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História Leis da Atração - Capítulo 8


Escrita por: bybrunalourenco

Notas do Autor


Chegando com uma atualização, mas estou super insegura.
Mas vamos lá :)

Capítulo 8 - Capítulo 8


Eu estou completamente imersa em meus pensamentos dentro da banheira do meu quarto quando recebo mais uma mensagem de Natasha querendo saber se já estou pronta. A verdade é que eu desanimei um pouco. Perdi o clima para badalar nesta sexta. Claro que eu não vou perder o evento da minha melhor amiga, mas eu queria mesmo era estar com o Germano. 


Decido afastar esse pensamento e me arrumar logo, antes que a aniversariante do dia tenha uma síncope por causa do meu atraso. Olhei no espelho e gostei do que vi. Ah! Eu gostei muito! Preto é a minha cor!


O início do evento da Natasha estava marcado para às vinte e duas horas. Eu cheguei pontualmente à meia noite. Eu me direciono diretamente para o camarote que está lotado. Vejo metade dos funcionários de Bastille, um pessoal da época da escola e da faculdade, uma galera da academia, alguns amigos do condomínio onde crescemos. Cumprimento algumas pessoas, a outras apenas sorrio a distância até que encontro minha amiga que está meio emburrada.


— Você está atrasada! - Ela resmunga.


— Eu nem queria ter vindo!


— Bebe que você se anima. Vinho?


— Vinho não me pega facilmente. Quero ficar bêbada e parar na cama de um desconhecido. 


— Ihhhh! O que rolou? Ainda a história com Germano?


— Sempre, né? Pelo menos não vou vê-lo essa noite e isso garante o mínimo de equilíbrio. - Digo e Natasha faz uma careta. - O que foi? Não gostei dessa tua cara.


— Então! Eu convidei o Germano e ele já está por aí. Foi um dos primeiros a chegar.


— Você está de sacanagem? - Ela nega. - Qual o seu problema? 


— Em minha defesa, eu gosto dele desde a época que eu contava mentiras para os seus pais para vocês poderem transar no quarto de hóspedes da minha casa. - Eu apenas reviro os olhos e viro uma dose de tequila.   


Eu posso lidar com a presença do Germano. Eu sou adulta. Vai dar certo. A quem eu estou tentando enganar? Sou tirada dos meus devaneios ao notar a pessoa que acaba de entrar no camarote.


— Você convidou o Arthur também?


— Claro!


— Mas você nem gosta dele, Natasha!


— Opa! Opa! Eu gosto dele, sim. Eu só não acho que ele é homem para você! 


— Qual a sua intenção? Acabar com a minha noite? 


— Na verdade, a minha intenção é me divertir de todas as formas. Por isso, também convidei o seu estagiário gato e sem noção. Porque hoje ele vai beber bastante, eu vou garantir isso, assim ele vai tomar coragem e dar em cima de você!


— Você quer se divertir às minhas custas?


— Claro! E você não vai ficar brava porque hoje é meu aniversário! 


— A chance de eu terminar essa noite tendo um orgasmo decente com um desconhecido foi por água abaixo.


— Por que, amiga? 


— Porque o Germano e o Arthur não vão me deixar em paz. E possivelmente vão afastar todo cara que chegar perto de mim. 


— Se você quiser, eu posso te apresentar uma amiga que é louca para te conhecer. 


— Que amiga? Você nunca me falou nada.


— Vejo um quê de interesse nesse olhar. Mas te respondendo, eu estou esperando você sair do armário sozinha. - Ela gargalha e me leva junto. - Vem pro vale, Lili!!


— Só você, Nath!


— Vamos mudar de assunto que um dos teus machos está vindo em nossa direção.


Desejei mentalmente que fosse o Germano e não consegui evitar o sentimento de decepção ao ouvir a voz do Arthur felicitando a Natasha e logo depois se aproximando de mim.


— Desencosta que eu não te dou essa liberdade para me abraçar em público. 


— Que isso, Lili! Nosso relacionamento já passou dessa fase.


— Não existe relacionamento, Arthur. E se você não é capaz de entender isso, eu acho melhor a gente parar por aqui.


Eu não dei chance para que ele respondesse. Apenas sai andando e puxei Natasha para a saída do camarote.


— Até que enfim você deu um chute nele!


— Eu preciso beber e dançar, por favor.


— Tudo que você quiser, patroa. 


Passamos no bar, pegamos nossas bebidas e nos direcionamos para a pista de dança. Sinceramente, a gente não dança lá muito bem. Mas a gente sabe se divertir. 


Eu queria saber onde, com quem e o que Germano estava fazendo. Natasha disse que ele já tinha chegado, mas até agora eu não o tinha visto. Onde esse homem está?


Natasha começou a se agarrar com alguém. Essa foi a deixa para o Rafael se aproximar.


— Você está deslumbrante, Dona Lili! 


— Obrigada, Rafael!


— Será que eu posso…


Ele não teve nem tempo de terminar o que ia dizer porque eu fui puxada até o toalete por uma Natasha descabelada e com o batom todo borrado. 


— Você está me devendo essa. Porque algo me diz que ele ia se declarar. - Ela ri.


— Não tem graça! Eu fico super sem jeito.


— Para! Não é a primeira vez que um estagiário da em cima de você e não vai ser a última.


— Mudando de assunto, com quem você estava se atracando?


— Eu não faço ideia! Só sei que foi uma delícia. Agora vamos voltar para a pista.


É impossível não se divertir com a Natasha. Ela tem um dom de deixar tudo leve. Dançamos até não querer mais. Já parei até de sentir os meus pés. Na próxima, usarei um salto mais baixo. 


Ainda dançando com a aniversariante do dia, eu começo a flertar inocentemente com um cara. Mas Natasha quebra totalmente o clima.


— Seus machos não estão te atrapalhando, viu? Você quebrou as asinhas do Arthur e acho que Germano está em outra. 


— O que? - Eu não entendi certo. Entendi? 


— Eu disse que você quebrou…


— Não! O que você disse sobre o Germano?


— Que ele está em outra!


— Como assim, Natasha?


— Veja você mesma!


Ela me vira em direção ao bar e os meus olhos encontram o Germano conversando com uma mulher. A cena que vejo não tem nada demais, mas já foi o suficiente para me deixar quente de raiva. Eu tento racionalizar um pouco. Eu não tenho porque sentir ciúmes porque eu não tenho nada com ele porque eu não quero isso, né? Mas fico parada observando o desenrolar daquela conversa e atinjo o meu limite assim que a mulher pousa as duas mãos nos braços de Germano. 


— Eu vou lá! 


— É o que? - Natasha me pergunta desacreditada.


— Eu vou lá acabar com essa gracinha!


— E aquele boy ali que está te dando mole?


— Fica para você!


— Já que insiste. Vai lá mesmo, amiga! Mija no teu poste! 


Ao me aproximar do bar e prestar mais atenção no Germano, eu percebo que ele está desconfortável. Ou eu posso estar enxergando o que eu quero ver?


— Oi amor. Estava te procurando! - Digo e enlaço o pescoço do Germano.


— Você demorou! - Ele embarca na minha, me agarra e me dá um beijinho na boca.


A mulher que estava conversando com ele nos olha surpresa. 


— Sua amiga, amor? 


Já que eu estava passando um atestado de maluca, vou aproveitar a situação e me sento no colo do Germano. Ele me abraça e deixa uma mordida no meu pescoço. O arrepio foi instantâneo. 


— Acabamos de nos conhecer. Quer beber algo, meu dengo?


Eu o encaro ao ouvir o apelido que ele costumava me chamar quando começamos a ficar a dezessete anos atrás. Ele sorri e pisca para mim. Ah! Esse homem é a minha perdição! 


— Não. Eu tô bem! Vamos dançar? 


— Você sabe que eu não gosto!


— Você gosta, sim. Você só não é muito bom nisso. 


Quando reparei a mulher tinha sumido. Melhor assim!


— Eu adoro quando você controla a situação e marca território. 


Eu me levanto, fico entre as pernas do Germano, o abraço e sussurro no ouvido dele. 


— Vem dançar comigo, meu amor!


— Eu ainda sou o seu amor?


Eu não o respondo. Puxo Germano pelas mãos e vamos até a pista de dança. Tudo virou motivo de provocação. E eu não ia desperdiçar a oportunidade. A distância entre nossos corpos era nula. Nossas mãos exploravam o corpo um do outro sem pudor. 


— Eu quero um beijo!


— Eu não vou beijar você!


— Por que não?


— Eu não vou beijar você na frente de quase toda a empresa.


— Você não quer me beijar na frente de quase toda a empresa ou na frente do Arthur?


— Eu não tenho nada sério com o Arthur.


— Que bom, né? Porque a maneira que você está se esfregando em mim seria considerada uma traição.


— Achei que você estivesse apreciando, mas já que me enganei vou me afastar.


— Eu vou considerar isso como um sinal verde


— O sinal está aqui fluorescente, piscando e você nada! 


— Vamos sair daqui, por favor! Se não eu vou te agarrar aqui mesmo.


— Vamos para a minha casa. Vou pedir um Uber.


— Não precisa! Eu tô de carro. 

 

Germano pegou na minha mão e puxou apressadamente até o estacionamento. Logo que chegamos perto do carro dele, ele me prensa na porta e ataca o meu pescoço.


— Eu já disse o quanto o seu cheiro me deixa louco?


— Eu escuto isso desde os meus dezessete anos, embora tenha acontecido um hiato de dez anos. Você podia ser original. - Eu digo debochada. 


— Você quer que eu seja original, né? 


A intenção era provocá-lo mesmo. Mas a reação dele foi totalmente inesperada. Ele segurou minhas duas mãos acima da minha cabeça. Com a sua mão livre, ele suspendeu a minha perna direita até a sua cintura. Ele levou a mão pela parte de trás da minha coxa até a minha bunda, deixando um aperto nela enquanto mordia o meu queixo. 


— Aqui não, Germano! - Digo ao recuperar minimamente a minha sanidade.


Ele não disse nada, apenas destravou as portas do carro. Assim que entramos, a chuva caiu. Agradeci mentalmente por ter recuperado um pouco do meu senso que livrou o meu vestido de ficar molhado. Esse pensamento me fez rir porque não posso dizer o mesmo da minha calcinha. 


— Do que ri? - Germano me pergunta curioso.


— Nada demais. Perdeu a pressa? - Pergunto o encarando.


— Não! -  Ele dá partida no carro. - Que tal eu te distrair pelo caminho?


— O que você está pensando? 


— Eu prefiro te mostrar do que dizer.


Senti um frio na espinha ao ouvi-lo dizer isso e automaticamente meu corpo já respondeu em expectativa. Germano colocou a mão no joelho, foi subindo até encontrar a barra do meu vestido. Eu me ajeitei melhor no banco. Ele, lentamente, colocou a mão por baixo da minha roupa e só essa sensação de espera já me fez arfar. Assim que ele me tocou intimamente, fechei os olhos e tentei me segurar em algum lugar. Germano aumentou a pressão de seus dedos e eu mordi os lábios para evitar que um gemido me escapasse. 


— Geme para mim, Lili! Eu quero ouvir.


— Eu não vou te dar esse gostinho! - Meu tom saiu mais debochado do que eu esperava.


— Ah! Não? - Eu neguei com a cabeça.


Eu poderia me arrepender, mas a provocação do Germano está gostosa demais. Ele afastou a minha calcinha e avançou com um dedo para dentro de mim. Eu arqueei as costas e joguei a cabeça para trás em uma clara atitude de tentar controlar os impulsos do meu corpo. 


— Você quer mais, Lili? - Ele me pergunta e diminui a velocidade dos movimentos. 


— Isso é tortura! - Digo e decido provocá-lo também. 


Minha mão vai até a nuca nele e eu passo a encará-lo. Talvez não tenha sido a melhor ideia porque uma infinidade de questionamentos invadem os meus pensamentos. Eu fecho os meus olhos tentando afastá-los e me concentrar no momento presente. Germano percebeu a minha hesitação e colocou mais um dedo dentro de mim e aumentou a velocidade. 


— Argh! - Não deu para evitar dessa vez. 


Mesmo ofegante e de olhos fechados. Eu tateio o peito dele e começo a abrir os botões de sua camisa com certa rapidez. Nem eu sabia que tinha esse talento. Assim que termino o trabalho, começo a arranhá-lo porque ele gosta, e eu mais ainda. 


— Não faz assim, Lili! - Ele diz em um sussurro. 


— Não gosta mais?


— Eu gosto de tudo que você faz!


— Ridículo! 


Acho que o meu insulto não o agradou. Para me desculpar, eu desço a minha do seu peito até o seu membro. Eu inicio um carinho na sua excitação por fora da calça.


— Você vai me fazer bater esse carro! - Ele diz logo depois de levar um aperto.


Germano aumenta ainda mais os movimentos e com o seu dedão ele faz pressão no meu pequeno órgão. 


— Germano… eu vou g… - Eu não consegui terminar a frase porque meu corpo foi atingido por espasmos e eu me derramei nos dedos dele.


Minha respiração ainda estava desregulada e meu corpo ainda sofria os efeitos do momento de prazer que acabei de ter.


— Seu primeiro orgasmo da noite… check! - Ele riu.


— Tu é muito cringe mesmo! Puta que pariu!


Ele riu mais, tirou vagarosamente os seus dedos de dentro de mim, os levou até a boca e os chupou. Isso com toda certeza me deixou com tesão… de novo.


— Como eu pude ficar dez anos sem sentir seu gosto?


Isso me acertou em cheio. Senti todo meu corpo esfriar imediatamente. Eu fui afogada pelos mais diversos sentimentos. O riso dele me incomodou a tal ponto que eu virei o rosto para a janela a fim de não olhá-lo.


— Ei! Eu fiz algo de errado? - Eu permaneci em silêncio. - Lili, por favor.


Seu tom me pareceu preocupado, mas eu estava tão imersa nos meus próprios sentimentos que não fui capaz de validar nada que não fosse meu. Eu comecei a me sentir sufocada pelas dúvidas.


— Por que agora, Germano? 


— Do que estamos falando? - Ele se fez de desentendido e isso me irritou.


— Eu vou ser mais clara. Porque você resolveu voltar para minha vida depois de dez anos?


— Eu já te respondi isso.


— Não, você só me enrolou.


— Você realmente quer falar disso agora? - Eu segura o volante com as duas mãos e eu sei que ele está nervoso. - A gente estava…


— Sim! Eu quero falar disso agora. Porque eu sei que essa aproximação deve ter um motivo. E com certeza não foi a saudade dos meus lindos olhos esverdeados. 


— Por que é tão difícil de acreditar que a minha aproximação foi pelo sentimento que tenho por você? 


— Não subestime a minha inteligência, Germano! - Eu aumento o tom de voz.


— Eu já me propus a esclarecer tudo e você está fugindo de mim. Você sempre foge! Sempre! Deve ser complicado para você encarar as coisas de frente.


— Você não vai falar dessa maneira comigo!


— A gente estava numa boa! Você que quis levantar esse assunto. - Ele diz frustrado.


— Então eu deveria simplesmente transar com você e esquecer a merda toda que você fez?


— Eu não disse isso!


— Vai se fuder! Capaz de você enfiar seu pau em mim hoje e depois sumir por mais dez anos!


Eu tento controlar a vontade de chorar. Eu não vou fazer isso na frente dele.


— Para esse carro! - Eu peço.


— Eu não vou deixar você descer com essa chuva. Já estamos chegando.


— PARA A MERDA DESSE CARRO!


Eu tento virar o volante com a intenção de estacionar ou qualquer coisa.


— VOCÊ TÁ MALUCA! Quer nos matar, Liliane?


— Eu quero que você pare esse carro. Eu quero descer!


— Eu vou estacionar, mas a gente vai conversar.


Assim que ele diminui a velocidade e começa a fazer a baliza. Eu tento abrir a porta e vou ficando mais desesperada para sair. Eu me sinto cada vez mais sufocada e com vontade de chorar. 


— Eu vou destravar as portas para você se acalmar, mas eu quero que prometa que não vai sair e que vamos conversar. - Eu assenti.


Assim que ele destrava a porta, eu a abro e saio correndo. Correndo mesmo. Não consegui mais evitar o choro. As minhas lágrimas foram se misturando com a chuva que também molhava o meu rosto.


Eu ouvi a voz do Germano me gritando e isso me impulsionou a correr mais. Lógico que ele me alcançaria, mas eu tentaria evitar. 


— Ei! Só me escuta, por favor! - Ele diz enquanto me enlaça pela cintura.


— Agora não, Germano! Eu só quero ir para casa!


Ele não atende o meu pedido, muito pelo contrário. Germano me vira de frente para ele e apenas me encara. Eu não consigo desviar o olhar. Estamos completamente molhados e o clima até seria favorável e romântico, se eu não estivesse completamente confusa com tudo que ele me despertou só no dia de hoje.


— Eu fui idiota e imaturo? Sim. Levei um tempo para perceber isso? Sim. Se eu sei que sou o grande culpado por tudo que nos aconteceu? Sim. Se eu me arrependo pela forma que terminamos? Mil vezes sim! 


— Germano… não! 


— Em todo esse tempo eu me questionei como seriam e estariam as coisas se no momento em que você mais precisou, eu fosse o homem que você sempre mereceu. Em todo esse tempo, eu passei inúmeras noites em claro pensando em você e em como eu poderia me aproximar. Você me perguntou porque eu demorei tanto, a verdade é que eu nunca mereci você. Eu sempre soube disso.


Eu estava chorando. Ele estava chorando. Por mais difícil que estivesse sendo para nós dois, a gente precisava disso. Eu precisava ouvir isso!


— Mas eu quero uma chance, Lili! Eu quero muito! 


— Eu não sou mais a mesma. Eu…


— Você mudou! Eu mudei! Mas o que não mudou foi o frio na barriga que eu sinto toda vez que eu te vejo. A vontade que eu tenho de ficar perto de você. O quanto a sua voz me traz paz. Nada do que eu sentia por você mudou! Está tudo aqui!


— São dez anos, Germano!


— Eu sei que foi tempo demais e eu vou passar a minha vida inteira te pedindo perdão por ter sido tão covarde. 


— Eu não sei se ainda dá para continuar essa história!


— Uma chance! Eu só quero uma chance para tentar te reconquistar.


— Eu… - Ele me interrompe levando os dedos à minha boca. 


— Não me responde agora. Pensa um pouco, por favor.


Ele me segura pela cintura com uma mão, com a outra ele coloca os meus cabelos para trás da minha orelha. Ela beija a minha testa, o meu nariz e deixa um beijo suave nos meus lábios. Ele mantém a boca muito próxima à minha, numa espécie de teste talvez. 


Aparentemente, ele está esperando alguma atitude minha que não vai acontecer. Percebendo isso, ele encosta os lábios nos meus sem colocar pressão. Aí já foi demais para o meu autocontrole. Eu inicio o beijo calmo, suave e com gosto de saudade. Levo minhas mãos até a nuca dele e faço um carinho lento. Sutilmente ele aperta a minha cintura e me puxa para mais perto. Finalizamos o beijo com uma sequência de selinhos.


— Saudade! - Ele diz e eu me afasto só o suficiente para encará-lo. 


A nossa conversa silenciosa não durou muito porque Germano me puxou para mais um beijo. Diferente do primeiro, esse foi mais intenso. Era palpável o desejo, a atração que existia entre nós. Talvez fosse visível até todo sentimento que nutrimos um pelo outro. 


O beijo foi se intensificando, ficando cada vez mais gostoso e eu me perguntei porque demorei tanto para beijá-lo se fiz coisa “pior”. Ele puxou levemente os meus cabelos e eu gemi durante o beijo. Mesmo não existindo mais espaço entre nós, estamos numa luta para nos aproximar ainda mais. 


O beijo foi encerrado devido ao ar que nos faltou. Mas Germano não me deu espaço para me afastar. Ele logo atacou um pescoço com beijos, mordidas e até chupões. Eu seguia apertando-o na tentativa de aplacar todo tesão que crescia em mim. Nos esfregamos um no outro sem nenhum decoro. Perdemos completamente a noção de onde estávamos e ainda bem que já é madrugada, senão seríamos acusados de atentado ao pudor. 


Germano se inclina um pouco, sem deixar de me beijar, leva as mãos às minhas coxas e vai subindo por baixo do meu vestido. O som de uma buzina seguida de uma freada me fazem despertar e eu dou um salto para trás tentando normalizar a minha respiração. 


Eu me pergunto onde foi para o meu juízo e a minha vergonha na cara para protagonizar uma cena dessa no meio da rua. Se eu não tivesse despertado, eu não sei onde pararíamos. Na verdade, eu sabia sim. 


Germano caminha em minha direção com a visível intenção de me atacar novamente, mas o impedi erguendo a minha mão. Dou alguns passos para trás sem tirar os olhos dele. Ainda chove e eu tento me localizar. Percebo que estou bem perto de casa. 


— Eu vou para casa e você não vai me impedir, correto?


— Eu tinha recebido um convite.


— Seu sinal apagou.


— Mas você vai se despedir, né? 


Eu mando um beijo no ar e ele não gosta muito da forma que eu me despedi.


— Paradinho aí, doutor! 


— Não gostei disso!


— Problema seu! - Digo, saio andando e torcendo para que ele não me impeça.


Andei mais alguns passos e entrei no meu prédio sem olhar para trás.


Notas Finais


Espero que tenhas gostado :)


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