozar com uma única mão.

— Ou será que é por que ele não te come direito? — rodeou-me com seus dedos, fazendo uma masturbação mais gostosa ainda, por eu já estar quase em meu ápice — você quer que eu te coma? Vou te foder tanto que terá bons motivos para faltar a faculdade da próxima vez!

Era como se o moleque estivesse me ensinando uma lição, o que claramente me deixou mais doidinho ainda. Eu adorava provocar, em questão sexual, adorava ser provocado também. E aparentemente, Jungkook é bem ágil para pegar meu ritmo da coisa.

— Geme! — sua voz saiu em tom autoritário, não estava pedindo, estava me ordenando.

Fora por isso que, mordi o pano de seu suéter, suspirando alto e arfando, sentindo seu dígito manusear minha glande de forma deliciosa.

— J-Jeon-ah! Ah, Jungkookie... — minha voz saiu com dificuldade, a minha porra manchou seus dedos e eu apertei mais minhas pernas, deixando tudo ainda mais prazeroso.

Revirei os olhos com o tesão, e com um de seus braços o de cabelo Cherry ainda me puxava a si. O mesmo puxou meus fios laranjinhas, deixando nossos rostos bem próximos.

Eu já me sentia afoito em suas mãos, estava mole, mesmo que estivesse gozando já, o mais novo não deixava de me acariciar lá embaixo.

Minha respiração ofegante me delatava, acabara de ter um maravilhoso orgasmo, justamente por culpa de alguém que eu odiava.

— Assim está melhor! — deixou um beijinho esnobe nos meus fios, retirando sua mão suja de minha calça e fechou o zíper e os botões.

No mesmo instante, eu me levantei apressado, sai correndo em direção ao banheiro. Apenas quando parei de frente ao espelho, notei que minhas bochechas estavam vermelhas. Não só pelo fato de eu estar ofegante, mas porque eu havia malditamente corado por ter aquele garoto me tocando.

Meus lábios tinham marcas também, causadas por meus dentes tortinhos, já que eu havia os mordido tanto tentando segurar meus gemidos.

— Maldito Jeon! — proferi, dando um pequeno soco na pia do banheiro. Por sorte, toda a minha porra havia caído sobre a mão dele, por isso não sujei tanto minha roupa, o resto, foi facilmente resolvido com uma toalha de papel.

— Me chamou? — e quando eu menos esperava, lá estava o pirralho, já dentro do banheiro e parado ao meu lado

— O que quer aqui? — resmunguei, jogando um pouco de água em meu rosto e logo o enxuguei

— O que é? Não posso mais usar o banheiro? — riu zombeteiro, levantando sua mão destra, mostrando-a suja — depois da bagunça que você fez, eu tinha que vir me limpar. — antes que ele levasse a mão até a pia para lavá-la, o garoto levou-a próximo ao seu rosto, como se cheirasse meu esperma. Em seguida, dera uma mera lambidinha, provando de mim.

— Jeon Jungkook! — o repreendi zangado, mas ao mesmo tempo voltando a sentir meu rosto queimar.

Caralho, mal fizemos uma coisa dessas e o idiota já tem coragem de engolir? Devo admitir que esteja surpreso, queria ver qual seria a reação dele se eu ejaculasse diretamente em sua boquinha linda.

— O que é? Não é como se a sua porra fosse a primeira que eu provei. — quis deixar claro que ele também tinha uma vida sexual ativa, o que me fez revirar os olhos, imaginado o maldito trepando com alguém.

Eu odiava Jungkook, apesar de tudo que fiz, sentia nojo em apenas imaginá-lo nu e transando.

— Tanto faz! — relaxei os ombros, soltando um suspiro alto, pronto para deixá-lo sozinho enquanto se limpava.

Do lado de fora, encontrei com Yoongi, era por volta de oito horas da noite agora, o filme certamente já havia acabado.

— De novo no banheiro com um homem, Jimin-ah? Suponho que Jungkook esteja aí também, já que ele saiu atrás de você. — cruzou os braços a cima do peito, dando um mero sorrisinho de canto

— Aish, hyung…  pare de insinuar coisas. Eu tenho um pinto bem aqui — apontei para o meio de minhas pernas — você acha que eu iria fazer xixi onde se não no banheiro? — insinuei como se fosse apenas mera coincidência estarmos ali juntos. Afinal, pessoas usam o banheiro para muitas coisas mais além de transar.

— Vai passar na minha casa hoje? — abeirou-se, depositando seus braços em meu pescoço, puxando-me para perto

— Ele não irá. — Jungkook, que saiu do banheiro, disse atrás de nós, colocando-se em nosso meio, nos separando rudemente. — Jimin marcou um compromisso comigo.

Para irritar ao loiro, ele disse aquilo em tom de cínico, passando as mãos pelas minhas, grudando nossos dedos.

— O que? — o Min olhou-o indignado, dos pés a cabeça e pousou sobre nossos dedos, logo direcionando o olhar para mim, fazendo uma careta pedindo para que eu confirmasse de aquilo era verdade.

— Eu não sairia com você nem por um milhão de dólares. — tranquei a cara, fazendo uma careta de nojo, porém, não nos afastei — Fala sério, hyung, é inacreditável o fato de você ainda pensar que eu sairia com o Jeon — rolei os olhos para cima, bufando e o encarei, um pouco irritadiço.

Meus atos fizeram o Yoonie se acalmar, relaxou os ombros e suspirou duas vezes, seguidamente, olhando-me com os ciliares pesados, como se dissesse que sentia muito.

— Parece que ‘pra você, eu não passo de um putinho que passa a noite com qualquer um — e com qualquer um, eu falo qualquer um mesmo, porque Jungkook está abaixo desse termo. Era irritantemente desgastante pensar que todos achavam que eu aceitaria dormir com um inimigo como ele.

— Lamento Ji, não foi isso que eu quis dizer. Argh, vocês só estão agindo estranho demais hoje! — passou as mãos pelos fios descoloridos, dando um suspirar alto e chacoalhou a cabeça — mas irá para minha casa ou não?

Quando Yoongi pedia isso, não era sempre para fazermos sexo, como já disse. Nós também compartilhamos de uma boa amizade. Dormir na casa dele significava o fato de eu não querer ir para a minha própria.

— Vou, apenas se você me servir com um bom soju. — adorava me embebedar e adorava ainda mais fazer isso com Yoongi.

Devo dizer que ele ficava bem mais sorridente quando bebia e mais alegrinho, fazia-me rir bastante e esquecer os problemas.

— Você vai ir com uma baita dor de cabeça para a faculdade amanhã. Não pense em faltar, pois eu mesmo irei levá-lo — riu, concordando sutilmente com a cabeça para mim, enquanto Jungkook nos olhava como se não acreditasse que iríamos beber naquela noite, já que pela manhã havia a tediosa faculdade.

— Vocês enrolam muito, vamos ir logo jantar. Tenho que acordar cedo amanhã — Hoseok chegou reclamando, com uma cara tediosa e uma feição de raiva, já que outra vez havíamos deixado nossos capacetes sobre sua responsabilidade.

— Tudo bem, o Gi disse que queria comer Kimchi, né? Vamos ao centro da cidade, vocês sabem onde me encontrar. — peguei o capacete de Seok com pressa e segurei a ambos — já vou ir pagando o estacionamento, vejo vocês lá. — Jungkook e eu, ainda de mãos dadas, saímos em direção ao local onde eu havia deixado minha motoca encostada o dia todo.

O momento em que nossos dedos estavam entrelaçados durou pouco, já que eu apenas queria fazer aquilo perto de Yoongi e ao chegar a nosso destino, o soltei.

Vesti minha jaqueta, que ainda estava presa em minha cintura e puxei o zíper para cima, fazendo com que todo meu corpo ficasse bem coberto. Como as noites eu corro bastante, acabava por sentir mais frio nos braços.

Jungkook ainda não havia colocado seu capacete, então me aproximei de si para ajudá-lo.

— Jimin, poço pedir uma coisa? — disse, enquanto eu passava a mão por seus cabelos, a fim de que eles não ficassem muito despenteados. Em seguida, deixei o capacete sobre sua cabeça, abrindo o pequeno vidro de proteção para que ele continuasse a falar.

— Diga logo!

— Será que você poderia ir mais devagar dessa vez? — ele queria que eu deixasse de correr, mas era só o que me faltava. Que moleque fresquinho.

— O centro é um pouco longe daqui, Jungkook. Se eu for andar como uma tartaruga paralítica, vamos demorar anos. — revirei os olhos. Já que ele estava com medo, acabei por passar o pequeno cinto que havia sobre o capacete em seu pescoço. Assim a peça não sairia de seu corpo tão fácil.

— Não estou pedindo pra você ir tão lento, estou dizendo apenas para não correr tanto — suspirou, levando as mãos até a cabeça para se certificar que tudo estava em ordem. — está um pouco frio também, se você for muito rápido eu irei congelar.

Mentiroso, ele tinha um suéter cobrindo seu corpo até mesmo em dias calorosos, então por que inventou essa de frio agora?

— Argh, tudo bem. Se eu acelerar muito se sinta a vontade para me cutucar! — me aprontei e finalmente subi na moto, vendo que até mesmo Yoongi e os outros estavam quase chegando ao estacionamento e nós ainda não havíamos saído dali.

— Continua —