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História Lendo Antonella Potter e a Verdade - Capítulo 2 - Respostas Desagradáveis, mas Necessárias.


Escrita por: ChistineBlack

Notas do Autor


Olá;

Acabei de terminar esse capítulo e espero que gostem...

Os diálogos que tiverem § estão sendo falado em língua de cobra.

E nessa história Neville não sofreu com sua família, ele cresceu sendo mimado por todos e não sendo forçado a mostrar magia acidental.

Boa Leitura!!!

Capítulo 3 - Capítulo 2 - Respostas Desagradáveis, mas Necessárias.


- Capítulo 2 – Respostas desagradáveis, mas necessárias. – Narcisa leu.

- O que isso significa? – Sirius perguntou olhando preocupado para a afilhada.

- Quando fiz um teste de herança em Gringotes no dia do meu aniversário, mesmo dia em que cheguei na Mansão Peverell, surgiu uma situação inesperada, uma situação que nem mesmo os duendes conseguiram explicar, quando vi a biblioteca da mansão, imaginei que poderia encontrar as respostas lá e de fato encontrei, porém odiei ter essas respostas, porém elas são necessárias, pois explica muita coisa e também muda toda a guerra. – Antonella explicou pacientemente.

- Por que muda a guerra? – Bellatrix perguntou confusa, sem entender o que poderia ser revelado no teste de herança que poderia afetar a guerra que o mundo bruxo estava entrando.

- Por que muda tudo sobre mim e tenho serias duvidas que Voldemort irá continuar querendo me matar depois que descobrir isso. – Antonella falou pacientemente e então se voltou para o Lord que a observava com atenção. – Apesar que depois de descobrir que sou uma ofidioglota não acho que ele queira me matar.

Voldemort preferiu não responder, estava mais interessado em observar Antonella, a garota sabia tão bem quanto ele que ela ser uma ofidioglota feminina mudava em muito o que ela representava na guerra, para ele.

Narcisa ao ver que não teriam mais nenhuma resposta começou a ler o capítulo.

A biblioteca Peverell era enorme e o melhor não se resumia apenas a livros,

Aqueles que viviam em busca de conhecimento olharam ansiosos para o livro.

também possuía mapas extremamente antigos, grimórios escritos pelos antepassados Peverell e outros que foram adquiridos com o tempo, assim como tratos mágicos em diversas línguas, enquanto andava pela biblioteca foi fácil perceber que os livros estavam armazenados por classe magica, os livros sobre magia da luz estavam todos em uma única seção, ordenados por assuntos, o mesmo para magia cinza e magia negra, isso com toda a certeza facilitaria sua busca.

Remo tinha que admitir que estava curioso para saber o que a filhote estava procurando, esperava que não fosse nada perigoso.

O primeiro passo era entender o que era uma Horcrux,

Voldemort olhou alarmado para o livro, como a garota podia saber sobre suas Horcrux’s?

Antonella apenas observou Voldemort com atenção, porém ela sabia que ele ainda não tinha percebido o que ela era.

para isso seguiu para a seção marcada como Artes das Trevas e ali usou um feitiço em língua de cobra para convocar todos os livros que falavam sobre Horcrux, mesmo que fosse apenas uma citação, para sua surpresa cerca de cinco livros flutuaram até a mesa no canto da biblioteca,

Voldemort ficou surpreso ao ouvir isso, pois em sua juventude ficou um bom tempo procurando a informação em outros livros, além daqueles na biblioteca de Hogwarts, mas nada encontrou.

Antonella seguiu para a mesa e passou as próximas horas perdida em meio aos livros.

Quando terminou o último livro não sabia dizer se estava impressionada por alguém ser capaz de usar um ritual tão complicado, várias vezes, ou se estava horrorizada com o processo para a fabricação de uma Horcrux.

- Até o momento ainda estou em dúvida. – Antonella falou cansada ao se lembrar de quando descobriu tudo.

- Pois deveria estar horrorizada. – Dumbledore falou na mesma hora olhando para a garota.

- Se é tão horrível assim, então por que o senhor parece tão familiarizado com o termo? – Antonella perguntou olhando analiticamente para o velho.

- Tenho que saber aquilo que ensino. – Dumbledore respondeu.

- O senhor era professor de transfiguração e não DCAT. – Antonella apontou calmamente. – Sendo assim saber o que uma Horcrux é, não faz parte de sua formação, sendo assim não tente usar essa desculpa barata.

- E por que a senhorita está procurando sobre isso então? – Dumbledore perguntou irritado, tentando desviar a atenção dele.

- Essa é uma boa pergunta, uma criança não deveria estar procurando sobre assuntos tão malignos. – Molly falou olhando repreendedora para Antonella.

- Em primeiro lugar tenho um motivo muito bom para estar procurando esse assunto, em segundo não tenho nenhuma dúvida de que Dumbledore sabe dessa informação e como sempre nunca fez nada, pelo menos não até que ele ganhe algo com isso, em terceiro não sou uma criança, sou a Lady da Casa Peverell e mesmo que apenas tome posse de todas as funções que vem com um senhorio aos dezessete anos, isso não significa que você pode me tratar como uma criança e por fim, por culpa de seu precioso diretor nunca pude ser uma criança, então não me trate como uma. – Antonella falou olhando friamente para a mulher ruiva, estava cansada de todos achando que ela era uma criança, mas na hora de ir para a linha de frente ela sempre era a primeira a ser enviada para lá.

- Não importa se você assumiu um senhorio ou não, ainda tem apenas quinze anos, por tanto uma criança. – Molly falou levantando e colocando as mãos na cintura.

- Engraçado, agora sou uma criança por que estou procurando algo que é totalmente da minha conta já que me afeta em muito, porém quando vocês precisam de alguém para enfrentar Voldemort, por que vocês adultos tem medo de mais dele para fazer isso sozinhos, então sou a primeira a ser jogada na linha de frente e nessa situação não importa a idade que tenha, se tenho um ano, onze anos, doze anos ou quatorze anos. – Antonella falou olhando friamente para Molly, porém mesmo com a voz fria e sendo percebível sua irritação com a mulher, sua postura permaneceu a mesma e parecia a de um adulto falando com uma criança malcriada. – Não me venha dizer que sou criança para qualquer coisa, quando vocês não conseguem nem mesmo dizer o nome Voldemort em voz alta.

Voldemort teve que lutar muito para manter a postura, pois tudo o que mais queria era rir, rir da expressão envergonhada dos bruxos da luz e rir da expressão envergonhada e medrosa de seus seguidores que intercalavam olhares para Antonella e ele, porém a maior diversão era saber o quanto Antonella estava certa, pois os bruxos adultos se escondiam atrás de uma criança, a mesma criança que mesmo com um ano de idade o olhou sem medo.

- Ela está certa, Molly. – Arthur falou olhando para a esposa. – Não conseguimos nem mesmo ouvir o nome de Você – sabe – Quem, sem temer de medo e Antonella o enfrenta sem medo desde os onze anos e mesmo que não queiramos admitir, ela sempre foi a nossa esperança para destruir você – sabe – quem, é injusto chama – lá de criança, quando colocamos tamanha responsabilidade sobre seus ombros.

- Mas Arthur. – Molly queria continuar discutindo, para ela Antonella era uma criança e deveria ser protegida de tudo isso, mas lá no fundo era obrigada a admitir que o marido e a própria Antonella estavam certos.

Dumbledore que tinha observado toda a briga estava irritado, Antonella não deveria ser tão independente, o abuso que ela sofreu na mão dos tios deveria ter sido o suficiente para garantir a garota no lado da luz.

Narcisa não querendo que ninguém acabasse morto, pois Antonella tinha uma expressão que lembrava a de alguém preste a acabar com aquilo que estava lhe irritando, achou que o melhor seria retornar a leitura e assim voltou a ler o capítulo em voz alta, distraindo todos da briga que tinha acontecido.

Sem pensar muito convocou um caderno de couro e uma caneta tinteiro e começou a notar, o conceito do que era uma Horcrux, que basicamente era um objeto inanimado no qual um bruxo após passar por todo um processo ritualístico colocava uma parte de sua alma, essa parte variava de tamanho, pois dependeria da importância da pessoa assassinada para que a alma pudesse ser repartida, também anotou os pontos chaves do ritual e quais as formas de reverter uma Horcrux, porém o livro apenas falava que o remorso pela morte provocada seria eficaz para reverter o processo, porém na nota de rodapé o livro mencionava a existência de um ritual grego a muito perdido, sobre o ritual ela grifou a anotação, pois pretendia retornar a isso mais tarde, porém o que mais a preocupava era que o livro não falava absolutamente nada sobre o que uma Horcrux causaria em um ser vivo, a única menção a isso que encontrou foi que era extremamente arriscado fazer algo assim, pois uma alma corria o risco de entrar em conflito com a outra.

Voldemort que tinha ouvido a tudo com atenção olhou para Antonella em choque, ele não tinha consciência nenhuma de que a garota era sua sétima Horcrux, porém aquela noite de 1981 foi tão maluca que tudo poderia ter acontecido.

- § Você é uma Horcrux? – Voldemort perguntou ainda me choque.

- § Achei que iria precisar desenhar. – Antonella não resistiu em responder. – § Eu entendo você não ter percebido nada no meu primeiro ano, mas até mesmo sua versão de dezessete anos percebeu o que eu era.

Voldemort olhou confuso para a garota, pois nunca a conheceu com dezessete anos, porém se lembrou do diário que deixou com Lucius.

- Como o diário chegou até você? – Voldemort perguntou olhando da garota para Lucius, que tremeu de medo, e de volta para Antonella.

- No meu segundo ano o diário foi colocado no caldeirão de Gina, antes do início do ano letivo, achando que seus pais compraram para ela, passou o final das férias de verão escrevendo no diário, quando fomos para Hogwarts, por algum motivo as alas da escola não perceberam nada de estranho com o objeto, assim ela continuou escrevendo, na noite de Samhain a gata do zelador foi petrificada e uma mensagem do herdeiro da Sonserina foi deixada na parede, durante todo o ano vários ataques ocorreram, até que antes dos últimos ataques, eu encontrei o diário e descobri como ele funcionava, porém antes que pudesse tomar alguma decisão com relação a ele, Gina o roubou de mim e os ataques retornaram, um pouco depois disso Gina foi levada para a Câmara e seu foi forçada a segui – lá, quando cheguei até ela encontrei sua versão de dezessete anos e acabei barganhando com ela, pois não queria que a escola fosse fechada. – Antonella explicou.

Gina estremeceu ao se lembrar de seu primeiro ano, até hoje não se conformava em como tinha sido tão burra ao ponto de confiar em um diário que lhe respondia.

- Você disse que destruiu o diário. – Dumbledore falou olhando irritado para Antonella.

- Me admira que você tenha acreditado, o diário falso que entreguei para você não continha nenhum resido de magia negra. – Antonella falou olhando divertida para Dumbledore.

- Onde está o diário? – Voldemort perguntou preocupado com sua Horcrux.

- Em segurança, quando estivermos sozinhos revelarei o local. – Antonella respondeu tranquilamente, não tinha qualquer intensão de manter o diário.

- Muito bem. – Voldemort falou resignado, antes de se voltar para Lucius. – E Lucius teremos uma séria conversa depois, pois lhe disse para manter o diário em segurança e não para entrega – ló para uma criança.

Lucius estremeceu e abaixou a cabeça, temendo o que lhe aconteceria quando o Lord das Trevas fosse pedir retribuição por sua desobediência.

Essa última informação seria uma preocupação se os duendes não tivessem lhe revelado a verdade sobre si mesma, tentando não pensar nisso ela procurou os livros sobre magia da alma e mergulhou em todos eles.

Voldemort ouvia a tudo com curiosidade, pois assim que uma pausa surgisse começaria sua própria pesquisa.

Quando a noite chegou ela tinha quase certeza de que sabia o que havia acontecido aquela noite, porém ainda precisava ler os últimos livros, mas pelo que leu nos índices não haveria nada diferente.

Basicamente ela morreu ao receber a maldição da morte,

- O que? – A maioria dos presentes perguntaram em choque.

- Se tiverem paciência irão descobrir. – Antonella falou indicando o livro.

Narcisa logo voltou a ler com curiosidade.

porém quando a maldição retornou a Voldemort, e nada do que ela leu explicava o motivo disso ter acontecido,

Voldemort também não entendia, porém, ao olhar para Severo se lembrou de que o homem pediu para ele poupar a vida de Lilian Potter, amiga de infância de Snape, e Voldemort concordou e até mesmo deu a chance dela se afastar três vezes, talvez tudo isso fosse o que fez a maldição retornar para ele.

e uma parte da alma dele se fragmentou e em seu desespero para se prender em algo se prendeu justamente no corpo de Antonella Potter

- Você... – Sirius não conseguia nem mesmo terminar de falar, era uma ideia ainda mais impossível do que saber que sua afilhada tinha morrido.

Antonella apenas indicou o livro.

e como seu corpo ainda não tinha se desligado e ao que parece sua alma não tinha se afastado, foi o suficiente para que ela permanece viva, pois o fragmento da alma de Voldemort tinha um desejo tão forte de viver que se agarrou a alma da bebê e não permitiu que ela se afastasse para a vida pós morte e com isso a alma dela foi forçada a retornar ao corpo.

Todos estavam em choque com a explicação, então Antonella não tinha sobrevivido a maldição da morte afinal.

Cansada ela escondeu o rosto com as mãos, saber tudo isso, saber que com um ano de idade ela morreu e foi forçada a retornar ao próprio corpo e o pior era saber que enquanto ela vivesse Voldemort viveria, tudo isso mudava tudo, mudava quem ela era, mudava seu estatuto nessa guerra e principalmente mudava o que ela era para Voldemort.

Dumbledore olhou desgosto para o livro, Antonella não deveria estar pensando nisso, pelo menos não dessa forma, a garota só deveria saber que era uma Horcrux depois que ele a tivesse instruído a destruir todas as outras e só então ele revelaria a verdade e nisso a influenciaria para que caminhasse até a morte como um obediente cordeiro sacrificial.

E saber isso era aterrorizante.

Mas se lembrou de Tom

Voldemort fez uma careta ao ouvir esse nome, mas estava curioso para saber do que ela estava falando.

como lhe disse que quando Voldemort descobrisse a verdade tudo mudaria, porém o rapaz se recusou a esclarecer qualquer coisa e se trancou no diário, se recusando a responder qualquer coisa.

- Quando isso acontece? – Voldemort perguntou curioso para saber sobre a interação entre seus Horcrux.

- Durante todo o tempo em que passei na Câmara tentando convencer Tom a não matar Gina para que Hogwarts não fosse fechada. – Antonella respondeu tranquilamente.

Gina fez uma careta, porém deveria saber que foi apenas por causa de Hogwarts que foi salva, afinal Antonella nem mesmo lhe deu uma segunda olhada depois de toda aquela situação.

Resolvendo não pensar mais nisso por hoje, levantou de seu lugar e caminhou até seu quarto, ali entrou no banheiro e ligou a banheira, deixou a água na temperatura ideal e despejou sabão com o aroma de cerejeira e mergulhou na água, passou a próxima meia hora esvaziando a mente e trancando cada emoção perigosa atrás de solidas paredes, pois pensaria nelas quando fosse seguro, até esse momento chegar o melhor seria se tudo fosse trancado, não queria arriscar fazer algo do qual se arrependeria e olha que ela não era disso.

Para o bem ou para o mal ela não se arrependia, o que fez estava feito.

Severo olhou em choque para o livro, ele era muito mais velho que a garota e carregava muitos arrependimentos, porém ali estava uma criança falando que não se arrependia.

Voldemort sorriu levemente, afinal nesse ponto era parecido com Antonella, nunca foi de se arrepender do que fazia, pois não via sentido em se arrepender de algo que já estava feito e não tinha mais volta.

Quando terminou o banho se enrolou em uma toalha felpuda preta e retornou ao quarto, seguiu para o closet e ali vestiu uma camisola de seda verde escura, escovou os cabelos e os prendeu em uma trança folgada, desde que deixou os cabelos crescerem nunca gostou de deixar – los soltos, principalmente depois que descobriu que os costumes da família Peverell era que as mulheres com cabelos longos os mantivessem presos constantemente, apenas a família poderia os ver soltos e após o casamento apenas o marido e filhos.

Todos olharam para Antonella e como sempre a garota tinha o longo cabelo negro preço em tranças que se uniam para forçar um coque.

Narcisa, Bellatrix e Aleto estavam em choque, todas elas sempre tiveram orgulho em dizer que eram tradicionalistas e que sempre respeitavam os costumes da família e até mesmo da sociedade puro – sangue, mas olhando agora sabiam que estavam erradas, pois no final não respeitavam nada, essa regra dos cabelos presos em público não era apenas da Carta Peverell, mas da maioria das famílias antigas e nenhuma delas seguia esse costume como Antonella, o máximo que faziam era prender os cabelos com uma presilha parcialmente e apenas isso, mas ali estava uma adolescente do mundo mais moderno, criada no mundo trouxa respeitando as tradições antigas muito mais do que elas que foram criadas para isso.

Voldemort que observava a reação de seus seguidores queria sorriram amplamente ao ver o desconforto deles, pois ali estava uma adolescente respeitando e seguindo orgulhosamente as tradições de sua família, enquanto aqueles que defendiam as tradições não a seguiam.

Era um costume antiquado, mas para ela já era um costume desde o segundo ano e quando descobriu sobre esse costume da família Peverell, não foi difícil seguir, porém ela se atentou a Carta da família e logo descobriu muitos outros costumes, alguns eram irritantes e ela sabia que nunca os seguiria, porém outros não era difícil de manter e ela sabia o quanto as tradições e costumes eram importantes para o mundo bruxo, o mundo ao qual ela passaria toda a sua vida, então ao invés de ser como um maldito nascido trouxa que acha que o mundo magico é uma extensão do trouxa,

Hermione corou envergonhada ao ouvir essas palavras, pois por mais avida que fosse para aprender nunca se importou com as tradições do mundo bruxo e sempre odiou quando os Sonserianos falavam sobre elas, pois os achava antiquados.

ela aprendeu os costumes das três famílias as quais era a herdeira e seguiu apenas o melhor das três Cartas, foi tão divertido ver o olhar de todos quando ela lentamente mudou, mudou suas roupas, comportamento e se dedicou 100% aos estudos, ignorando em sua maioria as manipulações do diretor, no final até mesmo Severo Snape não tinha o que dizer da garota.

Severo bufou, pois ele odiava não ter motivos para reclamar dela.

Já Voldemort tinha ouvido tudo com atenção, Antonella Potter era única e ele agradeceu a qualquer entidade divina que estivesse ouvindo por ela não ter morrido naquela noite a muitos anos, seria um desperdício completo, ainda mais que ela seria a rainha perfeita.

Assim que estava pronta para dormir retornou ao quarto e se deitou na cama, seus familiares estavam fora caçando, então ela não seria incomodada por suas opiniões, as vezes irritantes, no escuro olhou para o teto sem realmente o ver, mesmo agora alguns pensamentos queriam se forçar em sua mente, porém por pura força de vontade ela os enterrou em uma caixa e os deixou lá, não queria pensar em nada disso, já tinha muito em suas mãos.

Não sabia ao certo quando adormeceu, mas mesmo em meio ao sono sua noite foi turbulenta e foi com alivio quando acordou com o sol nascendo e seus raios invadindo o quarto, sentou na cama e sorriu levemente ao ver que Edwiges estava dormindo em seu poleiro, Nix e Lucífer estavam enrolados em frente ao fogo, evitando fazer barulho levantou e seguiu para o banheiro, lavou o rosto e se olhou no espelho, a pele embaixo de seus olhos estava escura, sua pele mais pálida que o normal, irritada se afastou do espelho e foi para o closet, retirou a camisola e vestiu um vestido longo da cor preta, ele não tinha mangas e tinha um decote em v, era susto em sua cintura e a parte da saia não possuía volume, apenas caia em cascada até o chão, calçou um par de sapatos de salto, desfez a trança e escovou os cabelos e os prendeu em um coque alto, passou maquiagem para esconder o fato de não ter dormido a noite e só então saiu do quarto e seguiu para a sala de jantar.

Não era surpresa que os elfos já estivessem servindo o café da manhã, sentou confortavelmente na cabeceira da mesa e se serviu com frutas, panquecas e suco de laranja, conforme comia lia o jornal que Willy entregou e não foi surpresa ver que Voldemort não tinha feito qualquer movimento ainda, qual seria a graça de se revelar quando o Ministério da Magia estava elegantemente virando o rosto para o outro lado.

Voldemort sorriu divertido ao ver que a garota entendia seu ponto de vista, seus planos era revelar sua volta, porém o Ministério declarou a todos que ele não estava de volta e que Dumbledore estava mentindo para causar o caos e assim foi muito mais divertido permanecer quieto e fazendo as coisas das sombras e assistindo enquanto Dumbledore tentava dizer a todos que Voldemort estava de volta ao mesmo tempo que era atacado pelo Ministério que não queria acreditar nisso.

Fudge se encolheu em seu lugar, depois de se ver cara a cara com Você – sabe – quem, sabia que ao redornar ao mundo depois da leitura teria que contar a população que estava errado e que o Lord das Trevas havia retornado e que muito provavelmente o Mundo bruxo entraria em outra guerra.

Amélia observava Fudge, sabia que o homem estava começando a entrar em pânico ao percebe que seria forçado a admitir que Voldemort estava de volta, porém nesse momento sua maior preocupação não era se o Ministro admitiria a verdade ou se iria fingir ignorância, sua preocupação era ver que Antonella estava muito mais ao lado de Voldemort do que de Dumbledore, ou pelo menos a garota estava parada no meio das duas facções, mas estava claro, pelo menos para ela, que Antonella não se rebaixaria a seguir as ordens de Dumbledore e isso apenas mostrava a Amélia que Dumbledore não era o caminho a seguir, é claro que ela sabia disso a muito tempo, principalmente quando depois de entrar para a ordem da fênix, seu irmão virou alvo dos Comensais e logo ele e a esposa foram mortos e ela criou a sobrinha, esperava que esses livros tivessem todas as respostas para as perguntas que estavam surgindo.

Divertida continuou a leitura do jornal, mas parou ao encontrar uma referência ao seu nome e ela não gostou nada disso, o maldito Dumbledore estava permitindo que aqueles idiotas arrastassem o nome dela na lama e ela preferia ser torturada a permitir que isso acontecesse.

Fudge se encolheu ao se lembrar dos problemas que isso estava causando para ele e não conseguiu evitar em olhar com ressentimento para Antonella.

Voldemort ao perceber isso não conseguiu evitar em ficar curioso, ainda mais ao ver a diversão no rosto de Antonella.

- Willy? – Chamou e logo o elfo apareceu com um estalo.

- Em que Willy pode ajudar Lady Peverell? – Willy perguntou com uma reverencia.

- Willy, por favor, me traga um pergaminho e uma caneta tinteiro ou uma pena e tinta. – Antonella pediu e se voltou para o jornal e ao ver que haviam mais duas referências a ela, mesmo que de forma indireta.

  Quando Willy retornou com o pergaminho e uma caneta tinteiro Antonella os pegou e logo começou a escrever uma carta para Ragnok.

Mestre duende Ragnok;

Venho por meio dessa carta pedir para que os advogados de Gringotes entrem com um processo contra o Ministério da Magia e o jornal Profeta Diário por difamação e calunia e por envolverem o nome de um menor de idade sem a expressa permissão de seus guardiões legais.

Estou enviando em anexo o jornal de hoje com as matérias referentes a isso grifadas, quero restituição por tudo isso e um pedido de desculpas e que eles nunca mais escrevam qualquer coisa sobre mim sem a minha expressa permissão, caso encontrem algum problema pode lembra – los dos artigos que fui obrigada a aguentar durante o Torneio Tribruxo, artigos não permiti e que apenas continham mentiras, se ainda for possível entrar com um processo em face disso, vá em frente.

Aguardo uma resposta.

Antonella Sakura Potter Peverell

Lady da Nobre e Antiga Casa Peverell

Herdeira da Antiga Casa Potter

Herdeira da Mui Antiga e Nobre Casa Black.

- Por que não usar um advogado bruxo? – Jugson perguntou olhando para Antonella.

- Por que que os advogados bruxos sejam bons, pelo menos uma certa porcentagem. – Antonella falou ao se lembrar que alguns eram terríveis. – Os advogados dos duendes, são duendes treinados para isso desde muito jovens e eles possuem a crueldade dos duendes e nunca perdem um caso e a parte perdedora sempre termina com o pior que lhes poderia acontecer, se não acredita em mim pergunte ao Ministro.

Fudge olhou furioso para a garota.

- É um absurdo as coisas que foram solicitadas. – Fudge falou. – Aliais todo o caso é um absurdo.

- Por mais que carregue o anel de Lady da Casa Peverell, ainda sou menor de idade e o que o Ministério, o Profeta Diário e até mesmo Dumbledore tentaram fazer com meu nome é um crime, se não fossem um bando de idiotas não estariam nessa situação e saiba que meus advogados não iram recuar até conseguirem o melhor disso. – Antonella respondeu tranquilamente.

Fudge estava furioso, porém sabia que não adiantaria falar mais nada, a garota já tinha se mostrado implacável.

Voldemort estava curioso para saber mais, porém apenas teria que se lembrar de perguntar mais tarde para Antonella.

Willy foi esperto e trouxe junto o carimbo com o brasão da Casa Peverell, rapidamente ela derreteu a cera e a pingou sobre o envelope e logo o carimbou, chamou Dobby e pediu que ele levasse a carta para Ragnok.

- Willy todos os elfos Potter e Black retornaram? – Antonella perguntou ao voltar para o café da manhã.

- Monstro foi o último elfo a retornar. – Willy informou. – Todos os outros estão na cozinha comendo e as coisas foram colocadas no porão.

- Muito bem, assim que terminar meu café da manhã irei para a cozinha, pois preciso conversar com eles. – Antonella falou.

Willy fez uma reverencia e saiu, Antonella terminou seu café da manhã tranquilamente e logo seguiu para as cozinhas e ali os excluiu do serviço das Casas Potter e Black e os reintegrou a serviço da Casa Peverell e pediu para que Willy tomasse conta de todos eles, com isso fora do caminho ela focou em descobrir mais sobre a mansão.

Durante as próximas horas ela explorou a mansão e os terrenos, parando apenas para almoçar, enquanto estava nos terrenos da mansão descobriu que o que pensava ser um canteiro para ingredientes de poções era realmente um,

Severo ouvia a tudo com atenção, estava morrendo de vontade de pedir a Potter que o levasse até a Mansão Peverell para ver os ingredientes que poderia encontrar em uma propriedade tão antiga, porém seu orgulho era maior.

muito maior do que ela achou inicialmente, porém curiosa verificou tudo, havia ingredientes comuns, mas o que lhe chamou atenção foram os ingredientes ao fundo do canteiro, pelo que ela podia averiguar das plantas eram raras, destinadas as plantas raras e algumas delas não pareciam ser nativas da Inglaterra.

Antonella e Voldemort se viraram para olhar para Neville e ambos podiam ver a expressão dividida do homem, estava claro como o dia que ele estava morrendo de curiosidade para verificar o canteiro, porém seu orgulho estava falando mais alto.

Isso a fez pensar em Neville,

Neville sorriu ao ver que tinha sido lembrado pela amiga.

- Se você quiser posso verificar as plantas, Antonella. – Neville ofereceu olhando para a amiga.

- Iria agradecer muito. – Antonella falou sorrindo para o amigo. – Tenho certeza de que irá gostar dos jardins da Mansão Peverell, existem muitas plantas que não são nativas, pelo que os elfos me contaram meus antepassados gostavam de viajar e sempre traziam alguma muda de planta diferente ou algo do tipo e isso resultou na variedade de plantas nos jardins e nos ingredientes de poções. – Nesse momento Antonella se voltou para Snape. – E se até lá o professor Snape perceber que o orgulho é bom, porém se não sabermos como controla – ló só irá atrapalhar, poderá nos acompanhar e verificar os ingredientes, pois muitos nem mesmo são disponíveis na Inglaterra.

Severo apenas olhou irritado para a garota, porém devido a oferta sabia que teria que engolir o orgulho e pedir.

talvez mais para frente poderia pedir ao amigo que verificasse essas plantas para ela e assim descobrir exatamente o que ela tinha em mãos, porém a pergunta ainda permanecia o que ela faria com todos esses ingredientes? Ela não queria desperdiça – lós, porém por mais que fosse boa em poções não estava no mesmo nível que Mestre, ao pensar nisso se lembrou do professor Snape, o homem certamente faria a festa com tudo o que tinha no canteiro e se eles estivessem em bons termos provavelmente lhe daria os ingredientes, mas como ele a odiava por algo que nem era culpa dela, já que ela nem era nascida na época, sabia que teria que encontrar outra solução.

Severo olhou chocado para o livro, mas tinha que admitir que as palavras da garota atingiram em cheio o ponto, pois Antonella nunca realmente lhe fez nada, muito pelo contrário a garota sempre foi respeitosa com ele e em sua aula sempre estava em seu melhor comportamento e no decorrer dos anos isso apenas aumentou e hoje em dia não tinha o que reclamar da garota em sala de aula ou fora dela, sua imagem era impecável, mas mesmo assim ele continuava agindo de forma odiosa com ela e ao se lembrar de sua melhor amiga a muito falecida sentiu a culpa, apenas da crença de todos ele e Lílian voltaram a se falar depois do desastre que foi seu quinto ano, antes de Voldemort começar a caçar os Potter ele e Lílian se encontraram algumas vezes e em muitas delas a amiga estava com a filha recém nascida e ele passou várias horas brincando com a pequena Antonella e Lílian sempre o chamava de tio babão, porém quando Antonella apareceu aos onze anos em Hogwarts estava tão desesperado para não se apegar a ninguém que preferiu desenterrar todos os sentimentos de ódio e ressentimento que tinha por Tiago Potter e os jogou sobre a criança inocente sem pensar duas vezes. Ao começar a ver o que tinha feito e o que poderia ter tido o fez começar a se arrepender de suas ações, pois como Antonella disse a culpa não era dela.

Depois de verificar todas as plantas seguiu para os estábulos, quando perguntou a Willy sobre eles mais cedo, o elfo lhe disse que sempre haviam pelo menos quatro cavalos, dois machos e duas éguas, assim que entrou nos estábulos encontrou um elfo doméstico cuidando dos cavalos.

- Lady Peverell. – Ele falou ao se curvar ao vê – lá entrar.

- Qual é seu nome? – Antonella perguntou curiosa.

- Eli, senhora. – Eli falou novamente se curvando.

- Boa tarde, Eli. – Antonella falou ao parar em frente ao pequeno elfo. – Creio que já pedi hoje mais cedo, para que todos vocês me chamem de Ella, Lady Peverell é para meus inimigos.

Voldemort olhou para a garota com curiosidade, Antonella não era normal, ela tratava a todos com gentileza, pelo menos até que eles ficassem do lado errado de sua varinha, como era o caso de Lucius.

- Como queira, senhorita Ella. – Eli falou.

- Quais são os nomes dos cavalos, Eli? – Antonella perguntou curiosa.

- É claro que não demoraria muito para você ir atrás dos cavalos. – Daphne falou divertida.

Todos se voltaram para a garota.

- E como você saberia disso? – Draco perguntou olhando confuso para a companheira de casa.

Daphne se voltou para Antonella se desculpando por ter falado de mais, porém Antonella apenas sorriu.

- Eu e Daphne somos amigas desde o primeiro ano, foi quando passei o natal na Mansão Greengrass que aprendi a cavalgar. – Antonella respondeu divertida ao ver o desgosto no rosto de Dumbledore e a surpresa no rosto de Voldemort.

- Achei que você odiasse os sonserianos. – Sirius falou em choque com a descoberta.

- Não tenho nada contra a casa da Sonserina, muito pelo contrário era para lá que deveria ter ido. – Antonella explicou calmamente. – Porém quando Hagrid me apresentou o mundo bruxo não parava em falar do quanto Alvo Dumbledore era maravilhoso e que a Grifinória era a melhor casa, enquanto a Sonserina era a escória, pois era a casa que Voldemort tinha ido quando foi a Hogwarts. – Antonella olhava friamente para Dumbledore. – Entendam a criança que tive com meus tios me ensinou a desconfiar de qualquer pessoa que falassem bem de uma pessoa e era o Hagrid estava falando, para mim não foi difícil perceber que estavam tentando me manipular para ir para a Grifinória e quando Rony pareceu falando a mesma coisa e logo depois Hermione também ficou mais do que claro que era para a Grifinória que deveria ir, quando o chapéu queria me colocar na Sonserina, lhe mostrei essas memorias e ele estava totalmente de acordo comigo sobre a manipulação, sendo assim lhe pedi para que me colocasse na Grifinória, pois estava disposta a vencer Dumbledore em seu próprio jogo.

Dumbledore tinha as mãos fechadas em punho e era possível ver o quanto sua magia estava furiosa.

- E agora? – Rabastan perguntou curioso.

Antonella sorriu friamente.

- Nesse momento tudo o que quero é terminar a leitura do livro e descobrir se consegui derrubar Dumbledore como planejei fazer aos onze anos. – Antonella falou.

Voldemort e seus Comensais da Morte estavam impressionados, Draco Malfoy até mesmo tinha a boca aberta em choque, enquanto Daphne, Theo e Blaise olhavam com orgulho para a amiga.

Sirius e Remo encaravam Antonella em choque, pois nunca tinham percebido que o diretor poderia ser manipulador, mas olhando para trás podiam ver as manipulações, as sugestões que acataram como ordens e não puderam deixar de perceber que se não tivessem feito isso talvez Tiago e Lílian ainda poderiam estar vivos.

- Aos onze? – Blaise perguntou brincando. – Acho que você planejou isso quando tinha um ano de idade, Ella.

- Blaise tem razão, você sempre foi vingativa. – Neville falou para a surpresa de todos.

- Você também é amigo dos sonserianos? – Rony perguntou se voltando para o garoto.

- Diferente de qualquer outra pessoa, Ella percebeu que eu passava todo o tempo sozinho, pois era tímido e desajeitado para fazer amigos e os outros apenas me viam como uma aberração e apenas me suportavam, no final do nosso primeiro mês de aula, em nosso primeiro ano, Ella e Daphne se aproximaram de mim enquanto eu estava na biblioteca e se ofereceram para me ajudar com poções em troca queriam minha ajuda em Herbologia e assim foi, no final do terceiro mês Theo e Blaise tinham se juntado a nós, pois não suportavam Malfoy e ao perceber que tinha outro grupo correram para ele, acabamos viram bons amigos e sempre passamos as férias de natal e pascoa juntos, seja na Mansão Greengrass ou na Mansão Longbottom. – Neville explicou pacientemente para Rony.

- E sua vó aprova isso? – Gina perguntou encarando o garoto como se ele fosse louco.

- Vovó Augusta adorou ter mais crianças para ensinar sobre história magica e também defesa. – Theo falou calmamente.

- Assim como os muitos tios avós de Neville. – Daphne explicou pacientemente aos outros.

- Eu sou o mais novo na família e fui muito mimado por isso, todos ficaram encantados ao terem mais crianças para mimar, principalmente Ella e Daphne. – Neville falou divertido ao se lembrar de como todos mimavam aquelas duas.

- Não esqueça de Astoria, ela ficaria muito magoada se você a esquecesse. – Ella falou ao se lembrar da irmã mais nova de Daphne.

- Por falar em Astoria, ela ficará muito irritada por não ter sido chamada para a leitura. – Luna falou olhando para seus amigos.

Neville, Theo, Blaise, Ella e Daphne se entreolharam em choque, ambos tinham se esquecido da mais nova.

- Merlin, estamos mortos. – Theo falou estremecendo.

- Astoria irá nos reviver e depois nos matar de novo. – Neville falou quase em pânico, ninguém queria enfrentar a pequena serpente quando estava irritada.

Ella e Daphne se entreolharam pensativas.

- Talvez, possamos comprar um presente para ela e prometer nunca falar sobre essa leitura? – As duas perguntaram juntas.

- Não sei será o suficiente, sabemos o quanto ela é vingativa. – Blaise falou quase em pânico.

Voldemort observava o diálogo em choque, eles estavam na presença de Lord Voldemort e estavam mais em pânico com uma criança reagindo a descoberta de que eles estavam deixando ela de lado na leitura, era uma coisa impossível de ver.

- Talvez possamos traze – lá para a leitura. – Voldemort falou olhando para Ella, apenas por ela estava disposto a fazer algumas exceções. – Ao final do capítulo, Severo pode ir busca – lá, enquanto isso poderemos conversar.

Ella ficou surpresa com as palavras do homem, é claro que ela esperava pela conversa, porém não esperava que se oferecesse para trazer Astoria ali.

- Se for aceitável, para o senhor. – Antonella respondeu o mais tranquila que conseguiu.

- Severo, ao final do capítulo você irá buscar a jovem Astoria e a trará aqui. – Voldemort falou se voltando para Severo.

- Como quiser, meu senhor. – Severo respondeu curvando a cabeça em respeito.

- Os machos são Ares e Hades. – Eli falou guiando a garota para onde estavam os cavalos. – As éguas são Artemis e Hécate.

Eli mostrou primeiro os machos, um dos cavalos era totalmente preto, até mesmo seus olhos eram escuros, não era difícil de saber que esse era Hades, ele também era mais esbelto em comparação ao outro, Ares era um cavalo maior, tinha a pelagem da cor marrom escuro e seus olhos a olhavam como se se perguntasse se ela teria a audácia de monta – lo.

As éguas eram mais calmas que os machos e também tinham uma áurea mais doce, Artemis tinha o pelo branco de um tom quase prata e Hécate era marrom clara, ambas permitiram que Antonella se aproximasse com facilidade e as acariciasse.

Enquanto estava nos estábulos Antonella descobriu que existiam outros animais vivendo ali, alguns tinham sido mantidos desde a época dos Peverell, porém outros tinham passado pelas alas em busca de proteção e como um dos antigos Lord era apaixonado por animais, ele modificou as alas para que caso um animal, seja magico ou trouxa, se aproximasse em busca de abrigo ou comida, as alas lhe permitiriam a entrada, foi assim que alguns cachorros, cobras e outros animais mágicos e até mesmo alguns trouxas acabaram ali e como eram bem cuidados permaneceram, apesar de que eram livres para saírem, depois de verificar as alas e ter certeza de que essa brecha não poderia ser explorada por alguém de fora tentando adentrar a propriedade permitiu que se mantivesse, assim os elfos também teriam algo mais para fazer, já que ela passaria boa parte do ano em Hogwarts.

- Tem certeza de que as alas são seguras? – Voldemort perguntou olhando para ela.

- Sim, verifiquei tudo. – Antonella respondeu tranquilamente.

Nos próximos dias se concentrou em terminar seu dever de casa e responder as cartas de seus amigos e também daqueles que se achavam seus amigos, não que as cartas desses últimos tivessem alguma coisa além de poucas palavras patéticas, outro que também lhe escreveu foi Sirius, porém as palavras de seu padrinho apenas a irritaram, pois, o homem não se cansava de dizer para que ela abaixasse a cabeça para seus tios e primos trouxas.

Voldemort e seus Comensais da Morte, assim como Neville, Daphne, Theo, Blaise e até mesmo Draco olharam em choque para Sirius que corou envergonhado.

- Por qual motivo idiota você diria algo assim para sua própria afilhada? – Theo perguntou encarando o homem com desgosto.

- Dumbledore passou todo o tempo dizendo que deveria falar para Antonella manter a cabeça baixa para os tios e que era para a própria proteção dela. – Sirius respondeu em defesa.

- Já parou para pensar em como tudo o que vocês fazem tem o dedo de Dumbledore? – Neville perguntou encarando aqueles que estavam na Ordem e seguiam Dumbledore sem questionar. – É nojento a forma como o seguem sem questionar nada.

Voldemort apenas observava a tudo com frieza, ele precisava encontrar uma forma de descobrir o endereço daqueles trouxas nojentos e os fazer pagar pela forma como trataram Antonella.

A primeira vez que leu isso caiu na risada em choque, Sirius só podia estar louco ao achar que ela permitiria que os Dursley fizessem o que quisessem com ela, mesmo agora que estava longe deles ainda pensava em como se vingar deles, talvez ela pudesse usar Voldemort e seus Comensais da Morte,

Voldemort ouviu tudo com diversão.

a marca negra pairando em cima da casa não seria um problema, pois graças a Barty ela sabia lançar o feitiço,

- Gostaria de explicar isso, Barty? – Voldemort perguntou se voltando para o Comensal, ele não tinha problemas com Antonella conhecendo o feitiço, porém seria perigoso se outros soubessem o mesmo.

Porém Barty olhou para Antonella, ele não se lembrava de ter mostrado esse feitiço para ela.

- Copa Mundial de Quadribol, logo depois do jogo os Comensais da Morte que estavam presentes, resolveram sair para brincar, Barty se enfureceu ao ver isso, pois nenhum deles se dignou a procurar por você, e conseguiu se libertar do controle que seu pai tinha sobre ele, usando uma varinha roubada ele fugiu para a floresta e lançou a marca negra no céu, por coincidência eu, Daphne e Astoria estávamos nas proximidades e ouvimos o feitiço. – Antonella explicou pacientemente.

Voldemort ficou mais tranquilo ao saber que apenas as irmãs Greengrass tinham ouvido o feitiço, além de Antonella, então isso não seria um problema.

assim não seria difícil fingir um ataque deles, porém isso precisava ser pensado nos mínimos detalhes e de qualquer forma ela ainda não podia fazer anda agora, já que Voldemort estava se escondendo.

A divertiu muito quando Dumbledore escreveu para ela, aparentemente o velho mandou uma escolta para busca – lá na casa dos tios, apenas para encontrar apenas os Dursley lá com a informação de que não a viam desde alguns dias antes de seu aniversário, o homem exigiu saber onde ela estava, pois precisava leva – lá em segurança para um local seguro, pacientemente ela escreveu de volta agradecendo pela preocupação, porém o local onde estava era seguro e não ela não estaria dando sua localidade para nenhum deles e que ela os veria em primeiro de setembro no trem.

Dumbledore olhou irritado para o livro, foi a partir daí que todos os seus planos começaram a desmoronas.

Como sempre ele não aceitou o não muito bem e começou a enviar várias cartas exigindo que ela revelasse sua localidade, depois da terceira ela parou de responder e queimou todas que recebeu, ela apenas continuou respondendo a de Rony, Hermione e Sirius, porém quando elas chegaram com feitiços de compulsão, ela se irritou e queimou todas e parou de responder a eles tão, talvez dessa forma entendessem que ela não iria revelar onde estava para ninguém, se nem seus amigos verdadeiros foram convidados para vir aqui, não seria os idiotas da luz que seriam.

Os bruxos das trevas estavam divertidos ao ouvirem como Antonella estava chamando os bruxos da luz.

Após receber sua carta de Hogwarts para o novo ano letivo, Antonella pediu para um dos elfos domésticos ir até o Beco Diagonal comprar seu material escolar, pois tinha certeza de que se saísse da mansão Dumbledore encontraria um modo de rastrea – lá, com tudo o que precisava fazer feito, passou os próximos dias mergulhadas em magia dos fios, na sala de tecelagem encontrou muita coisa interessante e isso chamou sua atenção e assim se dedicou a aprender e assim suas férias de verão passaram e logo era hora de retornar a Hogwarts.

- Acabou. – Narcisa avisou.

- Antes de continuarmos a leitura, Severo irá buscar a jovem Greengrass e eu e Antonella teremos uma conversa enquanto isso. – Voldemort falou levantando da mesa e indicou que Antonella deveria o seguir.

Severo sabendo que tinha uma função se retirou da sala e retornou para Hogwarts para buscar Astoria.

Enquanto isso Voldemort guiou Antonella até o escritório que usava na Mansão Malfoy e ao entrarem trancou o lugar e o protegeu com diversos feitiços, dessa forma ninguém escutaria o que se passava ali dentro.

- Então você é minha Horcrux. – Voldemort falou.

- Sim, uma Horcrux que não pode ser absorvida, pois as duas almas se entrelaçaram de tal forma que é impossível separar. – Antonella falou cansada e se sentou em uma poltrona em frente ao fogo. – Imagino que algo semelhante tenha acontecido com Nagini.

- Nunca investiguei isso, pois apenas a tornei uma Horcrux para torna – lá mais obediente e que ao envia – lá para missões pudesse acompanhar seu progresso. – Voldemort respondeu ao se sentar em outra poltrona.

- Investiguei muito sobre Horcrux Voldemort e ao fazer isso descobri algo que talvez você não tenha percebido, ao dividir sua alma em várias partes também de deixou mais propenso a insanidade, não que você seja louco, porém seu equilíbrio para isso é precário, pelo que li nos livros alguns bruxos se atreveram a dividir sua alma várias vezes e dentro de cinquenta anos todos eles estavam totalmente loucos e mal eram uma sombra de si mesmo, você chegou a um ponto semelhante quando ouviu sobre a profecia e focou em me matar, porém quando a maldição da morte retornou para você isso apenas piorou, mas ao usar meu sangue para retornar a um corpo funcionar ajudou a criar um equilíbrio precário. – Antonella explicou o que tinha descoberto. – Não quero lhe dizer o que fazer, porém talvez seria do seu interesse absorver pelo menos duas Horcrux.

Voldemort encarava Antonella em choque, nos poucos livros que encontrou sobre o tema não existia nada sobre isso, porém ao se lembrar da extensão da biblioteca Peverell, apenas talvez poderia ser verdade.

- A escolha é sua e não minha, porém me recuso a chegar em qualquer acordo com alguém que pode se tornar louco.

- Os livros que encontrei diziam que alma não pode ser medida. – Voldemort falou teimosamente.

- E ela não pode, porém no caso das Horcrux não é a questão do quanto de alma está preso ali, a questão são a extensão de seus sentimentos, por assim dizer, por exemplo quanto mais Horcrux você fizer menor será sua paciente, seus limites estabelecidos serão mais fracos e no final você poderá cruzar uma linha que inicialmente não era para acontecer.

Isso fez Voldemort parar e pensar, quando era mais novo era muito mais paciente do que agora, demorava para lhe tirar do sério e apenas pequenas coisas lhe tiravam a paciência rapidamente, agora qualquer mínimo erro o enfurecia e seus seguidores sofriam as consequências, não que ele se importasse com isso, porém olhando para o passado sabia que Antonella estava certa.

- Terei que pensar sobre essa questão, não é uma decisão que tomarei de animo leve. – Voldemort respondeu.

- Não esperava menos. – Antonella falou e convocou uma necesser pequena e para o choque dele retirou de dentro o diário dele e o medalhão que pertenceu a Salazar. – O diário você já sabe como chegou até mim, porém o medalhão me foi entregue por Monstro no dia em que retornei a Hogwarts, eles são seus e estou os devolvendo.

Voldemort os pegou na mesma hora não permitindo a chance dela mudar de ideia.

- Como o medalhão chegou até o elfo?

- Tenho certeza de que a história será contada no livro, caso não seja contarei depois. – Antonella respondeu tranquila.

- Muito bem. – Voldemort falou. – Essa não é a única coisa que temos que discutir.

- Sim, ainda tem o fato de que sou uma ofidioglota.

- Sim. – Voldemort falou sorrindo. – E como isso muda tudo sobre a guerra.

- O que devemos fazer? – Antonella perguntou curiosa para saber o que ele iria propor.

- Você sabe que a única condição que não consegui cumprir, ainda, para assumir como Lord Slytherin foi a questão de ser casado com outro ofidioglota que deveria ser capaz de gerar e carregar meus filhos. – Voldemort falou olhando para ela. – Até hoje nunca conheci nenhum ofidioglota, se existem outros estão bem escondidos, porém isso mantenho esse plano atual, porém seu estatuto muda tudo, pois se casarmos posso assumir como Lord Slytherin e declarar guerra a Grã – Bretanha mágica.

- E porque deveria lhe ajudar com isso? – Antonella perguntou querendo saber o que ele falaria.

- Acho que seus verdadeiros amigos já lhe informaram quais são minhas reais intenções. – Voldemort falou.

- Sim, você quer impedir que a magia morra, o que vai acontecer se a luz continuar oprimindo as trevas e permitindo que nossas tradições sejam jogadas foras. – Antonella falou pacientemente.

- No atual plano muitos iram morrer, já que essa tomada é muito mais violenta do que o plano A, mas como não tinha meios para o plano A, mantive esse, agora as circunstancia mudaram e você está aqui. – Voldemort falou. – Quero saber o que será preciso para convence – lá a se casar comigo.

Antonella o observou com atenção e só depois de alguns minutos começou a falar.

- Primeiramente não quero casar com alguém louco, esse é um ponto que não é discutível. – Antonella falou. – Os outros pontos, para ser bem sincera não tenho ideia, apenas resolvi observar o que a leitura nos mostraria e acho que por enquanto prefiro fazer isso a tomar qualquer decisão.

- Muito bem. – Voldemort falou cansado. – Enquanto a leitura prossegue pensarei em sua primeira condição e qual será minha decisão sobre ela.

- É só o que posso pedir. – Antonella falou levantando. – Acho melhor voltar, deixarei você para guardar suas Horcrux em segurança.

Assim que terminou de falar Antonella saiu da sala, depois de observa a garota se retirar, Voldemort voltou para o diário e o medalhão, os pegou e os guardou no cofre, não era o melhor, porém teria que funcionar por agora, então ser ter o que fazer no escritório retornou para sala onde a leitura estava ocorrendo.

Ao chegar na sala viu que a jovem Greengrass já estava presente e sentada junto com a irmã e Antonella, ignorando os olhares de todos se sentou em seu lugar e olhou para os outros.

- Quem gostaria de ler? – Perguntou.

- Já que estou aqui, posso ler. – Astoria falou e logo o livro flutuou até ela que o pegou e o abriu no capítulo indicado por Narcisa.


Notas Finais


Espero que tenham gostado...

Beijos...


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