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História Learning to Live (Clexa) - Estar aqui


Escrita por: ClarkeLexazinha

Notas do Autor


Olá, pessoal! Espero que estejam tendo um bom início de ano e boa leitura para vocês <3

Capítulo 38 - Estar aqui


Fanfic / Fanfiction Learning to Live (Clexa) - Estar aqui


– Senhoras Pierce-Lopez? – Anna perguntou de uma forma completamente apavorada. Ela se tremeu dos pés a cabeça e Josephine e Raven puderam sentir o tremor, já que ainda estavam segurando a garota com toda a força que tinham. Mas agora a estavam segurando para que ela não caísse, visto que ela havia perdido todo e qualquer equilibrou que pudesse existir em seu corpo.

– Quem são elas? – Raven perguntou em um sussurro antes que aquelas duas mulheres pudessem se pronunciar sobre qualquer coisa. Anna se encostou nas duas garotas que lhe seguravam por trás e continuou com seus olhos presos nas mulheres paradas a porta e uma delas não parecia nada feliz. A outra apenas tinha expressões faciais calmas e amigáveis, talvez aquilo fosse um detalhe dela própria.

– As mães do peixinho. – Josephine e Raven arregalaram os olhos assim que ouviram a resposta da espanhola e também olharam para o casal. Agora elas duas tinham a total certeza de que tudo estava dando errado desde o início do dia.

– Onde está o Josey? – Perguntou a mulher de características latinas. As duas mulheres não pareciam muito felizes, mas ela, com toda a certeza, era a que estava mais brava. Os outros apenas olharam para Anna e se perguntaram a razão de ela não ter se lembrado daquele nome tão simples. – Não vai me responder? – Ela divagou de uma forma irritada quando Anna não respondeu sua pergunta. Em resposta, ela apenas se tremeu dos pés a cabeça novamente. Seu medo de apanhar era palpável. – Se você não responder agora, eu vou acabar com você no estilo Lima Heights.

A latina só falava sobre Lima Heights quando as coisas estavam para sair do controle e a mulher ao seu lado sabia muito bem disso, por isso ficou com medo pelo resto do pessoal que estava ali, já que sua esposa podia muito bem acabar com todos eles; ela realmente tinha essa capacidade.

– É melhor responder mesmo. – Aconselhou a mulher loira que estava ao lado da latina que já estava ficando vermelha por conta da raiva que estava se apossando de seu corpo.

No puedo. Estoy negando las apariencias y disfrazando las evidencias. – Anya gargalhou da frase de sua irmã mais nova, pois aquela seria uma frase que, com toda a certeza, ela mesma diria. Os outros apenas negaram com as cabeças, mesmo que não entendessem exatamente o que ela estava falando.

– Britt, segura minha bolsa. – A mulher quase jogou a bolsa em sua esposa que segurou com as duas mãos antes que a bolsa acabasse caindo. ¡Escucha! ¡Soy de Lima Heights Adjacent y you tengo orgullo! ¿Sabes lo que pasa en Lima Heights Adjacents? ¡Cosas malas!

– SANTANA! – Brittany soltou a bolsa, agora sem se importar se iria cair no chão, e agarrou a morena pela cintura para que ela não acabasse atacando alguém dentro daquela sala. Alicia e Troy, que estavam entrando, viram o que estava acontecendo e o rapaz ajudou a loira a segurar a outra mulher. – Sant, você precisa ficar calma. – Pediu ela que notou que sua esposa ainda estava praguejando em espanhol.

– Espera. – Anna retomou seu equilíbrio e ajeitou sua roupa, assim fazendo com que as outras duas garotas lhe soltassem. – Como diabos vocês me acharam? Eu dei o endereço do meu apartamento e não daqui.

– Eu coloquei um rastreador em você. – Explicou Santana com simplicidade enquanto se acalmava, por conta de ter acatado o pedido de sua querida esposa, assim como sempre fazia. Ela deu um tapa na mão de Troy que lhe tocava e ele se afastou para ficar perto de Alicia, um pouco assustado com o temperamento daquela desconhecida.

– VOCÊ O QUÊ? – Todos perguntaram ao mesmo tempo enquanto Brittany apenas observava a morena se explicar com toda a calmaria do mundo, como se não tivesse feito nada de estranho, ou até mesmo errado.

– Por que você colocou um rastreador em mim? – Anna perguntou atônita e confusa. Agora ela estava ainda mais apavorada do que antes. Aquela latina estava lhe deixando ainda mais arrepiada, se é que isso era mesmo possível.

– Porque eu não confio em pessoas que falam espanhol. – Santana disse sem parecer se importar muito. Ela ajeitou a alça de seu vestido vermelho e olhou para sua esposa que estava apenas atenta em tudo o que estava acontecendo.

– Você fala espanhol! – Anna exclamou com toda a indignação que estava habitando em seu corpo naquele instante.

– Exato. – Santana falou e todos os outros estreitaram os olhos na direção dela enquanto pensavam no quão insana ela poderia ser.

– Então... por que você não colocou o rastreador no bebê? Quer dizer, ela poderia ter abandonado a criança em algum lugar ou algo assim. – Raven, com um sorriso constrangido no rosto, divagou enquanto tentava entender a linha de raciocínio da morena que abriu a boca e não pareceu saber o que dizer instantaneamente.

– Eu... eu não tinha pensado nisso. – Santana negou com a cabeça como se repreendesse a si mesma e Brittany ficou confusa com o diálogo que estava acontecendo ali. Ela parou para pensar um pouco e logo deu sua atenção para todos dentro daquela cômodo.

– E o Josey? – Perguntou Brittany ao se lembrar do motivo de elas terem ido até aquela fazenda. 

Anna, que estava procurando algum rastreador em si, junto com Josephine e Raven, gritou quando Santana foi segurada por Brittany e Troy enquanto lhe xingava usando todos os palavrões existentes na língua espanhola.



(...)



"Nós nos curamos do sofrimento vivendo-o até o fim. – Monsieur Proust."

– Quando a Josephine era só um bebê, eu gostava de olhar para ela, para os olhos dela e pensar no quão puro eles eram. – Divagou Clarke que estava, junta a Lexa, deitada no pano e com o peixinho sentado em sua barriga. A morena parou de olhar para o bebê e virou o rosto para poder observar a garota ao seu lado. – Eu amava os olhos dela mais do que qualquer coisa no mundo porque, além de me lembrar os olhos da minha... da mãe dela. – Lexa pôde ver Clarke engolindo em seco e um vislumbre de tristeza passar por seu rosto. – Eles me mostravam a pureza mais bela do mundo. Uma que eu nunca tinha visto antes. – Os olhos da loira ficaram mais claros enquanto ela olhava para o bebê que cobria a visão do sol para si. O peixinho estava segurando os dedos indicadores dela com toda a força que tinha em suas pequenas mãos e se remexia; ele parecia estar feliz e isso era legal para Clarke, mesmo que fosse por uma razão que ela desconhecesse. 

– Os adultos passam tanto tempo concentrados nos problemas que acabam esquecendo da pureza que a vida deveria ter. – Lexa continuou o que a jovem estava falando e viu a mesma assentir com a cabeça. A morena olhou para o bebê e viu que o mesmo sorria por alguma razão. Era legal ver como ele sempre parecia feliz. Ela queria ser assim também.

– Você já teve esse tipo de pureza nos olhos? – Clarke perguntou e se virou para olhar sua esposa. Ela não via muito daquela pureza em Lexa e nem em nenhuma de suas amigas. A que mais tinha era Octavia, porque ela era muito inocente, talvez fosse por essa razão que a loira apreciasse tanto a jovem e talvez fosse por essa razão que se tornaram amigas, em primeiro lugar.

– Acho que eu a perdi há muito tempo atrás. – Lexa falou em um tom de voz baixo enquanto direcionava sua vista para a luz do sol, assim tendo que estreitar os olhos para conseguir continuar enxergando. Ela soltou o ar, que estava preso em seus pulmões, pela boca e pensou no que Clarke estava falando. Aden tinha aquela pureza nos olhos e Lexa temia que ela acabasse se perdendo em algum ponto. Se isso acontecesse, ela jamais iria se perdoar e iria se culpar pelo resto da vida. – E você? Já teve aquela pureza? 

A Griffin respirou fundo e levou seus olhos novamente na direção do peixinho que estava tentando ficar de pé em cima de sua barriga. Ela o segurou pelas mãos com cuidado e o ajudou a ficar de pé. Ele ficou murmurando algo que ela não compreendia e olhou para o céu acima de si, como se estivesse o apreciando.

Clarke fechou seus olhos por um instante e se perguntou em qual momento da vida a sua pureza havia ido embora. Havia sido na morte de sua mãe, se é que ainda deveria chamá-la assim, ou foi até mesmo antes disso? Ou até mesmo depois? Ela já nem sequer tinha como saber e isso lhe assombrava, assim como sempre assombrou.

– Acho que eu a perdi há muito tempo atrás. – A loira repetiu a frase de Lexa e engoliu em seco enquanto se perguntava se aquela pureza podia voltar para alguém, mesmo depois de já ter passado por tanta coisa ao longo da vida. Ela duvidava que isso pudesse acontecer, mas ainda tinha esperanças ou só queria que a vida lhe desse uma folga e lhe deixasse ser feliz, pelo menos por um instante que fosse. Lexa sorriu para o peixinho e logo começou a olhar para Clarke que ainda estava com seus olhos fechados. A morena acabou por se perguntar se em algum momento ela e a loira poderiam ser algo que ela sempre quis. Queria saber se elas poderiam ser um casal e se amarem de todo o coração. Lexa sempre desejou isso para si e esperava que se tornasse realidade, porém isso só poderia acontecer com Clarke. Apenas com ela. A Woods sorriu de canto quando a Griffin abriu os olhos e os direcionou para si. Lexa ainda não conseguia entender como conseguia perder o fôlego sempre que observava aquela imensidão azul em sua frente. Ela só poderia dizer que eles eram a coisa mais perfeita que ela já havia visto em toda sua vida. – Acha que deveríamos ligar para o pessoal e avisar que estamos com o peixinho? Eles podem não saber, já que quando avisamos eles estavam brigando.

A Woods piscou algumas vezes e se perguntou se a loira poderia estar certa sobre o assunto, mas apenas deu de ombros enquanto olhava para o bebê que estava dançando em cima da barriga de Clarke.

"Dor, Will. A dor nos une mais do que qualquer coisa. – Jonas, Sense8."



(...)



– DÁ PARA PARAREM DE BRIGAR? – Pediu Alicia que estava se pronunciando pela primeira vez desde que entrou naquela sala. Ela se sentiu bem mais aliviada quando todos pararam com a gritaria e pararam de tentarem bater uns nos outros. Ela respirou aliviada e pôs uma mecha de cabelo atrás da orelha.

– Quem ela pensa que é? – Perguntou Santana que parou de xingar em espanhol apenas para fazer aquela pergunta retórica. Ela negou com a cabeça e se perguntou o motivo de aquela jovem ser tão mal educada ao ponto de parar sua briga.

– Nossa, mas precisa gritar desse jeito? – Octavia, que pareceu assustada com a gritaria, perguntou. Raven apenas olhou para a jovem e viu a expressão assustada em seu rosto, por isso teve vontade de ir confortá-la, mas acabou não fazendo nada, pois sabia que seria rejeitada. Josephine observou aquilo e preferiu ficar em silêncio, por hora.

– Pare com a violência. – Com um tom de voz calmo e neutro, pediu Brittany que ainda estava segurando sua esposa. Ela acabou soltando Santana e a morena sorriu para ela com carinho enquanto apreciava sua fala. Todos ali acabaram percebendo que ela só se acalmava quando se tratava de Brittany.

Alicia estava pronta para fazer seu discurso sobre calma e paciência, mas seu celular começou a tocar sem parar, o que a fez revirar os olhos e pegar o aparelho para ver sobre o que a ligação se tratava.

– É a Lexa. – Avisou ela antes de atender. Santana e Brittany continuaram com as mesmas expressões, já que não sabiam quem era aquela pessoa e os outros ficaram tensos enquanto pensavam na possibilidade de ela saber onde o peixinho estava. – Lexa? Onde você está? – A preocupação em sua voz era notável, visto que ela não havia visto sua irmã nas últimas horas e isso lhe preocupava sempre.

Oi, Ali. Bem... – Anna, sem aguentar esperar um segundo que fosse, foi até Alicia e tirou o celular das mãos dela, sem se importar se estava sendo mal educada. Ela atrapalhou a fala de Lexa e já se preparou para falar o que tanto queria.

– Cadê o peixinho? Você sabe dele? ¡Habla luego, Lexa! – A espanhola falava sem parar e Santana estranhou todo aquele nervosismo; ela sabia que tinha algo errado e já estava preparada para fazer seus questionamentos e ameaças.

Como eu vou falar se você não cala a boca? – Questionou Lexa que, mesmo não conseguindo ver, sabia que sua amiga estava com uma feição ofendida em seu rosto.

– Mais respeito comigo, Woods! – Os amigos da espanhola apenas negaram com as cabeças e ela não entendeu a razão para isso, já a morena do outro lado da ligação apenas negou com a cabeça. – Fala logo do peixinho! 

CALA A BOCA E ME DEIXA FALAR, ESTRANGEIRA DE MERDA. – Anna deu um pulo ao levar um baita susto e ficou chateada com a ofensa. Já não era mais Lexa quem estava falando e sim Clarke, por isso a garota se assustou. – Ele está aqui com a gente. Nós avisamos para a Octavia antes de sairmos com ele. Ela não avisou?

Um dos olhos de Anna tremeu por conta da raiva que se instalou em seu corpo e, quando ela ia avançar em Octavia, Raven e Josephine voltaram a lhe segurar para que nenhum homicídio acabasse acontecendo por ali.

– ¡Yo terminaré contigo, Octavia! Anna começou a espernear enquanto Santana se deliciava com toda aquela briga. Ela adorava uma desavença. Já Brittany estava pensando em qual era a razão para tanto ódio no coração.

– Mas você está brava? – Octavia se pronunciou pela primeira vez e estava tentando acalmar a espanhola que queria acabar com sua raça.

– Você poderia ter me economizado minha paciência, sua mondronga. Eu estou tremendo até agora, sabia? – Anna quase gritou enquanto tentava se soltar do aperto das duas garotas.

Santana se sentou em uma poltrona que estava ali e Brittany se sentou no braço da mesma poltrona. A latina pegou sua bolsa do chão e tirou duas pequenas barras de chocolate de dentro da mesma, assim ficando com uma e dando a outra para sua esposa para que ambas pudessem se alimentar enquanto assistiam o circo pegar fogo.

– Mas eu não vi nada, espanholinha! – Exclamou Octavia que estava com medo da Molina se soltar e lhe espancar até não poder mais.

– A OCTAVIA NÃO AVISOU? – Clarke gritou tão alto do outro lado da ligação que foi possível que todos escutassem seus gritos altos e desnecessários. Santana pensou no motivo de aquela moça da ligação ser tão escandalosa, visto que nem ela mesma era desse jeito.

Todos os outros estranharam o fato de Clarke estar fora do quarto e na companhia de Lexa com um bebê pequeno. Mas eles tiveram vontade de saber o que estava acontecendo e dar todo o suporte necessário para a loira, principalmente Josephine que estava extremamente preocupada com sua irmã mais velha.

– Oi, Clarke... sua voz está tão sensual hoje. – Octavia falou qualquer coisa que veio em sua cabeça apenas para tirar a atenção de Clarke do assunto anterior. Raven olhou de uma forma estranha para a morena e Lexa olhou de uma forma estranha para a loira ao seu lado. Já Anna apenas colocou a ligação no alto-falante.

Quer dizer que a minha voz não era sensual antes? – Perguntou Clarke que realmente parecia indignada. Lexa estreitou os olhos para sua esposa, mas a mesma ao menos notou tal coisa.

– Dá para pararam com essa viadagem e dizerem onde está o meu filho antes que eu use tudo o que aprendi em Lima Heights Adjacent? – Ofertou Santana que já estava perdendo o pouco de paciência que estava tentando ter naquele situação estressante para si.

Nossa, quem é essa bruaca? Já não gostei da piriguete só pelo tom de voz. – Declarou Clarke sem se importar se ela estava ouvindo sua declaração ou não. 

– Agora eu acabo com ela. Acabo, sim! – Santana se levantou da poltrona disposta para acabar com quem quer que fosse, mas Brittany, mais uma vez, foi obrigada a lhe segurar pela cintura com força.

– Ela está do outro lado do celular, como você pretende bater nela? – Perguntou Finn que se escondeu atrás de Lincoln quando viu o olhar que a latina lhe enviou.

– Tchau, Clarke. – Anna se despediu e desligou a ligação antes que Santana se irritasse ainda mais. Ela só não queria apanhar para aquela latina extremamente irritada.

– Ei, eu queria falar com a minha irmã! – Disse Josephine que não parecia muito feliz com o fato da espanhola ter desligado, em resposta a garota apenas deu de ombros e devolveu o celular para Alicia que estava pensando, mais uma vez, no motivo de só cruzarem com pessoas estranhas.

– E o Josey? – Brittany voltou a perguntar enquanto segurava sua esposa pela cintura, já que a mesma não se acalmava de jeito algum, mas também não fazia nenhum tipo de força que pudesse machucar ou até mesmo incomodar a loira que lhe segurava.

– Ele.... ele... – Anna piscou várias vezes enquanto tentava formular uma frase coerente, mas o nervosismo não lhe permitia.

– Ele está com a minha irmã e a minha cunhada. Elas o levaram para tomar um ar, mas já devem estar voltando. – Alicia tomou a iniciativa pela espanhola mais nova que apenas assentiu, em uma tentativa de acalmar aquelas duas mães preocupadas com o seu filho.

– Se ele não voltar em vinte minutos, eu acabo com vocês. – Garantiu Santana que se soltou de sua esposa e voltou a comer seu chocolate enquanto encarava a mulher que, supostamente, deveria estar cuidando de Josey.

– E vocês não vão falar nada? – Perguntou Anna ao notar que seus amigos e irmã não falaram e isso era estranho, visto que todos eles eram muito tagarelas.

– Ah, isso é normal. Santana e eu já ficamos anos no coral da escola fingindo que éramos apenas figurantes. – Disse Brittany que viu sua esposa concordar com a cabeça enquanto continuava a comer seu chocolate.



(...)



"Você me faz feliz mesmo quando a vida me faz triste."

– Pronta para ir? – Perguntou Lexa depois de se levantar de cima do pano e ajeitar sua roupa que havia levantado por conta de sua movimentação. Ela olhou para Clarke que continuou sentada no pano e viu que a mesma estava com olhos no peixinho que estava em seu colo, porém ela não parecia concentrada nele, mas sim com a cabeça em outro lugar. Até que, de repente, uma lágrima desceu por uma das bochechas rosadas da jovem e Lexa enfim percebeu que algo estava acontecendo, por isso voltou a se agachar. – Ei...

– Eu não sei se vou aguentar voltar para lá. – Disse Clarke em um sussurro sofrido. Ela olhou para a morena, assim permitindo que ela visse o sofrimento no fundo de seus olhos e isso a destruiu em pedacinhos, pois ela odiava ver sofrimento naqueles olhos que tanto apreciava. Ela queria tanto poder sentir a dor no lugar da Clarke se isso significasse que ela não tivesse que sofrer daquela forma.

– Por causa da Abby? – Lexa questionou com cautela enquanto colocava uma mecha de cabelo loiro atrás da orelha da jovem. Ela aproveitou para acariciar o macio cabelo de sua amada e afagar sua bochecha com carinho. Era bom poder senti-la tão perto depois de dias sem sequer poder ouvir sua voz.

– Por causa de tudo. – A voz de Clarke saiu de uma forma rouca e fraca, demonstrando que ela estava prendendo o choro. Sua cabeça até mesmo doeu por conta disso e ela começou a se sentir mais cansada do que já estava antes, se é que isso pudesse ser possível. – Eu não quero ter que enfrentar meu pai, nem muito menos a Abby, eu não quero ver essa nova esposa do meu pai, eu não quero ver como todos vão agir comigo e eu tenho tanto medo de como a Josephine vai me olhar e...

– Ei. – Lexa cortou o que a garota estava falando e secou mais das lágrimas que estavam descendo pelo rosto avermelhado da universitária. – Eu entendo seu medo, mas nossos amigos, do jeito que eles são, vão apenas zoar suas bochechas vermelhas e o fato de termos levado um bebê que supostamente não deveríamos. – Clarke sorriu de canto e logo sentiu mais lágrimas escaparem de seus olhos. – A Josephine te ama demais. Clarke, aquela garota ama mais você do que ama a si mesma. Dá para ver isso nos olhos dela, só pela forma como ela te olha ou quando fala sobre você. Você entende a dimensão disso? Então, não importa o que aconteça, ela sempre vai te amar do mesmo jeito porque vocês são irmãs e nada nunca, em hipótese alguma, vai poder mudar isso.

– Eu também a amo demais e eu não posso perdê-la nem por nada nesse mundo, Alexandria. – Falou Clarke que viu a morena lhe enviar um sorriso terno e se aproximar apenas para beijar sua testa. Ela gostou do contato e se perguntou qual foi a razão para não ter reagido contra, já que era sempre isso que fazia.

– Eu sei, Minha Pequena. – Clarke sorriu envergonhada e baixou sua cabeça para não demonstrar que estava ficando ainda mais vermelha, mas dessa vez fora por conta da timidez e não por chorar. – Agora, vamos levar esse pequeno homenzinho de volta para a fazenda antes que venham nos caçar.

A Woods se levantou de seus joelhos e ajudou Clarke a se levantar, juntamente com o peixinho que estava no colo dela. A loira sorriu em agradecimento quando enfim ficou de pé e, assim, pôde notar os olhos verdes de Lexa com um pouco mais de atenção. Eles estavam mais bonitos que o habitual e a garota gostou desse seu pensamento.

– Obrigada. – Clarke agradeceu não só pelas gentilezas que sua esposa estava fazendo desde que conversaram pela primeira vez no dia, ela também estava agradecendo por cada pequena coisa que a morena havia feito por ela, principalmente o fato de não ter lhe deixado sozinha, mesmo quando era apenas isso que desejava. Ela sempre quis tanto ser invisível aos olhos de todos, mas foi legal entender que Lexa a via, às vezes mais do que ela queria.

– Está tudo bem, Minha Pequena. – Garantiu a Woods que se aproximou lentamente do rosto da loira e a olhou no fundo dos olhos para ter a certeza de que ela não iria surtar, mas Clarke apenas fechou os e aproximou seus lábios dos de Lexa, assim lhe dando um rápido beijo, logo ouvindo o peixinho dar um gritinho e começar a bater palminhas. Elas sorriram com o ato da criança e se afastaram. – Vamos lá.

"Muitas pessoas querem ser invisíveis. Talvez elas até pensem que podem fingir que são. Mas sempre alguém as vê. – Michelle Falkoff."



(...)



"Você é a estrela mais linda do meu universo."

Todos estavam esperando pela chegada de Clarke e Lexa com Josey. Anna e Josephine estavam tentando manter as mães da criança calmas e sabendo que estava tudo na mais perfeita ordem com ele. Brittany parecia mais relaxada depois de que as duas meninas começaram a tentar lhe convencer, mas Santana ainda estava brava e desconfiada de tudo. Os outros estavam espalhados pela fazenda, já Octavia estava sentada em um dos degraus de entrada da casa e olhando para um de seus pés que estava fazendo círculos invisíveis no chão.

Ela estava com o queixo deitado em uma de suas mãos, com os olhos perdidos e parecia um pouco triste, coisa que, até mesmo Raven que estava a observando pelas costas, pôde notar e se sentiu mal com isso, pois odiava ver Octavia triste. Ela merecia estar sempre feliz, assim como era na maior parte do tempo. Raven amava quando a garota sorria ou simplesmente estava com seus olhos brilhantes.

A Reyes, sem conseguir suportar a distância da Blake e sem pensar muito, se desencostou da parte de trás da poltrona onde estava e caminhou até a garota que ainda não havia notado sua presença. Raven, então, se sentou ao lado dela e percebeu que a mesma estava completamente fora da realidade enquanto permitia que qualquer coisa se passasse por sua cabeça, e ela só tinha medo que se tratasse de algo que pudesse a deixar mal. Octavia era a pessoa com quem ela mais se preocupava no mundo e nada jamais poderia mudar isso.

– Eu sou tão idiota. – Declarou a menina de olhos mais claros. Raven se surpreendeu com o fato de ela ter iniciado a conversa, visto que sempre a evitava o máximo que podia desde que brigaram pela primeira vez. – Eu pus em risco a vida de um bebê só porque eu me distrai por, sei lá, uma hora? – Octavia deitou seu rosto em suas mãos e ficou pensando no motivo de ser sempre tão estupida. Ela não poderia estar se sentindo mais culpada sobre isso. – Eu só queria me bater com uma marreta.

– Você não é idiota, Octavia. – Afirmou a Reyes de uma forma cautelosa. Ela estava com medo de ser tratada mal ou pedida para ir embora, pois ela só queria ficar perto de sua amada e dar toda a atenção que ela pudesse precisar. – Você pode ser distraída às vezes, mas não é idiota. Nunca mais diga isso. – Raven se atreveu a tirar as mãos do rosto de Octavia apenas para poder olhar aqueles olhos que ela tanto amava. A Blake fungou e olhou para a morena em seu lado. Ela parecia preocupada e isso mexeu em algo em Octavia, algo que ela não queria admitir. – Sabe o que te diferencia de uma pessoa idiota, ou até mesmo de uma pessoa ruim? – Ela questionou e viu a outra negar levemente. – A diferença é que você está totalmente arrependida e, pelo jeito que eu te conheço, vai tentar fazer com que isso nunca mais volte a acontecer, não é?

– Eu nunca mais faria isso. – Garantiu a Blake que olhou no fundo dos olhos de Raven apenas para que ela acreditasse em si, pois estava falando aquilo com toda a verdade de seu coração.

– Eu sei. – Raven assentiu e sorriu de canto. – É por isso que você é a melhor pessoa que eu já conheci em toda a minha vida. – Octavia sentiu uma lágrima descer por sua bochecha e a outra morena fez questão de secá-la. – Aliás, você realmente não pode deixar isso acontecer de novo porque você quer ter seus sete filhos e eles precisam ser criados muito bem. – Octavia tentou esconder o sorriso que se formou em seus lábios, mas foi impossível e isso deixou Raven ainda mais encantada por ela. Era bom saber que ela estava sorrindo por conta de algo que a morena havia dito. Era surreal a forma como Raven sentia falta da menina.

Octavia enxugou suas lágrimas e sorriu em forma de agradecimento para a universitária. Foi estranhamente reconfortante falar com ela depois de tanto tempo, mas a Blake não podia dizer isso, não conseguia mais se humilhar da forma como fazia antes.

– Obrigada. – Agradeceu Octavia com um pequeno sorriso em seu rosto. Seus olhos estavam focados nos da outra jovem e ela teve que parar antes que acabasse a beijando, pois a amava demais e sentia a falta dela mais do que qualquer coisa do mundo. Estava sendo mais do que difícil ser tão imparcial e inexpressiva quando se tratava de sua amada.

Octavia se levantou do degrau e entrou na casa novamente enquanto enxugava seus olhos que estavam úmidos por conta das lágrimas não derramadas. Ela ainda estava se sentindo mal, mas Raven havia lhe feito sentir um pouco melhor e ela era grata por isso.

A Reyes baixou seus olhos e ficou sorrindo como uma boba ao ter notado que havia ajudado a mulher que ela mais amava no mundo.

"Quando eu vi você, eu me apaixonei e você sorriu porque sabia. – William Shakespeare."



(...)



"Para se ser feliz até um certo ponto, é preciso ter-se sofrido até esse mesmo ponto. – Edgar Allan Poe."

Lexa estacionou o carro na frente do casarão e saiu do mesmo para poder abrir a porta do lado em que Clarke estava, visto que ela tinha um bebê em seus braços e acabava se atrapalhando para fazer outras coisas; a cabeça dela também estava mais aérea que o normal, por isso estava meia estabanada.

A morena abriu a porta e viu como a loira hesitou para por as pernas para o lado de fora do veículo. Clarke respirou fundo e tocou seus pés no chão, mas não se levantou do banco e isso preocupou Lexa um pouco mais, se é que isso pudesse ser realmente possível. Clarke estava sendo a coisa que mais lhe importava nos últimos dias e ela não se importava em admitir isso. Não conseguia mais fingir que não se importava com ela.

– Você está bem? – Perguntou ela com cautela enquanto se agachava e colocava as palmas de suas mãos apoiadas nas coxas da jovem para poder lhe dar o devido equilíbrio para não acabar caindo.

– Eu estou com medo. – Revelou a garota. Lexa pôde sentir uma familiaridade naquelas palavras, no tom e no pavor que estava habitando os olhos de sua esposa. Ela se lembrou de Aden. Clarke lhe lembrava Aden e isso era inegável. Às vezes parecia que eles eram a mesma pessoa na visão da Woods e a sensação que isso lhe trazia era um tanto diferente; desconhecida. – Eu não me sinto preparada para enfrentar tudo o que está acontecendo.

– Eu estou do seu lado, Minha Pequena. Eu estou aqui por você. – Disse Lexa com toda a convicção que podia. Ela deu um leve aperto em uma das mãos de Clarke que estava próxima de si. Ela só queria fazê-la se sentir bem e, se possível, ser o porto seguro dela, pelo menos naquela fase difícil. – Eu não sei se isso é o suficiente para você, mas eu não vou sair do seu lado e vou te ajudar no que quiser. Você não está sozinha. – Uma lágrima escorreu pelo rosto de Clarke e isso redobrou a preocupação da Woods. Ela só queria o bem da menina. – O que foi?

– É o suficiente para mim. – Respondeu a Griffin em um quase sussurro e um pequeno sorriso que não conseguiu esconder. Ela estava tão sensível nos últimos dias que sequer conseguia manter um filtro ou sua pose de ruim. Ela só conseguia chorar e mostrar o quão sensível sempre foi, mas que só escondia dos outros.

Lexa sorriu de uma forma linda, na opinião de Clarke. Talvez até mesmo pudesse ofuscar a luz do sol. Então, a morena se levantou de seus joelhos e pegou o bebê das mãos da loira para ela poder descer sem muito esforço. Ela já estava cansada mentalmente o suficiente. Ele passou as pernas pelo corpo de Lexa e apoiou um braço no ombro dela enquanto olhava para a outra mulher que estava descendo do veículo.

– CLARKE!? – As duas jovens olharam na direção de quem gritou e viram Raven sair dos degraus de entrada da casa e começar a correr na direção delas. A primeira coisa que a Reyes fez foi abraçar sua melhor amiga e não soltá-la de jeito algum. – Eu estava tão preocupada com você, sua imbecil.

Clarke soltou uma gargalhada baixa e rouca que as outras duas garotas amaram ouvir. Era bom ver que ela estava conseguindo rir mesmo em uma fase tão difícil de sua vida. A loira acariciou as costas de sua amiga e não a soltou, visto que a outra ainda lhe apertava o mais forte que podia.

– Suas palavras me emocionam demais, Rae. – Falou a loira com um tom sarcástico. Raven riu e se afastou de sua melhor amiga apenas para poder segurar o rosto dela ente suas mãos. – Desde quando você se tornou tão carinhosa? – Perguntou ela depois de ver como a garota estava lhe tratando. Não foi algo estranho ou constrangedor como achou que seria, era só um pouco diferente.

– Eu sou sua amiga e também preciso te manter calma antes que você conheça a mãe estressadinha desse bebê. – Explicou Raven que olhou na direção da casa e logo voltou o olhar para as duas mulheres em sua frente.

– Então vamos logo devolver o bebê para ela. – Disse Lexa que sorriu para o peixinho e deu um beijo na ponta do nariz dele. – Vamos lá.

As três jovens caminharam para dentro da casa e logo viram todo o grupo ali na sala de estar. Lexa até mesmo se surpreendeu ao ver Troy junto a eles, mas preferiu não fazer perguntas e nem se interessar nos motivos da presença dele; já tinha coisas demais rondando por sua cabeça. Elas se entreolharam ao notar que uma morena desconhecida estava falando, muito rápido, várias coisas que elas não conseguiam entender do que se tratava, visto que era em outro idioma.

– ¡Escucha! ¡Soy de Lima Heights Adjacent y you tengo orgullo! ¿Sabes lo que pasa en Lima Heights Adjacents? ¡Cosas malas! Santana falava sem parar e uma mulher loira estava abanando as mãos na frente do rosto dela para que ela não acabasse desmaiando de tão vermelha que estava.

– PARA DE FALAR, ESTRANGEIRA MEIA BOCA. – Berrou Clarke quando começou a se sentir impaciente com a gritaria desnecessária, apenas em seu ponto de vista, da outra mulher. Lexa soltou uma risada nasal ao se dar conta que Clarke, mesmo passando por um momento difícil, nunca deixaria de infernizar os outros ao redor.

– JOSEY! – Brittany gritou antes mesmo que sua esposa pudesse surtar ainda mais. Porém, Santana preferiu ignorar Clarke naquele momento, então, apenas tirou seu filho dos braços de Lexa e saiu da casa com Brittany que foi lhe acompanhar. Ambas precisavam pegar um ar antes que fizessem algo que se arrependessem.

– Que mulherzinha mais abusada. – Disse Clarke depois que a mulher saiu a passos pesados de dentro de sua residência.

– SENHORAS PIERCE-LOPEZ! – Anna gritou em desespero e correu até a porta, mas parou apenas para poder olhar para Lexa e Clarke. – Vamos conversar depois. – Ela direcionou dois de seus dedos para seus olhos e depois enviou para as duas garotas, demonstrando que estava vigiando tudo. Então, ela correu na direção das outras duas mulheres. Já Anya deu de ombros e apenas correu na direção de sua irmã mais nova.

– Clarke... – Josephine chamou meia hesitante, até que, sem suportar mais, correu até sua irmã e a abraçou com toda a força que pôde. Ela nunca sentiu tanta falta e tanta preocupação de uma vez se tratando da loira mais velha. – Eu senti tanto a sua falta.

– Eu também senti, meu amor. – Respondeu ela baixinho enquanto inalava o cheiro do perfume de sua irmã. Céus, ela sempre gostou do cheiro dela. Lexa sorriu de canto com aquela interação e olhou para Alicia que sorria enquanto olhava para as Griffins. Ali olhou para Lexa e ambas compartilharam um olhar amoroso.

– Nós precisamos conversar. – Pediu Josephine.

Clarke ia se preparar para pronunciar algo, mas parou quando viu que Abby e Kane tinham acabado de adentrar a sala de estar. Ela notou o olhar da mulher e se sentiu enjoada. A garota só queria manter a distância que desejava.

– Agora não, Josy. Eu preciso descansar. – Declarou a loira com a primeira desculpa que surgiu em sua cabeça. Ela se afastou de sua irmã e, querendo ou não, passou por Abby para poder ir ao seu quarto. A mulher derramou uma lágrima e olhou para Lexa que também lhe observava.

"Acho que ninguém sabe que tipo de vida vai ter. É isso que torna a vida tão viva. – Sun, Sense8."



(...)



"As minhocas da cabeça espantam as borboletas do estômago."

Depois que, finalmente, Josey foi devolvido para suas mães, elas, na companhia de Anna, Anya e Josephine foram para uma lanchonete no centro da cidade para poderem conversar um pouco. Isso aconteceu, estranhamente, por um pedido da latina que, por alguma razão desconhecida pelas garotas, queria levá-las para comer e bancar tudo. Elas aceitaram de bom grado, já que seria bom comer nas custas de alguém.

– Então quem vai me contar a história sobre os amores do grupo de vocês? – Perguntou Santana quando terminou de dar um gole em seu refrigerante. Ela bem havia notado como alguns deles se olhavam e ficou curiosa quanto a isso. Ela gostava de um drama e gostava de opinar sobre a vida dos outros; era uma de suas coisas favoritas.

– Como... como você sabe que existe isso no nosso grupo? – Perguntou Josephine que parecia um pouco assustada com a fato de aquela desconhecida saber demais.

– Eu sei disso graças ao meu terceiro olho mexicano. – Disse Santana com simplicidade. Ela comeu uma batata frita que estava em sua bandeja enquanto esperava uma resposta que, em sua opinião, estava demorando demais para chegar.

– Ah, você é mexicana como nós? – Anya questionou enquanto bebia seu refrigerante pelo canudo colorido que havia implorado para uma das garçonetes depois de ver uma criança com um igual.

– Nós somos espanholas. – Anna alertou enquanto se perguntava o motivo de sua irmã ser daquele jeito. Anya lhe olhou com olhar estranho que ela apenas preferiu ignorar. Santana observou aquela interação e apenas negou com a cabeça, assim como Josephine.

– Além disso, a Sant e eu temos um grupo de amigos onde todo mundo já pegou todo mundo, então reconhecemos um grupo assim quando vemos um. – Explicou Brittany que viu sua esposa concordar com um movimento de cabeça enquanto observava Josey que estava no colo da loira.

– Vamos, contem logo! – Exigiu a latina que estava curiosa para saber das fofocas daquele grupo. Ela queria muito opinar e influenciar nas atitudes das pessoas.

– Nossa, como você é fofoqueira. – Disse Anna que não parecia muito a vontade de falar sobre tudo o que lhe aconteceu com Alicia.

– O que você chama de fofoca, eu chamo de informação. – Rebateu Santana que cruzou os braços e esperou que alguém se pronunciasse. – Vamos logo!

– Ok. Bem, a minha hermana aqui é apaixonada pela Aliciazinha, só que a Ali namora esse cara só porque ela se recusa a dar uma chance para...

– Cala a boca! – Pediu Anna, assim interrompendo sua irmã. Por alguma razão, ela estava ficando envergonhada sobre sua história com Alicia. Para si, era deprimente pensar sobre isso. – Eu já superei a Ali. É por essa razão que eu durmo com o Bellamy.

– Você dorme com o Bellamy, mas ainda ama a Ali. – Falou Josephine que se inclinou um pouco para ver o rosto da espanhola mais nova, visto que Anya estava entre elas. Anna apenas bufou em resposta e cruzou os braços.

– Nossa, isso está ficando cada vez mais interessante. – Disse Santana que voltou a beber seu refrigerante. Brittany já havia acabado com a sua bebida, por isso pegou o copo da mão de sua esposa e deu um gole no líquido, logo lhe devolvendo.

– Fica ainda mais quando eu te digo que a Alicia deu um tempo com esse namorado dela, mas a nossa querida Anna aqui, fez com que eles se reconciliassem e agora eles voltaram a namorar. – Detalhou Josephine que estava adorando falar a história de suas amigas para alguém, talvez assim elas tomassem consciência e ficassem juntas de uma vez por todas. Essa era a única coisa que ela queria para suas amigas.

– Você está tagarela hoje, em. – Disse Anna que estava um pouco vermelha por conta de sua vergonha.

– Você é idiota? – Perguntou Santana que estava com o cenho franzido e se perguntando a razão para aquela jovem ter feito tal coisa.

– Tenho que concordar com a Santana. Você é idiota. – Afirmou Brittany que não estava querendo ser cruel, mas achou que devia ser naquela ocasião. Ela olhou para Josey e viu que ele estava tentando roubar uma batata frita de sua bandeja, por isso a pegou e deu uma para seu filho, mas sem que Santana visse, pois não sabia se podia dar ou não.

– Eu só fiz isso porque ela estava triste e eu não posso fazê-la feliz. Não posso namorar com ela porque a fiz sofrer demais e eu estou tentando ser uma boa pessoa aqui. – Anna tentou se defender enquanto via sua irmã mais velha roubar a comida que estava em sua bandeja. Ela apenas revirou os olhos e a permitiu pegar o que quisesse, visto que havia perdido o apetite.

– Você precisa parar com isso, hermanita. – Aconselhou Anya que queria muito que sua irmã namorasse a melhor amiga. Ela sempre quis isso e a outra Molina sabia disso.

– Precisa mesmo. – Incentivou Josephine quando terminou seu último pedaço de hambúrguer.

– Ignora esse povo dizendo pra você parar de fazer isso, eu estou adorando ver você passar vergonha. – Disse Santana que fez a morena revirar os olhos e isso a fez sorrir de uma forma maldosa, coisa que fez sua esposa sorrir também.

– Olhe, quando ainda estávamos na escola e a Santana ainda estava no armário, ela tinha muitas dificuldades para poder ser quem é e isso me machucava. Ela me machucava quando dizia certas coisas e fingia namorar com alguns caras. – Falou Brittany para todas as garotas, só que mais especificamente para Anna que resolveu lhe ouvir atentamente. A latina baixou seu olhar para a mesa enquanto tentava não se sentir tão envergonhada como já estava. Ela ainda se sentia muito mal por tudo o que havia feito a mulher de sua vida passar. – Mas mesmo assim eu não sai de perto dela. Nunca desisti dela e nem ela desistiu de mim. Nós machucamos muito uma a outra, mas no fim nos perdoamos e foi a melhor coisa que fizemos na vida.

Brittany direcionou seu olhar para o bebê que estava em seu colo, como se quisesse dizer que a consequência do perdão delas, fosse o nascimento de seu filho. Santana acompanhou o olhar de sua esposa e sorriu de uma forma amorosa. Ela não poderia pedir por nada melhor do que a família que tinha. Ela os amava mais do que tudo no mundo e as outras três garotas notaram isso, por essa razão sorriam com ela. Era extremamente difícil encontrar um amor como o delas e casais que se olhassem como elas se olhavam, por isso devia ser apreciado.

– Está querendo dizer que se elas ficarem juntas, eu vou ganhar um sobrinho? Hermana, você precisa fazer acontecer agora. – Pediu Anya com um olhar suplicante para sua irmã que tentou não lhe dar atenção.

– A Britt está querendo dizer que quando você ama muito uma pessoa, você não deve desistir dela, independente do que possa ter acontecido. – Santana explicou a fala de sua esposa e viu a mesma concordar com um sorriso no rosto.

– Se você quer ser um unicórnio, e não só um cavalo triste e cinzento, você deve saber que só vai ser um único melhor se estiver com o seu unicórnio com você. – Brittany falou e Santana concordou, juntamente com Anya, enquanto Anna e Josephine apenas estreitaram os olhos e tentaram entender o que aquilo significava.

– Você me chamou de cavalo? – Questionou Anna em dúvidas e Santana apenas revirou os olhos, enquanto a loira ficou com uma expressão confusa no rosto.

Santana sabia que as pessoas não entendiam muitas das coisas que Brittany falava e às vezes, simplesmente, diziam que ela era burra ou estranha, mas a latina entendia sua amada muito bem, entendia que o cérebro dela funcionava de uma forma diferente, e essa era uma das principais razões de ela amar Brittany. Ela gostava da forma inocente como ela enxergava o mundo, sem se importar com todas as coisas ruins que já havia presenciado.

– Cara, você é genial. – Disse Anya que estava extasiada com a sabedoria daquela mulher de olhos azuis.

– Eu sei. – Brittany se gabou e roubou um pouco mais do refringente de sua esposa.

– Bem, além da história da Anna com a Alicia, ainda tem a da Raven com a Octavia. – Começou Josephine que estava verdadeiramente preocupada quanto a suas amigas. Ela havia visto que Clarke e Lexa estavam conseguindo se dar bem, por isso sua atenção foi toda para as outras duas garotas. – A Octavia é apaixonada pela Raven desde, literalmente, sempre, mas a Rae nunca demonstrou sentir o mesmo. Só que, um tempo atrás descobrimos que ela só fazia isso para proteger a O de alguns problemas aí, só que agora a Octavia não quer mais nada com ela e isso está acabando com a Rae.

Santana e Brittany se entreolharam e apenas concordaram com as cabeças, como se tivessem acabado de ter uma conversa telepática.

– Parece que vamos estender nossas férias. – Falou a latina que bebeu o último gole de seu refrigerante e olhou ao redor a procura de alguma garçonete, até que, a mesma que havia as atendido, se aproximou para poder ajudar. – Com licença. Queremos devolver isso.

– Mas vocês comeram tudo.

– Eu tenho certeza que você deve fazer o que mandamos. E essa comida não estava satisfatória. – Santana continuou a falar enquanto Josephine, Anya e Anna se olhavam estranhando o que estava acontecendo. Elas não entendiam qual era a razão para aquilo.

– Tinha um rato na minha. – Falou Brittany que estava ajeitando Josey em seu colo.

– Além do mais, essa comida estava uma droga. – Disse Santana que só não estava com vontade de pagar por tudo o que comeu. Ela simplesmente não estava afim.

– Vocês... vocês comeram tudo. – A garçonete repetiu, não sabendo o que devia fazer naquela situação, pois estava se sentindo perdida.

– Era para ter certeza de que tudo estava uma droga. – Explicou a latina. – Não vamos pagar por isso. – Ela disse por fim e se levantou de seu lugar, juntamente com sua esposa. – Vamos. – Ela chamou as garotas que se entreolharam e apenas fizeram o que ela mandou, antes que a garçonete resolvesse se pronunciar.

"Você só vive uma vez, mas se você souber viver bem, uma vez é o suficiente. – Joe E. Lewis."



(...)



Costia resolveu sair de seu mais novo quarto e começou a descer as escadas, logo vendo que Jake estava na sala de estar se servindo de uma taça de champanhe. As mangas de sua blusa social branca estavam levantadas e o paletó jogado ao seu lado, demonstrando que ela havia chegado do trabalho recentemente. As expressões no rosto dele eram de preocupação e cansaço, por isso a mulher pensou que seria um bom momento para ser uma boa esposa, não que ela se importasse, mas tinha que manter as aparências.

– Oi, meu amor. – Cumprimentou ela assim que chegou ao fim das escadas e se sentou ao lado do homem que lhe recebeu com um sorriso acolhedor.

Para ele, era engraçado pensar que conhecia aquela mulher fazia tão pouco tempo, mas acabou contando sua vida para ela, se casando com ela em uma noite de bebedeira e havia dado tudo certo. Pelo menos era assim que ele pensava e Costia, internamente, se divertia com isso. Para ela, era engraçado ver o quão ingênua uma pessoa podia ser e se sempre usar as palavras certas, ela cai no seu jogo com extrema facilidade.

– Olá, meu amor. Dormiu bem? – Perguntou ele já que sequer teve a oportunidade de vê-la acordar, visto que saiu muito cedo para resolver alguns dos diversos problemas que se acumularam na empresa por conta de sua ausência prolongada.

– Como um anjo. – Respondeu ela com um de seus rotineiros sorrisos falsos no rosto. Ela se serviu de uma taça de champanhe e deu um pequeno gole. Costia tinha sorte de ter dificuldade para ficar bêbada; era preciso muito álcool para isso. – Conseguiu resolver muitos problemas hoje? – Questionou ela que estava querendo saber sobre a filha mais velha dele. Na verdade, ela queria saber mais sobre a relação dela com Lexa.

– Só alguns dos mais urgentes da empresa. – Disse ele logo depois de tomar um grande gole de sua bebida. Ele passou uma mão por seus cabelos claros e suspirou de uma forma cansada. Era notório a exaustão que ele estava sentindo. – Os outros eu posso resolver com mais calma depois.

– Isso é muito bom. Fico feliz por você. – Costia usou um tom de voz doce que aprendeu a usar quando as pessoas precisavam disso, mesmo que ela sequer se importasse. – E sobre a sua filha?

– Eu ainda não consegui falar com ela. – Explicou ele que bebeu todo o conteúdo do copo para poder enchê-lo novamente. Ele estava mesmo bastante perturbado, pensou Costia. – A única coisa que eu sei é que ela está há três dias trancada no quarto sem falar com alguém.

A morena arqueou uma sobrancelha e pensou no quão estranha aquela Griffin poderia ser. Na verdade, ela chegou à conclusão que toda aquela família era mais estranha do que ela imaginava. Ela não esperava por nada disse quando resolveu dar as caras.

– Dê um tempo para ela, amor. Ela vai procurar por respostas quando achar que é o momento certo. – Disse Costia que esperava que aquele momento chegasse logo, pois, ela tinha que admitir, estava curiosa sobre esse assunto familiar. – Mas saiba que eu estou aqui para te ajudar em qualquer coisa, ok? Não vou sair do seu lado.

Jake olhou para a mulher ao seu lado e sorriu verdadeiramente pela primeira vez naquele dia. Ele se aproximou dela e deu um beijo em seus lábios. Beijo esse que ela teve que fingir gostar.

"Eu acho que as pessoas só mostram o que querem que vejamos. Mas, nem sempre são quem realmente são. – Kara Denvers, Supergirl."



(...)



"Cada ferida é uma lição e cada lição nos torna melhores. – Game of Thrones."

Clarke entrou em seu quarto o mais rápido que pôde e apenas ficou deitada em sua cama. Os olhos fixos no teto branco, como se não tivesse nada de mais interessante pelo resto do cômodo. Ao menos pensar ela estava conseguindo com sucesso, por isso ficou apenas encarando o nada. Era mais fácil do que tentar lidar com os seus problemas que pareciam inacabáveis.

Lexa entrou no quarto logo em seguida e notou o silêncio que estava impregnado naquele lugar. Por essa razão, ela apenas se deitou na cama ao lado de Clarke, com seus braços se tocando e os olhos fixos no teto branco. Ela ficaria dessa forma quanto tempo fosse necessário, pois apenas queria estar perto da garota e não sairia dali até que ela entendesse isso completamente.

Ambas ficaram em silêncio por um tempo indeterminado. Lexa começou a brincar com seu dedo mindinho tocando o da loira. Até que Clarke parou de encarar o teto e deitou de lado para poder olhar a morena ao seu lado, enquanto também começou a brincar com o dedo mindinho dela.

– Você acha que as mães do peixinho deixam a gente ficar com ele mais um pouco? – Perguntou ela em um murmúrio que a morena só conseguiu ouvir porque estava atenta a cada pequeno som que era produzido naquele quarto, pois estava com medo de enlouquecer com todo aquele silêncio excessivo.

– Eu acho que elas querem nos estrangular, principalmente a mais baixinha. – Disse Lexa com um sorriso no canto de seus lábios carnudos. – E o nome dele é Josey. A mãe loira dele falou assim que o viu, se lembra? – Clarke parou para pensar um pouco e apenas assentiu. Ela estava tão área que havia se esquecido desse pequeno detalhe. – Você gostou bastante dele, não é?

– Ele é uma criança incrível. – Respondeu Clarke ao se lembrar de seus momentos mais cedo com aquele bebê. Foi o momento mais agradável de seus últimos três dias. – E ele me fez esquecer um pouco dos problemas, pelo menos por um instante.

– Ele pelo visto tem esse poder com todos. – Falou Lexa que também sentiu uma extrema leveza na presença daquele menininho sorridente. Ela sorriu ao se lembrar dele e olhou para a loira ao seu lado que estava lhe observando com atenção. – O que foi?

Clarke ficou com as bochechas avermelhadas por ter sido pega observando a morena, mas tentou se recompor para poder falar o que estava rondando por sua mente.

– Eu só estou me sentindo agradecida por tudo o que você fez por mim hoje. E também por trazer comida para mim nesses últimos dias. – Disse Clarke que olhou para seus dedos juntos, até levar os olhos novamente para o par de olhos verdes em sua frente. – Você não precisava, mas fez e eu sou grata por isso.

Lexa sorriu de canto e pôs uma mecha de cabelo loiro para trás da orelha da Griffin. Então se aproximou um pouco mais dela, assim sentindo a respiração dela perto de seu rosto.

– Minha Pequena...

– Eu sei que sou uma pessoa horrível na maior parte do tempo. – Clarke falou por cima da fala de Lexa, assim atrapalhando ela, mas a mesma não pareceu se importar muito com isso, pois gostava dos momentos em que Clarke desabafava e era completamente sincera sobre tudo. – Mas...

As garotas foram interrompidas por uma caravana que entrou no quarto da loira. Elas se sentaram no colchão que ainda estava no chão e olharam para todos os que estavam ali, especificamente para Santana e Brittany que pareciam estar liderando aquele grupo.

– O que... – Lexa e Clarke começaram a falar e pararam ao mesmo tempo enquanto olhavam para os outros com uma tremenda confusão em seus semblantes.

– Quietas, folhas A4. – Mandou a latina que viu as duas mulheres a olharem de uma forma estranha. – Brittany e eu resolvemos estender nossas férias por aqui e também resolvemos que vamos ajudar vocês com os problemas amorosos de vocês porque a Britt gosta de ser cúpida.

– É verdade. Vamos ficar aqui por tempo indeterminado e vocês só podem aceitar. – Completou Brittany que olhou para sua esposa e para seu filho que estava no colo dela.

– Por que eu sinto que posso confiar em vocês e que vocês vão mesmo nos ajudar? – Divagou Lexa enquanto olhava para sua esposa que parecia partilhar do mesmo pensamento.

– Porque faz parte do roteiro, mulher. – Santana disse como se fosse óbvio. Então, todos os amigos se entreolharam e apenas deram de ombros. Talvez aquilo pudesse ser interessante.

"Não importa o quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer e triunfar. – Stephen Hawkins."



(...)



Já era madrugada e, por algum motivo, todos resolveram dormir na fazenda de Lexa. Havia pessoas espalhadas por todo o local e isso fez a morena se sentir bem, pois ela amava seus amigos; eles eram sua família e era bom ter uma família como aquela por perto.

A Woods estava indo para a sala de estar e, pelo que pôde ver, todos estavam dormindo, mas a porta de entrada da fazenda estava aberta e isso ela achou um pouco estranho, por isso resolveu ir até lá.

Ela olhou para algumas das pessoas que estavam dormindo e seus olhos pararam em Josey que estava dormindo ao lado de Santana, mas Brittany não estava por ali, por isso, Lexa presumiu que havia sido a loira quem havia saído e deixado a porta aberta. Ela olhou para os dois adormecidos e viu como eles estavam em um sono leve, assim parecendo felizes e tranquilos. Era bonito observar os dois dormirem com tanta leveza.

A fazendeira foi até a varanda de sua casa e viu Brittany sentada nos degraus de entrada, ela parecia estar comendo alguma coisa, até que a morena notou um prato com alguns cupcakes ao lado dela. Lexa sorriu e se sentou ao lado dela que levou a mão ao coração quando sentiu a presença da outra.

– Pensei que fosse uma assombração. – Disse ela assim que se acalmou do pequeno susto. A garota mordeu mais um pedaço do cupcake para se tranquilizar e limpou o canto de sua boca que estava suja por conta do glacê azul e rosa. – Quer um?

– Acho que vou aceitar. – Disse Lexa que pegou o bolinho que lhe foi estendido e deu uma mordida, logo percebendo o quão gostoso estava. – Uau, isso é tão bom. – Elogiou a garota antes de dar mais uma mordida no alimento. – Então, por que você está aqui fora de madrugada e comendo um prato cheio de cupcakes?

– Eu não estou comendo o prato, só os bolinhos mesmo. – Explicou Brittany que não percebeu a Woods estreitando os olhos em sua direção. Ela apenas terminou seu cupcake e pegou outro. – A Santana tem controlado a quantidade de doce que eu como por dia porque quer que eu seja saudável, então eu só posso comer bastante pela madrugada. Mas isso não me impede de comer durante o dia.

– Você come muitos doces por dia? – Perguntou Lexa que notou que a loira era bem magra e tinha pouquíssima gordura corporal.

– Sim, para deixar a vida mais doce. – Disse Brittany como se aquilo fosse óbvio. Lexa apenas assentiu com a cabeça e mordeu mais um pedaço de seu doce. – Enfim, o que aconteceu com a Oompa-Loompa loira? – Questionou Brittany agora dando atenção para Woods.

– Quem? – Lexa pensou um pouco até que riu da fala da mulher. – A Clarke? – A Pierce-Lopez assentiu enquanto degustava o cupcake em suas mãos. – Podemos dizer que ela é uma pessoa muito difícil de se lidar, mas está passando por um momento muito difícil e delicado da vida dela. E ela está um pouco quebrada por conta disso, sabe?

– Sei. – Afirmou Brittany depois de engolir o que mastigava. – A Santana também é uma pessoa muito difícil de se lidar, mas ela já teve seus momentos difíceis e eles sempre quebram ela um pouco. Ela se torna alguém melhor quando tudo passa. Ela só é bastante irritada mesmo. – Falou a garota que sorriu ao se lembrar dos momentos em que sua esposa gritava em espanhol para ameaçar seus amigos na época do colegial.

– A Clarke também não é uma pessoa ruim e é muito irritada mesmo, mas eu espero que ela fique bem também, assim como a sua esposa. – Disse Lexa que viu Brittany lhe olhar e sorriu.

– Nós podemos nos ajudar, já que estamos juntas de mulheres muito irritadas. – Falou ela que bateu seu ombro no de Lexa que sorriu em resposta. Estava sendo legal conhecer pessoas novas dessa forma. Santana e Brittany eram realmente boas e legais.

"Amor é apenas o nome do desejo e da busca pelo todo."



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