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História Lembranças - Prólogo


Escrita por: dearjohn

Notas do Autor


Eu digo "finalmente postei" e vocês berram "amém Cezinha Banks".
Bem gente, eu finalmente estou aqui postando Lembranças, depois de muito tempo comentando sobre o enrendo e também de muita gente pedindo.
Quero agradecer, primeiramente, a Vanessa e a Kim por terem feito a capa. Está maravilhosa, muito maravilhosa mesmo. Obrigado Frôní.
Obrigado Yas pelo banner, amei muitão.
Obrigado Juju pela betagem.
Não copiem o enredo de Cezinha Banks se não querem ver mensagens de ódio nas suas menções e/ou mp sz
Enfim, boa leitura pessoas! <3

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Lembranças - Prólogo

“A verdadeira violência, que percebi que era indesculpável, é a violência que fazemos com nós mesmos, quando temos medo de ser quem realmente somos.”

— Nomi Marks, Sense8

Ansioso e indeciso. Quero explanar isto logo aos meus pais, mas também não sei se é o momento certo. Eles precisam saber, com exceção do meu irmão, que me aceitou tranquilamente e que já tinha suspeitas. Mas temo, por demasiado, as suas reações, principalmente a de meu pai. Não aguento viver escondido. Não aguento manter um relacionamento escondido. Preciso me libertar, preciso mostrar aos meus pais e ao mundo o verdadeiro Apollo Campbell. 

Rezo para que dê tudo certo. Por fora, pareço determinado, confiante. Mas, por dentro, há um tsunami com ondas enormemente negativas e devastadoras. Será que devo mesmo fazer isso agora? Estou mesmo preparado? Acrescentar mais um tempinho vai me fazer pensar melhor e me dar coragem caso eu queira dizer isso hoje? Tantas perguntas e algumas respostas sempre tão complexas. Socorro, meu Deus. Será que isso também aconteceu com outras pessoas na hora de assumir? Espero que, no fundo do meu coração, eu não esteja sendo o único. 

Antes que eu me levante, meu celular vibra e sorrio automaticamente ao ver o nome do meu namorado na tela. 

— Alô?

— Boa tarde, Ocean. — a voz grossa de Harry percorre meus tímpanos e, como sempre, causa-me leves arrepios. Ele me chama de Ocean devido minhas íris serem azuis, e aproximadamente da mesma cor que o oceano. 

— Oi, Emerald. — assim como ele me deu apelido por causa dos meus olhos, fiz o mesmo. Aquele tom esverdeado recorda-me verde esmeralda. Porém, antes dele cortar seu cabelo, costumava chamá-lo de Curly, por causa de seus fios encaracolados e escuros.

— Conseguiu? — pergunta.

— Ainda não. — respondo, suspirando levemente. — É difícil crer que você ainda namora alguém que não tem coragem de expor o verdadeiro eu. 

— Pois acredite. Tudo que me importa é você e saber que estou te fazendo feliz. Se precisar que seja um namoro escondido para que eu te veja bem, as escondidas será nosso namoro. Não me importo. Não se sinta um lixo, um perdedor, por não conseguir desabafar. Admito que, minimamente, dói-me saber que você não assume, não mostra o verdadeiro Apollo Campbell, entretanto, você não tem culpa disso. Você teme a reação deles, você teme ser repelido ou banido da sua família. — escuto ele tossir, consequências do recente resfriado adquirido. — Mas acredite, Ocean, isto é algo que acontece com muita gente, independente do que fez ou do que é. Evidenciar a verdade é sempre muito difícil, entretanto, é necessário quebrar esse obstáculo se quer viver completamente bem. Assumir-se fica ao seu critério, você tem livre arbítrio. E, independente do que for decretado pelos seus pais, espero continuar tendo presença na sua vida. Fecho os olhos e suspiro. Seria maravilhoso se a vida cooperasse em situações como esta.

— Destruo minha vida todo dia quando receio ser eu mesmo e isso me fere intensamente. Não vou resistir por mais tempo.

— Um tipo de violência que é difícil de desculpar e curar. Ser quem realmente nós somos.

— Assumirei hoje. Você, como sempre, incentivou-me. Vai ser muito difícil​ para que eu agradeça e retribua tudo que você me fez, Emerald.

— Você sabe que não precisa disso, amor.

— Oh céus, Harry! Você não existe, com certeza não. Impossível alguém ser tão puro e adorável como você.

— Milagrosamente, ainda há pessoas fantásticas neste mundo complexo e difícil de engolir.

— Eu estou muitíssimo feliz e penhorado em ter achado você. Posso ter ganhado vários presentes em toda minha vida, no entanto, lhe afirmo que você foi melhor, e peço que seja eternamente.

— Tenho certeza que sim, Apollo.

Trocamos mais algumas palavras e encerramos nossa ligação com um "eu te amo". Eu o amo demais, isso não posso negar, pois é muito nítido e verdadeiro. 

Deixo meu celular em cima da cama e, possuído pelo nervosismo e pavor, caminho primeiramente até a cozinha. Pouso um copo na pia e vou até a geladeira, abrindo-a e, em seguida, procuro a jarra de suco do meu sabor preferido. Maracujá. Oro para que isso me acalme completamente. Despejo o líquido amarelado no objeto cilíndrico e o direciono até meus lábios, ingerindo a doçura do suco.

Suco de maracujá foi inventado por deuses que se incorporaram nos corpos de homens e/ou mulheres, só pode! Essa concepção tem um sumo extraordinário.

Feito isso, vou até a sala, vendo minha família reunida, assistindo um filme que o nome não fará diferença na minha vida. Me junto a eles, sentando ao lado do meu irmão, Finnick, que me encara e pergunta, sem emitir som algum, se irei contar tudo e como resposta, balanço a cabeça, confirmando. Respiro fundo e me levanto, ficando na frente da televisão e deles.

“Se estiver nervoso, lembre-se da música que lhe apresentei, cuja melodia você alegou ter lhe acalmado, Ocean. Isso lhe ajudará em momentos alvoroçados, eu tenho certeza disso. Nunca deixe nada inconveniente te corroer, pois sabe que nada, e nem ninguém, tem capacidade o suficiente para te derrubar. E, antes que argumente, até porque já sei o que dirá, saiba que é uma pessoa forte na vida, independente e despreocupado com as críticas.”. — evoco da vez em que Styles me enviou uma música e, no momento em que a cantora iniciou o canto, senti uma energia demasiada veemente.

— Aconteceu alguma coisa, filho? — indaga minha mãe, encarando-me confusa e um pouco inquieta por conta do baixo suspense. Meu pai pega o controle remoto e desliga a televisão, olhando para mim também. Total de quatro olhos fitando-me curiosamente, menos Finn, pois ele já sabe. — Se sente doente ou coisa assim?

— Não, é outra coisa. — coço minha cabeça e tento controlar minhas emoções — Preciso contar uma coisa a vocês dois... — respiro fundo, novamente, e prossigo. — mãe... — olho para ela — pai... — rolo os olhos até ele. — por muito tempo, eu tenho encobertado algo que eu não deveria. — a melodia, a voz e a letra de Quit, de Cashmere Cat com participação de Ariana Grande, passeia pela minha mente. O efeito é o mesmo. Já me encontro mais calmo, sereno. Resumidamente, nas nuvens. — Agrido-me todo dia por me esconder, por não deixar vocês, com exceção de Finn, saberem de toda verdade. Neste instante, exibo-me despreocupado e seguro para vocês. — fecho os olhos e, mais uma vez, inspiro — Não é uma fase. Não é doença. Não é falta de porrada, como muitos dizem por aí. É o que eu sou e espero que vocês façam o mesmo que o Finnick fizera ao escutar; aceitem e apoiem. A verdade é essa. Eu sou gay.

Suas feições exibem descrença e algo que me dificulta compreender exatamente. Desespero? Repulsa? Desdém? Certamente os três, pois meu progenitor se levanta imediatamente e vem até mim. Minha respiração se descontrola e sinto um frio na barriga. Seus braços musculosos estão vindo ao meu encontro, e rezo para que seja para me abraçar.

Meus lábios estão começando a formar a palavra "pai", quando uma de suas mãos desfere um soco em meu rosto, fazendo-me cair no chão.

— Desgraçado, doente, peste, nojento... — o ouço berrar. Ao mesmo tempo em que ele me ludibria, minhas lágrimas escorrem. No fundo, eu tinha certeza que algo semelhante a isso ocorreria.

— Por que não te abortei? — o nojo e a repulsa estavam bem colocados em cada frase e xingos ditos pelos meus pais.

Violentamente, sou virado de barriga para cima, sentindo dez dedos apertarem vigorosamente meu pescoço.


Notas Finais


Cirvulo Sevreto comanda tudo, tá? Tá.
Não deixem de comentar o que acharam, obrigado, de nada.
Até mais sz


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