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História Le Chant des Sirènes - Capítulo XVIII


Escrita por: IzzySilveira

Notas do Autor


Oiiii gente, como prometido aqui está mais um capitulo!
Tenho alguns capítulos prontos, e me programei para postar semanalmente aos domingos. Até pensei e postar de dois em dois dias, mas achei que uma vez por semana seria melhor para que eu conseguisse escrever nesse meio tempo e manter a fic ativa, o que é meu sonho e sempre tento fazer kkkk mas enfim, vai permanecer assim até minha criatividade permitir.

Eu queria reservar uma parte, para agradecer que somos mais de 500 favoritos, e isso para mim significa muito, então muito obrigada! Ler os comentários e ver que estão gostando, tem sido a alegria do meu dia a dia! Vocês são demais!

Espero que gostem do capitulo de hoje, mais levinho, as com a dosagem de ação de sempre.
A historia mais a frente vai abordar vários outros personagens, não apenas Natsu e Lucy, assim como sempre faço, mas agora vai ter mais sobre os outros do que antes.

Espero que gostem e qualquer erro me avisem!
Boa leitura!

Capítulo 59 - Capítulo XVIII


Fanfic / Fanfiction Le Chant des Sirènes - Capítulo XVIII

Capítulo XVIII

O silêncio perdurava pelo local enquanto os marujos tentavam recuperar do que haviam vivenciado. Seus corações e almas estavam pesados, carregados de uma dor abstrata. Sentados em volta de uma mesa, os marujos observavam o papel sobre a madeira o qual anunciava algo que pareciam não os deixar satisfeitos.

-Como as pessoas podem ser estúpidas ao ponto de pensar, que isso resolveria o problema?- apontou o homem de cabelos negros ao papel aonde possuía os seguintes dizeres: “Qualquer um que esteja envolvido ou afiliado com pirataria, está sujeito a pena de morte pública sem uma sentença prévia. Aqueles que possuírem informações receberam uma recompensa baseando-se no peso da mesma!”- isso apenas vai incitar uma guerra, aonde qualquer um vai ser despejado na fogueira em busca do dinheiro. – a azulada ao lado lhe observou com preocupação e apenas levou sua mão até a dele, entrelaçando seus dedos. Ele a olhou antes de suspirar mais calmo.

-Gray tem razão!- a ruiva soou de braços cruzados frente ao seio. – as pessoas iram dizer qualquer coisa sobre qualquer um pela recompensa, pessoas inocentes sofreram as consequências!

-Não tem um culpado exato!- a voz grossa de Jellal fez com que os olhares dispararem até si. – essa doença que está assolando a cidade, não tem qualquer ligação com os piratas, apenas querem se verem livres de nós, matando dois coelhos com uma cajadada só!- o silêncio preencheu o local após as falas do azulado. Reflexivos com o que haviam ouvido.

-Dizem que os Deuses estão insatisfeitos com algo, e lançaram uma maldição, e essa seria a forma de controle. – a voz fria de Minerva encostada mais afastada dos outros atraiu a atenção dos demais. A morena estava reclusa desde que haviam voltado do portal. – no entanto, está nítido que é obra de demônios. – acariciou os braços afastando o arrepiou que surgiu. - fazem uso da força vital quando possuem alguém... Provavelmente dei sorte por a sereia ter me salvado. – a voz era baixa e carregada de pesar.

-Por que demônios estariam fazendo essa chacina?- questionou o capitão da Sabertooth, observando os marujos da embarcação amiga.

-Não é como se eles precisassem de um motivo!- respondeu Gajeel em seu tom seco de sempre. O qual todos já estavam acostumados com mau humor comum do moreno. – a questão é que nunca fora algo tão epidêmico antes.

-O reino vai dizer qualquer coisa para acalmar a população!- foi à vez de a pequena azulada responder, após algum tempo de reflexão olhando o anúncio. – por que se disserem a verdade, o pânico se instalara, já que não tem o que fazer quanto a demônios, ao menos, não algo com uma eficácia premeditada.

-De qualquer forma, devemos tomar cuidado!- Erza suspirou se desencostando da mureta. – somos os alvos agora!

Aquilo não causara qualquer tipo de preocupação nos demais, afinal, já estavam acostumados com aquilo. Eram foras da lei que corriam constantemente perigo contra o conselho e o reino, aquilo apenas acrescentava mais pessoas à lista.

Todos voltaram a seus afazeres, mesmo que estivessem mentalmente exaustos, precisavam cumprir com suas obrigações. O navio estava atracado próximo a uma ilha a qual a sereia estava fazendo seu momento de desintoxicação e descanso, a qual só tratou de ir quando curou todos os feridos presentes. Entretanto, infelizmente, havia lesões que não poderiam ser curadas como algumas escoriações na pele, as feridas na alma, aquelas, curariam com o tempo.

Os olhos castanhos escuros observaram a morena distraída olhando o mar, e observou nos olhos dela, o peso. O peso da vida de outra pessoa, o qual estava sendo obrigada a carregar. E a questão deteriorava por serem vidas de amigos.

-Eu sei que essas palavras não serão muito úteis, mas... Não é sua culpa!- suspirou após as palavras da ruiva. – eu passei pelo mesmo, e levou tempo para que eu aceitasse isso. – aquilo fez com que Minerva a encarasse surpresa. – mas, infelizmente existem coisas que estão além de nosso alcance. – virou para frente observando a ilha um pouco a frente. – ir nesses portais, apenas me faz refletir... O quão grande os seres mitológicos podem ser, e os quão inferiores os humanos são. – a morena a observava, refletindo sobre aquilo. – somos apenas uma peça no jogo divertido deles, então precisamos ser mais fortes e não permitir ser controlado. – voltou os olhos a mulher e sorriu docemente. Um sorriso triste, mas sincero. – e seguir em frente, só assim... Seremos livres e protegidos de seus controles!

**

Suas pálpebras estavam pesadas, e obteve dificuldade em abri-las para que pudesse observar o que estava acontecendo. Seu corpo parecia dormente e não seguir o controle de seu cérebro, e aquilo fora o suficiente para irrita-lo.

Notou então, estar preso por correntes em uma cadeira, e mexeu os braços e o corpo na tentativa de se ver livre. O que não obteve sucesso devido à lentidão que estava seus movimentos. Ergueu os olhos observando o pequeno corpo mais a frente, e outro no canto superior direito, porém, não observou com exatidão quem era.

-O que significa essa merda?- sua voz estava grossa e grogue devido ao efeito do que utilizaram em si.

-Foi à maneira que vimos de lhe acalmar, para que pudéssemos conversar!- respondeu o pequeno senhor, não se movendo do local. Ergueu a sobrancelha direita em um questionamento silencioso.

-Estou notando o diálogo!- ditou sarcástico movendo os braços e ocasionando um barulho do solavanco das correntes. - o que você me deu velha?- questionou a mulher o qual reconheceu pelo cheiro.

-Dei o que impediria você de ferir seus amigos!- as palavras o fizeram arregalar os olhos surpreso. – se você manter sua calma e batimentos cardíacos nivelados conseguira manter o controle!- sua respiração se tornou pesada, e começou a inspirar com mais rigidez.

-Eu... O que eu fiz?- sua memória era um amontoado de borrões que o deixava confuso, mas se recordava vagamente do que tinha acontecido.

-Nada Natsu, conseguimos o controlar a tempo!- a resposta o fez suspirar aliviado.

Apertou os punhos na cadeira que rangeu em resposta, um olhar entre os dois presentes foi o suficiente para que suspeitassem do garoto. Abaixou a cabeça permitindo os fios róseos caírem por sobre a testa, depois ergueu lentamente a cabeça observando o homem com certa frieza. O humor ainda estava instável, e qualquer coisa poderia ser um gatilho.

-Deveria me destituir do cargo!- era despretensiosa a maneira que dizia as palavras, mas nitidamente o incomodava. – não estou apto a porcaria do cargo, estou claramente desiquilibrado e minha presença em si, já é um perigo a humanidade! – riu sem humor ao fim, deitando a cabeça e observando o teto escuro com a pouca iluminação que o lampião fornecia ao local.

-Eu não me arrependo de minha decisão, então, não tem motivo para que eu volte atrás com ela!- falou firme forçando o outro a olha-lo. – todo tem momentos difíceis Natsu, a maneira a qual você lida com eles, é mais importante do que o problema em si!

-E como eu resolveria isso?- rangeu irritado erguendo os pulsos presos as correntes. Veias saltavam de seu pescoço e braços, devido à nítida força utilizada.

-Acreditamos que nos portais possam ter algumas respostas, os espíritos já comentaram sobre isso vagamente. – permaneceu quieto e inexpressivo apenas ouvindo Makarov. – Lucy acredita que vai conseguir te salvar!- engoliu em seco ao ouvir aquelas palavras. A mulher presente apenas observava a situação em um todo, notando como as expressões mudavam quando o assunto era a sereia.

O rosado abaixou a cabeça novamente, pensativo e quieto. Seu coração estava inquieto por toda a situação, não se agradava quando as coisas estavam longe de seu controle, e aquilo o fazia estar a um ponto de enlouquecer. Contudo, precisava manter o controle de si mesmo para que não ferisse os amigos e então, pudesse resolver a situação por completo.

Apenas focou sua mente naquilo que possuía o poder de ser tanto quanto sua calma, quanto sua devassidão.  No entanto, não se importaria de cair em ruína, se fosse pelas mãos de Lucy.

**

O exceed havia sobrevoado até a cidade mais próxima, para que fornecesse informações a respeito do estado de todos, ao mestre. Acabou por encontrar o anúncio que chamou sua atenção, e levou aos amigos. E então, sobrevoou acima da sereia a acompanhando até a ilha aonde descansaria, com a desculpa de que queria conseguir alguns peixes, o qual conseguiria facilmente no mar. Sobretudo, a sereia tinha consciência de que ele estava apenas a vigiando, para ter certeza que estava bem.

-Estou bem Happy!- falou fazendo o bichano se calar de uma história infinita sobre peixes. – pode retornar aos outros, irei descansar um pouco. – o azulado sabia que aquilo significava que ela queria ficar sozinha, mas possuía suas dúvidas quanto afazer aquilo.

-Tem certeza? Não deveria ficar sozinha!- aquilo fez a loira sorrir, genuinamente feliz pela preocupação do gato.

-Tenho!- acariciou a cabeça do animal que sorriu feliz pelo carinho. – preciso de um tempo para pensar em algumas coisas. – a observou tentando ler suas expressões, porém, a sereia era muito boa em escondê-las.

-Tudo bem, qualquer coisa, você me chama!- abriu as asas levantando voou enquanto a sereia assentia em confirmação, deixando o exceed mais calmo antes de voltar ao navio da Sabertooth.

Era demasiadamente exaustivo voltar dos portais, além do desgaste que ela sentia por usar muita magia, a contaminação das partículas de magia negra deixava a situação mais incômoda. Afinal, a cura retardava o processo e os ferimentos abertos ocasionalmente absorviam excessivamente mais partículas. Era tão danoso quanto doloroso, no entanto, suportável. Desde que realizasse a limpeza com antídotos de Porlyusica, sua cura funcionária espontaneamente.

Contudo, quanto ao desgaste emocional, não havia muito que fazer quanto aquilo. Não importava o quanto havia feito Lucy sempre desejaria ter feito mais. Se cobrando de maneiras absurdas a tentar resolver situações inimagináveis, com soluções não aparentes. Mas era a maneira a qual sempre lidou com as coisas, sempre sentiu demasiada pressão para resolver determinados assuntos, que simplesmente começou a lidar com aquilo como se fosse uma obrigação exponencialmente.

E saber que Natsu estaria sofrendo com sua instável condição, a deixava nervosa o suficiente para que uma sobrecarga mental quase a fizesse enlouquecer. Desejava com louvor resolver a situação do rosado, pois era como se a ferisse juntamente dele ao notar como cada vez mais ele parecia distante. Não importava o que viesse a ter de fazer, o faria sem pestanejar para retirá-lo dessa angústia.

Respirou fundo antes de erguer as mãos em forma de concha, recolhendo um pouco da água do lago no processo. Então, concentrou sua magia para controlar a água em sua mão, dominando a polaridade e estado, até que se formasse uma esfera em sua mão. Transparente feito um vidro, até a mesma se iluminar, absorvendo o poder das estrelas e então aos poucos tomasse formas de imagens como um pequeno lacrima. Aos poucos podia notar os cabelos róseos e a expressão de tensão, aquilo a deixou nervosa e se concentrou para que pudesse ver com mais nitidez, no entanto, a bolha estourou antes mesmo que consegui realizar a projeção.

-Magia de espaço e tempo!- a voz desconhecida a deixou em alerta. – deve ser alguém importante!- virou o corpo dando de encontro a uma mulher de cabelos verdes longos os quais ficavam frente aos seios expostos, os tapando. Na cintura um tecido fino de cor rosada tapava a região íntima da mulher tão pálida quanto à lua. Lucy observou os olhos laranja e profundos da mulher. Ninfa Hidríades, conhecidas como Náiades às ninfas de água doce.

Consideradas como espíritos da natureza, as ninfas são figuras femininas ligadas aos elementos do ambiente. Na mitologia, acreditava-se que elas tinham como objetivo levar felicidade e alegria para as pessoas. Também conhecidas como seres de imensa beleza, sendo seduzidas por Deuses insaciáveis e sendo a procriadora de suas crias.

-Não é nada demais!- Respondeu indiferente dando de ombros, não permitindo demonstrar o quão importante era vê-lo. A ninfa ergueu uma sobrancelha a avaliando com curiosidade, determinada a desvendar aquele ser estonteante a sua frente. – não sabia que o lago estava ocupado! – soou despreocupada, a mulher que sorriu ladino.

-Oh não se preocupe, jamais iriamos negar sua visita ao local!- o tom da voz era leve, mas carregado de uma falsa modéstia. – desde que não traga um sátiro consigo. – deu uma pequena risada travessa. Ninfas costumavam fugir das mãos audaciosas de sátiros insaciáveis pelo desejo que uma ninfa os proporcionava.

-Não a com que se preocupar, eu viajo sozinha!- deu de ombros penteando os longos fios dourados com os dedos.

-Não fora o que eu vi!- levantou o rosto encarando a mulher que parecia neutra. – percebi a presença de humanos em um navio, próximo à costa. – um sorriso satisfeito surgiu em seus lábios, empolgada por ter pegado a sereia na mentira. -Uma sereia se unindo a humanos. – sorriu ladino, como se guardasse um segredo.

-Estou os usando para o meu proposito!- respondeu indiferente. No entanto, a mulher de cabelos verdes sorria sem se abalar com as palavras indiferentes.

-Claro que sim, afinal, o que uma sereia poderia fazer com humanos? – forneceu um sorriso carregado de segundas intenções. – em síntese, não a o que fazer quando as coisas já estão bem implícitas de como serão o fim. – a loira uniu as sobrancelhas a encarando. – não importa o que fizer, ou esteja fazendo, no fim, seu nome será esquecido pelo tempo e apagado pelo vento. E ninguém se lembrara de quem você é.

**

Os dedos delicados tocavam seu rosto de maneira tão singela que era quase imperceptível, contudo, apenas o mísero toque causava inúmeras sensações. Nunca pensou ser possível sentir algo assim por alguém, sempre se julgou indigno de afeição e sempre lidou de maneira fria quanto aos sentimentos, era mais fácil fingir que não se importava.

Porém, como ironia dos Deuses, acabou se apaixonando por alguém que jamais seria digno de amar. Dois jovens que desconheciam os sentimentos e seus valores acabam por se apaixonarem e caírem em tentação.

Os olhos achocolatados era seu desfastio do dia a dia, como se apenas observa-la fosse o suficiente, no entanto, não era exatamente assim, ele não era altruísta o suficiente para aceitar perde-la. Então, ele a amou e queria torná-la sua, e talvez aquele fosse seu maior pecado.

-Eu te amo Natsu... - a voz soou cantada em seus ouvidos, arrepiando cada centímetro de sua pele ao senti-la tão próxima de si. Sussurrando coisas que era seu bálsamo em seu ouvido, e se deliciou com a sensação que aquilo proporcionava.

Sentia o calor da pele dela contra sua, o braço fino em torno de sua cintura e a perna longa e esguia acima da sua. Como se seus corpos se encaixassem perfeitamente, um completando o outro. E como uma névoa, tudo desapareceu.

Piscou os olhos devagar notando vagarosamente que ainda se mantinha no mesmo lugar, bem mais deplorável do que em seu sonho. Os pulsos ardiam devido ao contato com o metal da corrente, a carne já exposta. Suor escorria de sua pele, grudando seu cabelo em sua testa em uma cena indigna para um capitão, ou para um ser humano qualquer.

Aquele era um fato incontestável, Natsu não passava de um ser lamentável, e nada mudaria aquilo.

-Eu deveria retirar as correntes!- a voz delicada com uma entonação de preocupação, causou um calor no coração do jovem.

-Não!- negou quando as mãos pequenas se direcionaram até o metal no pulso. – é melhor assim Wendy!- sorriu sem sentimento para a jovem que o observava com pesar.

Não negou tão pouco concordou, afinal não aquiescia com aquilo, porém, não havia muito que se fazer, então, apenas lhe restava ajudar da maneira que podia. Torceu o pano da bacia de água, e o levou até o rosto vermelho do homem, secando com delicadeza.

-Sua temperatura está cada vez mais alta! – observou como o mesmo estava húmido e como o local estava quente e abafado, apenas com a presença dele. –Porlyusica sugeriu um banho gelado para abaixa-la.

-Me drogar não foi o suficiente, agora ela deve pretender me matar afogado!- ditou em uma tentativa de humor, o qual foi bem recebido para a garota que sorriu o olhando.

-Talvez seja melhor mesmo, já que está com cheiro ruim!- caçoou apenas para irrita-lo e recebeu um revirar de olhos em resposta. – estava sonhando com alguma coisa?- levantou os olhos para a menina que o encarava curiosa. – estava murmurando algumas coisas desde que cheguei.

-Nada que seja da sua conta!- torceu o nariz pela resposta e ele gargalhou, se sentindo mais a vontade pela companhia da menor.

O barulho da cela se abrindo atraiu sua atenção, ao homem alto e forte que a abriu, seguido por outro.

-Hora do banho da princesa!- o ruivo caçoou do garoto que revirou os olhos, entrou de braços cruzados sendo seguido pelo loiro.

-Os dois vão ser meus guardas pessoais agora?- ergueu uma sobrancelha e ditou em tom debochado. – eu estou fodido mesmo!- os dois o ignoraram para retirar as algemas da cadeira, mas os manteve nos pés e mãos enquanto seguravam seus braços para levá-lo até o andar superior.

Poderia se sentir rejeitado, o mal por estar sendo tratado como um preso, toda via, sabia que aquela era a melhor escolha. Não sentia angústia, tão pouco um preso, os olhares que recebeu pelo caminho de sua cabine, não foram de desgosto, mas sim de preocupação. E aquilo fora o suficiente para que ele fosse forte para vencer aquilo, para que ninguém mais ousasse direcionar aquele olhar a ele.

-Não espere que vamos lhe banhar!- Laxus falou quando chegaram à cabine do rosado.

-Nem esperei você não sabe banhar nem a si mesmo!- Respondeu sucinto recebendo um dedo médio do amigo. Sorriu voltando os olhos para o local, que parecia vazio e frio.

Não havia mais a presença calorosa ali, contudo, o cheiro ainda era presente. Tão forte quanto se ela estivesse ali, como se para força-lo a não se esquecer do quão dependente havia se transformado.

Desde seu pequeno surto, fora a primeira vez que ficou sozinho, sem estar preso a algemas com alguém a sua vigília. Todavia, sabia que atrás da grossa porta de madeira se encontrava um dos brutamontes de seus amigos, a espreita para qualquer perda de percepção do rosado.

Mais a frente se encontrava a banheira de ferro, cheia do líquido transparente. E ao adentra-la obteve um choque térmico devido à temperatura baixa da água. Adentrou por completo, sentindo a pele se arrepiar no processo. Sentia que poderia padecer, com as feridas expostas do pulso e o frio que o fazia bater o queixo.

Os olhos fecharam-se em busca de conforto e calma que sua mente deveria proporcionar, no entanto, sua mente era fragmentada demais para lhe disponibilizar o conforto que desejava. Como se sentisse algo sobre sua pele, desejando toca-la, mas sendo impedido por uma camada protetiva que fazia recuar, porém, a coisa não desistia e partia para sussurros jogados aos ventos até os ouvidos do homem, e adentrando a mente com lembranças ausentes.

Era doloroso, como se seu cérebro estivesse sendo apertado até que explodisse ao fim, mas como não obtinha sucesso, se mantinha nas tentativas excruciais em busca da dor. Levou as mãos a cabeça a segurando como se fosse possível impedir a dor, apenas uma tentativa ilusória que acalmava seu coração. No entanto, a dor estava presente em camadas mais profundas, em busca do consciente inacessível de Natsu. Aonde por debaixo de um selo, não apenas suas memórias estavam seladas, como também sua outra parte.

Abriu os olhos a tempo de ver a água borbulhando devido à fervura que foi imposta, o ferro da banheira retorcido de maneira disforme pelo calor, o local em neblina pela água evaporada. Suas mãos tremiam, devido à dor que sentiu, e sua pele, parecia magma de tão quente. E quem olhasse seus olhos, enxergaria duas íris vermelhas.

Fim!

“Traga nossas mãos juntas e sinta o calor uma da outra,
Sinta a paz que nasce no olhar um do outro,
Isto é a eternidade que brilha somente porque nós percebemos.”

  -Be as one-


Notas Finais


FIIIIMMM!
O que acharam pessoal?
A frase do final é da uma das endings de Fairy Tail, a minha favorita.

Eu queria perguntar a vocês se a historia está muito cansativa, com capítulos tediosos,? por que se esse for o caso, eu irei diminuir a quantidade deles. Fico receosa das pessoas acharem a historia muito prolongada e desistirem dela.

Então foi isso, espero vocês no domingo, e tem surpresinha no próximo. Vai ter uma boa parte narrada pela nossa Lucy.

Beijocas e Arigatou!
I.C.S


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