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História Legacy - Olhos Verdes


Escrita por: QuakeShakes

Notas do Autor


Só queria declarar aqui meu amor por Lena Luthor ❤

Capítulo 4 - Olhos Verdes


O dia ia amanhecendo, mas Kara não pregou os olhos, precisou emprestar roupas para Alura uma vez que ela não tinha nenhuma. A garota tinha um gosto simples, se contentando com uma calça de moletom e uma camiseta antiga de Kara com ursinhos e arco iris.

Assim que deitou na cama de Kara a garota dormiu instantaneamente, seu rosto sereno e quase sem nenhum traço infantil era um enigma para Kara. Em algum lugar dentro de Alura havia uma parte de Kara e a mulher não sabia o quanto. Apenas observando a respiração tranquila da garota fazia seu coração bater incerto, era sua filha ali na sua cama.

Imaginou qual caminho trilhou e como Alura entrou em sua vida, como foram os primeiros anos, se conseguiu conciliar a vida profissional, heroica e humana. Tantas perguntas e mesmo que fosse sufocante não saber, saber parecia mais desesperador ainda.

Já eram quase sete da manha quando decidiu começar o dia, primeiro tomou uma banho rápido e logo depois seguiu para preparar o café da manhã, sem muita ideia do que fazer, seguiu com o básico.

Alura acordou quando Kara terminava o café e mesmo que tivesse dormido bastante tinha aparência cansada.

- Não sabia o que você gostava, então fiz algo simples. – Kara colocou o prato a frente da menina que agradeceu.

- Esta perfeito, obrigada! – Sem saber se deveria acrescentar algo, começou a tomar seu café da manhã. Alura estava faminta a dias que só comia salgadinhos e algumas frutas que conseguia comprar com o dinheiro ganhava concertando celulares.

- A quanto tempo você chegou? – Kara tentou puxar assunto.

- Antes da primeira tempestade. – Alura respondeu. – Quando percebi o que tinha acontecido tentei ficar longe, para não estragar nada.

- Como conseguiu ficar todo esse tempo sem ajuda? – Agora Kara estava definitivamente interessada, afinal Alura chegou a mais de um mês e só agora sabiam dela, sabe-se la o que ela enfrentou nesse tempo.

- Eu sei me virar. – Deu os ombros. – Estava guardando dinheiro para começar a comprar os materiais que preciso para refazer o emissor.

- Em nenhum momento pensou em nos procurar? – Isso era insano, ela era uma adolescente.

- Sim, mas eu sabia o quanto era perigoso, linhas temporais são coisa seria, uma palavra errada e eu posso voltar para um futuro ao estilo Mad Max. – Falou seria. – Além do mais não queria ser um fardo para ninguém, eu fiz essa bagunça sozinha e iria arrumar sozinha.

- Finalmente uma semelhança. – Kara se permitiu sorrir. – Você não esta sozinha. – Kara pegou a mão da menina e essa sorriu triste com os olhos vermelhos com lágrimas.
- Obrigada! – Tentou conter as lagrimas, não iria chorar, não ali e não naquele momento.

Terminaram o café em silencio, o ambiente estava tranquilo e quase familiar para Alura, faltavam peças importantes, mas teria que se contentar com aquele momento que sozinho já era extraordinário.

Ficou decidido que Alura iria para CatCo com Kara, não ficaria sozinha no apartamento e durante a tarde poderia ir ao DEO para começar a trabalhar no equipamento que a levaria de volta.

Os gostos de Kara e Alura eram diferentes, mesmo com as roupas de Kara a menina conseguiu seguir seu estilo simples, optando por uma calça jeans velha de Kara e uma camisa azul de mangas longas.

- Prometa que não vai sair da minha linha de visão. – Pediu enquanto subiam o elevador, não queria causar problemas com Cat Grant e nem com Snnaper.

- Nem que eu quisesse. – Alura sorriu divertida e Kara seguiu.
Saíram do elevador e deram de cara com James Olsen.

- Bom dia James! – Kara sorriu.

- Bom dia Kara e...? – Olhou interessado para Alura, Winn havia contado a ele na noite anterior sobre Alura, mas ve-la ali era surreal.

- Alura. – A garota sorriu.

- É uma prazer em conhece-la.

- É bom finalmente conhecer o senhor, James Olsen. – Alura falou seria sem qualquer sinal de reconhecimento e James a olhou surpreso, já começando a ficar preocupado em não fazer parte da vida de Kara no futuro. – Brincadeira, é bom te ver de novo Tio James. – A menina sorriu travessa.

- Me pergunto de onde veio esse senso de humor. – Kara sorriu para a menina enquanto seguiam pelo hall da edição da CatCo Magazine.

- Se desenvolveu com o tempo. - Respondeu tranquila. – Além do mais James vive pregando peças em mim, decidi que na primeira vez que o visse aqui eu seria a pessoa a fazer uma pegadinha com ele.

Kara apenas riu e continuou ate chegar a sua mesa, logo tratou de procurar uma cadeira para Alura se sentar e ficar confortável. Não imaginou que esse pequeno movimento chamaria atenção da última pessoa que deveria saber sobre Alura.

- Kerah. – O coração de Kara quase parou. – Não sabia que CatCo estava contratando estagiários tão jovens.

Cat Grant analisava Alura, tinha olho clinico para pessoas e estava óbvio que aquela menina sem talento para moda era alguém para se ficar de olho.

- Miss Grant, bom dia! – arrumou os óculos nervosamente. – Alura não é estagiária.

- Eu sou prima da Kara. – A moça de apressou em dizer. – Alura Danvers, prazer em conhece-la Miss Grant. – Estendeu a mão e Cat apertou.

- Prima? – Cat olhava desconfiada para Alura. – Não igual ao sobrinho do James que destruiu o escritório a algumas semanas.

- Não! – A voz de Kara subiu alguns décimos. – Não, Alura é deste planeta e vai apenas ficar aqui na mesa brincando com o celular.

- Prometo não quebrar nada Miss Grant. – Alura falou solene.

- Tudo bem. – Cat concordou ainda desconfiada. – Kerah chame Snapper e venha até minha sala, temos um editorial para discutir.

- Pode ir Kara. – Alura sorriu. – Tenho alguns algoritmos para revisar.

Kara saiu apressada pelo hall a procura do editor e mesmo que estivesse se distanciando de Alura, por um instinto enraizado em seu ser, sua audição estava focada nos batimentos de garota.

A reunião levou algumas horas, pareceu uma eternidade, mas finalmente decidiram a pauta para o editorial do mês da Catco Magazine. Kara ficaria responsável pela entrevista que seria sobre garotas prodígio.

Quando chegou a sua mesa seu coração falhou uma batida ao perceber que Alura não estava la, olhou envolta e não viu a garota em lugar nenhum. Começou a procurar pela edição preocupada com medo de que ela tenha se metido em encrenca com algum funcionário.

Quando finalmente a encontrou ela estava na sacada conversando alegremente com Lena Luthor. Aquele dia que não poderia ficar mais estranho acabou ficando.

- É mais poderia ser uma boa alternativa, teletransporte quântico de dados, imagina ter acesso a qualquer informação em qualquer lugar do planeta. – Alura falava seriamente. – Sem provedor de internet, sem precisar estar em área de cobertura.

- Talvez, mas as pesquisas ainda são rudimentares, nada concreto, se algo assim acontecer vai ser daqui a alguns anos. – Lena respondia concentrada.

- Desculpe interromper. – Kara chegou incerta. – Alura eu fiquei preocupada.

- Kara! – Lena sorriu quando viu a loira e levantou para abraça-la. – Vim te chamar para almoçar e encontrei essa jovem que diz ser sua prima. – Alura sorriu culpada.

- Sim ela é. – Kara não gostava de mentir para Lena, mas era necessário. – Fico feliz que tenham se dado bem.

- Lena é brilhante. – Alura estava admirada. – Estávamos discutindo aplicação de física quântica.

- Alura que é, me faz lembrar a mim mesma quando era adolescente. – Lena sorriu.

- Então você tem mais em comum com ela que eu. – Kara disse divertida.

- Talvez, então topa um almoço? – Lena disse esperançosa. – Alura esta convidada.

- Desde que tenha torta de nozes e chocolate. – Kara e Alura disseram ao mesmo tempo e acabaram rindo.

- Acho que posso ver a semelhança agora. – Lena sorriu divertida, havia algo nos olhos de Alura que eram familiares.

O almoço correu perfeitamente bem, na verdade foi divertido, Kara e Lena sentiam uma sensação de aconchego ali naquela mesa que dividiam com Alura.

- E a escola? – Lena perguntou interessada a garota.

- Bom eu estou trabalhando no meu segundo doutorado. – Alura deu uma garfada em sua torta e o queixo de Lena caiu.

- Doutorado? – Kara estava chocada.

- Sim, eu sou doutora em física geral, minha tese foi sobre frequências e ondas de rádio.

- Mentira. – Lena gostava cada vez mais de Alura.

- Meu segundo doutorado vai ser em vibração quântica, estou trabalhando em alguns cálculos que podem ser bem revolucionários. – Sorriu.

- Por isso seu interesse em Teletransporte Quântico. – Kara sentia que estava sobrando ali, Alura era sua filha, mas parecia demais com Lena.

- Eu estou tentando provar a correlação entre vibração e movimentação particular. – Explicou. – Usar isso de maneira efetiva para que as partículas vibrem ao ponto de dobrar o espaço tempo.

- isso é além de qualquer coisa que eu já vi na literatura. – Kara observava de fora e via o mesmo brilho de curiosidade nos olhos de Lena em Alura.

- Tem muita coisa para ser testada ainda. – Alura suspirou. – Além do mais eu não me dedico integralmente ao meus estudos, as vezes escrevo pequenos artigos para um jornal da minha cidade.

- Escreve? – Parecia que era a primeira vez que Kara via Alura.

- Sim, pequenas coisas do cotidiano. – Sorriu. – Historias de superação, romances incomuns.

- Você é uma caixinha de surpresas. – Kara sorriu alegre.

- Definitivamente. – Lena concordou.

O restante do almoço seguiu tranquilo, focaram o assunto em coisas do dia a dia. Kara falou sobre um filme que descobriu, Lena comentou sobre os novos trabalhos filantrópicos da LCorp. Alura apenas assimilava tudo quieta, mas o sorriso que estampava seu rosto parecia que não iria acabar.

Após o almoço Kara deu uma carona a Alura até o DEO para que começasse a trabalhar no projeto. Ao chegar Winn e Alex ja haviam preparado a sala aonde a garota iria trabalhar.

Alura estava maravilhada, era relativamente grande, cheia de equipamentos, computadores e artefatos alienígenas. Havia uma bancada ao centro cheia de ferramentas e para sua alegria uma mesa digital. O natal havia chegado mais cedo.

- Acho que ela perdeu a capacidade de piscar. – Winn comentou preocupado.

- Não, ela esta emocionada. – Alex falou tranquila, percebeu os suspiros e os olhos de Alura ficarem vermelhos de emoção.

- Então? – Kara chegou e foi fisgada pela imagem da filha perdida no novo laboratório. – Ela esta chorando?

- Sim e é apenas um laboratório. – Winn não entendeu, alias ninguém entendeu.

- Isso é incrível. – Alura sorriu em meio as lágrimas. – Sempre sonhei em ter um laboratório assim.

- Bom, sonho realizado. – Alex sorriu para a garota.

- Obrigada tia Alex, você não faz ideia de como isso é o melhor presente que já me deu. – Alura queria abraça-la, mas se permitiu apenas um sorriso.

- Não foi so da Alex. – Winn falou baixo um pouco emburrado.

- Obrigada também Tio Winn por sempre ser incrível. – Kara e Alex não sabiam que Winn poderia sorrir tão largamente.

- Acho que devemos deixar Alura trabalhar. – Kara disse e a irmã e o amigo concordaram deixando Alura em seu laboratório novo.



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