1. Spirit Fanfics >
  2. Last Memory - WooSan >
  3. Capítulo 45

História Last Memory - WooSan - Capítulo 45


Escrita por: RafaAlves_PK e baladeuva_

Notas do Autor


Quem é vivo sempre aparece não é? KKKKKK
Como estão anjos? Espero que estejam bem e estejam tomando muita água, aliás tomando muito cuidado com o vírus.
Lembrem-se da máscara e do álcool em gel.
Espero que gostem do capítulo.

Capítulo 45 - Capítulo 45


Fanfic / Fanfiction Last Memory - WooSan - Capítulo 45

8 anos atrás


Talvez eu estivesse anestesiado demais para qualquer assunto relacionado a amor e qualquer tipo de demonstração de afeto. Ou simplesmente tivesse medo de me entregar por completo e aquela mesma cena se repetir mais uma vez, eu claramente não estava preparado para tal baque de realidade novamente, seria doloroso demais. Quando se tratava de Choi Sohui, tudo era possível e eu sabia perfeitamente disso. Ao menos não tinha mais um Park Seonghwa para atrapalhar minha vida, dessa vez. 


Eu sentia a lágrimas grossas e salgadas rolarem pelo meu rosto enquanto eu continuava me encolhendo na cama, o corpo trêmulo e o peito dolorido, meu coração estava quebrado em milhões de pedacinhos que nunca seriam juntados novamente. Aquela ligação para Wooyoung havia mexido profundamente comigo, era mais do que óbvio o poder que Jung ainda tinha sobre mim. Dois anos haviam se passado e eu finalmente havia conseguido entrar em contato com o menor, mas não havia sido da forma que eu pensaria que seria. Eu realmente achava que ele me atenderia dizendo que sentia minha falta e ainda me amava, mas foi ao contrário, parando para pensar, não sei como pude pensar tal coisa. Suas respostas eram rudes e carregadas de ódio e mágoa, mas no fundo eu nem sequer o culpava, a culpa era minha, eu devia ao menos ter explicado o que tinha acontecido naquela época, assim nada disso teria acontecido de tal forma e talvez nós ainda tivéssemos a chance de tentar no futuro, nós passaríamos por aquele tormento juntos, como havíamos prometido.


—San? —A voz da pequena Sana invadiram meus tímpanos me fazendo levantar os olhos lentamente. 


A mesma acabava de pular a janela do meu quarto e caminhava sorrateiramente até mim. Instantaneamente sorri para a japonesa que havia tropeçado e por pouco não havia caído. Levantei lentamente e a ajudei a sentar na poltrona que havia perto da cama e voltei a me sentar na cama. Seus cabelos estavam soltos e desciam majestosamente até seus ombros em um liso perfeito. Seus olhos castanhos pareciam brilhar na escuridão do meu quarto e seu sorriso parecia estar iluminando a escuridão em meu peito. Por um momento me senti leve e anestesiado da dor em meu peito. 


—Como você está? —Perguntou desviando o olhar de mim e passando a prestar atenção em seu tornozelo enquanto o massageava. 


—Quer um gelo? —Perguntei sentindo a minha voz falhar e por alguns segundos fechei os olhos antes de me levantar. E novamente senti meu peito doer e aquela dor esmagadora voltar. 


—Não precisa. —Voltou a me olhar e então sorriu. —Acho que algo aconteceu, mas não vou me meter nisso. Apesar de eu estar muito preocupada com você. —Deu de ombros se levantando e esticando a mão. —Vamos fugir? Assim você poderá ficar mais leve e se distrair do que quer que esteja te incomodando.


—Não sei. —Suspirei me jogando na cama novamente. —Os guardas da minha mãe estão ali na porta, não posso sair, principalmente depois de ter quebrado a regra da Sohui hoje mais cedo.


—A gente foge! —Sana disse me puxando até a janela. —Vamos nos divertir, talvez esse seja meu último dia livre.


Paralisei e a encarei, a mesma esboçou um sorriso fraco e nem um pouco contente, logo deu de ombros e suspirou. Eu era egoísta o suficiente para focar apenas na minha dor e nem sequer perguntar se minha amiga estava bem. 


—Meu pai arranjou um casamento de conveniência, apenas para juntar a nossa empresa de sabonetes e cremes corporais com uma outra. —Pulou a janela e esticou a mão para mim. Seu sorriso ainda estava murcho, muito diferente do que estava antes. —Não se preocupe, é só um casamento no fim das contas.


—Mas não é com a pessoa que você ama. Isso lhe preocupa, não é? —Pulei a janela e ela segurou a minha mão sem sequer me responder. Talvez eu tivesse cutucado sua ferida com a ponta de uma faca. —Por que não fala o que sente para a pessoa que você gosta? Assim muitas coisas podem ser evitadas... Dores e arrependimentos podem ser evitados. Vai por mim, falar a verdade sobre seus sentimentos é o melhor caminho.


—A pessoa por quem estou apaixonada a mais de um ano... só tem olhos para o antigo amor dele. —Deu de ombros se virando para me encarar. —Podemos não falar sobre namoros, amores e casamento? Podemos apenas aproveitar o dia?


—Claro, desculpe. —Soltei uma risada sem graça. 


No fundo ela tinha razão, deveríamos apenas aproveitar o resto da nossa liberdade. Mais cedo Sohui havia me ligado para me dar uma bronca pelo ocorrido e avisar que eu teria um jantar importante mais tarde. 


A tarde estava sendo incrível e pela primeira vez sentia a felicidade inundar meu peito. Era a primeira vez em dois anos que eu voltava a me sentir... vivo novamente. 


A japonesa de cabelos tingidos de um tom rosa pastel estava com os olhos vidrados em seu algodão doce colorido. Era a primeira vez que eu reparava na mesma de forma mais atenta. Seus olhos, sua boca, seu nariz tudo nela parecia ter sido esculpido de forma delicada. Me peguei preso em sua beleza e só me dei conta de que estava encarando-a quando a mesma chamou minha atenção.


—San? Está tudo bem? Você parece perdido em seus pensamentos. —Se aproximou colocando a mão em minha testa. —Algo dói? Está doente? Não parece ser febre.


—Estou bem, de verdade. —Segurei sua mão para afastar a mesma da minha testa e cogitei contar lhe contar o motivo de devaneio, mas logo lembrei-me de que ela já estava presa em um casamento. Eu já havia magoado alguém, não era certo que eu plantasse a semente da confusão em seu coração —Não foi nada, eu juro.


Antes que Sana pudesse me dar uma resposta seu celular tocou nos assustando. Assim que leu o nome do pai no ecrã seus olhos se arregalaram e eu pude ver seu corpo tremer de medo. Ela se afastou para falar com o pai e logo recebi a ligação da Sohui. O universo estava conspirando para destruir o último resquício de felicidade que eu e Sana tínhamos.


—Não vou perguntar onde você está, não quero discutir com você justo hoje. —Sohui parecia estar medindo o tom da voz. Só pela forma que ela falava já dava para saber que ela estava extremamente irritada. —Venha direto para casa imediatamente, o seu terno já está no seu quarto. —Ousei tentar dizer algo, mas a mesma nem deu tempo. Apenas desligou na minha cara me deixando frustrado.


—San? —Sana mordia o lábio e fechava as mãos em punhos inquieta, foi a hora que me preocupei. 


—O que aconteceu? —Caminhei até ela a segurando pelos ombros. 


—Os guardas do meu pai estão me esperando na saída do parque. —Seus olhos encheram-se de lágrimas e eu a abracei.


—Prometo que vou lhe tirar desse inferno. —Olhei em seus olhos e beijei sua testa. A primeira vez que eu tinha tido algum contato realmente direto com ela, aliás  com qualquer pessoa. Aquele simples beijo em sua testa fez meu corpo tremer me deixando confuso. —Vamos pensar nisso com calma, ok? Eu vou te ajudar.


Sana me abraçou deixando-se desabar antes de me soltar e caminhar até a saída sem dizer uma palavra.


Não demorou muito antes dos guardas de Sohui me cercarem e me levarem para casa. Não tardou muito para eu ficar pronto e novamente estar dentro do carro preto, mas agora ao lado da minha mãe.


—Estamos fazendo isso pelo bem da empresa, comporte-se e não ouse fazer nenhuma gracinha. —Disse enquanto mexia em seu celular, nem sequer ousou me olhar.


—E o que faremos nesse jantar? —Perguntei saindo do carro assim que o mesmo parou em frente a um restaurante. —Ao menos me dê uma explicação do que vai acontecer lá.


—Casamento de conveniência com a família Minatozaki. —Olhou-me por alguns segundos e caminhou até a entrada do restaurante enquanto eu arfava. 


A única coisa que eu pensava era que aquilo era muita coincidência. Eu não conseguia distinguir a sensação de alívio e medo. 


Ao menos eu cumpriria o que havia prometido para Sana, se ela casasse comigo, quem quer que fosse o amor dela, eu não interferiria em nada e medo porquê eu não estava pronto ainda.


Assim que nos encontramos e Sana botou os olhos em mim seus olhos encheram-se novamente de lágrimas. Sem se importar com etiqueta, os pais ou até mesmo a minha mãe, correu para me abraçar com toda força. Fui pego de surpresa novamente, mas logo a abracei com toda minha força. Foi então que prometi a mim mesmo que iria protegê-la.






Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...