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História Learning to Live (Clexa) - Clarke Griffin


Escrita por: ClarkeLexazinha

Notas do Autor


E aí, pessoal! Hoje estou trazendo para vocês o primeiro capítulo dessa fic, que pelo visto vocês acharam interessante.

Uma coisa antes de continuar. Eu esqueci de dizer que essa história é inspirada em “O Cravo e a Rosa” “10 coisas que eu odeio em você” e “A Fera Domada”. Os dois primeiros são também inspirados em “A Fera Domada” de William Shakespeare. São história que eu gosto muito e espero que vocês também gostem.

Então boa leitura para você <3

Capítulo 2 - Clarke Griffin


Fanfic / Fanfiction Learning to Live (Clexa) - Clarke Griffin

Assim que John Murphy foi embora, Lexa entrou em sua casa, sendo seguida por Alicia e Kane. Ela chutou um dos sofás que completava a decoração do cômodo, jogou o pacote de dinheiro em cima do mesmo e passou as mãos por seus cabelos castanhos, demonstrando o quão irritada estava.

– Por quê você concordou em fazer um acordo com aquele homem? – Perguntou Alicia, que estava com seu tom de voz alterado.

Ela havia odiado a ideia de sua irmã brincar com os sentimentos de alguém e com Clarke Griffin não se brincava, Alicia sabia disso e sabia que em algum momento, seria Lexa quem iria se ferrar nessa história, pois Clarke é inteligente e iria perceber a situação logo.

– Porque nós precisamos da merda do dinheiro, Alicia. Nós precisamos sobreviver, precisamos comprar mais vacas porque as que temos estão produzindo pouco leite nesses últimos tempos. Você precisa se formar na faculdade, as pessoas que vivem aqui precisam viver bem, eu preciso disso. – Lexa falava quase gritando.

Ela estava ficando muito mais irritada do que de costume. Toda aquela situação a estava deixando nervosa. Ela não queria ter que fazer isso, mas quando se precisa de dinheiro, as pessoas fazem até o que nunca pensaram que fariam e essa era a situação de Lexa. Ela precisava do dinheiro, precisava manter uma vida. Querendo ou não ela tinha de fazer o que Murphy lhe propôs.

– E para isso você vai brincar com os sentimentos de uma garota? – Alicia quase gritou as palavras. Tanta era a raiva que sentia.

Kane apenas observava a discussão das duas garotas, ele entendia os lados de cada uma delas. Ele sabia que aquilo era errado, era errado usar uma garota para benefício próprio, mas também não podia julgar Lexa por fazer uma coisa dessas, já que ela só queria dar uma boa vida para as pessoas que amava e para si própria.

– Eu não quero fazer isso, Alicia, mas preciso. Preciso sobreviver, preciso te dar um futuro que te foi negado desde que nasceu. Eu preciso ser o que ninguém nunca foi para nós. – Lexa gritou cada uma das palavras e isso fez sua irmã baixar a cabeça, ficando em total silêncio. Lexa suspirou e tentou se acalmar. – Eu só quero que você seja alguém. Não quero que você seja como os nossos pais.

– Tudo bem. Você sabe o que faz. – Alicia disse em voz baixa.

Ela havia entendido os motivos de sua irmã e não iria contrariá-la, então, preferiu apenas ficar em silêncio, igual aos outros dois que estavam na sala de estar. Kane ficou em silêncio porque ele achou que não deveria opinar sobre as decisões que as garotas tomavam, já que ambas eram adultas. Lexa ficou em silêncio, pois não queria ter gritado com sua irmã, não queria ter falado de seus pais, ela não queria nada daquilo.

Mas logo o momento de tensão foi evaporado quando a porta da sala de estar foi aberta, revelando Anna e Anya.

Assim que Anya atingiu a maior idade, ela se mudou da Espanha para os Estados Unidos com sua irmã mais nova, Anna, mas, Anya mesmo sendo a mais velha, não era a mais responsável, na verdade era muito pelo contrário, era Anna quem cuidava das duas, mesmo sendo a mais nova. Havia sido ela quem cuidou e começou a construir suas vidas no país estrangeiro. Ela cuidou de Anya e do dinheiro que tinham. Ela conseguiu fazer com que ambas entrassem na mais importante e única universidade da cidade de Polis. As garotas estudavam junto com Alicia e isso fazia com que elas fossem grandes amigas.

– O diabo passou por aqui para vocês estarem com essas caras? – Perguntou Anna, enquanto avaliava as expressões dos três moradores daquela fazenda.

Dios mío! No puedo creer. – Falou Anya em sua língua natal.

– Anya, é para falar em inglês. É tão difícil isso? – Repreendeu Lexa, que já estava cansada daquelas mudanças repentinas de idiomas.

As duas irmãs espanholas sempre mudavam os idiomas em suas falas e ninguém entendia o que elas estavam dizendo. Sempre foi muito complicado acompanhar o que elas pensavam ou falavam, justamente pela mudança do inglês para o espanhol.

– Nossa, o que está acontecendo aqui? Lexa está mais mal-humorada que o normal. – Falou Anna que não havia gostado de novamente alguém repreender sua irmã por conta de ela falar sua língua natal. – Vamos, me contem o que está acontecendo aqui. – Exigiu ela.

– Um homem bem arrumado veio aqui e ofereu dinheiro para a Lexa, e pediu em troca que ela namorasse uma mulher. – Disse Alicia em seu tom de voz normal. Ela estava feliz por Anna estar ali, mas ainda estava chateada com sua irmã por ter aceitado o acordo, não importava os motivos dela.

– E quem é a mulher? – Perguntou a jovem morena que avaliava as duas irmãs e Anya já havia se distraído com um jogo em seu celular, nem ao menos ouviu a repreensão de Lexa. Anna sorriu com aquilo e logo voltou sua atenção para as gêmeas.

– Clarke Griffin. – Respondeu Alicia, enquanto Lexa continuava em silêncio.

Anna começou a tossir por ter se engasgado com sua própria saliva. Alicia se aproximou dela e deu leves tapas em suas costas, ela aproveitou o momento para acariciar a mulher que tanto gostava. A morena parou de tossir e agradeceu a amiga pelas batidinhas, mas a garota não ousou tirar sua mão das costas dela e Anna também não reclamou.

– E o que você planeja fazer, Lexa? – Perguntou a espanhola. Lexa a olhou e soltou um suspiro cansado. A fazendeira passou as mãos por seus cabelos e bufou.

– Esse tal homem me deu um endereço que a Clarke vai estar hoje e disse para mim ir até lá hoje para ele me explicar melhor as coisas. Sei lá, eu não sei o que fazer. – Disse Lexa, enquanto olhava para o pacote que ela nem se lembrava de ter jogado em cima de um dos sofás da sala de estar.

– E o que estamos esperando? Vamos até lá! – Disse Anna que ficou ansiosa para ver onde aquela história iria dar. Ela saiu da casa, arrastando sua irmã que ainda estava distraída, Alicia a seguiu e Lexa acabou indo também.

Kane, que ficou em silêncio todo esse tempo, suspirou e foi fazer seu trabalho do dia na fazenda.

 

(...)

 

Clarke já estava ficando irritada com aquele almoço. Seu pai a todo o momento parava sua animada conversa com Aurora para poder ter certeza de que sua filha mais velha estava se comportando. Octavia ao invés de conversar com ela, estava conversando com Josephine e Bellamy não parava de falar em momento algum. A loira só queria sair correndo dali e ir para casa.

– Então, Clarke, você pretende ter filhos algum dia? – Perguntou Bellamy que estava sentado ao lado da loira.

Clarke começou a amaldiçoá-lo internamente, mas, mostrou seu melhor sorriso para o moreno e pensou na melhor resposta para dizer a ele. Ela percebeu que todos naquela mesa pararam o que estavam fazendo para poder ouvir o que a garota iria dizer. Aurora e Bellamy estavam curiosos. Octavia apenas olhava sua amiga. Josephine e Jake sabiam que algo bom não sairia da boca de Clarke.

– Na verdade, Bellamy, eu estou achando que estou grávida. – Jake se engasgou com o vinho que estava bebendo, Aurora arregalou os olhos assim como seu filho, Octavia e Josephine apenas negaram com a cabeça para a atitude da loira. – Pai, você não contou para os Blake que semana passada eu transei com um morador de rua que estava perto de nossa casa? E que duas semanas atrás eu fiz um ménage com dois caras super gostosos em uma festa? E o pior é que não usamos camisinha em nenhuma das situações.

Jake continuou tossindo e Aurora tentou ajudar seu amigo de longa data. Josephine suspirou frustrada, ela ficou furiosa por sua irmã estar acabando com suas chances de poder namorar com quem quisesse. Bellamy ficou em silêncio olhando para seu prato de comida, ele estava espantado. Todos naquela mesa pareciam horrorizados e isso fez Clarke sorrir, já que ela havia conseguido exatamente o que queria.

– Mas para você não tem problemas, não é, Bellamy? Quero dizer, se nós nos casarmos, você poderá criar meu filho como seu. – Disse Clarke com um enorme sorriso em seu rosto.

Jake se levantou de sua cadeira e espalmou suas mãos na mesa em que estavam, fazendo com que as louças que estavam sob a mesa vibrassem com a batida. Todos olharam para o homem que tinha os olhos vermelhos em irritação, eles ficaram em silêncio e Clarke continuou sorrindo por ter conseguido irritar seu precioso pai.

– Clarke Griffin, já chega dessa palhaçada. Não minta para eles e pare de dizer essas asneiras. Eu estou cansado de você agindo dessa forma. – O homem falou em seu tom de voz normal para não chamar muita atenção das poucas pessoas que estavam no restaurante, mas ele não sabia que em uma específica mesa, um mulher de olhos verdes avaliava cada segundo daquela discussão.

Ela se levantou de sua mesa e seguiu até a mesa em que os Griffins e Blakes estavam, a mulher sorriu para cada um deles que estavam se perguntando o motivo de ela estar ali.

– Senhor Griffin. – Saldou Murphy que estava desesperado por Lexa ter ido até a mesa deles naquele momento. Josephine o olhou e sorriu, pois viu que a mulher era realmente linda e ele havia feito um bom trabalho. – Boa tarde para todos. – Disse o jovem que estava tentando regular sua respiração.

Lexa e suas amigas haviam chegado ao restaurante à algum tempo. Ela havia conversado com Murphy um pouco e ele lhe explicou algumas coisas, como ela já havia concordado com o acordo, decidiu que não voltaria mais atrás com sua palavra. Então, ela ficou avaliando Clarke e mesmo de costas, notou o quão bonita ela é e a todo momento admirou a pele e cabelos da garota.

– Lexa, esses são Aurora, Octavia e Bellamy Blake. Jake, Josephine e Clarke Griffin. – Lexa cumprimentou cada um deles ali e seus olhos pousaram nos olhos azuis de Clarke que estava ao seu lado. A morena sentiu tantas coisas diferentes ao ver aqueles olhos e isso a fez ficar sem fala por alguns segundos. – E essa é Alexandria Woods. – Murphy terminou as apresentações, mas Clarke e Lexa continuaram a se olhar.

Lexa a olhava como se ela fosse o único ser que importasse naquele momento e Clarke a olhava com um pouco de curiosidade, ela queria saber o motivo daquela estranha estar lhe observando daquela forma. Chegava até a ser intimidante, mas a Griffin não se importava com aquele detalhe.

– E posso saber o que ela faz aqui? – Perguntou Jake que havia notado a troca de olhares de sua filha com a morena. Ele pensou que talvez fosse aquela mulher quem iria domar o coração da fera. Lexa parou de olhar os belos olhos azuis de Clarke e olhou para o homem loiro que a olhava com um sorriso no canto de seus lábios. A morena pôs uma mecha de cabelo atrás de sua orelha e, também, sorriu para o homem.

– Eu estava apenas vendo a bela performance de sua filha. – Disse com um sorriso. Clarke sorriu também e abaixou a cabeça para que ninguém notasse, e Jake ficou pálido, pois pensou que Lexa iria falar do mau comportamento de sua filha. – Eu particularmente gostei bastante das palavras dela e fiquei bem curiosa com o fato de você transar sem camisinha com um mendigo e com dois outros caras ao mesmo tempo. – A morena voltou a olhar para Clarke que estava sorrindo com suas palavras.

– Sabe como é, estou aprendendo a viver. – Falou Clarke. Lexa riu baixo e concordou com a cabeça.

– Ei, você é a irmã gêmea da Alicia Woods? Aquela garota que anda com as irmãs espanholas? – Perguntou Octavia. Lexa parou de olhar Clarke para poder responder a garota que esperava uma resposta sua.

– Sim, eu sou. – Respondeu a morena. Octavia assentiu e sorriu para Lexa que retribuiu.

– Pois bem, Alexandria e eu temos de ir agora, mas, foi muito bom apresentá-la à vocês. – Disse Murphy. Ele olhou uma última vez para sua amada Josephine e começou a puxar Lexa para longe, e a morena apenas acenou para todos ali que retribuíram o aceno daquela estranha desconhecida. – Você não devia ter ido lá daquela forma. – Repreendeu o garoto quando eles voltaram para a mesa que estavam antes.

– Relaxa, John. – Falou Lexa com um sorriso em seus lábios. O rosto de Clarke Griffin estava bem memorizado em sua mente. A jovem loira é completamente linda e têm os olhos mais perfeitos do mundo inteiro. – Você não viu? Ela até sorriu para mim.

Alicia, Anya e Anna ficaram surpresas com a declaração de Lexa. Elas nunca viram a fera sorrir para ninguém. Clarke apenas ignorava e tratava as pessoas mal. Murphy parou um momento para pensar e, realmente, Lexa estava certa. Clarke sorriu para ela.

– Ok, isso é bom. Talvez isso faça com que vocês consigam ter uma relação. – Refletiu o rapaz que estava com um sorriso em seu rosto.

– Oba, comida. – Anya quase gritou quando viu o garçom se aproximando com seus pratos, algumas pessoas que estavam no restaurante a olharam, inclusive as pessoas da mesa de Clarke.

Anna espalmou sua mão na testa e tentou pensar o motivo de sua irmã ser estranha daquela forma. Alicia sorriu das atitudes das espanholas, Lexa e Murphy negaram com a cabeça, como se reprovassem a loucura de Anya.

O celular de Anna apitou em cima da mesa. Ela o pegou e abriu o aplicativo de mensagens, viu que era uma mensagem de Luna.

Luna e Anna estão há mais de três anos em uma espécie de relação que contém apenas sexo, elas não são namoradas nem nada do tipo, mas gostam de usar o corpo uma da outra. Só que, ao contrário de Luna, a Anna era um pouco apaixonada pela mulher, ou pelo menos era o que parecia, enquanto Luna não dava nenhuma chance para ela, apenas se aproveitava do amor que a jovem tinha por ela.

A alegria de Alicia logo se esvaiu de seu corpo quando viu a mensagem que havia chegado no celular de Anna. "Venha aqui, estou te esperando" era o que dizia, juntamente com uma foto de Luna usando apenas uma lingerie branca. Alicia amava a Anna, mas a jovem parecia nunca notar isso, ou, simplesmente, não dava bola para isso, coisa que só magoava a Woods, pois o que ela mais queria era ter Anna para si. Todos sabem que Alicia é perdidamente apaixonada pela morena, mas Anna é a única que parece não perceber todos os sentimentos que a jovem mantém expostos.

Anna se remexeu na cadeira, visivelmente desconfortável e desligou a tela de seu celular. Ela olhou para Alicia que estava olhando para seu rosto com uma expressão triste, que Anna não sabia dizer o motivo de tanta tristeza.

Todos começaram a comer e Anna se levantou de sua cadeira.

– Eu tenho que ir agora. Preciso resolver algumas coisas. – Disse a morena. – Anya, não faça nenhuma besteira e até mais pessoal. – Ela beijou a cabeça da sua irmã, de Lexa, acenou para Murphy e beijou a bochecha de Alicia, assim, ela saiu do restaurante.

Alicia abaixou seu olhar e começou a se sentir mal, pois Anna nunca se importava com ela. Para Anna sempre era apenas Luna e nada mais, isso acabava com Alicia por dentro e se ela pudesse escolher, escolheria parar de amar e se importar com Anna.

Já Lexa estava feliz, ou pelo menos, um pouco menos irritada do que estava pela manhã. Ela olhou para a mesa de Clarke e viu que todos estavam se levantando para ir embora. A loira olhou para Lexa rapidamente, mas logo se retirou do restaurante.


Notas Finais


Foi isso por hoje, então até uma próxima!


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