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História Leis de Newton - Terceira Lei de Newton: Ação e Reação


Escrita por: adolf0 e @3tangfei

Notas do Autor


Mais para frente vocês entenderão a capa kkk
O cap ficou enorme, mas vale à pena!

Capítulo 6 - Terceira Lei de Newton: Ação e Reação


Fanfic / Fanfiction Leis de Newton - Terceira Lei de Newton: Ação e Reação

            No meio da dificuldade encontra-se a oportunidade.

Albert Einstein

I

Já era noite de sexta-feira e uma entediada aluna olhava para seu professor de física como estivesse prestes a pegar no sono. Era mais uma das aulas particulares sem propósito que faziam e, como Rukia alegou ter entendido absolutamente nada da aula que tivera mais cedo naquele dia na escola, Ichigo resolveu revisar.

            — O que você conseguiu entender por ação e reação? — Ele tentava fazer com que a morena colocasse o cérebro para trabalhar, o que parecia quase uma missão impossível naquele dia.

            A Kuchiki permaneceu olhando para a cara de seu professor com a expressão de pura interrogação. Ela às vezes até conseguia entender coisa ou outra de física, mas quando o assunto envolvia o nome de Newton era como se algo a bloqueasse completamente.

            O ruivo suspirou pesadamente, fechando os olhos por dois segundos e tentando lembrar-se por que estava fazendo aquilo mesmo. Ah, Luna o ameaçara. Ele voltou a encarar novamente a aluna e colocou-se a falar.

            — Ok, vamos do começo. — Ele gesticulava com as mãos enquanto explicava. — A terceira lei de Newton descreve o resultado da interação entre duas forças e pode ser enunciada como: “Para toda a ação, ou seja, para toda força, existe uma reação de mesmo valor e direção, mas com sentido oposto.”

            Rukia anotava tudo em seu caderno. Na aula que tivera mais cedo no colégio ela fizera todas as anotações necessárias, mas tinha um tipo de esperança de que quanto mais escrevesse sobre mais provável o assunto entrar em seu cérebro pouco desbravado.

            — Esse enunciado afirma, então, que as forças atuam sempre em pares. Não há uma forma de existir uma ação sem uma reação.

            Rukia então sentiu a mente clarear ao lembrar-se de um vídeo que assistira na internet no último final de semana, de uma de suas ídolas estrangeiras, que fora apresentada por Renji enquanto ele fazia um tour pelo Brasil.

            — Ahhh... Se me atacar eu vou atacar!¹

            — Quê? — Ichigo ergueu uma das sobrancelhas. Aquela ali entendia as coisas dos jeitos mais bizarros possíveis. — É... dá pra pensar assim. Mas, usando um exemplo mais palpável, é só pensar o seguinte: Você está na aula de educação física e o Grimmjow te joga uma bola na cara. A força que a bola faz contra seu rosto é a mesma que seu rosto faz contra a bola.

            — Não acho esse exemplo tão palpável assim — Ela cruza os braços, preferindo pensar da própria forma. Ichigo se aprontava para xingá-la um pouco quando seus celulares começam a vibrar em cima do balcão que dividia a cozinha da sala de estar, onde costumavam estudar.

            Rukia alcançou primeiro seu celular, desbloqueando a tela e indo direto para o aplicativo de mensagens instantâneas, onde indicava ter algumas mensagens recém-chegadas.

Luna te adicionou ao grupo “Soul Society”

[20:06] Luna: Gente, eu e Byboka já pegamos Akihime e Renji no aeroporto o/

[20:06] Luna: E seja bem vinda ao grupo, Rukia-chan ^_^

[20:07] Rukia: q

[20:07] Hime-chan: Quem é Rukia? É a namorada nova do Kurosaki-kun?

[20:07] Nath: O que a Inoue tá fazendo nesse grupo ainda?

[20:08] Luna: Ela quase não fala aqui, esqueci completamente de excluir :|

[20:08] Hime-chan: Credo, só fiquei curiosa...

[20:09] Nath: Não era nem pra vc tá aqui, querida.

[20:10] Luna: Byebye :*

Luna removeu Hime-chan

[20:11] K. Akihime: Ela merece? Merece! Amo vocês <3

[20:11] Rukia: ‘-‘

            Rukia largou seu celular e olhou para Ichigo, que aparentemente fazia parte daquele grupo e lia a conversa com cara de tacho. Era a segunda vez que sua ex-esposa perguntava sobre seu relacionamento com Rukia e isso aparentemente o incomodava.

            — Que coisa... — A aluna pigarreou, ajeitando-se na cadeira alta da bancada da cozinha. — Por que a Luna implica tanto com sua ex?

            Ichigo colocou o celular novamente sobre a bancada de mármore, voltando a olhar para a aluna com o cenho franzido.

            — Quando eu conheci a Inoue, já era amigo da Luna há bastante tempo. — Ele explicou, soltando um bocejo preguiçoso e encostando a lateral do corpo no mármore. — Ela era meio ciumenta e surtou um dia, queria que eu parasse de falar com a Luna.

            — E você parou?

            — Claro que não! — Ele cruzou os braços em frente ao corpo. — Ela é minha melhor amiga, eu não faria isso. A Inoue que era maluca, na época a Luna era doida pelo teu irmão já.

            — Isso não te incomoda? Parece que a Nath e a Akihime também pegam bastante no pé dela. — A morena perguntou o que estava martelando em sua cabeça desde o dia anterior, quando a cunhada fizera o trocadilho sobre Renji ter tirado uma foto com a ex de seu professor.

            — Elas começaram a pegar mais pesado quando a Inoue me traiu, pra falar a verdade. — Rukia arqueou uma sobrancelha. Ouvira Ichigo falando sobre o fato outra vez, entretanto não tinha certeza se aquilo era de fato verdade. — E ela tem uma mania bizarra de achar que eu não posso seguir com a minha vida. Que só ela tem direito de ter alguém.

            — Por isso que ela fez aquele comentário quando veio pegar o Isshin? --- Falou se referindo ao dia em que Inoue comentara que Rukia era nova demais para ser namorada do professor.

            — É... — Ele respondeu, sentindo o rosto queimar.

            Rukia, que de repente se sentia um questionário, já estava pronta para fazer outra pergunta quando escutou várias batidas em sua porta e vários ding dong seguidos de sua campainha. Daria uma chinelada na cara do babaca ansioso se ele a queimasse.

            Ela encaminhou-se até a entrada de sua casa, sendo seguida pelo olhar do ruivo, e abriu a porta de uma só vez. Seu rosto então se iluminou em um sorriso ao ver as quatro pessoas paradas em frente ao seu apartamento.

            — Renji!

            Ao escutar o nome do amigo, Ichigo prontamente foi até a entrada, vendo Rukia pendurada no pescoço de um ruivo com os longos cabelos trançados. Logo atrás de Renji, uma moça alta de cabelos negros mantinha-se parada com um sorriso no rosto e olheiras abaixo dos olhos castanhos. Um pouco mais afastados estavam Luna e Byakuya.

            — Yo, baixinha!

            A morena logo soltou o amigo recém-chegado, dando espaço para que os quatro entrassem. Renji então se deu conta de uma segunda presença, muito conhecida, dentro do apartamento de sua amiga de infância.

            — Ichigo?

           — Oi, Renji! — O ruivo acenou, cumprimentando o outro. Renji permanecia com o cenho franzido, estranhando a presença de seu amigo por ali.

            — O que faz aqui?

            — Nossa, cara, bom te ver também! — Ele se aproxima do outro ruivo, dando-lhe um tapinha nas costas e cumprimentando Akihime, que parecia indiferente com sua presença no local. — Eu dou aulas particulares pra Rukia, se é o que você quer saber.

            — Nossa que torta de climão é essa? — Luna se pronunciou, colocando-se ao lado de Renji. Ela sabia do profundo apresso que ele tinha pela Kuchiki, que era como se fosse sua irmã mais nova, e provavelmente estava se mordendo para saber o que um homem fazia na casa dela naquelas horas. Mesmo que esse homem fosse seu melhor amigo.

            O ruivo escarlate então mudou sua expressão, que era de dúvida, e voltou a sorrir abertamente como de costumes. Ele abriu os braços e deu um abraço frouxo no outro ruivo que, acostumado com as bizarrices de Renji, retribuiu.

            — Oeeee, Ichigo! Morreu de saudades de mim!?

            — Como foi a viagem? — Rukia ignorou o comentário de Renji, virando-se para Akihime, que ainda não se pronunciara.

            — Nossa, foi demais — A morena, que era prima de Byakuya, abriu um sorriso de canto a canto, lembrando-se do ano maravilhoso que passara viajando por toda América Latina com seu marido. — Passamos a maior parte do tempo visitando o Brasil, aquele lugar é incrível!

            — E acontece uma coisa diferente por dia — Renji riu com as próprias lembranças. Precisaria de várias e várias horas para contar tudo o que vivera em sua viagem dos sonhos. Ele e Akihime passaram anos juntando dinheiro para aquilo e voltar para a realidade sem graça do Japão e do magistério era quase uma tortura.

            — Teve um dia que um cara estava prestes a nos assaltar e de repente quando a gente viu uma bíblia surgiu do nada e acertou o meio da cara dele — A morena levou uma das mãos à boca, tentando não rir para conseguir terminar a história. --- Uma garota notou o que estava pra acontecer e jogou a primeira coisa que viu na frente.

            — A palavra de Jesus tem poder! — Renji gritou, elevando os braços, enquanto os outros os encaravam com o cenho franzido.

            — Querem um café? — Rukia ofereceu, fazendo sinal para que se acomodassem na sala para conversar com calma.

            — Pra falar a verdade a gente só veio pegar a chave do nosso apê — Akihime se pronunciou, se espreguiçando e sentindo a coluna toda estalar. O casal estivera sentado em um avião por mais de 24h e estavam doidos para se jogar na cama e morrer por dois dias.

            Rukia seguiu para seu quarto, onde guardara a chave do apartamento dos amigos. Renji e Akihime moravam naquele mesmo prédio, no andar de baixo, e a morena ficara responsável por visitar de vez em quando o local para ele não apodrecer com as traças. Ela então se deu conta de que além de seu professor de física, um professor de biologia e outra de filosofia estavam morando naquele mesmo lugar, que de repente parecia mais um manicômio que um prédio residencial.

            Dez minutos depois, a Kuchiki fechava a porta de seu apartamento sozinha. Luna, Byakuya e Ichigo aproveitaram a deixa do casal de viajantes para irem para suas próprias casas, pois aparentemente todos estavam cansados naquele final de sexta-feira.

            Rukia deu de ombros e jogou-se no sofá em frente à TV, pronta para fazer uma bela maratona de Dance Moms. Aquele era o início de mais um final de semana, o início de mais dois dias de pura falta do que fazer. E isso a animava profundamente.

II

 

            O sábado já começava a dar sinais de seu fim, com um belo céu alaranjado de final de tarde, quando uma pequena Kuchiki foi tirada de seus pensamentos por duas batidas em sua porta. Vestida com seu look final de semana, que era composto por um shorts de lycra e uma camiseta enorme com um furo debaixo do braço, ela encaminhou-se calmamente até a entrada.

            — Quem será, Newton?

            — Oe, nanica. — Um professor ruivo permanecia parado com as mãos nos bolsos da calça jeans. Ichigo deu uma olhada de cima à baixo em sua aluna e rolou mentalmente os olhos. Rukia era mesmo uma figura... interessante.

            — Au! Au! Au!

            O professor então franziu o cenho ao escutar os latidos graves que vinham de dentro do apartamento da morena. Logo um pit bull marrom corria e passava pelo meio das pernas de Rukia, trajando uma roupinha rosa cheia de coelhinhos, e pulava em cima de Ichigo. Ele só não sabia se era para brincar ou arrancar sua cara.

            — Quê isso, porra!?

            — Newton! Quietinho! — A morena ordenou e de pronto o cachorro obedeceu e sentou-se sobre as patas traseiras, balançando o cotoco onde antes tinha um rabo. — Good boy! — Ela afagou a cabeça de Newton, que tentava se conter para não começar a pular novamente de pura alegria.

            — Que monstro é esse, Rukia?! — O ruivo olhava assustado para o brutamontes em sua frente, que aparentemente possuía mais músculos que um humano e tinha o sorriso parecido com o de Grimmjow, seu colega de trabalho.

            — Não fala assim do meu bebê! — Ela se abaixou, abraçando a cabeça do cachorro, que começou a lamber seu rosto. — Hoje de manhã quando eu tava voltando do mercado eu vi ele na pracinha aqui da frente e trouxe pra casa.

            — Assim fácil? — O professor ergueu uma das sobrancelhas, pensando em como em metade de um dia Rukia conseguira dar um banho no cachorro, que cheirava a shampoo de petshop, e colocar aquele pijaminha ridículo cheio de coelhos no coitado. O dinheiro de Byakuya fazia coisas mesmo.

            — Ué, se vocês podem ter filhos eu posso ter o Newton — Ela levantou-se, ainda afagando o cachorro que começara a cheirar os tênis de Ichigo e a se se esfregar entre suas pernas, pedindo carinho. Ele então se arriscou a passar a ponta dos dedos no pelo baixo da cabeça do pit bull.

            — Newton?

            — É a única maneira de eu tentar gostar do cara — Ela mostrou a língua para o professor, contando aquela desculpa esfarrapada. — E o Isshin?

            O ruivo fechou então a expressão e cruzou os braços, com um bico se formando em seus lábios.

            — Aquela... boa pessoa... da Inoue me mandou mensagem hoje de manhã falando que ia pra casa do irmão e que ia levar ele junto.

            — Que pena... — Falou com sinceridade, pois estava com vontade de ver o mini-sensei novamente. Cuidar de pirralhos era, provavelmente, a única coisa que fazia muito melhor que Ichigo e era sempre bom arrastar isso em sua cara. — Mas então, o que quer?

            — Ah... — Relaxou a expressão, lembrando-se que ele mesmo havia batido na porta da vizinha. — O Renji e a Akihime tão chamando o pessoal pra ir hoje ao Las Noches, e como você não respondeu no grupo ele pediu pra eu vir te convidar.

            — Eu deixo os grupos no silencioso — Comentou, entrando de volta em sua casa e dando espaço para que o ruivo entrasse também, sendo os dois seguidos por um alegre Newton. — Mas quem que vai?

            — Acho que a Nath e o Grimmjow vão.

            — E o Hiroshi? — Ela indagou, arqueando uma das sobrancelhas. A meia-irmã de sua cunhada tinha um filho de dois anos e dificilmente se dava ao luxo de sair de casa.

            — Por motivos de barriga a Luna e o Byakuya não vão — O professor fez um movimento com as mãos imitando a barriga da loira, que estava já no sexto mês de gestação. — Eles se prontificaram em ficar com o Hiroshi.

            — A Luna, né. — Ela riu, jogando-se em seu sofá. Ichigo limitou-se apenas a sentar no braço de uma poltrona, a mesma que o pequeno Newton já se encontrava sentado como um lorde. — Aquele moleque fica agarrado nas pernas no Nii-sama que ele quase perde a pouca paciência que tem.

            — É bom que ele vai treinando.

            Rukia alcançou então seu celular que estava jogado mais afastado no sofá. Ela destravou o ecrã e foi direto para as mensagens no grupo Soul Society, que Luna a colocara na noite anterior. Havia mais de 500 mensagens não lidas e a morena resolveu descer a tela e ignorá-las, limitando-se a ler apenas as últimas.

            [16:00] Renji: Las Noches hoje! O Szayel me ligou e disse que em homenagem à mua e mi esposita a festa hoje é BURAJIRUUU!!

            [16:00] K. Akihime: Vamooo povo!! Vamos comemorar nosso retorno! Sei que vocês estavam doidos de saudade da gente <3

            [16:01] Luna: Eu passo :( Byakuya não quer ir por causa do baby

            [16:03] Grimmjow: VAMOOOO AEEEHOOO

            [16:03] Nath: Vamos porra nenhuma, Grimmjow.

            [16:03] Luna: vish kkk

            [16:04] Grimmjow: D: pq??

            [16:04] Nath: O Hiroshi não tem idade pra ficar sozinho em casa

            [16:04] Grimmjow: :(

            [16:06] Luna: Ah não seja por isso. Trás esse lindo pra ficar com a titia hoje! <3

            [16:06] K. Byakuya: Quê?

            [16:08] Nath: Não sei não, Luna. Não quero te atrapalhar e você não pode ficar correndo atrás do furacão do seu sobrinho. -_-

            [16:09] Luna: Capaz, o Byaku tá em casa hoje e vai me ajudar <3

            [16:09] K. Byakuya: Quê?

            [16:09] Luna: ^_^ senão vai dormir no sofá.

            [16:09] K. Byakuya: -_-

            [16:11] Grimmjow: Valeu, compadre! :D

            [16:11] Nath: Tá bem então. Valeu, mana x)

            [16:15] Ichigo: O Isshin não veio mesmo, eu topo.

            [16:16] Nath: ué, não era seu final de semana?

            [16:16] Luna: ¬¬ o que a Inoue fez?

            [16:20] Ichigo: Viajou pra casa do Sora e levou o menino junto -___-

            [16:21] K. Akihime: Vaca.

            [16:26] Renji: E a Rukia? Será que quer ir?

            [16:28] Luna: Ela deve ta jogada no sofá e só vai ver as mensagens daqui uns três dias haha

            [16:28] Renji: Ichigo, toca ai na casa dela pra convidar.

            [16:30] Ichigo: Por que eu? Você também é vizinho dela ò_Ó

            [16:30] Renji: Mas você é o vizinho de porta. Anda deixa de ser inútil <3

            [16:31] Ichigo: _|_

            Rukia, após perder três preciosos minutos de sua vida, terminou de ler as últimas mensagens, perguntando-se como fora parar no meio daquele bando de maluco. Ela então digitou rapidamente sua resposta.

            [16:49] Rukia: Tá bom, eu vou. Mas só porque o Ichigo insistiu muito.

           

III

 

            A noite já avançava e a cidade de Karakura era abençoada com um céu azul escuro esplendoroso repleto de estrelas e com uma lua minguante de dar inveja à Joelma. Um grupo de dois casais e dois encalhados permanecia reunido em frente à uma balada local, Las Noches, muito conhecida por suas festas temáticas e repleta de um povo alternativo que não tinha muito mais o que fazer por lá.

            — Ae, cara! Bem vindo de volta! — Renji se vira ao sentir um braço passando por cima de seu ombro e dá de cara com Szayel Aporro, amigo de longa data e um dos donos do Las Noches.

            Szayel trajava uma calça branca de algodão, havianas caríssimas, uma camiseta da seleção brasileira e em seu pescoço havia vários colares de flor, que Akihime lembrou-se de ter visto no carnaval da Bahia. O cara era mesmo dedicado quando o assunto era suas festas temáticas.

            — Valeu! Trouxemos um presente pra você, passa depois lá em casa! — Renji sorriu, levantando um polegar em joinha.

            — Vocês não vão entrar? — O cara de cabelos rosa perguntou, olhando para os outros que permaneciam em roda parados.

            — Estamos só esperando o Bazz chegar — Akihime respondeu, referindo-se ao primo de seu marido, que era também colega de sala de Rukia.

            — Nossa ele arranjou um bofe maravilha dos deuses, vocês precisam ver! — Aporro comentou. Rukia, em silêncio, assentiu com a cabeça. O tal bofe novo de Bazz B era um aluno intercambista da Alemanha que entrara em outra turma de terceiro ano. O nome do cara era complicado e ela só lembrava-se de algo que parecia “João”, “Juam”, “Jugrão”.

            — Esse moleque não tem jeito mesmo — Grimmjow comentou. — Esses tempos ele tava se esfregando com um secundarista na quadra de vôlei.

            — Fazer o quê, a família Abarai tem ferormônio exalando pelos poros.--- Disse um ruivo enaltecendo o nome da própria família, enquanto deslizava a mão pela cintura de sua esposa e a trazia para mais perto, como mostrasse o que todos aqueles ferormônios haviam conquistado para si próprio.

            — Oe, seus babacas! — Todos olharam para o lado, onde um ruivo de moicano aparecia, sendo seguido por um loiro maravilha, que se mantinha um pouco atrás, tímido. — Renji!

           Eles se cumprimentaram com um aperto de mão e Bazz deu um soquinho no ombro de seu primo, fazendo-o dar um passo para trás.

            — Porra, pensei que não iam voltar mais!

            — Por ele a gente ficava por lá mesmo — Akihime comentou, enquanto segurava a mão de Renji, que estava em seu ombro.

            — Tá, tá, deixa as novidades pra outra hora e vamos entrar — Grimmjow se pronunciou, já puxando uma ruiva baixinha pela mão. Nath apenas rolou os olhos e seguiu o marido.

            Os outros seguiram o casal e se colocaram na fila VIP da festa, pois todos possuíam o nome da lista concorrida, graças à amizade antiga de Renji com os donos do estabelecimento. Aparentemente ser simpático tinha suas vantagens, um professor de física pensou consigo mesmo.

            Faltava apenas Rukia e Ichigo para estarem todos dentro do local quando, no momento que a morena tentava passar, um segurança do tamanho de um armário colocou a mão em sua frente.

            — Quê?

            — É proibida a entrada de menores de dezoito anos.

            Rukia franziu o cenho, entendendo aonde aquilo chegaria. Não era a primeira e nem seria a última vez que seria barrada, graças à sua aparência infante. Ela rolou os olhos, aparentemente nem seu vestido tubinho preto e salto alto eram capazes de deixá-la com menos aparência de personagem de mangá shoujo.

            Dinheiro jogado no lixo, porque essas porras são desconfortáveis. — Pensou, com plena certeza que jamais usaria novamente aquele vestido e aqueles sapatos.

            — O que foi, Jidambou? — A voz de Ichigo soou atrás da moça, que continuou a revirar sua bolsa em busca de seu RG.

            — Preciso conferir a carteira de identidade dessa mocinha — O armário respondeu, cruzando os braços em frente ao corpo. O Kurosaki riu, algo nas situações corriqueiras que a cara de Rukia a fazia passar era divertido.

            Rukia logo encontrou sua identidade e apresentou ao segurança, que a olhou desconfiado. Nem de longe falaria que aquela anã de jardim tinha vinte anos, mas contra fatos não havia argumentos. Ele deu passagem para que a morena passasse, sendo seguida por Ichigo.

            Las Noches, naquela noite, parecia ter saído direto de um cartão postal caricato e bastante estereotipado das terras brasileiras. Em uma das paredes havia a imagem do Cristo Redentor plotada, os garçons apareciam vestidos com colares havainos e chinelos de dedo, em uma outra parede várias fotos de Neymar e todos ali pareciam ter decidido que, em homenagem àquela terra de maravilhas, iriam limitar-se a usar as cores verde, amarela e azul.

            A iluminação era a única coisa que se assemelhava a uma festa normal. O salão estava todo escuro, sendo iluminado por luzes coloridas que rodavam e faziam os bêbados acharem que logo um ataque epilético tomaria seus corpos moles. Ao fundo uma música alta, e exageradamente animada tocava.

            VODKA OU ÁGUA DE COCO PRA MIM TANTO FAZ, GOSTO QUANDO FICA LOUCA E CADA VEZ EU QUERO MAAAAIS. CADA VEZ EU QUERO MAAAAIS.

            Rukia olhou para um pequeno palco, onde dois homens pareciam ensinar para o pessoal a coreografia daquela música estranha. Os dois em cima do palco pareciam, de fato, estrangeiros e cheio de gingado, ao contrário do povo nipônico que tentava copiar a dança, mas pareciam que tinham dois pés e dois braços esquerdos.

Os dois então começaram a procurar com os olhos por seus amigos, que se encontravam já em volta de uma mesinha alta com o tampo redondo. Renji, que vestia uma camiseta do Olodum, parecia exageradamente animado e já remexia o corpo de um lado para o outro, entrando no clima da música. Akihime balançou os braços para Ichigo e Rukia finalmente os acharem. Eles se aproximaram dos amigos, que já falavam com um garçom.

— Tem CAIPURINA? — Renji gritava quase no ouvido do cara, para ser escutado.

— O quê? — O garçom fez sua mais sincera expressão de dúvida, pois nunca tinha, em todos os seus meses de profissão, escutado o nome daquela bebida.

— É uma mistura de vodka, açúcar e limão! — Akihime berrou, tentando também se fazer escutar pelo moço, que então se lembrou do drink especial do dia. O cara fez que sim com um aceno de cabeça e anotou o pedido de Renji, comunicando que no dia a caipirinha era em dobro.

Grimmjow e Nath dividiam um cardápio, tentando decidir o que tomariam de especial. Após uma breve discussão onde Nath, como sempre, dera a palavra final, eles se viraram para o garçom e fizeram seus pedidos.

— Catuaba, por favor.

— Eu quero Skoll Beats! Duas! — Bazz B se pronunciou, fazendo o pedido para si e seu namorado, que permanecia quieto diante tanto barulho. O ruivo o abraçava pela cintura, ignorando totalmente um ou dois olhares reprovadores de pessoas aleatórias que passavam.

— E vocês? O que querem? — Renji virou-se para os recém chegados, Ichigo e Rukia. Deram uma breve olhada no cardápio que Nath passou para eles e, sem saber o que eram aquelas coisas esquisitas chutaram qualquer coisa.

— Jurupinga — Ichigo gritou ao garçom.

— Eu quero água mesmo — Rukia não era boa no quesito bebida alcoólica e preferia evitar. Geralmente no segundo gole ela já estava em cima das mesas fazendo showzinho e no terceiro estava colocando o estômago para fora. Não queria estragar o retorno de seus amigos ao lar dando PT.

— E então, Renji! O que vocês mais gostaram da viagem? — Grimmjow gritava, enquanto levava um chute na canela de sua mulher, por ter quase a deixado surda.

Renji e Akihime se entreolharam e sorriram animados, como se tivessem já na ponta da língua a resposta para aquela pergunta.

— CHIMARRÃO!

— Quê isso? — Bazz B se pronunciou, com as sobrancelhas erguidas.

— São umas ervas que você mistura com água quente e toma — A morena explicou rapidamente, gesticulando com as mãos como se estivesse jogando água na cuia.

— Erva? Tinha que ser — O ruivo de moicano sorriu sugestivamente, pois como bom biólogo e boa filósofa, Renji e Akihime tinham lá sua fama de alternativos e utilizadores de ervas naturais para fins recreativos. Boatos.

A atenção deles fora então tomada pelo garçom que trazia as bebidas e as colocava sobre a mesa alta, entregando para cada um a sua. Eles brindaram a volta dos amigos e, na animação, enfiaram o conteúdo dos copos goela a baixo. Rukia observou o rosto de todos tomando um tom rubro rapidamente.

— Meu Deus, isso é gasolina?? — Ichigo tentou não jogar toda sua jurupinga na cara de Nath, que estava em sua frente do outro lado da mesa. Ele então abanou para um garçom que passava, pedindo outra.

— E você vai continuar tomando? — Rukia franziu o cenho.

— Claro!

A festa se desenrolava de forma animada, animada até demais aos olhos da única pessoa sóbria do grupo. Rukia estava no meio do povo, junto de Renji, Akihime e Ichigo, tentando se manter no mesmo passo deles, que dançavam como se não houvesse amanhã. Seu professor não era exatamente um exímio dançarino, mas estava tão louco na Jurupinga que provavelmente nem sabia o que estava acontecendo.

O outro casal dançava agarrado e se esfregando ao som de algo que a morena não conseguia entender bem. Só o que conseguia ouvir era Renji cantando “no lepo, lepo” e dando uns tapinhas no traseiro de Akihime que tentava, em vão, rebolar. Grimmjow corria pelo salão com Nath montada em suas costas. A ruiva mantinha os braços para cima e gritava “Osasco!”, a única palavra, do leque do novo vocabulário de Renji, que conseguira aprender a pronunciar.

Rukia deu uma cutucada no braço de Ichigo, que se virou para olhá-la.

— Vou ao banheiro...

— O QUÊ?

— VOU AO BANHEIRO! — Ela gritou no ouvido do professor, para ser escutada.

— QUER AJUDA?

— Quê? — Rukia rolou os olhos, enquanto o ruivo voltava a dançar ao som de “Vou passar cerol na mão, assim, assim”. Ele batia uma mão na outra e arrastava uma delas pelo braço contrário, indo de encontro ao próprio tórax. A morena imaginou que uma pessoa com gingado poderia até ficar sensual fazendo aqueles movimentos, mas Ichigo não era exatamente o exemplo daquilo. Na verdade ele parecia um boneco de posto com o vento que vinha de baixo acabando.

Ela então balançou a cabeça, afastando algumas imagens bizarras que apareciam em sua mente, e foi em direção ao banheiro. No meio de caminho encontrou Bazz B se esfregando num canto com o namorado, que tentava em vão resistir às investidas do ruivo.

— Vão pro motel! — Ela gritou enquanto passava por eles, dando um tapa na nuca do de moicano.

Ela seguiu rumo e logo chegou na fila imensa para o banheiro feminino. Levaria uns bons minutos até chegar em algum sanitário, mas resolveu esperar.

Quase meia-hora depois Rukia saía do banheiro, sentindo-se ligeiramente enjoada com a mistura do cheiro de urina, bebida alcóolica e suor. Apesar de ser divertido sair com os amigos, estava entediada, provavelmente por estar sã e ver os amigos se divertindo como nunca. Arrependera-se de ter feito um voto de castidade alcoólica para aquela noite, mas não voltaria atrás. Na verdade ela voltaria era para casa, onde uma caminha quente e seu Newtinho a esperavam ansiosos.

Ela, com muito custo, conseguiu chegar perto do bando que dançavam malandramente, fazendo um hang loose com uma mão e passando pelo braço. Rukia não entendia o propósito daquelas danças coreografadas, mas não tinha o que discutir com um bando de bêbados.

Para não alertar Renji, que faria um escândalo se visse sua saída, ela puxou Ichigo pela camiseta e levando-o para mais afastado dos colegas.

— Ichigo, eu to indo — Gritou em seu ouvido.

— Quê? Por que?

— Porque eu to com vontade.

O professor de física rolou os olhos, a festa parecia bastante animada para alguém sair de lá naquelas horas. Mas Rukia era o tipo de pessoa que gostava de ser do contra.

— Tá, eu vou com você então.

— Não, não precisa! — Ela abanou as mãos em frente ao corpo, em sinal negativo.

— Para de ser tosca, não vou deixar ir sozinha pra casa. — Ele cruzou o braço em frente ao corpo, dando um passinho para o lado para se manter em pé.

— Eu pego um táxi.

— E se o taxista for um psicopata tarado?

— Af, tanto faz. — Ela então se virou de costas para ele e deu de ombros, começando a seguir para a saída da festa. O ruivo a seguiu, decidido a ir para casa junto dela, afinal se algo acontecesse as chances de Luna colocar a culpa nele eram grandes.

O percurso até o prédio em que moravam, que era bastante próximo ao Las Noches, foi feito quase todo em silêncio. Ichigo passou a maior parte do tempo rindo sozinho e tentando se equilibrar no meio fio, enquanto Rukia andava calmamente levando já os sapatos de salto em mãos.

Já no prédio, o ruivo sentiu dificuldades para subir as escadas para o segundo andar, começando a sentir a cabeça ficar leve e uma vertigem tomar seu corpo todo fazendo o estômago revirar.

— Tá bem, Ichigo? — Rukia olhou para baixo, pois já estava quase no topo da escada, e viu a cara pálida do professor, que se segurava no corrimão.

— Tô, tô — Ele amarrou a cara e fez pose, não queria dar na cara que estava começando a passar mal de tanta Jurupinga que havia tomado. Ele voltou então a subir as escadas lentamente, tateando a mão nos bolsos da calça em busca de sua chave de casa. — Oe, Rukia.

— Que foi? — Perguntou já abrindo a porta de seu apartamento.

— Cadê minha chave?

— E eu vou saber? — Ela ergueu uma das sobrancelhas, observando o professor que finalmente chegara ao seu lado.

— Acho que eu perdi... — Ele levou a mão aos cabelos ruivos, desajeitando-os ainda mais. — Tenho uma cópia na casa do Renji...

— Vem, entra — Ela abriu a porta de sua casa, indicando que entrasse. O ruivo não protestou e com as mãos entrelaçadas atrás da nuca ele entrou calmamente naquele apartamento que já estava tão habituado.

Rukia o seguiu, jogando os sapatos na entrada e seguindo para a cozinha, deixando sua bolsa em cima do balcão. Ichigo já estava no sofá, com o tronco jogado no encosto do mesmo e com os olhos vidrados no teto, vendo tudo rodar.

— Vou mandar uma mensagem para o Renji trazer sua chave quando chegar. — Ela comentou, sentando-se ao lado dele e mandando um SMS para o outro amigo.

O professor olhou em volta, movendo a cabeça bem devagar para não entontar mais. Newton dormia calmamente em um tapete próximo a televisão e os materiais de Rukia estavam jogados sobre uma mesinha de centro, sinal de que ela havia estudado um pouco naquele dia. Ele viu então o caderno da morena ao seu lado no sofá e o pegou. Na página em que estava aberto havia escrito em letras garrafais “para toda ação há uma reação de mesma intensidade e sentido oposto” com vários pontos de interrogação em volta.

— Ainda não entendeu? — Ele mostrou a folha, ao ver a expressão de indagação no rosto da moça diante seu questionamento.

— Não é tão fácil quanto parece. — Ela fechou a expressão, cruzando os braços.

— Hmm... Deixa eu pensar em algo... — O ruivo começou a olhar em volta, tentando forçar o cérebro a pensar em um exemplo fácil de ser entendido. Mas ele estava louco no álcool e poucas coisas normais surgiam em sua mente.

Rukia o olhava com curiosidade e seus olhares se cruzaram assim que ele voltou a fitá-la. Ela notou que o professor naquele dia estava sem seus óculos de grau, algo que passara até então despercebido por ela. Ichigo tinha os olhos em um tom castanho diferente do comum, era uma mistura de cores que nunca vira antes. Seu olhar era profundo ao ponto de parecer que por trás dele havia todos os mistérios da humanidade guardados.

Ela então acordou de seus absurdos mentais quando sentiu Ichigo pegando em seu pulso e elevando sua própria mão até a altura de seus rostos.

— Se eu pegar na sua mão — Ele começou, enlaçando os dedos de sua mão livre nos dela. — A sua mão vai pegar na minha do mesmo jeito, só que o sentido passa de você para mim.

Diante o toque da mão quente de Ichigo sobre a sua, ela sentiu o corpo todo tremer.

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— Se eu tocar no seu ombro — Ele disse, largando a mão da aluna e pegando de leve no ombro magro dela. — O seu ombro vai tocar na minha mão com a mesma intensidade.

A ação impensada então aconteceu.

Rukia segurou a lateral do rosto de Ichigo, passando seus dedos pelo maxilar até alcançar a parte de trás de sua orelha. Num impulso ela o puxou para frente, selando seus lábios de uma só vez.

E a reação foi de mesma intensidade.

O ruivo não precisou pensar em pedir passagem para aprofundar o beijo, pois de pronto suas línguas se encontraram, iniciando uma exploração contínua do sabor um do outro. Mais rápido que um pensamento, aquele beijo se tornava o mais urgente que trocaram em muito tempo. Ichigo parecia querer devorar a outra com os lábios, enquanto ela parecia que vivia o último momento de sua vida.

Ela afastou as pernas ao sentir o tronco do ruivo inclinando-se para frente e ficando sobre seu corpo, mas se controlando para não jogar todo o seu peso sobre a aluna. Ichigo passava as mãos de forma quase desajeitada pelas coxas magras de Rukia e ela trancou a respiração ao sentir a mão quente do professor em seus glúteos, apertando-os sobre o vestido.

A morena, no instinto, passou as mãos por baixo da camiseta do ruivo, levando-as até suas costas e a arranhando com vontade. Ela então ouviu um gemido incontido de Ichigo por entre os beijos e aquilo a fez sentir seu baixo ventre pulsar intensamente.

O Kurosaki deslizou a mão sobre o corpo dela, parando em cima de seus seios pequenos que pareciam bastante convidativos mesmo por cima do tecido. Ele desceu os olhos por eles e pôde ver a excitação aparente de Rukia, que estava sem sutiã. Ele voltou o rosto para a curva do pescoço da morena, que jogou a cabeça para trás para deixar o caminho livre, e o sugou, sentindo com a língua a textura macia de sua pele.

Ela sentiu então a excitação do professor sobre seu quadril, provavelmente ele estava agindo e reagindo à ela na mesma intensidade que ela nele. Aquele final de noite estava se transformando em uma loucura que ambos queriam fazer parte e aproveitar o máximo possível, antes que o sol trouxesse consigo o peso de duas consciências pesadas e uma ressaca.

Ichigo então parou de se mover e Rukia sentiu todo o peso do professor sobre seu corpo magro. Ele provavelmente pesava duas vezes mais que ela e seu tórax a esmagava fazendo que seus pulmões se comprimissem.

— Ichigo? — Ela o chamou, tentando virar o rosto para ele.

O ruivo se remexeu, abraçando-a pela cintura e apertando-a. Rukia então escutou o respirar baixo do outro ressoando. Ichigo pegara no sono. Em cima dela. No meio da pegação do século.

— Ichigo? — Rukia tentou acordá-lo, em vão.

Num impulso ela conseguiu o empurrar, fazendo-o cair ainda desacordado no tapete de sua casa. Ele abraçou-se em uma almofada, que havia caído no meio das saliências, e aconchegou-se em um sono profundo pós-bebedeira. Provavelmente acordaria apenas no outro dia.

            Rukia rolou os olhos. Era melhor daquele jeito, só Deus sabe o que aconteceria se eles tivessem passado dos limites naquela noite. Ela então se levantou e seguiu para seu quarto. Precisaria de um banho gelado.


Notas Finais


Não me batam, prometo que vou compensar essa quebra de clima kkk


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