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História Last Memory - WooSan - Capítulo 48


Escrita por: RafaAlves_PK e baladeuva_

Notas do Autor


E pensar que falta só mais dois capítulos para Last Memory acabar... Eu tô... Triste... Não sei como vou ficar depois que acabar a fic kkkkk
Tô quase chorando. Principalmente pelo Capítulo em si

Capítulo 48 - Capítulo 48


Fanfic / Fanfiction Last Memory - WooSan - Capítulo 48

San estava  destruído, perdido, morto por dentro. Seu corpo tremia enquanto ele chorava desesperadamente ao abraçar o corpo da noiva que aos pouco se tornava mais e mais frio, perdendo todo aquele calor que só ela tinha para lhe dar ao rodear os braços em seu pescoço. Sana o amou até o último segundo de sua vida, lutou com todas as forças tanto pelo filho quanto pelo noivo.

Novamente se viu preso nas lembranças dos oito anos juntos, a dor apenas se intensificou ao lembrar de quão falho havia sido para a menor. Estava tudo perdido e ele não tinha poder para mudar aquilo. Ele queria tanto voltar no tempo, se sequer imaginasse que aquele seria o rumo das suas escolhas, talvez tivesse apenas desistido do amor adolescente que teve.

Havia sido tão hipócrita por ligar somente para o que ele sentia, nem sequer se perguntou como Sana estava se sentindo com tudo aquilo, ou como o médico estava se sentindo por ser um "amante" naquela história. Sentia um asco imenso de si mesmo enquanto pensava naquilo.

As lágrimas apenas aumentaram quando ele foi afastado do corpo pálido da japonesa. Sua vontade era ir com ela e pedir perdão, mas não podia, tinha o pequeno Chin Yeo para cuidar, não podia desistir tão fácil.

Caminhou lentamente para fora da sala cirúrgica sentindo as pernas tremer e consequentemente perder a força nelas indo de joelhos no chão. O mundo parecia estar girando de forma lenta, tudo ao seu redor se movimentava tão lentamente enquanto apenas sentia o baque do corpo no chão gelado. Apenas se permitiu ficar naquela posição enquanto abaixava a cabeça e chorava baixo.

Suas mãos apoiavam o peso do corpo para simplesmente não cair deitado enquanto chorava. Sabia e sentia o olhar de muitas pessoas nele, mas pouco se importava com a humilhação que teria que ler mais tarde em alguns sites de fofocas. Simplesmente não se importava com mais nada.

—Primo! —Jongho entrou correndo na sala cheia de cadeiras se deparando com uma porção de pessoas —entre enfermeiros, pacientes e acompanhantes de alguns pacientes— encarando um homem que chorava no chão. Seu peito doeu e ele piscou arfando antes de se dar conta do que estava acontecendo. —Sannie. —Sussurrou para si mesmo enquanto mordia o lábio já pensando no pior.

Puxou Seonghwa para o mesmo lhe ajudar a levantar o primo. Se aproximaram lentamente de San ouvindo o choro lamentável e doloroso do mesmo. Por um  momento Jongho se colocou na posição do primo e olhou para o namorado. Sentiu-se incapaz de ajudá-lo a superar aquilo, apenas respirou fundo antes de tentar levantá-lo, mas o mais velho nem sequer se moveu, parecia que o peso do mundo todo estava sobre o seu corpo o empurrando cada vez mais para baixo.

—Sannie. —Chamou-o antes de se abaixar e ficar na altura do mesmo. —Estamos com você. —Sorriu segurando as lágrimas enquanto tirava os cabelos rebeldes e suados que caiam sobre os olhos vermelhos e inchados de San. 

—E-el-ela s-se foi —piscou derramando mais lágrimas, incapaz de dizer uma frase sem soluçar. Seus olhos estavam vazios por conta da dor, estava perdido em seu próprio mundo que havia acabado de ser completamente destruído e a cada segundo que passava sua respiração ia se tornando ainda mais irregular. —E-eu per —mal conseguia terminar a frase. —Eu... perdi... a mulher da minha... vida. 

Jongho começou a chorar e apenas o puxou para um abraço apertado, como se dissesse que estava ali para ele. San apenas o apertou fortemente fechando os olhos e chorando. Sentir os braços do primo mais novo ao seu redor lhe trouxe uma sensação de leveza. 

Ainda se sentia abalado e provavelmente ficaria assim por muito tempo, mas não podia desistir de forma alguma, seu filho havia acabado de nascer.

—Chin Yeo. —Sua mente parecia ter clareado quando pensou no filho. —Co-como está o Chin Yeo? 

Saiu do abraço de Jongho atordoado e começou a se levantar, Seonghwa segurou seu cotovelo para ajudá-lo e equilibrá-lo. Logo começou a caminhar de forma desnorteada pelo hospital para procurar pela maternidade. 

O casal apenas andava atrás de San com o coração partido por vê-lo daquela forma tão lamentável. Era como se estivesse se culpando por todos os pecados do mundo, mesmo que aquilo não tivesse sido sua culpa.

Wooyoung lentamente abria os olhos se deparando com o teto alto e branco. Sua cabeça parecia estar sendo constantemente acertada por uma marreta e seu estômago estava embrulhado, sentia que a qualquer momento vomitaria tudo o que tinha ingerido anteriormente.

—Que exemplo Jung Wooyoung. —Hongjoong levantou-se de sua cadeira segurando uma xícara e um comprimido. —Um médico que não sabe da sua própria condição de saúde. Tsc. —Levantou o canto esquerdo da boca em sinal de desgosto e suspirou se aproximando do amigo para o ajudar a sentar.

—É só o cansaço acumulado. —Massageou as têmporas antes de pegar o remédio e a água e agradecer com um acenar de cabeça. —Por quanto tempo fiquei desligado?

—Duas horas e meia. —Wooyoung levantou de forma abrupta derrubando o cobertor que estava em suas pernas, Hongjoong que acabava de se sentar em sua cadeira novamente o encarou por cima da armação dos óculos.

—Sana teve que fazer um parto forçado. Como ela está?! —Perguntou ansioso caminhando até o médico amigo.

—Woo... —Hongjoong mordeu o lábio não sabendo como dar aquela notícia ao seu amigo de longa data. —A... —respirou fundo criando coragem —a Sana faleceu.

O médico geral piscou perdendo a força nos braços e pernas acabando por derrubar a xícara e cambalear. Hongjoong se aproximou rapidamente para amparar o amigo que negava freneticamente.

—Não... isso... isso... é um sonho, não é? —Sua voz falhava enquanto ele tremia. —E o bebê? Como está o bebê?

—Felizmente ele está bem. —Acariciou os cabelos do amigo dando um leve sorriso. —Minatozaki foi forte até o último segundo, apenas para salvar o bebê.

Wooyoung ficou em silêncio apenas processando o que tinha acabado de ouvir, não sabia o que fazer ou muito menos como poderia ajudar Choi San, que muito provavelmente estava desolado com a morte da mulher sem saber o que fazer.

—Acho que você devia ir até o berçário para ver como o Choi está. —O mais novo apenas balançou a cabeça em negação. —Sabe que a culpa não é sua, não é?

—Eu sei... —Suspirou se afastando. —San deve estar abalado agora, não posso simplesmente aparecer ao seu lado e dizer "oi, precisa de ajuda para criar o seu filho?". Vou deixar a poeira abaixar, ele está sofrendo e minha presença não vai ajudar ele, porque conheço aquele cabeça dura. Ele vai se culpar até o último dia de sua vida e eu aparecendo a todo momento ao seu lado só irá fazê-lo lembrar dessa culpa.

—Bom, você é quem sabe o melhor para si mesmo. —Deu leves batidinhas no ombro do amigo. —Vá descansar até o seu plantão começar. Não quero que desmaie no meio de uma cirurgia. 

—Obrigado. —Sorriu minimamente. —Vou pedir para alguém limpar essa bagunça. 

Acenou recebendo um sorriso do amigo. Apesar de estar com o coração apertado e com uma vontade tremenda de correr até Choi San e o amparar, sabia que seria melhor manter a distância naquele momento tão delicado.

—Doutor Jung? —Wooyoung levantou os olhos para encarar o mais novo que vinha em sua direção. —Há quanto tempo. —Esticou a mão para cumprimentar o médico. 

—Jongho. Apesar de fazer bastante tempo e apesar de não sermos tão próximos, me chame de Wooyoung. Afinal Seonghwa é meu amigo, você automaticamente se torna um também. —Apertou a mão do mais novo vendo o olhar triste em seu rosto. —No que posso lhe ser útil?

—Podemos tomar um café? 

Apenas assentiu colocando as mãos nos bolsos do jaleco e acompanhando o mais novo até a cafeteria que tinha em frente ao restaurante.

—O que vai querer? —Jongho perguntou dando um leve sorriso. 

—Nada. Desculpe, estou enjoado e meu corpo ultimamente só recebe cafeína ou algum outro tipo de energético, acho melhor ficar longe de líquidos, a não ser água. —Sorriu fraco juntando as mãos em cima do colo de forma nervosa.

—Certo, tudo bem. —Suspirou e pediu um moca.

Ficaram em silêncio por alguns minutos sem trocar olhares apenas esperando o moca de Jongho chegar. Assim que chegou Wooyoung ajeitou-se na cadeira de forma desconfortável, o que não passou despercebido por Jongho.

—Acho que estou enrolando. —Deu uma leve risada colocando as mãos sobre a mesa. —Eu sei que o que vou pedir não vai ser muito legal da minha parte e pode ser que seja desconfortável para você —suspirou —mas pode ficar ao lado de San? Ele parece perdido, como se não tivesse mais o rumo da vida.

—Desculpe, mas não acho que eu possa fazer isso. —Fechou os olhos por alguns segundos antes de voltar a abri-los e encarar o mais novo. —Eu sei a dor que o Choi está sentindo, pois senti isso um pouco mais de dez anos atrás quando eu perdi minha mãe. Nesse momento delicado nós só precisamos de espaço para formular tudo que aconteceu. Acredito que se um dia ele precisar de mim, ele simplesmente irá me ligar.

—Tenho medo dele acabar se isolando. —Abaixou a cabeça encarando as próprias mãos. —Minha tia faleceu por causa de um problema no coração, meu tio é um ótimo detetive que cortou os laços com a família para nos "proteger", nós nem sequer sabemos de seu paradeiro —mordeu o lábio segurando o choro. —E agora Sana morreu... ele só tem o filho e a mim como família, todos os seus amigos se afastaram depois que ele foi para o japão...

—Eu entendo suas preocupações. —Segurou a mão do mais novo o interrompendo. —Mas... infelizmente, nós não podemos fazer muito... apenas esperar a poeira abaixar e ver como ele irá reagir. Só podemos ficar de prontidão para quando ele gritar pedindo ajuda.



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