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História Le Chant des Sirènes - Capítulo XLIV


Escrita por: IzzySilveira

Notas do Autor


Oiiiii, mais um capitulo para vocês, e ele está enorme, então já peço desculpas pelo testamento kkk eu pensei em dividir, mas ia bagunçar tudo e eu achei melhor deixar assim.
Espero que gostem, e amanhã tem mais um.
Boooa leitura e desculpe qualquer erro!

Capítulo 45 - Capítulo XLIV


Fanfic / Fanfiction Le Chant des Sirènes - Capítulo XLIV

Capítulo XLIV

 

Havia sido a primeira a acordar, talvez ela nem ao menos havia dormido, o pesadelo perdurou pelos seus sonhos assim que fechava os olhos. Mesmo que nas últimas duas noites ela não havia tido os pesadelos, seria por que estava com Natsu? Ela imaginou que seria por finalmente ter voltado, eles finalmente teriam um fim. Porém, tamanha foi sua surpresa ao notar que eles ainda estavam ali, apenas esperando que ela fechasse os olhos novamente, e parecia pior que dá última vez. 

Levantou do colchão que estava no chão e foi passando por entre as meninas com cuidado, para que não pisasse e machucasse alguma delas sem querer. Foi até a porta e abriu com cuidado, não queria acordar ninguém já que pela janela ela podia notar que ainda estava meio nublado, o sol estava começando a nascer. Depois se guiou até o lavabo afim de tomar um banho e tirar toda a tensão de uma noite em claro, talvez fosse melhor ir para o quarto e ficar na piscina, porém, estava cansada até para se transformar em sereia.

Quando estava se aproximando a porta do masculino foi aberta a pegando de surpresa e então Natsu saiu com uma toalha no pescoço. Ele a olhou surpreso e ela arregalou os olhos ao observá-lo, estava apenas com uma calça e os cabelos róseas molhados, pingando água que descia em um caminho pecaminoso em seu peitoral desnudo, podia sentir suas bochechas esquentarem.

-Lucy? – ela piscou os olhos o encarando e então, ele sorriu malicioso por tê-la pego no flagra, e por algum motivo ela se perguntou com quantas garotas ele havia feito aquilo, e se irritou na hora. E voltou a seguir seu caminho até o banheiro feminino. Quando ia passar direto o ignorando por completo, ele segurou o braço dela a parando. – o que foi? Está tudo bem? Por que está acordada agora? – ela o olhou com uma sobrancelha em pé. 

-E por que não estaria tudo bem?- ele uniu as sobrancelhas sem entender a reação da loira. – teria algum motivo para não estar tudo bem?- ela semicerrou os olhos o olhando. 

-Aahh.. teria?- ele a olhou com uma sobrancelha em pé e coçou a garganta. – por que está irritada? 

-Eu não estou irritada!-  a olhou com uma sobrancelha em pé a olhando de cima a baixa, quando sua reação dizia o oposto de suas falas. 

-Ok...- ele soltou o braço e ela os cruzou sobre os seios. – está tudo bem? 

-Então, você se envolveu com muitas garotas?- ele a olhou de olhos arregalados, não entendendo a pergunta repentina. – conseguir desconto usando seu corpo, meu deus, você é um prostituto ? – ele ainda a olhava sem compreender, quando ela levantou as mãos em rendição.- não tenho nada contra. – ela riu soprado. – contudo...

-Do que você está falando?- ele a interrompeu antes que ela prosseguisse. Arregalou os olhos depois de pensar por alguns minutos. – o que as garotas lhe falou?

- Nada demais. – ela disse simplesmente e o olhou com um olhar mortal. – apenas fiquei sabendo que quase toda população feminina de Magnolia, parece lhe conhecer bem. – ficou a olhando por alguns segundos antes de cair na gargalhada e ela o olhar mais irritada que estava. – está rindo? – ela deu um tapa nele que continuou rindo. – você é idiota!- ela ia a passos pesados para o lavabo quando ele a segurou pela cintura a trazendo para perto de si. 

-Você está com ciúmes?- ele tinha um sorriso de lado carregado de segundas intenções, ela podia sentir a pele dele quente e úmida, por baixo do tecido fino da camisola que usava. 

-Ciúmes? O que é isso?- ela virou o rosto olhando para qualquer coisa que não fosse ele. Um barulho em um dos quartos a frente chamou a atenção do rosado que abriu a porta que havia saído, e a levou para dentro a fechando a porta e a colocando encostada nela. – o que está fazendo? – o olhava de sobrancelhas unidas por sobre o vapor que estava no local. 

- Você podia acordar alguém com seu ataque de ciúmes. – ele a prensou contra a porta com um grande sorriso zombeteiro no rosto.

-Vou lhe mostrar o ataque. – ela o olhou com o nariz em pé. Ele apertou a cintura dela sentindo a pele por debaixo do pano fino. – bem que merecia um. 

-Ok, culpado, admito que meu passado não seja dos mais belos. – ele deu de ombros. – porém. – aproximou o rosto do dela, ela sentia seu corpo inteiro se acender, só não sabia se era o colar do local ou as reações que ele causava nela. – todas as garotas foram apenas, para eu ter a certeza, que é você a garota da minha vida. – ela piscou os olhos surpresa.- eu não acreditava em nada e apenas queria aproveitar minha vida, mas agora eu só tenho certeza que eram apenas desejos carnais sem qualquer sentido profundo. – ele beijou a bochecha dela que estava úmida por conta do vapor quente. – você significa mais do que qualquer coisa. – ele desceu os lábios até os dela e a olhou no olhos tão próximos de si, e ela o olhava do mesmo modo, na mesma intensidade. Subiu as mãos até o pescoço dele e o beijou fechando os olhos e se entregando a sensação que apenas ele era capaz de a fazer sentir. 

Ele desceu as mãos até às cochas a levantando e ela cruzou as pernas na cintura dele, deixando-os mais próximos ainda. O beijo possuía uma intensidade que apenas os dois conheciam em uma fusão próxima a ir a combustão em qualquer momento. Ele era o fogo e ela era o oxigênio e juntos não haviam nada que pudesse fazer, a não ser queimar. Ele desceu os beijos para o pescoço dela quando o ar lhes faltou, mas não retirando os lábios da pele de porcelana, como se não pudesse os retirar. Mordeu e sugou a pele branca antes de voltar aos lábios, que sedentos buscavam os seus. 

Mesmo com o tecido da camisola ela conseguia sentir a quentura da pele dele, nenhum tecido era capaz de impedir um ao outro de sentir a sensação que os fazia arder. Ele foi finalizando o beijo em um selinho e uniu as festas um do outro com a respiração extremamente acelerada, abriram os olhos olhando um ao outro. Ele levou uma mão até o rosto dela a acariciando apenas para vê-la fechar os olhos com o toque. Com os polegares ela ficou acariciando o rosto dele com as mãos ainda no pescoço.

-Acho melhor pararmos por aqui, antes que eu não consiga me controlar. – ele deu um sorriso ladino a deixando vermelha. – no seu tempo anjo. – ele beijou a testa dela que o abraçou apertado. 

-Desculpa pelo chilique.- ele deu uma risada enquanto acariciava os cabelos dela. Ela ainda estava no colo dele e não tinha pretensão de sair. – você também, por que tinha que ficar com tantas garotas, não se contentava com uma? – se afastou e deu um tapa no ombro dele que riu. 

-Agora contento. – ele deu um selinho nela que revirou os olhos, porém logo, sorriu. – pretende permanecer no meu colo por quanto tempo mais? 

-Por muito!- disse simplesmente e colocou os braços por cima dos ombros dele, e começou a passar as mãos nos cabelos úmidos. – mas eu tenho que tomar banho.- ela fez um bico de desânimo.

-Eu posso lhe ajudar!- ela o olhou de olhos semicerrados e ele gargalhou. – por que se levantou tão cedo? 

-Não consegui dormir. – o desânimo em sua voz era nítido. – pesadelos. 

-Eu costumava ter com minha mãe, ou com momentos em que eu seguia um caminho pelo qual não havia como voltar. – os olhos castanhos olhavam com compaixão e compreensão ao rosado que abaixou os olhos, como se aquele assunto ainda fosse delicado para se falar. 

-E eles pararam?- ele negou com a cabeça antes de sorrir sem mostrar os dentes, um sorriso sem ânimo. 

-Eles nunca pararam!- a olhou nos olhos da maneira que apenas ele fazia. – eles apenas diminuíram, o único momento em que não os tenho, é quando estou com você.- piscou os olhos surpresa diante da confissão. Ela compreendia, por que lhe acontecia o mesmo. – pesadelos são apenas o nosso subconsciente pregando peças, não são reais, e se você dê esse poder a eles, irão te atormentar. – ela engoliu em seco. Desceu do colo dele e sorriu o olhando antes de o abraçar, apertado, como se ali fosse o melhor lugar para se estar no momento, e talvez para sempre. -está tudo bem?- ele levou uma mão até a cabeça dela acariciando os cabelos loiros enquanto o outra braço dava a volta em sua cintura retribuindo o carinho. Ela apenas confirmou com a cabeça.

-Apenas me abrace!- havia algo diferente naqueles sonhos, e ela no fundo talvez soubesse, que talvez não fossem apenas pesadelos, mas sim o seu mais novo medo surgindo para atormentá-la.

E ele fez exatamente o que lhe foi pedido, e ficou ali, por ela, para ela, a abraçando como se nada mais importasse.


**

-Encontrei esses daqui também. – Levy colocou os dois livros sobre a mesa após sentar ao lado de Lucy, que lia atenta um outro livro. – com certeza, tem mais, depois vamos a biblioteca procurar por mais. – a loira assentiu pegando os livros para olhá-los, ela havia decido procura sobre os espíritos celestiais antes de voltar aos portais. Já que iria esperar alguns dias para mais uma jornada exaustiva, iria aproveitar para procurar por algo que talvez a ajudasse bolar um plano. – o que é isso?- ela olhou sem compreender para a amiga, que tirou os cabelos loiros do ombro, para então olhar a marca no pescoço da sereia, e arregalou os olhos ao notar. – isso... Como...- Lucy procurou por um pequeno espelho que Ever havia deixado ali, e olhou seu pescoço notando a marca avermelhada nele. Sentiu suas bochechas assim como seu rosto inteiro esquentar, e se virou para a amiga que ainda a olhava de boca aberta. – então vocês quebraram a maldição?- ela piscou os olhos.

-Não vai questionar quem é?- a azulada deu uma risada.

-Acho que é meio óbvio essa questão.- então ela apontou com o queixo na direção de Natsu que estava mais a frente, em uma mesa com os garotos fazendo queda de braço. Lucy voltou os olhos para ela que a olhava com um sorriso malicioso. -Devo perguntar sobre essa marca...

-Então, vamos voltar aos livros. – a loira a cortou antes que ela prosseguisse a fazendo gargalhar do nervosismo da amiga. – quero encontrar todas as informações possíveis dos espíritos, para que eu possa montar um plano antes de entrar nos portais.

-Você não disse que não tem como saber como as coisas estão, que o que está nos livros são informações antes das trevas se apoderarem do local.- Levy falou agora completamente atraída pelo assunto e deixando para trás o outro. 

-Sim, porém algumas coisas não são modificadas, por exemplo o portal em si, continua o mesmo. – a loira abriu um livro passando as páginas em busca de uma em especial. – se eu conseguir estudar o local, posso criar uma estratégia. – ela mostrou um capítulo que falava sobre Aries e seus serviçais de areia. – e o local pode dar muitas informações, que podem ajudar na constituição de um perfil do espírito. – a azulada a olhava atenta tentando absorver as informações. – Aries possuía os serviçais de areia que serviam a ela e a ajudava a cuidar do portal, e exatamente igual ao que enfrentamos, só que eles estavam sobre o domínio das trevas. – ela passou a página procurando outra, então parou para ler o parágrafo. – “ o espírito Cancer é um espírito calmo que não se agradava em guerras, durante a guerra dos espíritos ele ficou para trás para tocar seus instrumentos musicais, desejando que a guerra obtivesse um fim. Era um espírito orgulhoso que estava sempre disposto a ajudar a passagem dos espíritos humanos em seu portal, sempre os guiando para se livrarem de seus pecados lhes mostrando como sua vaidade os apodrecia." - ela olhou para a amiga que a olhava surpresa e as duas sorriram. 

-As informações estão filtradas, eles fazem as mesmas coisas, só que de maneira perversa.- Lucy assentiu confirmando, e feliz que a amiga havia compreendido seu raciocínio. 

-Os espíritos se transformaram, em exatamente aquilo que eles mais desprezavam. – ela passou as páginas novamente até encontrar outra informação crucial. – “Gemini eram espíritos de crianças com coração puro e haviam sido escolhidos por essa característica em especial, para fazer a separação das duas faces dos espíritos humanos. Por serem puros, compreendiam melhor do que todos o que era a maldade e pureza. Não gostavam de usar o lado perverso dos humanos contra eles mesmo, não acreditavam que essa fosse a resposta para a obtenção da pureza e paz." – ela se virou para a amiga que a olhava de lábios abertos. – Gemini fez exatamente isso no portal, usando nosso pior lado contra nós mesmos. 

-Estava em nossa cara o tempo todo.- ela falou chocada com toda a informação. – eu sempre lia esses livros. – soltou desapontada, porém Lucy a olhou com carinho e pousou a mão no ombro da amiga. 

- Está tudo bem, também não havia pensado nessa possibilidade antes. – ela sorriu para a amiga. – agora me ajuda a encontrar informações que podem ser cruciais contra Léo?- a azulada abriu um grande sorriso empolgada. 

-Vamos!


**

O dia passara bem rápido e a sereia havia o utilizado para ler os livros ou qualquer informação, que fossem ser importantes para utilizar contra os espíritos. Como já possuía uma ideia de como os portais estavam, ela poderia retirar dos livros as informações que pudessem lhe ajudar a esquematizar um plano e consegui proteger os marujos contra os ataques. Estava disposta a não perder mais ninguém e ser mais incisiva nos portais, pretendia acabar com aquilo o mais rápido possível. Os instrumentos que Anfitrite lhe havia dado seria bastante úteis contra os espíritos, causaria um dano eficiente neles, como servo dos deuses eles deviam total obediência a eles, e com uma arma feita por um Deus, ela acreditava piamente que suas chances haviam duplicado. 

Estava se sentindo exausta e pensou que poderia ter sido a noite mal dormida, e nas horas seguidas de estudos sem uma pausa. Deveria ser aquilo, contudo, era raro que sentisse esse ponto de exaustão, então alguma coisa a incomodava junto da sensação que sentia no peito. 

-Você está bem Lucy?- Juvia estava sentada ao seu lado na mesa a questionou, a olhando preocupada. Estavam fazendo uma fogueira do lado de fora enquanto faziam suas famosas confraternização.

-Você deveria comer alguma coisa, não comeu nada o dia todo!- Levy que estava ao lado da outra falou, não havia comido muito, por que estava sem apetite. Confirmou com a cabeça e deu um sorriso, para não preocupar as amigas, Natsu estava sentado no banco entre suas pernas e ela estava com as mãos sobre os ombros dele.

-Você roubou na queda de braço!- Gajeel falou irritado ainda se negando a ter perdido para o rosado, deveria ser a milésima discussão do dia.

-Aceita que você perdeu!- Natsu falou com um grande sorriso debochado no rosto enquanto levou as mãos até às da loira entrelaçando com as suas. Ela abaixou o abraçando pelo pescoço. A pele quente dele foi o suficiente para aquecer o corpo frio dela. Sentia uma pontada no coração de novo e fechou os olhos escondendo o rosto no pescoço do rosado. 

-Eu exijo uma revanche!- o moreno falou firme fazendo os outros rirem, Gray que estava ao lado bebendo seu rum olhou para o rosado.

-Então também exijo, naquele momento eu estava com uma pequena dor na mão. – o rosado gargalhou enquanto os outros dois discutiam.

A sereia decidiu ir procurar alguma coisa para comer e beber, sentia a boca seca e mesmo que ainda estivesse sem apetite ela iria comer alguma coisa por estar se sentindo fraca. Não estava compreendendo o que estava acontecendo consigo, nunca havia se sentindo assim antes, portanto, não deveria ser nada. Saiu detrás do rosado e desceu do banco para ir até a mesa que estava sendo servido os alimentos e bebidas. 

Rolou os olhos pela mesa em busca de algo que chamasse sua atenção, porém, preferiu apenas uma água, o líquido desceu rasgando por sua garganta seca. Ela sentiu novamente a dor do no peito e levou a mão até o local, como se para extinguir aquilo, porém, fora mais forte e sentiu uma falta de ar. Sentiu as vistas escurecerem e antes que pudesse notar, caiu desacordada no chão. 

-Lucy?- Natsu se virou ao ouvir alguém a chamar e ao vê-la cair no chão, ele correu desesperado até ela e a segurou nos braços.

-Lucy? Acorda!- ele a balançou, porém, ela se mantinha de olhos fechados e ele sentia todo seu corpo gelar. Ela estava pálida e com os lábios roxos, sua testa suava. – o que aconteceu?- ele questionou desesperado para ninguém em específico, estava frustrado. – Happy, traga Porlyusica o mais rápido que puder.- O gatinho que olhava horrorizada para a amiga, confirmou  com a cabeça antes de alçar voo. Wendy então, se aproximou ao lado dos dois e colocou a mão na testa da garota e depois no pescoço, assim que notou os batimentos fracos, ela colocou o ouvido próximo os lábios e depois no coração da sereia, e então olhou assustada para o rosado.

-Os batimentos dela estão muito devagar.- ele arregalou os olhos e a trouxe para mais perto e sentiu a respiração dela fraca. 

-Leve ela para a enfermaria Natsu, Happy logo chegará com Porlyusica. – Makarov falou com o mão sobre os ombros do garoto que confirmou com a cabeça e se ergueu com ela no colo a guiando para dentro.

Por sorte a Fairy Tail era uma encrenqueira que estava sempre metida em confusões que envolviam machucados, sem a possibilidade de serem atendidos em um hospital, uma enfermaria então, foi criada na casa, para que pudessem ser tratados. 

Alguns minutos depois Porlyusica havia chegado com um Happy extremamente exausto, porém, extremamente preocupado, e após uma rápida avaliação, a rosada havia dito que necessitaria de exames mais consistentes e uma provável cirurgia. 

Fazia umas seis horas que Lucy estava lá dentro com Porlyusica,  a porta fechada junto das horas que pareciam passar lentamente, tudo parecia servir para deixar Natsu mais frustrado e nervoso. Estava sentado no chão esperando, com as mãos sobre a cabeça.

-Ela vai ficar bem, vai dar tudo certo. – Erza o consolou o abraçando de lado sentado junto dele no chão. Depois de alguns segundos ele levantou e ficou dando voltas em círculos, antes de se virar para a parede e a socar repetidamente com força.

-Natsu! Pare já com isso!- Makarov falou firme e o outro parou, olhando a parede de pedras agora rachada e suas mãos em sangue, e nem aquilo pareceu lhe acalmar. – Lucy é um ser mitológico imortal, ela vai ficar bem! 

-E SÓ POR ISSO ELA NÃO SE MACHUCA?- ele gritou frustrado. – ACHA QUE ELA NÃO PODE MORRER?- ele passou a mão nos cabelos de forma nervosa e soltou o ar dos pulmões. – acha que ela não se machuca? 

-Estou dizendo que ela é forte, e vai conseguir passar por seja lá o que for isso. – o outro falou não se deixando levar pelas palavras do rosado, sabia que quando nervoso ele perdia a cabeça. – você tem que ser positivo. 

Era difícil para ele, ser positivo nunca lhe serviu para nada em toda sua vida, por que sempre que as coisas pareciam estar bem, tudo era destruído logo depois. O que ele estava sentindo naquele momento era horrível, junto da culpa, por algum motivo ele se culpava. Ele devia cuidar dela e a proteger, estava cansado de ela sentir que tinha de fazer tudo, estava cansado de que ela ser uma sereia e um ser mitológico era uma reposta para tudo. Para ele nada daquilo importava, para ele, ela era apenas a Lucy. Sua Lucy.


**

Depois de quase oito horas a porta fora aberta e Porlyusica saiu, e os presentes que consistiam em Natsu, Gray, Erza e Makarov foram até ela que usava uma roupa e luvas que estavam sujas de sangue, aquilo foi o suficiente para fazer Natsu querer vomitar. 

-Ela está bem!- todos suspiraram aliviados e então ela mostrou uma vasilha com um pequeno pedaço de metal, em formato de rosca com espinhos, estava sujo de sangue com um líquido negro. – sendo sincera, foi por muito pouco. – o rosado a olhava de olhos arregalados. – esse dispositivo foi encontrado dentro do coração dela.

-Do.. coração?- Erza falou chocada, e levou as mãos aos lábios quando a rosada confirmou com a cabeça.

-Aparentemente estava dentro da bala que atiraram no coração dela, quando a acertou ele se soltou da bala e ficou, removeram a bala, porém, o deixaram. – o capitão apertou os punhos em ódio. – acho que eles eram conscientes que ela poderia se soltar, então deixaram isso. 

-E o que exatamente isso faz?- Gray questionou sem muita certeza se gostaria de saber.

-Ele estava rodando dentro do coração dela, cortando e arrancando vasos sanguíneos, deixando furos no coração dela, demorei muito por que estava em movimento e a cura dela regenerava cada corte que fazia. – todos estavam horrorizados. – a cura dela estava curando por cima, por isso ela ficou bastante tempo sem sentir nada, na verdade ela poderia ficar anos com isso no coração e não perceber por conta de sua cura que impedia os danos logo que fossem causados, porém. – ela apontou para o líquido negro do objeto. – estava com veneno de sereias, e o veneno impedi a cura de funcionar, então causou degeneração nas válvulas e impediu de mandar sangue para o cérebro, por isso ela ficou pálida e lábios roxos. – ela suspirou. – ela tem muita sorte que a cura dela é extremamente eficaz e o organismo dela suporta grande quantidade de veneno, por que se fosse diferente, ela teria morrido. 

-Não é possível!- Erza falou chocada com os olhos umedecidos de apenas pensar na hipótese. 

-Sim, é possível, a imortalidade das sereias e diferente das dos Deuses, por exemplo, um Deus você pode arrancar a cabeça dele ou arrancar os tendões que ele ainda vai continuar vivo até o corpo se unir e se completar, a cura de um Deus cura o seu corpo até mesmo se um membro for arrancando, por que nasce um novo ou como a cabeça fica se protegendo de morrer, até chegar ao corpo. Já as sereias são imortais até onde a cura delas suporta curar, se você arrancar a cabeça de uma, ela vai morrer, a cura delas não pode restaurar o corpo que foi desmembrado, mas é impossível fazer isso com uma sereia consciente, elas são muito fortes. – a rosada olhou para eles. – o veneno é perigoso por que ele impedi a cura, então elas ficam expostas como um humano comum, com dores e em doses extremas até às matam. – ela olhou firme. – e ai, não vai precisar de arrancar uma cabeça para matá-la.


**

Sentia os olhos pesados e a cabeça dolorida e teve um pouco de dificuldade em abrir os olhos, e ao obter sucesso, notou que estava em um local com teto branco e estava deitada em uma cama. Forçou sua memória a se recordar e apenas se lembrava de desmaiar. O que havia acontecido? 

Ao se virar para o lado, notou Natsu sentado em uma cadeira ao lado da sua cama com as mãos na cabeça. Nem ao menos havia notado que ela havia acordado.

-Natsu?- ela falou com a voz baixa e então ele a olhou de olhos arregalados e se aproximou preocupado.

-Está tudo bem? Sente alguma coisa?- ela negou com a cabeça e olhou para o local onde estava que era cheio de camas como aquelas, e havia uma agulha em seu braço que levava até um saco com líquido transparente pendurando ao lado. – é um soro, Porlysica disse que você estava desidratada, então ela colocou em você, disse que vai ajudar na recuperação, precisa estar forte para sua cura funcionar.- ele respondeu ao notar o olhar confuso. 

-O que aconteceu?- ela o questionou e então notou que estava com uma camisola branca, e por baixo na região do seio até um pouco abaixo, havia uma faixa que estava suja de sangue, mas ao olhar por debaixo sua pele estava lisa, sem nenhum corte.

-Porlyusica teve de fazer uma cirurgia em você, ela disse que só colocou a faixa por cima, sua cura já estava restaurando a pele, então não era necessário pontos. – ela ainda estava muito confusa com tudo, que cirurgia era essa? – quando você foi capturada pela Oracion Seis e atiraram em você, colocaram um dispositivo que estava cortando seu coração o perfurando e arrebentando as válvulas. – ela arregalou os olhos surpresa. – essa droga quase te matou por que continha veneno das sereias, e estava impedindo a cura. – ela ainda estava surpresa com tudo. – olha Lucy, eu não ia lhe dizer isso agora, por que eu não queria a preocupar ou a sobrecarregar. – ela o olhou de sobrancelhas unidas. – mas parece que havia uma outra facção além da Oracion Seis, um amigo de Makarov conseguiu a informação, e aparentemente eles estão atrás de você. – ela o olhava de olhos arregalados. – eu não quero que fique sozinha ou pense em sair sozinha em nenhum momento, ok? 

-O que? Natsu... Isso é loucura, por que eles estariam atrás de mim? E não precisa se preocupar, eu consigo me proteger. – ela falou tentando pensar com clareza e extrair todas as informações. Ele a olhou nervoso.

-Você tá de brincadeira? Você não percebeu a gravidade disso?- ele falou meio exaltado. – você quase morreu Lucy, isso significa que eles possuem coisas e poder para fazer isso, se quiserem. – ele levantou passando a mão no cabelo frustrado. – e para de achar que você consegue fazer tudo.

- Não é questão de fazer tudo, mas questão de que consigo me proteger, não precisa de exagero. – ele a olhou chocado e riu soprado.

-Exagero? Estou apenas tentando te proteger, porém, parece que você não está dando a mínima para esses caras estarem atrás de você. – ela ficou quieta apenas o olhando e engoliu em seco. – eles tem conhecimento e instrumentos para matar uma sereia, sendo celestial ou não. Por que você é tão cabeça dura? Droga. Você não é a porcaria de um Deus! 

-Olha quem fala!- ela retrucou também começando a se irritar com o nervosismo dele. – e por que está tão irritado? 

-POR QUE EU ME PREOCUPO COM VOCÊ, POR QUE EU GOSTO DE VOCÊ!- ele falou alto a fazendo arregalar os olhos, não por ele gritar, mas sim por suas falas. Não importava quantas vezes ele dissesse, ela sempre iria se surpreender. – por que eu não quero que você morra, por que não se importa com sua vida? Você acha que vale tão pouco, mas para mim não! Então para com essa merda de achar que é invencível. Eu já disse que você não precisa dessa pose mais. – e após isso ele se retirou a deixando sozinha.


Fim.
"Não se doe a qualquer pessoa, sem antes ter a certeza de que ela está capacitada para cuidar de você".
-Joseilson Chagas-


Notas Finais


Fiiiiim, gostaram? Espero que sim heheh

Os dois estão descobrindo a relação ainda, e tudo novo para os dois, então estão apenas aproveitando o momento. As coisas irão acontecer devagar e no tempo certo. hehehe
E tudo isso é muito novo para a Lucy, ela nunca sentiu essas coisas, então ela não lidar com isso, então é aceitável o ciuminho bobo dela hahah

Eles não tem paz meus deus haahhah Natsu e Lucy estão escondendo a relação, mas não estão fazendo nenhum esforço para esconder kkk

Beijocas e Arigatou!
I.C.S


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