História Last Night - Alfa

Akko não podia deixar de tremer, a ansiedade estava a impactando, ela alternava entre empacotar o necessário e tocar a mordida em seu ombro, não era uma mordida de acasalamento, mas era a forma de Diana dizer que ela era totalmente imperturbável sobre a ideia de saírem da Inglaterra, com Akko.  

A morena engoliu em seco, ela apressadamente puxou sua mochila em suas costas antes de sair de seu quarto, ela havia deixado um bilhete para Croix e Ursula explicando tudo e dizendo que provavelmente voltaria antes do próximo verão, ela não queria ter de dizer isso pessoalmente, Akko odiava despedidas, mesmo que sejam por pouco tempo.  

Era tarde da noite quando a japonesa saiu do apartamento, Diana a havia convencido a espera-la na rodoviária durante a última siada de ônibus, embora ela ainda mantinha o medo de ser pega a ômega garantiu que nada aconteceria.  

Apenas as luzes dos postes e alguns carros eram vistos a noite, para Akko aquilo representava conforto, não havia muitas rondas e os policiais estacionados costumavam dormir ou ver series ao invés de simplesmente trabalhar, a morena olhou para o relógio em seu pulso, faltavam apenas alguns minutos para o ônibus que partia de Wedinburgh. 

Havia apenas um problema, Akko não havia dito a Diana que ela não possuía documentos ou que ela nem sequer deveria estar ali, mas isso era um problema para mais tarde.  

– Akko! – Ela pode ouvir Diana gritar quando ela se aproximava das portas, o ônibus já estava parado e pronto para partir, a ômega parecia ansiosa, Akko observou  passagem onde haviam os agentes de bordo e os policiais, ela precisaria passar por eles, ela nunca chegaria a tempo, a menos que. 

– Diana! Entre no ônibus – A ômega fez uma expressão confusa observando enquanto Akko se virava e corria em direção a plataforma.  

“Deus eu irei matar essa garota” Diana pensou antes de fazer o que a alfa havia mandado, ela correu até o ônibus, seu coração disparando enquanto as portas se fechavam.  

– Senhorita, acho melhor se sentar – Um homem falou, ele mantinha feromônios calmantes, um ômega, Diana assentiu ainda frustrada, talvez Akko não quisesse ir com ela afinal, lagrimas estavam se formavam em seus olhos quando um pequeno barulho na porta chamou sua atenção quando garras rasparam o vidro, Diana se apressou, os olhos safira se misturando com o rubi através do vidro, um sorriso de alivio se mostrou no rosto da herdeira enquanto seus dedos apertaram em volta do casaco que pertencia a Akko.  

Correr era a parte mais fácil, Akko contou com a velocidade baixa do veículo para que pudesse saltar e agarrar uma das janelas do ônibus, sua outra mão no batente da porta a ajudando a manter o equilíbrio, não era como se ela não tivesse feito isso antes.  

– Hehe – Ela sorriu antes de se perder no oceano que eram os olhos de Diana, infelizmente havia um vidro entre eles, mas apenas de ver a reação de felicidade vindo da loira já dizia que tudo aquilo valeria a pena.  

Akko havia entrado para dentro depois da primeira parada, Diana parecia quieta embora, seus olhos se concentrando na paisagem enquanto ela suspirava pesadamente, Akko conhecia esse sentimento, o sentimento de não saber o que lhe espera lá fora, de não saber se será bem acolhida ou até mesmo se voltara um dia, ela não queria que Diana se sentisse sozinha, ela optou por segurar a mão da ômega.  

Quando Diana se virou de repente e se lançou nos braços de Akko a morena teve certeza de que estava fazendo a coisa certa.  

– Obrigado – Foi a única coisa que Diana disse antes de relaxar nos braços de Akko.  

A viagem parecia regularmente calma, haviam mais algumas pessoas que dormiam ou estavam em seus respectivos celulares, nenhum parecia estar interessado na relação dos adolescentes sozinhos, Diana tinha dormido há alguns minutos no colo de Akko, sua cabeça sobre as coxas da morena e seu corpo virado para a janela, Akko se mantinha fascinada pela paisagem, afinal o por do sol era realmente lindo.  

A primeira parada foi pouco depois, Akko levemente sacudiu Diana, a loira se sentando desajeitadamente em seu banco esfregando os olhos, algo que Akko achou adorável.  

– Bom dia – Diana sussurrou gentilmente.  

– Bom dia –   

Depois de descerem do ônibus Akko notou enquanto Diana puxava um mapa de sua bolsa, ela também notou agora que Diana usava seu casaco, um pequeno sorriso se estampou em seu rosto, Diana olhou brevemente para a alfa sentindo seu rosto esquentar. 

– Luna Nova deve estar há poucos quilômetros daqui – A herdeira disse enquanto dobrava o mapa, seu dedo apontando para algum lugar no norte.  

– É para lá que vamos – 

As meninas caminhavam pelo que deveria ser um enorme jardim, havia algumas famílias e crianças brincando por todos os lados, Akko se lembrou brevemente de sua infância, sua mãe gritando com seu pai para pega-la antes que ela se metesse em encrencas algo que resultou em varias fraturas e cicatrizes.  

– Akko? – Diana tentou chamar a atenção da morena que estava no meio de algum devaneio, Akko apenas sacudiu a cabeça.  

– Sim? –  

– Você está bem? – A cabeça de Diana tombou para o lado quando ela parou na frente de Akko, seus olhos demonstrando intensa preocupação. 

– N-não é nada, é que... – Ela deu uma breve olhada na fonte onde haviam crianças correndo.  

– Só me lembra minha infância – Sim é claro, a tão famosa infância, não é como se Diana estivesse alheia a isso, ela se lembra de seus momentos quando era jovem até adquirir sua doença, ela foi afastada de seus amigos para que pudesse se recuperar sem intrusões, ela foi afastada da escola e do mundo exterior, ela ainda se lembra de como era impossível para ela respirar automaticamente sem aparelhos ou seu remédio, sua mãe sempre cuidou dela é claro, mesmo assim ela sentia falta de agir como uma criança. Ser forçados a crescer era algo que as duas garotas entendiam completamente. 

– Akko... Acho que deveríamos conversar – A japonesa sentiu seu coração errar a batida.  

O sino do café tocou quando as garotas entraram, Akko brincava com seus dedos nervosamente em seu assento enquanto Diana a observava.  

– Veio a meu pensamento que, apesar de termos uma conexão muito grande, temos pouco conhecimento uma da outra – Akko assentiu compreensiva, não é como se ela conhecesse Diana a anos, mesmo assim ela aceitou fugir com a ômega.  

– Podemos fazer um jogo! – Akko disse animada, Diana franziu a sobrancelha esperando que ela prosseguisse.  

– Você faz uma pergunta e eu tenho 5 segundos para responder, depois eu faço uma pergunta e você tem o mesmo tempo, assim por diante, como só teremos 5 segundos para responder se tornara impossível para qualquer um de nós mentirmos – Não é como se ela não tivesse jogado esse jogo antes, ela e seus colegas de classe costumavam brincar quando mais jovens.  

– Parece aceitável – Diana disse com compostura. – Eu começo – A loira disse, Akko se preparando mentalmente.  

– Como você soube que eu conhecia Shiny Chariot? –  

– Uma velinha me disse! Minha vez! – 

– Quantos anos você tem? – Diana parecia um pouco surpresa pela pergunta, mas logo respondeu.  

– Completarei 17 em breve – Akko piscou algumas vezes, surpresa. 

– Espere, você tem 16 anos? Eu também! – A loira assentiu antes de continuar.  

– Você não é daqui certo? –  

– Sou do Japão – Diana parecia indiferente a resposta, o que deixou Akko frustrada.  

– Quando você descobriu que era um ômega? – A pergunta de Akko fez Diana corar, Akko sabia que não era o tipo de pergunta a se fazer para uma garota ômega, mas ela queria quebrar o rosto vitorioso de Diana.  

– Q-quando eu completei 14 anos – Akko mal teve tempo de registrar quando a loira mandou outra pergunta.  

– Por que você cheira tão bem? – Certo, Akko não fazia a mínima ideia de como responder essa pergunta.  

– Eu não sei! –  

– Então terei de fazer outra pergunta – 

– Isso não é just... –  

– Você já esteve com alguém antes? – Isso sim surpreendeu e Akko engoliu a seco. 

– N-não... E você? – A pergunta soou mais tímida do que deveria, a loira parecia estar do mesmo jeito pois apenas respondeu com um aceno negativo, Akko sentiu que deveria fazer alguma coisa, seu instinto lhe dizendo para se aproximar de Diana, ela segurou sua cadeira se preparando para levantar.  

– Tem um lugar que eu gostaria de te levar –  

O lugar onde Diana a queria levar era lindo, haviam enormes campos de flores de todas as cores embora também houvessem algumas ruinas, era completamente vazio e longe de qualquer civilização.  

– Minha mãe costumava me trazer aqui quando eu era mais nova, o ar aqui é mais fresco que o da cidade – Akko concordou enquanto farejava o ar, realmente era mais fresco, ela capitou facilmente o aroma de Diana flutuando no ar, a ômega se sentando calmamente, ela levou suas mãos para o zíper do casado de Akko o removendo lentamente para a frustração da alfa.  

Diana notou o olhar de Akko sobre ela e seu corpo reagiu imediatamente, um breve calor passou por sua coluna se estabelecendo em seu peito, orgulho? Talvez, afinal ela estava chamando a atenção do alfa.  

Akko resolveu se aproximar da ômega, ela se sentou em frente a Diana de pernas cruzadas, havia algo incomodando Akko desde que conhecerá a loira Diana era quem sempre tomava alguma atitude no relacionamento deles.  

Desde pequena Akko foi instruída a não dar nenhum passo desde que seu tio ordenasse, ela se via várias vezes tendo que se submeter a seu primo beta e mesmo que ela não ligasse que fosse Diana, pela primeira vez ela se viu desejando iniciar algo, ela era um alfa afinal.  

Infelizmente seus pensamentos foram cortados com algo macio pressionando seus lábios, Diana a estava beijando. O coração de Akko batia a mil por segundo, as mãos de Diana foram de encontro aos ombros da morena e Akko achou que poderia morrer, ela levou sua mão ao peito da loira gentilmente a afastando para que pudesse respirar.  

– Diana, espe... – E novamente os lábios de Diana estavam sobre os seus, Akko resolveu se deixar levar, seu lobo uivando em seu peito e pela primeira vez ela deixou que ele dominasse.  

Diana abriu brevemente os olhos quando a língua de Akko abriu passagem em sua boca, um suspiro satisfeito saindo de sua garganta quando as mãos possessivas da morena vagaram até sua cintura enquanto a outra parava entre suas omoplatas, logo seu corpo foi delicadamente deitado sobre a grama, o beijo foi cortado, Diana puxando o máximo de ar possível em seus pulmões, logo a língua áspera de Akko estava em seu pescoço fazendo a loira se contorcer.  

– A-Akko – As garras de Akko pousaram sobre suas coxas, sua saia levemente erguida enquanto a morena abria suas pernas se colocando entre elas, Akko se viu incapaz de parar, o cheiro de Diana em seus pulmões o gosto de Diana em sua boca, a sensação de ter a ômega em suas mãos.  

Diana gritou quando as presas de Akko se fecharam em seu ombro, a dor era aguda e ela se perguntou se foi assim que Akko se sentiu quando ela fez o mesmo, Akko não a havia marcado é claro, não era uma marca eterna, ela sumiria com o tempo, mas por enquanto ela se permitiu ser levada pelos cuidados do alfa.  

O leve gosto de metal em sua boca era um sinal para que Akko soltasse, ela olhou para o ferimento no ombro de Diana antes de começar a lambe-lo ouvindo a ômega suspirar de prazer, seus quadris começaram a se mover contra Diana automaticamente antes que ela capturasse os lábios do ômega novamente.  

As pernas de Diana envolveram sua cintura tornando seus movimentos mais difíceis, Diana sentia o prazer ondulando em seu estomago quando algo duro nos shorts de Akko pressionou seu clitóris por cima da roupa, foi quando a realidade caiu sobre ela, elas precisavam parar.  

– A-Akko, nós temos que... ahh... parar – A ômega disse ao se soltar do beijo, mas logo o alfa estava em seu pescoço novamente, ela precisava fazer Akko parar imediatamente então ela decidiu que era melhor beija-la.  

LWALWALWALWA 

– Eu não acredito que você mordeu minha língua! – Akko resmungou enquanto caminhavam, sua blusa amarrada vergonhosamente em sua cintura para evitar que as pessoas vissem a mancha em seus shorts. 

– Você não estava me ouvindo – Diana se defendeu, embora ela tentasse manter uma expressão seria o incomodo em suas calças e a maneira errática de como ela estava andando diziam o contrário.  

A expressão das pessoas ao passarem pelos adolescentes era de total incomodo, Diana estava ciente do tipo de cheiro que eles estavam irradiando e a vergonha em seu próprio rosto era clara.  

– Deus, precisamos de um banho – Akko assentiu sem dizer uma palavra.