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História Laura e a última canção de amor - Capítulo 23


Escrita por: Cissabks

Notas do Autor


Gente, só digo isso: no fim do capítulo ESCUTEM A MÚSICA!

Capítulo 22 - Capítulo 23


É um pesadelo. Na verdade é pior que um pesadelo. Meus olhos estão ardendo, minhas pernas estão moles e meu coração pesa mais que uma bola de canhão.

- Você vai embora? - Minha voz é um sussurro.

Ele afirma.

- Alguém precisa ficar na filial da Califórnia. Meu pai acha que deve ser eu.

- Mas e seus estudos? Você tem uma vida aqui. - Eu estou implorando. Minha voz mostra isso.

- Eu juro que não quero ir. Eu quero ficar com você. - Ele segura minhas mãos. - Laura eu sou apaixonado por você. Desde sempre. Você não sabe… - Ele para. - Não faz ideia do tanto que eu tentei negar. Desde a primeira vez. Todos os dia que eu passava com você eu tinha que me concentrar para não demonstrar. Eu não sabia se você sentia o mesmo, você tinha aquele cara e eu não tinha coragem de dizer. Eu fui um idiota com você, eu deveria ter persistido nisso quando tive a chance. Eu sinto muito

Seus olhos estão fixos nos meus.

Eu não consigo acreditar. Depois de tudo, depois de tanto tempo. Quando temos a oportunidade de ficarmos juntos ele vai para longe de mim.

Eu não tinha o que dizer. Eu estou feliz, estou triste, estou em choque.  Eu queria conversar com ele racionalmente, mas minha cabeça está vazia, as lágrimas estão escorrendo pela minha face. Saio correndo. Eu só quero me esconder em algum lugar, ficar sozinha para tentar entender tudo isso.

Eu estou longe de Ross. Minha visão está fosca e minha boca salgada pelas lágrimas acumuladas em meus lábios. Meu coração dói. Se apaixonar é sempre tão difícil assim? Não sei por quanto tempo chorei, mas volto me arrastando para o dormitório. Não vejo sinal nenhum do Ross. Jogo o corpo na cama e agarro meu travesseiro. Eu queria passar a vida ali se fosse possível.

Adormeço e acordo na mesma posição. Levantar e mudar a roupa é automático. Estou seguindo ordens do meu cérebro acostumado sem pensar no que estou fazendo. No refeitório não vejo ninguém, como sozinha. Eu não estava em condições de ir a aula hoje, então depois do café da manhã volto para o quarto. Leio até o almoço, quando não consigo mais segurar a fome desço, também não vejo ninguém. Provavelmente nossos horários estão diferentes demais hoje. O que é até bom, se alguém falasse comigo num tom mais aveludado ou me abraçasse eu choraria tudo de novo.

Assisto um filme no meu computador, leio mais um pouco do livro, tomo um banho para passar o tempo. No jantar encontro Geórgia, ela está estranha, mas não me diz nada. Será que ela já sabe? Volto para meu quarto. Estou lendo a pesquisa de ontem que deixei incompleta quando alguém bate na minha porta.

Arrasto-me até a porta e vejo Rydel. Ela está arrumada. Está usando uma saia preta e uma blusinha vermelha. Ela entra no quarto.

- Você precisa se arrumar. Não pode ficar nesse quarto. - Diz.

- Me desculpe Rydel, mas eu não vou sair. - A mágoa cresceu em mim. - Se você sabia por que não me contou? - Pergunto.

- Não era eu quem devia contar. Eu sinto muito. - Ela parece sincera.

Ela pensa por um segundo.

- Laura, eu já fiz tanto por você, fui uma ótima amiga. Agora você deve fazer algo por mim.

          Olho para ela suplicante, mas vejo a determinação em seus olhos. Ela não me deixaria ficar. Então suspiro e vou até o guarda-roupa. Escolho um vestido e Rydel alisa meu cabelo. Ela mesma me maquia e menos de uma hora depois nós saímos.

          Estranho quando nós andamos para o interior do campus e não para a saída.

          -  Para onde estamos indo?

           Ela não me responde e continuamos andando. Chegamos até o ginásio. Rydel caminha a minha frente e por isso não posso perguntar o porquê de estarmos aqui.

            Entramos pela grande porta dupla. O ginásio está quase totalmente escuro, apenas algumas luzes de celular iluminam o ambiente. Vejo várias pessoas, mas nenhuma está olhando para mim. Todas estão conversando com alguém ou encarando seus telefones, ninguém nos vê chegar.

         Rydel caminha até um lugar vazio e eu a sigo. Está um breu e neste lugar não consigo enxergar nada.

        - Espera aqui um minuto. - Rydel diz no meu ouvido e sai antes que eu possa responder ou perguntar qualquer coisa. O que está acontecendo? Aperto os olhos para tentar enxergar algo, mas é em vão.

         Espero por Rydel, agora está um silêncio no ginásio. As pessoas pararam de conversar por quê? Talvez não estejam enxergando nada e estão se perguntando o que é isso também.

          De repente um holofote azul iluminou a área e meu rosto. Tinha um palco montado a poucos metros à minha frente, eu estava no centro e ninguém estava à minha volta.

Escuto um acorde de violão.

         É Ross. Ele está usando terno e está lindo. Ele está com um violão na frente do corpo. O som dedilhado do instrumento está alto e ele está tocando olhando para mim.

        Ele começa a cantar. Eu conheço a música, é Never be Alone. A voz dele é tão linda. Ele canta e eu fico em silêncio ouvindo, mas em nenhum momento paro de sorrir.

          

 

I promise that one day I'll be around

I'll keep you safe

I'll keep you sound

Right now it's pretty crazy

And I don't know how to stop or slow it down

 

Hey

I know there are some things we need to talk about

And I can't stay

Just let me hold you for a little longer now

 

Take a piece of my heart and make it all your own

So when we are apart

You'll never be alone

You'll never be alone

You'll never be alone

 

When you miss me close your eyes

I may be far but never gone

When you fall asleep at night

Just remember that we lay under the same stars

 

And hey

I know there are some things we need to talk about

And I can't stay

So let me hold you for a little longer now

 

And take a piece of my heart and make it all your own

So when we are apart

You'll never be alone

You'll never be alone

You'll never be alone

 

(Woah oh oh oh oh oh whoa oh

oh oh oh oh oh oh whoa whoh oah...)

You'll never be alone

(Woah oh oh oh oh oh whoa oh

oh oh oh oh oh oh whoa whoh oah...)

You'll never be alone

(Woah oh oh oh oh oh whoa oh

oh oh oh oh oh oh whoa whoh oah...)

You'll never be alone

(Woah oh oh oh oh oh whoa oh

oh oh oh oh oh oh whoa whoh oah...)

 

And take a piece of my heart and make it all your own

So when we are apart

You'll never be alone

You'll never be alone


 

Ele desce do palco ainda cantando e fica na minha frente. Ele termina de cantar tão próximo que fica impossível segurar a emoção.

Ele usou a música para dizer tudo o que queria, e nesse momento eu não poderia amá-lo mais.

Ele tira o violão e coloca em cima do palco. Passa os dedos pelo meu rosto.

- Foi a coisa mais linda que alguém já fez para mim. - Falo.

- Você que é linda.

Sorrio.

Ele diminui o espaço entre nós dois e me beija. O beijo é como o ar depois de prender a respiração por tempo demais. Seus lábios são macios e o beijo é leve no início, mas fica faminto conforme passamos para o nosso corpo o desespero de nossos corações. Ele me beija como se eu fosse a única pessoa no mundo para ele. Foi por isso que esperei tantos meses. E vale a pena.

Paramos por um segundo, mas nossos corpos ainda estão grudados. Ele beija minha testa, meu nariz e minha boca outra vez.

- O que eu vou fazer sem você? -  Ele sussurra com a testa colada na minha.

-  Não pense nisso agora. Vamos só… aproveitar nosso tempo juntos.

 


Notas Finais




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