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História Le Doute Et L'euphorie. - Pai.


Escrita por: Mel__Salgado_

Capítulo 14 - Pai.


ㅡ Sim. É você. ㅡ Disse simplista. ㅡ Você vem sido minha maior inspiração, carinha. ㅡ Sal corou com aquilo.

ㅡ Eu? Como assim eu? ㅡ Ele estava realmente surpreso e um tanto confuso.

ㅡ Você e ponto final. Seu jeito de ser, de pensar, de agir, de falar, a forma como você se irrita fácil ou sempre cora com algo que falam para ti. ㅡ Larry sorria. 

Antes que pudesse dizer algo, Johnson adicionou.

ㅡ Minha mãe mandou mensagem mais cedo. Você estava dormindo, então achei melhor não incomodar. 

ㅡ Como ele está? Ele está bem? Vai sair quando do hospital? ㅡ O azulado fazia perguntas uma atrás da outra. 

ㅡ Bem... ㅡ O moreno abaixou o olhar, e aquilo deixou Sally inquieto. ㅡ Ele está bem fisicamente, mas entrou em um coma alcoólico. 

Fisher ainda estava processando tudo quanso o mais alto disse ㅡ Se quiser eu te levo no hospital amanhã. O que acha?

ㅡ Certo... ㅡ Não sabia o que sentia, mas algo definitivamente morreu dentro dele. Ele estava triste, magoado, preocupado, decepcionado e com raiva. 

O moreno notou cada uma dessas coisas só pelo "Certo" do amigo. Então o puxou para seu colo, o abraçando.

ㅡ Vamos para a casa. ㅡ Tentou desviar a atenção do garoto em seus braços.

Ele concordou com a cabeça, mas não fez menção de levantar. Tudo o que fez foi abraçar Larry o mais forte que podia. 

Ficaram assim por alguns minutos, até notarem o Sol nascer. 

ㅡ Vamos, meu gatinho. Você precisa comer e descansar. ㅡ Disse o mais velho. 

"Meu gatinho" foi a única coisa que Sal processou, ele sentiu algo se agitar dentro de si. Então se levantou envergonhado e desceu as escadas com o moreno logo atrás.

Quando a sola de seus tênis tocou a grama verde e mal iluminada pelo horário, Sal respirou fundo, se acalmando. Ouviu Johnson pisotear a grama ao seu lado, então seu corpo foi erguido.

ㅡ Larry! Mas que porra? ㅡ Ele ria da atitude do amigo.

ㅡ Hoje, vou te tratar como uma princesa. ㅡ Sorriu. 

ㅡ Vai me dar banho? É isso? ㅡ Fisher riu vendo a cara do mais alto, ele não havia considerado essas coisas.

ㅡ Não estava nos meus planos, mas se a madame quiser... ㅡ Disse em tom neutro enquanto se dirigia ao prédio antigo. Sal riu de nervoso, não sabia se era brincadeira ou não, mas deveria ser, certo?

ㅡ Como vossa alteza, eu exijo que você me deixe fazer alguns penteados no seu cabelo. ㅡ Era algo que Sally sempre teve vontade de fazer, mas nunca pediu. 

ㅡ Hmm... certo certo. ㅡ Disse sorridente enquanto colocava o garoto no sofá. Foi para a cozinha e voltou com um pote de sorvete e duas colheres.

Sal sorriu, Johnson realmente conhecia o azulado e sabia que sorvete o ajudaria nequela situação. O mais velho se acomodou no chão, na frente de Fisher para que assim ele pudesse fazer algumas tranças e outras coisas do tipo nos cabelos negros dele.

Algumas horas haviam se passado, os dois estavam saindo para ir ao hospital. O azulado estava tenso com tudo aquilo, mas apesar do nervosismo, ele sabia que o amigo não sairia de perto e ele amava isso no amigo. 


Amigo?


Assim que chegaram ao hospital, já na recepção foram recebidos pela recepcionista que parecia exausta.

ㅡ Como posso ajudar? ㅡ A moça jovem pergutou em tom cansado.

ㅡ Viemos visitar um paciente. Henry Fisher. ㅡ Larry respondeu no lugar do mascarado ao seu lado, ele estava especialmente inquieto e desconfortável naquele local. Hospitais lhe traziam más lembranças.

ㅡ Você é parente? ㅡ Questionou a recepcionista enquanto procurava pelo internado em seu monitor.

ㅡ Sou acompanhante. Ele é o filho de Henry. ㅡ Se refiriu à Sal.

ㅡ Certo. Ele está internado no quarto 348 no sétimo andar. ㅡ Informou com um sorriso pequeno e fraco.

Os dois se dirigiram aos elevadores, enquanto o menor recebia vários olhares curiosos e julgadores de muitas pessoas ali. As portas de aço do elevador se fecharam deixando os dois sozinhos. 

ㅡ Hey carinha... como você está?

Não obteve resposta audível, apenas sentiu sua mão ser agarrada pela mão do amigo. 

Os dois se encontravam em frente ao quarto 348 e Fisher queria xingar, abraçar e dar um sermão de 2 horas para o pai. Mas ele sabia o que o aguardava dentro do quarto.

ㅡ Você quer mesmo entrar?

ㅡ Vamos lá... Não pode ser tão ruim assim, pode? ㅡ Ele respondeu em tom retórico. 

Entraram e aquilo foi um choque para Sal. Estava tudo em perfeito estado, seu pai aparentava esta em um sono profundo, exceto pelo fato de que havia um tubo em sua garganta. E aquilo lhe trouxe inúmeras lembranças. 

O mascarado sentiu um aperto em seu peito, já havia sentido aquilo antes, mas da primeira vez, na cama se encontrava sua mãe e não seu pai.

ㅡ Pai... ㅡ Foi a única coisa que conseguiu pronunciar.



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