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História Lead Singer - The Neighbours of Saturn


Escrita por: gukminz

Notas do Autor


algumas coisas que vocês precisam saber antes de começar:

+ a estória se passa nos anos 90, mais especificamente, em 1996
+ a fanfic contém palavras de baixo calão, palavrões
+ o uso de drogas lícitas e ilícitas é citado e algumas vezes descrito
+ haverá insinuação de sexo ㅡ mas atenção, não vai haver cenas de sexo explícito!!! ou seja, sem smut kk (se por acaso eu resolver adicionar, vou avisar antecipadamente, não se preocupem)
+ ela também está sendo postada no wattpad, então caso a vejam por lá não é plágio nem nada disso

é isso, boa leitura ♡

Capítulo 1 - The Neighbours of Saturn


Fanfic / Fanfiction Lead Singer - The Neighbours of Saturn

O relógio de pulso de Jungkook marcava 3 horas da madrugada quando ele se colocou em frente à porta de sua casa, praguejando ao que a chave não adentrava a fechadura qualquer que fosse a posição que ele a colocasse.

Já havia virado algo comum na casa dos Jeon, em plena noite de domingo para segunda-feira, o filho mais novo do casal saía cambaleante do carro de algum amigo que provavelmente fizera na festa em que estava e acordava a todos ao bater, socar e empurrar sem sucesso a porta da entrada, frustrado por ainda não conseguir abrí-la. No final, Junghee, sua mãe, aparecia para puxá-lo para dentro e em seguida dá-lo a mesma bronca de sempre, alegando que o menino já deveria ter aprendido que há limites para tudo e...

ㅡ E a vida não é só farra. ㅡ Jungkook falou junto a mulher, já havia decorado aquele discurso. ㅡ Tudo bem, mãe, eu já sei.

Junghee se colocou na frente do moreno antes que ele pudesse subir as escadas, cruzando os braços ao dizer:

ㅡ Se soubesse mesmo não continuaria chegando em casa no meio da noite ㅡ ela suspirou. ㅡ Você andou bebendo de novo, não é, Jungkook? Eu pensei que já tivesse rasgado aquela identidade falsa que achei na sua mochila, não é possível que você já tenha conseguido outra!

ㅡ Eu não precisei de nenhuma dessa vez, mãe, era só a festa de um cara da escola. Inclusive, eu te falei isso quando saí.

A mulher fez uma careta, aquele hálito de álcool misturado com mais alguma coisa da qual ela não fazia ideia era insuportável. Sabendo que não adiantaria de nada conversar com um Jungkook claramente grogue, Junghee o deixou passar, fazendo questão de lembrá-lo de que na manhã seguinte eles tratariam daquele assunto reunidos ao pai do garoto.

Jungkook apenas murmurou, desejando uma boa noite antes de começar a subir as escadas com certa dificuldade; numa hora como aquela ele detestava ter conseguido um quarto no mais alto andar da casa, o sótão (Junghyun ainda o invejava por isso), chegara lá praticamente se arrastando, caindo de costas na cama depois de fechar a porta.

Ele não se importou muito em trocar de roupas ou tirar os coturnos, até porque caiu no sono antes disso.

Porém, como de costume, vinte minutos depois Junghee apareceu no quarto, balançando a cabeça em negação ao ver a situação do filho na cama. Como se ele tivesse apenas cinco anos de idade outra vez, ela o acordou, o ajudou a tomar um banho rápido e ainda o fez vestir pijamas limpos.

ㅡ Você não precisava ter feito isso, eu ia tomar banho do mesmo jeito quando levantasse amanhã. ㅡ Jungkook argumentou quando ela estava prestes a sair do quarto.

Junghee soltou a maçaneta da porta, voltando ao encontro de Jungkook ao se sentar ao seu lado na cama.

ㅡ Eu sei que você já tem dezoito anos, Jungkook, sei que você está quase se formando no colégio e já faz coisas dos garotos da sua idade, e é claro que eu sei que você me acha chata por te mimar tanto assim. ㅡ Junghee colocou uma das mãos sobre os dedos tatuados do filho (ela ainda desaprovava totalmente aquilo). ㅡ Mas eu já passo tanto tempo longe de você, de vocês três... O trabalho ocupa quase todo o meu tempo, e-

ㅡ Mãe, tá tudo bem.

ㅡ Eu só quero que você saiba que apesar de não parecer, eu sempre vou estar aqui para cuidar de você, entendeu?

Jungkook ainda estava um pouco bêbado, e não entendia o motivo de sua mãe começar a falar sobre toda aquela coisa emocional de repente, às 3 horas da madrugada depois de o filho ter voltado de uma festa, mas ele apenas assentiu com a cabeça, recebendo um beijo de Junghee antes de ela se levantar e sair dali.

Pelo menos ele não levaria um esporro na manhã seguinte, não mais.

[...]

ㅡ Eu ainda não sei qual é a graça que você vê nessas festas.

Jungkook riu fraco, colocando um dos pés no chão para parar o skate.

ㅡ Nenhuma, Taehyung, eles não contratam palhaços nesses tipos de festa.

Ha-ha-ha. ㅡ Taehyung ironizou, continuando a andar enquanto empurrava a bicicleta ao seu lado. ㅡ Eu não faço ideia de como continuo sendo seu amigo, Jeon Jungkook.

Aquilo fez Jungkook se lembrar de como sua amizade se iniciara.

Não fora da melhor forma, realmente. Taehyung era quase como um personagem daqueles clichês de filmes de ensino médio americanos: aluno número 1 em todas as matérias, usava óculos de grau que quase cobriam seu rosto além de roupas um pouco diferentes para garotos de dezoito anos ㅡ além de ser um amante assumido de filmes de ficção científica e um adorador da astronomia; Jungkook também parecia ter saído de um filme clichê, mas de enredo completamente contrário: para resumir, o insolente que odiava a escola e amava as festas promovidas pelos alunos desta.

Por tudo isso Taehyung sempre foi vítima de olhares tortos pela escola e principalmente por quem fazia parte do antigo grupo de Jungkook. Quando eles chegaram ao seu limite ameaçando-o de violência física, Jeon foi o primeiro a intervir, abandonando os "amigos" para se unir a Kim ㅡ que estranhou toda a atitude de primeira, mas logo se acostumou com a nova companhia.

ㅡ Lembra que você desconfiava que eu fosse um tipo de infiltrado daqueles caras quando comecei a conversar com você? ㅡ Jungkook perguntou, notando que as ruas de suas casas estavam cada vez mais perto.

ㅡ Se você fosse eu, reagiria de outra forma? ㅡ Taehyung voltou a subir na bicicleta, pedalando não tão rápido para acompanhar o amigo no skate. ㅡ Do nada o amigo dos caras que viviam me zoando resolve me defender e ainda se aproximar de mim, eu achei que a qualquer momento você iria pedir para dormir na minha casa e no meio da noite me mataria com um canivete que eu sabia que você guardava no bolso.

Jungkook franziu as sobrancelhas, rindo quase que de nervosismo.

ㅡ Essa é a imagem que você tinha de mim? Sério?

ㅡ Mas você andava com um canivete no bolso, não andava?

Jungkook mordeu o interior da bochecha, envergonhado.

ㅡ Andava, mas só porque os outros caras também faziam isso!

Em algum ponto eles tiveram que se separar, se despedindo e prometendo chamarem um ao outro mais tarde por mensagem, como sempre faziam.

Jungkook esperava o de sempre ao chegar em casa; encontrar seu irmão mais velho, Junghyun, tocando com a banda na garagem enquanto seu pai trabalhava no pequeno escritório ao lado da sala e sua mãe ainda estava fora, na emissora onde era jornalista. De fato, tudo estava em ordem, pelo menos até ele começar a subir as escadas para o quarto ㅡ de repente o som alto da bateria, da guitarra e do baixo pararam e deram lugar à gritaria e xingamentos.

Não demorou nada para Jungkook correr até a garagem, chegando lá a tempo de ver Jihoon, o vocalista da banda, saindo dali com passos pesados.

ㅡ O que aconteceu? ㅡ Jungkook questionou, vendo Junghyun se virar de uma vez e esbravejar:

ㅡ Saia daqui, pirralho!

Jungkook revirou os olhos. Sempre tão amável.

ㅡ Calma, Junghyun! ㅡ Daewon, o baterista, exclamou.

ㅡ Como calma, porra? O Jihoon simplesmente surta, dá uma de diva e sai da banda, e você me pede calma?

ㅡ Ficar gritando não vai adiantar nada, também. ㅡ Sungmin, o baixista, dizia mais calmo ainda com o instrumento em mãos diferente dos outros. ㅡ Agora é só procurar outro vocalista.

ㅡ O Jihoon nem era tão bom assim. ㅡ Jungkook se pronunciou. ㅡ Vocês vão encontrar outro melhor logo, logo.

ㅡ Eu também acho. ㅡ Daewon concordou.

Junghyun deu um suspiro profundo, passando a mão pelos cabelos azuis.

ㅡ Amanhã a gente começa a procurar um novo vocalista para a The Neighbours of Saturn, então.



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