História Last Hope (BTS) - Dia Nublado

Você deixou sua amiga na sala e foi tomar seu café, deu bom dia aos meninos que continuaram disfarçando, mas você sabia que eles tinham ouvido porque a sala era de frente pra cozinha.

— Se me dão licença eu já terminei aqui. – Namjoon disse se levantando e logo em seguida Jimin também se levantou. 

Namjoon subiu pros quartos e Jimin foi até a sala onde sua amiga estava.

— Bem, aproveitando que só sobrou nós dois aqui, tem uma coisa que eu queria te falar... – J Hope.

— Claro, o que é?

— Eu não consegui dormir direito hoje, pensando naquilo que te contei. – ele olhou pra sala ver se ninguém tava prestando atenção, então disse baixo – Acho que seria uma boa se livrar daquele carro, só pro precaução.

— É a única coisa que nos liga aquela supermercado, então acho que seria prudente...

— Eu só preciso pensar em como vou me livrar do carro sem ter que dizer a ninguém o porquê estou fazendo isso...

— Você, não acha que seria mais fácil só dizer ao Namjoon o que houve? Ele é meio turrão, mas não acho que ele iria de expulsar por isso. - não é o que famílias fazem. 

— Eu sei que não, mas eu queria resolver isso sozinho, não quero que todos fiquem inseguros achando que seremos atacados a qualquer momento.

— Se acha melhor assim, eu to com você. - você tocou o ombro dele e estava decidido. 

Na sala [F/N] mexia na tala meio chateada quando Jimin se sentou do lado dela.

— Noona... – Ele começou a dizer e já foi interrompido.

— Você não vai parar de me chamar assim, não é? – ele ficou quieto com seus olhinhos brilhantes – Aissh! – ela olhou pra outro lado – Prossiga.

— Você e a [S/N] não precisam ir embora... Você não gostou daqui?

— Não, eu não gostei! – ela disse seca então abaixou o tom – Da ultima vez que estive em um grupo grande como esse... tsk! – ela preferia não lembrar.

— Coisas ruins acontecem o tempo todo, mas coisas boas também, só não damos a mesma importância. – ele deu de ombros e ela o olhou, ela estava mesmo sendo consolada por ele?

Isso a fazia sesentir esquisita, não queria isso. 

— Eu só sei que não vou a lugar algum enquanto meu pé tiver assim, então não precisa chorar está bem?! – ela tentou pegar no pé dele, o repelir, mas o que conseguiu foi fazer ele rir. – O que foi que eu disse de engraçado? – ela queria se manter seria, mas o sorriso dele era bastante cativante e ela acabou sorrindo também. 

Namjoon estava descendo as escadas com Hee quando viu os dois sentados na sala.

— Você fica melhor assim. – Jimin disse a ela que o olhou nos olhos, ele com certeza não estava colaborando com as defesas de [F/N]. 

— Você é insuportável sabia?! – ela disse, então viu Namjoon nas escadas, ele continuou seu caminho pra não dizer que estava prestando atenção e [F/N] voltou a ficar seria.

... 

Depois do café você ajudou [F/N] ir trocar seus curativos, J hope estava lá com Namjoon e agora eram eles quem discutiam.

— Eu já disse que estamos bem no momento, sair agora é burrice! – Namjoon dizia e ao chegarem eles ficaram quietos.

— Desculpe, eu não queria atrapalhar – você disse junto de sua amiga – Eu achei que era hora de trocar os curativos da [F/N].

— Tudo bem, podem entrar a gente já terminou essa conversa mesmo! – Namjoon disse isso mais a Hope do que pra vocês.

E Hope respondeu. 

— Porque você é sempre tão difícil? – ele disse sem se importar que estivessem presentes – Sempre espera as coisas ficar complicadas pra tomar uma atitude!

— A gente pode voltar mais tarde... – sua amiga disse já pensando em recuar.

— Eu disse para entrar! – Namjoon exclamou e vocês ficaram paradas, ficar em meio ao fogo cruzado não parecia um sonho de consumo – Você tem razão eu sempre adio as coisas, porque NÃO QUERO QUE CORRAM RISCOS a menos que não tenhamos outras opções! – vocês e sua amiga estavam caladas, você podia ver que por trás das brigas eles se importavam um com o outro e isso aquecia seu coração.

Você colocou sua amiga sentada na maca e foi para o canto, você sabia o que J Hope estava tentando fazer, Namjoon começou a cuidar dela e Hope pensava em qual mais argumentos usar. 

— Parece estar cicatrizando bem, isso é bom até mesmo porque só temos antibióticos pra hoje e amanhã... – Namjoon disse limpando a ferida pra colocar novas bandagens.

— Os remédios acabaram? – J Hope perguntou.

— Não todos, ainda temos para gripes e coisas pequenas... – ele respondeu concentrado no que fazia.

— Viu só? E se alguém se machucar de verdade? E se ela precisar de mais antibióticos? – era a oportunidade perfeita pra ele tentar novamente.

— Você não vai sair de novo e ponto final! – Namjoon disse se levantando.

J Hope não gostou de como ele falou e também se impôs.

— Você não é meu dono, não manda em mim! – ele passou por você indo até Namjoon - Eu não preciso da sua permissão, apenas queria seu apoio! – ele deixou a sala e Namjoon engoliu a seco.

Ele tentou fingir que nada aconteceu se sentando para terminar de imobilizar novamente o pé de sua amiga, você não tinha certeza se deveria, mas arriscou.

— Eu posso ir com ele. – Não só Namjoon franziu a testa como sua amiga também – Eu tenho bastante experiência em andar lá fora, eu posso cuidar dele pra você.

— Não foi ele quem salvou sua vida? – Namjoon perguntou frio.

— Eu também salvei a dele no supermercado, somo uma boa dupla.

Namjoon pensou um pouco, ele ainda não confiava totalmente em você, não sabia se faria bem ou mal ir com ele, mas J Hope era impulsivo, ele iria de qualquer jeito.

— Você o ouviu, não sou dono de ninguém, quem quiser ir que vá! – ele terminou ali e saiu sem nem guardar as coisas.

Sua amiga estava em silêncio e pela cara dela, você sabia que iria se arrepender de abrir a boca.

— Que clima... – você tentou disfarçar andando a esmo.

— Você vai sair com ele? – [F/N] perguntou sem te olhar.

— Ele não pode ir sozinho e ele quer fazer isso por todos aqui, inclusive por você.

— Você vai ir lá fora, em busca de sei lá o que, sei lá aonde e vai me deixar aqui, sozinha?!

— Você não ta sozinha, olha o tanto de gente que tem aqui...

— São estranhos! Ficar com estranhos ou sozinha da no mesmo!

— Você tem o Jimin.

— Eu conheço ele há uns quatro dias!

— E a mim há dois meses! – a expressão dela mudou e você tentou concertar – Eu não queria dizer que...

— Tudo bem. – ela te cortou levantando da maca.

— Tudo bem? O que ta “tudo bem”?

— Eu disse pra sairmos daqui e soou como um absurdo, agora um cara quer dar uma voltinha por ai e você pula na garupa. – ela foi saindo da sala e você foi atrás.

— É diferente, você quer ir embora, ele só quer procurar recursos e estaremos de volta em um ou dois dias... 

— Você tem absoluta certeza disso? De que vai voltar? – ela perguntou olhando pra você então voltou a andar – Você mais do que qualquer um devia saber o quão vagas essas promessas são! 

— O que quer dizer com isso? [F/N]! – você pegou ela pelo braço a fazendo parar – Eu sempre cumpro o que prometo e eu te prometo que eu vou voltar, nem vai ter tempo de sentir minha falta. – você tentou sorrir pra ela.

— Como eu disse, TUDO BEM! Não sou eu que to te segurando! – ela disse se soltando e foi pra varanda. 

Hee estava passando e olhou pra vocês duas, o que era aquilo? Dia de todos brigarem?. Você não queria brigar, então parou ao lado dela na varanda e antes de dizer qualquer coisa J Hope vinha vindo com Jimin no pé dele.

— É serio Hoseok! Você viu o quanto eu fui última da ultima vez, eu posso ajudar.

Hope já não sabia mais o que dizer pra tirar essa ideia da cabeça dele, então viu vocês na varanda.

— E você vai me ajudar! – ele disse a Jimin que quase pulo de felicidade – Ficando aqui e cuidando de todos enquanto eu estiver fora!

— Ah fala serio! – ele resmungou.

— Hoseok tem razão – você disse se intrometendo na conversa – Eu vou ir com ele buscar recurso e preciso de alguém pra cuidar da [F/N] por mim, sabe o gênio que ela tem, então não confio em mais ninguém do que você aqui. – você sorriu e ele olhou pra ela, ela virou os olhos e foi pra outro canto da varanda, era ridículo ser tratada daquele jeito.

— Certo, eu vou cuidar de todos aqui, mas só porque você pediu! – ele deixou claro fazendo careta pra Hope que riu. 

Jimin foi atrás da sua amiga e você até J Hope 

— Você foi bem duro com o Namjoon...

— Parece que ele não é o único que não ta de acordo com nossa saída. – Hope disse sobre o mau humor de sua amiga.

— Ela vai acabar entendendo.

— Namjoon também.

Você riu de leve.

— Temos mais coisas em comum do que pensei.

— Você... Pensou sobre isso? - você perdeu as palavras e ele riu. – Eu vou preparar as coisas pra sairmos.

— Certo, eu também vou me preparar.

Você arrumou sua mochila, pegou armas que poderia usar e esperou Hope perto do carro, a senhorinha veio se despedir de vocês e outros do acampamento.

— Boa sorte lá fora – Hee te disse e você não teve certeza se ela estava sendo sincera ou sarcástica.

J Hope colocou as coisas no carro, varias pessoas veio se despedir menos sua amiga, ela ainda estava naquela varanda te olhando como se fosse uma traidora, mesmo assim você acenou pra ela. 

Vocês já iam entrar no carro quando Namjoon veio rápido por entre as pessoas.

— Hoseok! – Namjoon foi até ele – Eu acredito em você e te apoio, mas toma cuidado, está bem?!

— Eu vou voltar com tudo que a gente precisa, somo um time!

Os dois se abraçaram e Jimin sorriu vendo eles de longe na varando junto a [F/N].

— Você não quer fazer o mesmo? – Jimin perguntou a ela.

— Não sou tão intima assim do Hoseok. – ela respondeu e Jimin riu alto.

— To dizendo sobre perdoar sua amiga, vai deixar ela ir assim? Com vocês brigadas?

— A gente vai resolver isso quando ela voltar.

[F/N] viu vocês entrando no carro pra ir e Jimin entendeu o que ela estava fazendo, se ela voltasse atrás agora era como admitir que aquela pudesse ser a ultima vez que se veriam e isso não ia acontecer, você prometeu que não, ele então ficou em silêncio vendo vocês irem.

Já na estrada.

— Certo, pra onde vamos? – você perguntou enquanto Hope dirigia.

— Tem um mapa ai atrás na minha mochila, ta marcado todos os lugares que já vasculhamos. Precisamos de munição e medicamentos.

Você pegou o mapa e o abriu, os lugares mais próximos já estavam marcados.

— Vocês já foram nas farmácias aqui perto – você analisou o mapa – Mas se eu não me engano tinha uma clinica que inauguraram pouco antes do dia “F”...

— Dia “F”? – Hope perguntou e você riu.

— Ah, é uma brincadeira da [F/N], ela disse que dias importantes como esses são sempre retratados como dia “D” por causa daquela guerra lá... Mas nesse apocalipse, é o dia “F” “o dia que Fu@#ram com a terra” - ele não tinha bem certeza se entendeu a analogia, mas riu mesmo assim. – Enfim, como era uma clinica nova poucos deviam conhecer e talvez ela ainda não tenha sido saqueada.

— Está bem, só me diz por onde eu devo ir pra chegar lá.

Você foi indicando o caminho, foram de carro até onde deu, com a rua a frente bloqueada você teriam que abandonar o carro e ir o resto do caminho a pé.

Vocês demoraram um pouco para chegar lá porque foram passando em algumas lojas pelo caminho e desviando o Maximo dos Z’s, ao chegar na clinica , adentraram o hall de entrada, estava muito escuro lá dentro e o lugar era maior do que se lembrava, ela tinha cinco andares e uma enorme escadaria quase em espiral. Dava para ouvir alguns devoradores perdidos Por entre os andares.

— Vamos com cuidado, está bem? – J Hope.

— Sim. – podia sentir um frio na barriga.

Vocês ligaram as lanternas e foram em direção aos corredores, não tinha nada além de devoradores no térreo, então subiram para o primeiro andar. Lá vocês encontraram objetos simples como seringas, luvas, ataduras... vocês iam colocando na mochila sempre em alerta, no terceiro andar passaram pela enfermaria, tinha restos mortais ali, seu estomago embrulhou e você quase vomitou, vocês deixaram aquele andar pra lá, pois qualquer coisa ali devia estar infectada já. No ultimo andar acharam algumas coisas úteis e uma sala trancada.

— Está trancada, então pode ser que tenha coisas importantes aqui dentro – Você disse.

— Certo, você por acaso não sabe fazer aquelas paradas de abrir trancas com grampos e tal, sabe?

— Não... e nem grampos eu tenho...

— Vamos ter que fazer do método tradicional então?

— Pica o pé! – você incentivou.

— Fique em posição, o barulho pode atrair Z’s.

— Pode deixar. – você disse segurando firme sua faca.

Ele contou até três e chutou a porta que apesar do barulho nem afrouxou, ele tentou de novo tomando distancia e quase se machucou.

— Droga, isso é muito mais fácil em filmes... – ele reclamou e você riu.

— Okay, só não vai se machucar, já basta a [F/N] com o pé quebrado.

Ele tentou uma ultima vez segurando o braço e se jogando contra a porta, foi tão forte que quando quebrou a trinca ele quase voou pra dentro da sala, a porta se abriu com tudo batendo na parede...

E o barulho ecoou por todo o prédio.

[...]