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História Marotos lendo Harry Potter e a Pedra Filosofal - O Menino que Sobreviveu


Escrita por: LeticiaPotter81

Capítulo 2 - O Menino que Sobreviveu


O Sr. e a Sra. Dursley,da rua dos alfeneiros,n°4 se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais,muito bem obrigado.Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa,porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.
O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings,que fazia perfurações.Era um homem alto, corpulento,e quase sem pescoço,embora tivesse enormes bigodes

- Ele é tão lindo - Jorge disse em um tom apaixonado e isso rendeu risadas de todos

A Sra. Dursley era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal,o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos.

- Ela ainda faz isso?- Quiz saber Lílian

- Velhos hábitos nunca mudam - Severo sussurou para si

Os Dursley tinham um filhinho chamado Dudley,o Duda
É em sua opinião não havia garoto melhor em nenhum lugar do mundo. os Dursley tinham também um segredo,e seu maior receio era que alguém descobrissem.Achavam que não iriam aguentar se alguém descobrisse a existência dos Potter
A Sra.Potter era irmã da Sra.Dursley,
Mas não se viam havia muitos anos
Na realidade a senhora fingia que não tinha irmã,
Porque esta e o marido imprestável

- Eu não sou imprestável - Tiago disse com raiva

Éramos que haviam de menos parecido possível com os Dursley.

- Graças a Merlin por isso - Tiago

Eles estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua.
Os Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também,mas nunca o tinham visto.O garoto era mais uma razão para manter os Potter a distância;eles não queriam que Duda se misturasse com uma criança daquelas

Rosnados foram ouvidos

Quando Sr. e a Sra.Dursley acordaram na terça feira monótona e cinzenta em que a nossa história começa, não havia nada no céu nublado lá fora sugerindo as coisas estranhas e misteriosas que não tardariam acontecer por todo país.O Sr. Dursley cantarolava ao escolher a gravata mas sem graça do mundo para ir trabalhar
Ea Sra.Durley fofocava alegremente enquanto lutava para encaixar um Duda aos berros na cadeirinha alta.Nenhum deles reparou em uma coruja parda que passou, batendo as asas,pela janela.
Às oito e meia,o Sr.Dursley apanhou a pasta,deu um beijinho no rosto da Sra.Durley e tentou dar um beijo de despedida em Duda mas não conseguiu,porque na hora Duda está tendo um acesso de raiva e atirava o cereal nas paredes

- Meu Deus, minha irmã mimou muito esse garoto-Lilian disse espantada

- Acredite, ele está bem pior - Harry disse

- Por quê isso não me surpreende? - Lílian perguntou com irônia

- Pestinha- disse rindo contrafeito o Sr. Dursley ao sair de casa

- Ele acha isso legal? - se perguntou Molly indignada 

Entrou no carro e deu marcha à ré para sair do estacionamento do número quatro.Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria- um gato lia um mapa.
Por um instante o Sr. Dursley não percebeu o que vira- em seguida,virou rapidamente a cabeça para dar uma segunda olhada.Havia um gato de listras amarelas sentado na esquina da rua dos alfeneiros, mas não havia nenhum mapa à vista.Em que estaria pensando naquela hora?Devia ter sido um efeito da luz

- É com certeza é isso Válter - Sirius disse com irônia

Ele piscou e arregalou os olhos para o gato.O gato o encarou.Enquanto virava a esquina e subia a rua dos alfeneiros - não,estava olhando a placa,gatos não podiam ler mapas nem placas
O Sr. Dursley sacudiu a cabeça e tirou o gato do pensamento.Durante o caminho para a cidade ele não pensou em mais nada exceto no grande pedido de brocas que tinha esperança de receber naquele dia

- O que que é brocas? - Quiz saber Arthur

- É o que os trouxas usam para furar a terra- disse Lilian

- Facinante - disse Arthur

Mas ao sair da cidade,as brocas foram varridas de sua cabeça por outra coisa.Ao parar no costumeiro engarrafamento matinal, não pode deixar de notar que havia uma quantidade de gente estranhamente vestida andando pelas ruas.Gente com capas largas
O Sr.Dursley não tolerava gente que andava com roupas ridículas - Os trapos que se viam nos jovens! Imaginou que aquilo fosso uma nova moda idiota.tamborilou os dedos no volante e seu olhar recaiu em um grupinho de excêntricos parados bem perto dele.Cochichavam excitados.O Sr. Dursley se irritou ao ver que alguns deles nem eram jovens;ora,aquele homem devia ser mais velho do que ele,e usava uma capa verde - esmeralda!que petulância! Mas então ocorreu ao Sr.Dursley que se tratava provavelmente de alguma promoção boba- essas pessoas estavam obviamente arrecadando alguma coisa... é devia ser isto! O tráfego avançou e alguns minutos depois o Sr. Dursley chegou ao estacionamento da Grunnings,o pensamento de volta às brocas
O sr.Dursley sentava de costas para a janela em seu escritório no nono andar.se não o fizesse,talvez tivesse achado mais difícil se concentrar em brocas aquela manhã.Ele não viu as corujas que voavam velozes em plena luz do dia,embora as pessoas na rua as vissem;elas apontavam e se espantavam enquanto coruja atrás de coruja passava no alto.A maioria jamais vira uma coruja mesmo à noite. 
O Sr. Dursley, porém,teve uma manhã perfeitamente normal sem corujas. Gritou com cinco pessoas diferentes.

- Claro, porque gritar com as pessoas é um bom trabalho - Hermione disse revirando os olhos

Deu vários telefonemas importantes e gritou mais um pouco.estava de excelente humor até a hora do almoço,quando pensou em esticar as pernas e atravessar a rua para comprar um pãozinho doce na padaria defronte.
Esquecera completamente as pessoas de capas até passar por um grupo delas próximo à padaria.Olhou-as com raiva ao passar.não sabia o porquê,mas elas o deixavam nervoso.Essas cochichavam agitadas , também,mas ele não viu nenhuma latinha de coleta.Foi ao passar por elas,na volta, levando uma grande rosca açucarada em um saco,que entreouviu algumas palavras do que diziam.
-...Os Potter, é verdade, foi o que ouvi...
-... É,o filho deles, Harry
O Sr. Dursley parou de repente.O medo invadiu-o. Virou a cabeça para olhar as pessoas que cochichavam como se quisesse dizer alguma coisa, mas pensou melhor.
Atravessou a rua depressa, correu para o escritório, disse rispidamente à secretaria que não o incomodasse,agarrou o telefone e quase terminara de discar o número de casa quando mudou de ideia. Pôs o fone no gancho e analisou os bigodes, pensando... não, estava agindo como um idiota

- Ele é um idiota - Sirius disse 

Potter não era um nome tão fora do comum assim.Tinha certeza de que havia muita gente chamada Potter com um filho chamado Harry.Jamais vira o menino
Talvez fosse Ernesto.Ou Eduardo.

- Eduardo é um nome bonito,mas Ernesto é feio demais para colocar em uma criança- Lílian disse

Não tinha sentido preocupar a Sra. Dursley,ela sempre ficava tão perturbada à simples menção da irmã.Não a culpava - se ele tivesse uma irmã como aquela.. 

A cada linha lida os olhos de Lílian foi se enchendo de lágrimas, Tiago e Harry vendo isso a abraçaram

Mas,mesmo assim, aquelas pessoas de capas...
Achou bem difícil se concentrar nas brocas aquela tarde, quando deixou o edifício às cinco horas, continuava tão preocupado que deu um encontrão em alguém parado ali à porta.
- Desculpe- murmurou, quando o velhinho cambaleou e quase caiu. Levou alguns segundos até o Sr. Dursley perceber que o homem estava usando v uma capa roxa. Não parecia nada aborrecido por ter sido jogado ao chão.ao contrário, seu rosto abriu em um largo sorriso e Ele disse em uma voz esganiçada que fez os passantes olhassem:
- Não precisa pedir desculpas, meu caro senhor, porque nada poderia me aborrecer hoje! Alegre-se, porque Você-sabe-quem finalmente foi-se embora! Até trouxas como o senhor deviam estar comemorando um dia tão feliz!
E o velho abraçou o Sr. Dursley pela cintura 

- MEU DEUS - Exclamou Fred

- Que foi - Molly Perguntou

- O VELHO CONSEGUIU ABRAÇAR ELE!!!- George completou a frase do irmão

Ninguém, a não ser Snape, que não estava achando a mínima graça nisso, riram

E se afastou. O Sr. Dursley ficou pregado no chão

- também é tão gordo que nem consegue levantar do chão - Tiago e Todos riram novamente

Fora abraçado pode um completo estranho. E também achava que fora chamado de trouxa,o que quer que isso quisesse dizer.estava abalado.Correu para o carro e partiu para casa, esperando que estivesse imaginando coisas,o que nunca esperara que fizesse, porque não aprovava a imaginação.

-Esse cara é um babaca- Sirius disse - quem não aprova a imaginação?

Quando entrou no estacionamento do número quatro,a primeira coisa que viu-e isso é não melhorou o Seu estado de Espírito- foi o gato listrado que notara aquela manhã. Agora ele estava sentado no muro do jardim. Tinha certeza de que era o mesmo; as marcas em volta dos olhos eram as mesmas. 
- Chispa- disse o Sr. Dursley em voz alta.
O gato não se mexeu. Apenas lançou-lhe um olhar severo.
Será que isto era um comportamento normal para um gato?, pensou o Sr. Dursley. Continuava decidido a não comentar nada com a esposa.
A Sra. Dursley tivera um dia normal e agradável. Contou- lhe durante o jantar os problemas da senhora do lado com a filha 

- Petúnia, sempre será Petúnia -  Lilian disse balançando a cabeça em negação

E ainda que Duda aprendera uma palavra nova ("nunca")

- Palavra linda para uma criança aprender-  Molly disse com irônia

O Sr. Dursley tentou agir normalmente. Depois que Duda foi se deitar,ele chegou à sala em tempo de ouvir o último noticiário noturno.
"E por último, os observadores de pássaros em toda parte registraram que as corujas do país se comportaram de forma muito estranha hoje. Embora elas normalmente cacem à noite e raramente apareça à luz do dia centenas de pássaros foram vistos hoje voando em todas as direções desde alvorecer.
Os especialistas não sabem explicar por que as corujas de repente mudaram seu padrão de sono."o locutor se permitiu um sorriso

- esse locutor é bruxo- falou Arthur

"Muito misterioso.E agora,com Jorge Mendes,o nosso boletim meteorológico.Vai haver mais tempestades de corujas hoje à noite,Jorge?
"Bom, Eduardo",disse o meteorologista,"não sei lhe dizer,mas não foram só as corujas que se comportaram de modo estranho hoje.Ouvintes de todo país tem telefonado para reclamar que em vez do aguaceiro que prometi ontem, eles têm tido chuvas de estrelas!talvez alguém ande festejando a noite das fogueiras uma semana mais sedo este ano!mas posso prometer para hoje uma noite chuvosa".O Sr. Dursley ficou paralisado na poltrona.Estrelas cadentes em todo o país? corujas voando durante o dia?gente misteriosa usando capas por todo lado?é um cochicho a respeito dos Potter...A Sra.Dursley entrou na sala trazendo duas xícaras de chá. não adiantava.teria que lhe dizer alguma coisa.Pigarreou nervoso.
-Hum,hum, Petúnia, querida, você não tem tido notícias de sua irmã, ultimamente?
Conforme esperava,a Sra. Dursley pareceu chocada e aborrecida.A final, normalmente fingiam que ela não tinha irmã...

Algumas lágrimas saíram do rosto de Lílian, Harry e Tiago viram as lágrimas e dois a abraçaram

- Não- respondeu ela,seca-por quê?
- Uma notícia engraçada - murmurou o Sr. Dursley- Corujas...estrelas cadentes...e vi uma porção de gente de aparência estranha na cidade hoje...
- E daí?- cortou a Sr. Dursley
-Bem,pensei... talvez... tivesse alguma ligação com...sabe...o pessoal dela.

- Pessoal dela? Perguntou Sirius

- Bruxos-respondeu Lílian a ele

A Sra.Dursley bebericou o chá com os lábios contraídos.O Sr. Dursley ficou em dúvida se teria coragem de lhe contar que ouvira o nome "Potter".Decidiu que não.em vez disso,falou com a voz mais despicente que pode:
-O filho deles...teria mais ou menos a idade do Duda agora, não?
-Suponho que sim- respondeu a Sra.Dursley,ainda seca.
- Como é mesmo o nome dele? Ernesto, não é?
- Harry.Um nome feio e vulgar,se quer saber minha opinião

- Não. Não queremos,e para sua informação Harry é um nome muito bonito e é melhor que Dudley- respondeu Tiago olhando para o filho, sorrindo. Harry também sorriu para ele

- Ah, é- disse o Sr. Dursley, sentindo um aperto horrível no coração.
- É, concordo com você

- Porque você não tem opinião própria- Remo disse com raiva

Não disse mais nenhuma palavra sobre o assunto a caminho do quarto onde foram se deitar.Enquantoa Sra.Dursley estava no banheiro,o Sr.Dursley foi devagarinho até a janela e espiou o jardim da casa.O gato continuava lá.Observava o começo da rua dos Alfeneiros como se esperasse alguma coisa.Estaria imaginando coisas? será que tudo isso teria ligação com os Potter?Se tinha...se transpirasse que eram aparentados com um casal de...bem ele acharia que não aguentaria.
Os Dursley se deitaram.A Sra.Dursley adormeceu logo, mas o Sr. Dursley continuou acordado, pensando no que acontecera. Seu último consolo antes de adormecer foi pensar que mesmo que os Potter estivessem envolvidos, não havia razão para se aproximarem dele e da Sra. Dursley.Os Potter sabiam muito bem o que pensavam deles e de gente da sua laia...

- Nós não nos importamos com o que vocês pensam de nós - Tiago disse com raiva

Não via como ele e Petúnia poderiam se envolver com nada que estivesse acontecendo.O Sr.Dursley bocejou e se virou.Isso não poderia afeta-los...como estava enganado
O Sr.Dursley talvez estivesse mergulhando em um sono inquieto,mas o gato no muro lá fora mostrava sinais de sono.Continuava sentado imóvel como uma estátua,os olhos fixos na esquina mais distante da rua dos alfeneiros.E nem sequer estremeceu quando uma porta de carro bateu na rua seguinte, nem mesmo quando duas Corujas mergulhavam do alto.Na verdade,era quase meia- noite quando o gato se mexeu.um homem apareceu na esquina que o gato estivera vigiando.Apareceu tão súbita e silenciosamente que poderia pensar que tivesse saído do chão.O rabo do gato mexeu ligeiramente e seus olhos se estreitaram.Ninguém jamais vislumbrara nada parecido com este homem na rua dos alfeneiros.Era alto,magro e muito velho,a julgar pelo prateado dos seus cabelos e de sua barba, suficientemente longos para prender no cinto.usava vestes longas, uma capa púrpura que arrastava pelo chão e botas com saltos altos e fivela.Seus olhos azuis eram claros, luminosos e cintilantes por trás dos óculos em meia- lua e o nariz muito comprido e torto,como se o tivesse quebrado pelo menos duas vezes.

- Dumbledore- os Marotos falaram

O nome dele era Alvo Dumbledore.
Alvo Dumbledore não parecia ter consciência de que acabara de pisar numa rua onde tudo,desde o seu nome às suas botas,era malvisto.Estava ocupado apalpando a capa,procurando alguma coisa.Mas parecia ter consciência de que estava sendo vigiado, porque ergueu a cabeça de repente para o gato,que continuava a fita-LP da outra ponta da rua. Por algum motivo, a visão do gato pareceu diverti- lo. Deu uma risadinha e murmurou:"Eu devia ter imaginado". Encontrou o que procurava no bolso interior da capa. Parecia um isqueiro de prata. Abriu- o no ar e o acendeu. O lampião de rua mais próximo apagou-se com um estalido seco.Ele o acendeu de novo- o lampião seguinte piscou e apagou, doze vezes ele acionou o "apagueiro", até que as únicas luzes acesas na rua toda eram dois pontinhos minúsculos ao longe- os olhos do gato que o vigiava. Se alguém espiassem pela janela agora, até a Sra. Dursley, de olhos de contas, não conseguiria ver nada que estava acontecendo na calçada. Dumbledore tornou a guardar o "apagueiro"na capa e saiu caminhando pela rua em direção ao número quatro, onde se sentou no muro ao lado gato. Não olhou para o bicho, mas, passando algum tempo, dirigiu-se a ele.
- Imaginei encontrar a Senhora aqui, Profa. Minerva McGonagall.
E virou- se para sorrir para o gato, mas este desaparecera. Em vez dele, viu- sorrindo para uma mulher de aspecto severo que usava óculos de lentes quebradas exatamente do formato das marcas que o gato tinha em volta dos olhos. Ela, também, usava uma capa esmeralda. Trazia os cabelos negros presos num coque apertado.E parecida decididamente irritada.
- Como soube que era eu?- Perguntou
- Minha cara professora, nunca vi um gato se sentar tão duro.

Todos riram disso

- O senhor estaria duro se tivesse passado o dia todo em um muro de pedra- respondeu a profa. Minerva.
-O dia todo? Quando podia estar comemorando? Devo ter passado por mais de dez festas e banquetes a caminho daqui.
A professora Minerva fungou aborrecida.
-Ah, sim, vi que todos estão comemorando- disse impaciente- era de se esperar que fossem um pouco mais cautelosos, mas não, até os trouxas notaram que alguma coisa está acontecendo. Deu no telejornal- Ela indicou com a cabeça a sala escura dos Dursley- Eu ouvi... Bandos de corujas... Estrelas cadentes... Ora, eles não estão são completamente idiotas.

-Ei- Lilian disse- os trouxas não são idiotas

Não podiam deixar de notar alguma coisa. Estrelas cadentes em Kent, aposto que fui coisa do Dédalo Diggle. Ele nunca teve juízo.
-Você não pode culpá-los-ponderou Dumbledore 
educadamente- temos tido muito pouco o que comemorar nos últimos onze anos.
-Sei disso- retrucou a professora mal- humorada - Mas não é razão para perdemos a cabeça.

- Ela tem razão- disse Molly- fomos muito descuidados

As pessoas estão sendo completamente descuidadas, saem às ruas em plena luz do dia, sem nem ao menos vestir roupas de trouxa, e espalham boatos.
De esguelha, lançou um olhar atento a Dumbledore, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado, por isso ela recomeçou :
- Ia ser uma graça se, no próprio dia em que você - sabe - quem parece ter finalmente ido embora
Os trouxas descobrissem a nossa existência. Suponho que ele realmente tenha ido embora, não é, Dumbledore?
-Parece que não há dúvida.Temos muito o que agradecer.Aceita um sorvete de limão?

Um o quê? - perguntaram os Weasley

- É um doce trouxa que muito bom, a Lily fez experimentar uma vez- Tiago falou

- Um o quê?
- um sorvete de limão. É uma espécie de doce trouxa de que sempre gostei muito
- Não, obrigado- disse a profa.Minerva com frieza,como se não achasse que o momento pedia sorvetes de limão - Mesmo que você - sabe - quem tenha ido embora
-Minha cara professora, com certeza uma pessoa sensata como a senhora pode chamá-lo pelo nome.Todas essa bobagem de Você - sabe - quem, há onze anos vendo tentando as pessoas a chamá-lo pelo nome que recebeu: Voldemort.- A professora franziu o rosto,mas Dumbledore,que estava separado dois sorvetes de limão,pareceu não reparar- Tudo fica tão confuso quando todos não param de dizer "Você-sabe-quem".Nunca vi nenhuma razão para ter medo de dizer o nome de Voldemort.
-Sei que não vê - disse a professora parecendo meio exasperada,meio admirada- Mas você é diferente.Todo mundo sabe que é o único de quem você- sabe...ah, está bem,de que Voldemort tem medo
-Isto é um elogio- disse Dumbledore calmamente- Voldemort tinha poderes que nunca tive

- Só porque ele é nobre para usá-los- disse Sirius

- Só porque você é muito... bem...nobre para usá-los

- Aí Sirius, você e a minerva tem a opinião igual- Disse Remo

- É Uma sorte estar escuro. Nunca corei assim desde que madame Pomfrey me disse que gostava dos meus abafadores de orelha novos

Isso foi muito desnecessário -  Snape disse

A profa.Minerva lançou um olhar severo a Dumbledore e disse:
- As corujas não são nada comparadas aos boatos que correm. Sabe o que todos estão dizendo? Porque ele embora?Que foi que final o deteve?
Aparentemente a Profa.Minerva chegara ao ponto que estava ansiosa para descritor,a verdadeira razão pela qual estivera esperando o dia todo em cima de um muro frio e duro,porque nem como gato nem como mulher ela fixara antes um olhar tão penetrante um Dumbledore como agora. Era óbvio que seja o que fosse que " Todos" estavam dizendo,ela não iria acreditar até que Dumbledore confirmasse ser verdade.Dumbledore, porém,estava escolhendo mais um sorvete de limão e não respondeu.
- O que dizendo - continuou ela- É que a noite passada Voldemort apareceu em Godric's Hollow.Foi procurar os Potter.
O boato é que Lílian e Tiago Potter estão... estão... que estão...mortos.
Dumbledore fez que sim com a cabeça.A Profa.Minerva perdeu o fôlego.
- Lílian e Tiago... Não posso acreditar... Não quero acreditar...ah,Alvo.
Dumbledore estendeu a mão e deu- lhe um tapinha no ombro.
- Eu sei...eu sei...- disse deprimido.

- Eles se importam com vocês - Disse Remo sorrindo para os amigos

- E não é só isso.Estão dizendo que ele tentou matar o filho dos Potter, Harry
Mas... Não conseguiu.Não conseguiu.Não conseguiu matar o garotinho.
Ninguém sabe o porquê nem como,mas estão dizendo que na hora que não pode matar Harry Potter,por alguma razão,o poder de Voldemort desapareceu e é por isso que foi embora.
Dumbledore concordou com a cabeça, sério
- É...é verdade,?-gaguejou a professora.- Depois de tudo o que ele fez...todas as pessoas que matou... não conseguiu matar um garotinho?É simplesmente espantoso...de tudo que poderia detê- lo...mas por Deus, como foi que Harry sobreviveu!

- É que todos nós queremos saber- Disse Tiago e todos concordaram

- Só podemos imaginar- disse Dumbledore- Talvez nunca cheguemos a saber. A Profa.Minerva pegou um lenço de renda e secou com delicadeza os olhos por baixo das lentes dos óculos.Dumbledore deu uma grande fungada ao mesmo tempo que tirava o relógio de ouro do bolso e o examinava.Era um relógio muito estranhos.Tinha doze ponteiros mas nenhum número;em vez deles, pequenos planetas giraram à volta.Mas devia fazer sentido para Dumbledore, porque ele o repôs no bolso e disse:
- Hagrid está atrasado.A propósito,foi ele que lhe disse que eu estaria aqui,suponho.
- Foi.E suponho que você não vá me dizer por que está aqui e não em outro lugar
-Vim trazer Harry para o tio e a tia. Eles são a única família que lhe resta.

- Na verdade, não, se Sirius não tivesse feito aquela loucura de procurar Pedro, ele poderia ter cuidado do Harry - Tiago disse- e Remo também

- Você sabe do meu problema,eu não posso cuidar de crianças - Remo disse

- Seu problema só ataca uma vez por mês - Tiago retrucou

-Você, não quer dizer, você não pode estar estar se referindo ás pessoas que moram aqui?!-exclamou a Profa.Minerva,pulando de pé e apontando para o número quatro.- Dumbledore, você não pode.Estive observando a família o dia todo.Você poderia encontrar duas pessoas menos parecidas conosco.E têm um filho,Vi- o dando chutes na mãe até a ria,berrando porque queria balas.Harry Potter não pode vir morar aqui!
-É o melhor lugar para ele- disse Dumbledore com firmeza- Os tios poderão lhe explicar tudo quando ele for mais velho,escrevi-lhes uma carta

UMA CARTA - todos gritaram,menos Dumbledore,Minerva, Snape e Harry

-Eles nunca me mostraram essa carta - Harry disse

- Uma carta?- repetiu a professora com a voz fraca,sentando- se novamente no muro- francamente Dumbledore, você acha que pode explicar tudo isso em uma carta?Essas pessoas jamais vão entendê- lo!Ele vai ser famoso,uma lenda.
Eu não me surpreenderia se o dia de hoje ficasse conhecido no futuro como o dia de Harry Potter.Vão escrever livros sobre Harry.Todas as crianças no nosso mundo vão conhecer o nome dele!
- Exatamente- disse Dumbledore,olhando muito sério por cima dos óculos de meia - lua- Isto seria o bastante para virar a cabeça de qualquer menino.Famoso antes mesmo de por alguma coisa que ele nem vai se lembrar! Você não vê que ele estará muito melhor se crescer longe de tudo isso até que tenha capacidade de compreender?
A professora abriu a boca,mudou de ideia,engoliu em seco e então disse:
-É, é, você está certo,é claro.Mas como é que o garoto vai chegar aqui, Dumbledore?- Ela olhou para a capa dele de repente como se ocorresse que talvez escondesse Harry ali

- Ele não faria isso- falou Lílian

- Hagrid vai trazê-lo.
- Você acha que é sensato confiar a Hagrid uma tarefa importante como esta?

- Eu confio minha a Hagrid - Disse Tiago

- Eu confiaria a Hagrid minha vida - respondeu Dumbledore.
-Não estou dizendo que ele não tenha coração no ligar-me concedeu a primeira de má vontade-,Mas você não pode fingir que é cuidadoso.Que tem uma tendência a ...que foi isso?
Um ronco discreto quebrara o silêncio da rua.Foi aumentando cada vez mais enquanto eles olharam para cima e para baixo da rua à procura de um sinal de carro;- o ronco se transformou num trovão quando os dois olharam para o céu- e uma enorme motocicleta caiu do ar e parou na rua diante deles.
Se a motocicleta era enorme, não era enorme, não era nada comparada ao homem que a montava de lado.Ele era quase duas vezes mais alto do que um homem normal e pelo menos cinco vezes mais largo.Parecia simplesmente grande demais para existir e tão selvagem- emaranhados de barba e cabelos negros longos e grossos escondiam a maior parte do seu rosto,as mãos tinham o tamanho de uma lata de lixo e os pés calçados com botas de couro pareciam filhotes de golfinhos.Em seus braços imensos e musculosos ele segurava um embrulho de cobertores.
- Hagrid!- exclamou Dumbledore,parecendo aliviado- Finalmente.E onde foi que arranjou a moto?
- Pedi emprestada,Prof.Dumbledore- respondeu o gigante, desmontando cuidadosamente da moto ao falar.- O jovem Sirius me emprestou.trouxe ele, professor.
- Não teve nenhum problema?
- Não,senhor.A casa ficou quase destruída,mas consegui tirá-lo inteiro antes que os trouxas invadissem o lugar.Ele dormiu quando estávamos sobrevoando Bristol.
Dumbledore e a Profa.Minerva curvaram - se para o embrulho de cobertores.Dentro,apenas visível,havia um menino,que dormia a sono solto. Sob uma mecha de cabelo muito negros caía sobre a testa eles viram um corte curioso,tinha a forma de um raio
- Foi aí que...?- Susurrou a professora.
-Foi- confirmou Dumbledore- Ficará com a cicatriz para sempre.
- Será que você não poderia dar um jeito, Dumbledore?
- Mesmo que pudesse,eu não o faria.As cicatrizes podem vir a ser úteis.Tenho uma acima do joelho esquerdo que é um mapa perfeito do metrô de Londres

- Desnecessário sabermos disse - Sirius disse

Bem,me dê ele aqui, Hagrid,é melhor acabarmos logo com isso.
Dumbledore recebeu Harry nos braços e virou- se para a casa dos Dursley.
- Será que podia...podia me despedir dele, professor? - Perguntou Hagrid.
Ele curvou a enorme cabeça descabelada para Harry e lhe deu o que deve ter sido um beijo muito áspero e peludo.Depois,sem aviso,Hagrid soltou um uivo como o de um cachorro ferido
- Psiu- Sibilou a Profa.Minerva.- você vai acordar os trouxas!
Desdes-desculpe- soluçou Hagrid,puxando um enorme lenço sujo e escondendo a cara nele.- Mas - não consigo suportar, Lílian e Tiago mortos,e o coitadinho do Harry ter de viver com os trouxas...
- É,é,é muito triste,mas controle-se, Hagrid,ou vão nos descobrir- Susurrou a professora, dando uma palmadinha desajeitada no braço de Hagrid enquanto Dumbledore saltava a mureta de pedra e se dirigia à porta da frente.Depositou Harry devagarinho no batente,tirou uma carta da capa,meteu-a entre os cobertores do menino e,em seguida, voltou para a companhia dos dois.Durante um minuto inteiro os três ficaram parados olhando para o embrulhinho; os ombros de Hagrid sacudiram,os olhos da Profa.Minerva piscaram loucamente e a luz cintilante que sempre brilhava nos olhos de Dumbledore parecia ter-se extinguido.
- Bem- disse Dumbledore finalmente-,Acabou- se.Não temos mais nada a fazer aqui.Já podemos nos reunir aos outros para comemorar
- É- disse Hagrid com a voz muito abafada.- Vou devolver a moto de Sirius. Boa- noite,Profa.Minerva, Professor Dumbledore...
Enxugando os olhos na manga da jaqueta, Hagrid montou na moto e acionou o motor com um pontapé; com um rugido ela levantou voo e desapareceu na noite.
- Nos veremos em breve, espero,Profa.Minerva- falou Dumbledore,com um aceno da cabeça.A Profa. Minerva assoou o nariz em resposta.
Dumbledore se virou e desceu a rua.Na esquina parou e puxou o " apagueiro".Deu um clique e doze esferas de luz voltaram aos lampiões de modo que a rua dos alfeneiros de repente iluminou - se com uma claridade laranja e ele divisou o gato listrado se esquivando pela outra ponta da rua.Mal dava para enxergar o embrulhinho de cobertores no batente do número quatro.
- Boa sorte, Harry- murmurou ele. Girou nos calcanhares e, com um movimento da capa, desapareceu.
Uma brisa arrepiou as cercas bem cuidadas da rua dos alfeneiros,silenciosas e quietas sob o negror do céu,o último lugar do mundo em que alguém esperaria que acontecessem coisas espantosas.Harry Potter virou- se dentro dos cobertores sem acordar.Sua mãozinha agarrou a carta ao lado,mas ele continuou a dormir,sem saber que era especial,sem saber que era famoso,sem saber que iria acordar dentro de poucas horas com o grito da Sra.Dursley ao abrir a porta da frente para pôr as garrafas de leite do lado de fora,

- Quanto exagero, Petúnia- Lílian falou balançando a cabeça negativamente- É só um bebê, não é uma bomba

Nem que passaria as próximas semanas levando cutucadas e beliscões do primo Duda...

- Se ele fez isso, Vai ser um moleque morto - Tiago disse

Ele não podia saber que neste mesmo instante,havia pessoas se reunindo em segredo em todo país que erguiam os copos e diziam com vozes abafadas:
- A Harry Potter: O menino que sobreviveu!

- Acabou o capítulo- Molly disse - Quem lê o próximo?

- Eu posso ler? -Hermione perguntou

- Sim, aqui -  Molly entregou o livro para elaO Sr. e a Sra. Dursley,da rua dos alfeneiros,n°4 se orgulhavam de dizer que eram perfeitamente normais,muito bem obrigado.Eram as últimas pessoas no mundo que se esperaria que se metessem em alguma coisa estranha ou misteriosa,porque simplesmente não compactuavam com esse tipo de bobagem.

O Sr. Dursley era diretor de uma firma chamada Grunnings,que fazia perfurações.Era um homem alto, corpulento,e quase sem pescoço,embora tivesse enormes bigodes

- Ele é tão lindo - Jorge disse em um tom apaixonado e isso rendeu risadas de todos

A Sra. Dursley era magra e loura e tinha um pescoço quase duas vezes mais comprido que o normal,o que era muito útil porque ela passava grande parte do tempo espichando-o por cima da cerca do jardim para espiar os vizinhos.

- Ela ainda faz isso?- Quiz saber Lílian

- Velhos hábitos nunca mudam - Severo sussurou para si

Os Dursley tinham um filhinho chamado Dudley,o Duda
É em sua opinião não havia garoto melhor em nenhum lugar do mundo. os Dursley tinham também um segredo,e seu maior receio era que alguém descobrissem.Achavam que não iriam aguentar se alguém descobrisse a existência dos Potter
A Sra.Potter era irmã da Sra.Dursley,
Mas não se viam havia muitos anos
Na realidade a senhora fingia que não tinha irmã,
Porque esta e o marido imprestável

- Eu não sou imprestável - Tiago disse com raiva

Éramos que haviam de menos parecido possível com os Dursley.

- Graças a Merlin por isso - Tiago

Eles estremeciam só de pensar o que os vizinhos iriam dizer se os Potter aparecessem na rua.
Os Dursley sabiam que os Potter tinham um filhinho, também,mas nunca o tinham visto.O garoto era mais uma razão para manter os Potter a distância;eles não queriam que Duda se misturasse com uma criança daquelas

Rosnados foram ouvidos

Quando Sr. e a Sra.Dursley acordaram na terça feira monótona e cinzenta em que a nossa história começa, não havia nada no céu nublado lá fora sugerindo as coisas estranhas e misteriosas que não tardariam acontecer por todo país.O Sr. Dursley cantarolava ao escolher a gravata mas sem graça do mundo para ir trabalhar
Ea Sra.Durley fofocava alegremente enquanto lutava para encaixar um Duda aos berros na cadeirinha alta.Nenhum deles reparou em uma coruja parda que passou, batendo as asas,pela janela.
Às oito e meia,o Sr.Dursley apanhou a pasta,deu um beijinho no rosto da Sra.Durley e tentou dar um beijo de despedida em Duda mas não conseguiu,porque na hora Duda está tendo um acesso de raiva e atirava o cereal nas paredes

- Meu Deus, minha irmã mimou muito esse garoto-Lilian disse espantada

- Acredite, ele está bem pior - Harry disse

- Por quê isso não me surpreende? - Lílian perguntou com irônia

- Pestinha- disse rindo contrafeito o Sr. Dursley ao sair de casa

- Ele acha isso legal? - se perguntou Molly indignada 

Entrou no carro e deu marcha à ré para sair do estacionamento do número quatro.Foi na esquina da rua que ele notou o primeiro indício de que algo estranho ocorria- um gato lia um mapa.
Por um instante o Sr. Dursley não percebeu o que vira- em seguida,virou rapidamente a cabeça para dar uma segunda olhada.Havia um gato de listras amarelas sentado na esquina da rua dos alfeneiros, mas não havia nenhum mapa à vista.Em que estaria pensando naquela hora?Devia ter sido um efeito da luz

- É com certeza é isso Válter - Sirius disse com irônia

Ele piscou e arregalou os olhos para o gato.O gato o encarou.Enquanto virava a esquina e subia a rua dos alfeneiros - não,estava olhando a placa,gatos não podiam ler mapas nem placas
O Sr. Dursley sacudiu a cabeça e tirou o gato do pensamento.Durante o caminho para a cidade ele não pensou em mais nada exceto no grande pedido de brocas que tinha esperança de receber naquele dia

- O que que é brocas? - Quiz saber Arthur

- É o que os trouxas usam para furar a terra- disse Lilian

- Facinante - disse Arthur

Mas ao sair da cidade,as brocas foram varridas de sua cabeça por outra coisa.Ao parar no costumeiro engarrafamento matinal, não pode deixar de notar que havia uma quantidade de gente estranhamente vestida andando pelas ruas.Gente com capas largas
O Sr.Dursley não tolerava gente que andava com roupas ridículas - Os trapos que se viam nos jovens! Imaginou que aquilo fosso uma nova moda idiota.tamborilou os dedos no volante e seu olhar recaiu em um grupinho de excêntricos parados bem perto dele.Cochichavam excitados.O Sr. Dursley se irritou ao ver que alguns deles nem eram jovens;ora,aquele homem devia ser mais velho do que ele,e usava uma capa verde - esmeralda!que petulância! Mas então ocorreu ao Sr.Dursley que se tratava provavelmente de alguma promoção boba- essas pessoas estavam obviamente arrecadando alguma coisa... é devia ser isto! O tráfego avançou e alguns minutos depois o Sr. Dursley chegou ao estacionamento da Grunnings,o pensamento de volta às brocas
O sr.Dursley sentava de costas para a janela em seu escritório no nono andar.se não o fizesse,talvez tivesse achado mais difícil se concentrar em brocas aquela manhã.Ele não viu as corujas que voavam velozes em plena luz do dia,embora as pessoas na rua as vissem;elas apontavam e se espantavam enquanto coruja atrás de coruja passava no alto.A maioria jamais vira uma coruja mesmo à noite. 
O Sr. Dursley, porém,teve uma manhã perfeitamente normal sem corujas. Gritou com cinco pessoas diferentes.

- Claro, porque gritar com as pessoas é um bom trabalho - Hermione disse revirando os olhos

Deu vários telefonemas importantes e gritou mais um pouco.estava de excelente humor até a hora do almoço,quando pensou em esticar as pernas e atravessar a rua para comprar um pãozinho doce na padaria defronte.
Esquecera completamente as pessoas de capas até passar por um grupo delas próximo à padaria.Olhou-as com raiva ao passar.não sabia o porquê,mas elas o deixavam nervoso.Essas cochichavam agitadas , também,mas ele não viu nenhuma latinha de coleta.Foi ao passar por elas,na volta, levando uma grande rosca açucarada em um saco,que entreouviu algumas palavras do que diziam.
-...Os Potter, é verdade, foi o que ouvi...
-... É,o filho deles, Harry
O Sr. Dursley parou de repente.O medo invadiu-o. Virou a cabeça para olhar as pessoas que cochichavam como se quisesse dizer alguma coisa, mas pensou melhor.
Atravessou a rua depressa, correu para o escritório, disse rispidamente à secretaria que não o incomodasse,agarrou o telefone e quase terminara de discar o número de casa quando mudou de ideia. Pôs o fone no gancho e analisou os bigodes, pensando... não, estava agindo como um idiota

- Ele é um idiota - Sirius disse 

Potter não era um nome tão fora do comum assim.Tinha certeza de que havia muita gente chamada Potter com um filho chamado Harry.Jamais vira o menino
Talvez fosse Ernesto.Ou Eduardo.

- Eduardo é um nome bonito,mas Ernesto é feio demais para colocar em uma criança- Lílian disse

Não tinha sentido preocupar a Sra. Dursley,ela sempre ficava tão perturbada à simples menção da irmã.Não a culpava - se ele tivesse uma irmã como aquela.. 

A cada linha lida os olhos de Lílian foi se enchendo de lágrimas, Tiago e Harry vendo isso a abraçaram

Mas,mesmo assim, aquelas pessoas de capas...
Achou bem difícil se concentrar nas brocas aquela tarde, quando deixou o edifício às cinco horas, continuava tão preocupado que deu um encontrão em alguém parado ali à porta.
- Desculpe- murmurou, quando o velhinho cambaleou e quase caiu. Levou alguns segundos até o Sr. Dursley perceber que o homem estava usando v uma capa roxa. Não parecia nada aborrecido por ter sido jogado ao chão.ao contrário, seu rosto abriu em um largo sorriso e Ele disse em uma voz esganiçada que fez os passantes olhassem:
- Não precisa pedir desculpas, meu caro senhor, porque nada poderia me aborrecer hoje! Alegre-se, porque Você-sabe-quem finalmente foi-se embora! Até trouxas como o senhor deviam estar comemorando um dia tão feliz!
E o velho abraçou o Sr. Dursley pela cintura 

- MEU DEUS - Exclamou Fred

- Que foi - Molly Perguntou

- O VELHO CONSEGUIU ABRAÇAR ELE!!!- George completou a frase do irmão

Ninguém, a não ser Snape, que não estava achando a mínima graça nisso, riram

E se afastou. O Sr. Dursley ficou pregado no chão

- também é tão gordo que nem consegue levantar do chão - Tiago e Todos riram novamente

Fora abraçado pode um completo estranho. E também achava que fora chamado de trouxa,o que quer que isso quisesse dizer.estava abalado.Correu para o carro e partiu para casa, esperando que estivesse imaginando coisas,o que nunca esperara que fizesse, porque não aprovava a imaginação.

-Esse cara é um babaca- Sirius disse - quem não aprova a imaginação?

Quando entrou no estacionamento do número quatro,a primeira coisa que viu-e isso é não melhorou o Seu estado de Espírito- foi o gato listrado que notara aquela manhã. Agora ele estava sentado no muro do jardim. Tinha certeza de que era o mesmo; as marcas em volta dos olhos eram as mesmas. 
- Chispa- disse o Sr. Dursley em voz alta.
O gato não se mexeu. Apenas lançou-lhe um olhar severo.
Será que isto era um comportamento normal para um gato?, pensou o Sr. Dursley. Continuava decidido a não comentar nada com a esposa.
A Sra. Dursley tivera um dia normal e agradável. Contou- lhe durante o jantar os problemas da senhora do lado com a filha 

- Petúnia, sempre será Petúnia -  Lilian disse balançando a cabeça em negação

E ainda que Duda aprendera uma palavra nova ("nunca")

- Palavra linda para uma criança aprender-  Molly disse com irônia

O Sr. Dursley tentou agir normalmente. Depois que Duda foi se deitar,ele chegou à sala em tempo de ouvir o último noticiário noturno.
"E por último, os observadores de pássaros em toda parte registraram que as corujas do país se comportaram de forma muito estranha hoje. Embora elas normalmente cacem à noite e raramente apareça à luz do dia centenas de pássaros foram vistos hoje voando em todas as direções desde alvorecer.
Os especialistas não sabem explicar por que as corujas de repente mudaram seu padrão de sono."o locutor se permitiu um sorriso

- esse locutor é bruxo- falou Arthur

"Muito misterioso.E agora,com Jorge Mendes,o nosso boletim meteorológico.Vai haver mais tempestades de corujas hoje à noite,Jorge?
"Bom, Eduardo",disse o meteorologista,"não sei lhe dizer,mas não foram só as corujas que se comportaram de modo estranho hoje.Ouvintes de todo país tem telefonado para reclamar que em vez do aguaceiro que prometi ontem, eles têm tido chuvas de estrelas!talvez alguém ande festejando a noite das fogueiras uma semana mais sedo este ano!mas posso prometer para hoje uma noite chuvosa".O Sr. Dursley ficou paralisado na poltrona.Estrelas cadentes em todo o país? corujas voando durante o dia?gente misteriosa usando capas por todo lado?é um cochicho a respeito dos Potter...A Sra.Dursley entrou na sala trazendo duas xícaras de chá. não adiantava.teria que lhe dizer alguma coisa.Pigarreou nervoso.
-Hum,hum, Petúnia, querida, você não tem tido notícias de sua irmã, ultimamente?
Conforme esperava,a Sra. Dursley pareceu chocada e aborrecida.A final, normalmente fingiam que ela não tinha irmã...

Algumas lágrimas saíram do rosto de Lílian, Harry e Tiago viram as lágrimas e dois a abraçaram

- Não- respondeu ela,seca-por quê?
- Uma notícia engraçada - murmurou o Sr. Dursley- Corujas...estrelas cadentes...e vi uma porção de gente de aparência estranha na cidade hoje...
- E daí?- cortou a Sr. Dursley
-Bem,pensei... talvez... tivesse alguma ligação com...sabe...o pessoal dela.

- Pessoal dela? Perguntou Sirius

- Bruxos-respondeu Lílian a ele

A Sra.Dursley bebericou o chá com os lábios contraídos.O Sr. Dursley ficou em dúvida se teria coragem de lhe contar que ouvira o nome "Potter".Decidiu que não.em vez disso,falou com a voz mais despicente que pode:
-O filho deles...teria mais ou menos a idade do Duda agora, não?
-Suponho que sim- respondeu a Sra.Dursley,ainda seca.
- Como é mesmo o nome dele? Ernesto, não é?
- Harry.Um nome feio e vulgar,se quer saber minha opinião

- Não. Não queremos,e para sua informação Harry é um nome muito bonito e é melhor que Dudley- respondeu Tiago olhando para o filho, sorrindo. Harry também sorriu para ele

- Ah, é- disse o Sr. Dursley, sentindo um aperto horrível no coração.
- É, concordo com você

- Porque você não tem opinião própria- Remo disse com raiva

Não disse mais nenhuma palavra sobre o assunto a caminho do quarto onde foram se deitar.Enquantoa Sra.Dursley estava no banheiro,o Sr.Dursley foi devagarinho até a janela e espiou o jardim da casa.O gato continuava lá.Observava o começo da rua dos Alfeneiros como se esperasse alguma coisa.Estaria imaginando coisas? será que tudo isso teria ligação com os Potter?Se tinha...se transpirasse que eram aparentados com um casal de...bem ele acharia que não aguentaria.
Os Dursley se deitaram.A Sra.Dursley adormeceu logo, mas o Sr. Dursley continuou acordado, pensando no que acontecera. Seu último consolo antes de adormecer foi pensar que mesmo que os Potter estivessem envolvidos, não havia razão para se aproximarem dele e da Sra. Dursley.Os Potter sabiam muito bem o que pensavam deles e de gente da sua laia...

- Nós não nos importamos com o que vocês pensam de nós - Tiago disse com raiva

Não via como ele e Petúnia poderiam se envolver com nada que estivesse acontecendo.O Sr.Dursley bocejou e se virou.Isso não poderia afeta-los...como estava enganado
O Sr.Dursley talvez estivesse mergulhando em um sono inquieto,mas o gato no muro lá fora mostrava sinais de sono.Continuava sentado imóvel como uma estátua,os olhos fixos na esquina mais distante da rua dos alfeneiros.E nem sequer estremeceu quando uma porta de carro bateu na rua seguinte, nem mesmo quando duas Corujas mergulhavam do alto.Na verdade,era quase meia- noite quando o gato se mexeu.um homem apareceu na esquina que o gato estivera vigiando.Apareceu tão súbita e silenciosamente que poderia pensar que tivesse saído do chão.O rabo do gato mexeu ligeiramente e seus olhos se estreitaram.Ninguém jamais vislumbrara nada parecido com este homem na rua dos alfeneiros.Era alto,magro e muito velho,a julgar pelo prateado dos seus cabelos e de sua barba, suficientemente longos para prender no cinto.usava vestes longas, uma capa púrpura que arrastava pelo chão e botas com saltos altos e fivela.Seus olhos azuis eram claros, luminosos e cintilantes por trás dos óculos em meia- lua e o nariz muito comprido e torto,como se o tivesse quebrado pelo menos duas vezes.

- Dumbledore- os Marotos falaram

O nome dele era Alvo Dumbledore.
Alvo Dumbledore não parecia ter consciência de que acabara de pisar numa rua onde tudo,desde o seu nome às suas botas,era malvisto.Estava ocupado apalpando a capa,procurando alguma coisa.Mas parecia ter consciência de que estava sendo vigiado, porque ergueu a cabeça de repente para o gato,que continuava a fita-LP da outra ponta da rua. Por algum motivo, a visão do gato pareceu diverti- lo. Deu uma risadinha e murmurou:"Eu devia ter imaginado". Encontrou o que procurava no bolso interior da capa. Parecia um isqueiro de prata. Abriu- o no ar e o acendeu. O lampião de rua mais próximo apagou-se com um estalido seco.Ele o acendeu de novo- o lampião seguinte piscou e apagou, doze vezes ele acionou o "apagueiro", até que as únicas luzes acesas na rua toda eram dois pontinhos minúsculos ao longe- os olhos do gato que o vigiava. Se alguém espiassem pela janela agora, até a Sra. Dursley, de olhos de contas, não conseguiria ver nada que estava acontecendo na calçada. Dumbledore tornou a guardar o "apagueiro"na capa e saiu caminhando pela rua em direção ao número quatro, onde se sentou no muro ao lado gato. Não olhou para o bicho, mas, passando algum tempo, dirigiu-se a ele.
- Imaginei encontrar a Senhora aqui, Profa. Minerva McGonagall.
E virou- se para sorrir para o gato, mas este desaparecera. Em vez dele, viu- sorrindo para uma mulher de aspecto severo que usava óculos de lentes quebradas exatamente do formato das marcas que o gato tinha em volta dos olhos. Ela, também, usava uma capa esmeralda. Trazia os cabelos negros presos num coque apertado.E parecida decididamente irritada.
- Como soube que era eu?- Perguntou
- Minha cara professora, nunca vi um gato se sentar tão duro.

Todos riram disso

- O senhor estaria duro se tivesse passado o dia todo em um muro de pedra- respondeu a profa. Minerva.
-O dia todo? Quando podia estar comemorando? Devo ter passado por mais de dez festas e banquetes a caminho daqui.
A professora Minerva fungou aborrecida.
-Ah, sim, vi que todos estão comemorando- disse impaciente- era de se esperar que fossem um pouco mais cautelosos, mas não, até os trouxas notaram que alguma coisa está acontecendo. Deu no telejornal- Ela indicou com a cabeça a sala escura dos Dursley- Eu ouvi... Bandos de corujas... Estrelas cadentes... Ora, eles não estão são completamente idiotas.

-Ei- Lilian disse- os trouxas não são idiotas

Não podiam deixar de notar alguma coisa. Estrelas cadentes em Kent, aposto que fui coisa do Dédalo Diggle. Ele nunca teve juízo.
-Você não pode culpá-los-ponderou Dumbledore 
educadamente- temos tido muito pouco o que comemorar nos últimos onze anos.
-Sei disso- retrucou a professora mal- humorada - Mas não é razão para perdemos a cabeça.

- Ela tem razão- disse Molly- fomos muito descuidados

As pessoas estão sendo completamente descuidadas, saem às ruas em plena luz do dia, sem nem ao menos vestir roupas de trouxa, e espalham boatos.
De esguelha, lançou um olhar atento a Dumbledore, como se esperasse que ele dissesse alguma coisa, mas ele continuou calado, por isso ela recomeçou :
- Ia ser uma graça se, no próprio dia em que você - sabe - quem parece ter finalmente ido embora
Os trouxas descobrissem a nossa existência. Suponho que ele realmente tenha ido embora, não é, Dumbledore?
-Parece que não há dúvida.Temos muito o que agradecer.Aceita um sorvete de limão?

Um o quê? - perguntaram os Weasley

- É um doce trouxa que muito bom, a Lily fez experimentar uma vez- Tiago falou

- Um o quê?
- um sorvete de limão. É uma espécie de doce trouxa de que sempre gostei muito
- Não, obrigado- disse a profa.Minerva com frieza,como se não achasse que o momento pedia sorvetes de limão - Mesmo que você - sabe - quem tenha ido embora
-Minha cara professora, com certeza uma pessoa sensata como a senhora pode chamá-lo pelo nome.Todas essa bobagem de Você - sabe - quem, há onze anos vendo tentando as pessoas a chamá-lo pelo nome que recebeu: Voldemort.- A professora franziu o rosto,mas Dumbledore,que estava separado dois sorvetes de limão,pareceu não reparar- Tudo fica tão confuso quando todos não param de dizer "Você-sabe-quem".Nunca vi nenhuma razão para ter medo de dizer o nome de Voldemort.
-Sei que não vê - disse a professora parecendo meio exasperada,meio admirada- Mas você é diferente.Todo mundo sabe que é o único de quem você- sabe...ah, está bem,de que Voldemort tem medo
-Isto é um elogio- disse Dumbledore calmamente- Voldemort tinha poderes que nunca tive

- Só porque ele é nobre para usá-los- disse Sirius

- Só porque você é muito... bem...nobre para usá-los

- Aí Sirius, você e a minerva tem a opinião igual- Disse Remo

- É Uma sorte estar escuro. Nunca corei assim desde que madame Pomfrey me disse que gostava dos meus abafadores de orelha novos

Isso foi muito desnecessário -  Snape disse

A profa.Minerva lançou um olhar severo a Dumbledore e disse:
- As corujas não são nada comparadas aos boatos que correm. Sabe o que todos estão dizendo? Porque ele embora?Que foi que final o deteve?
Aparentemente a Profa.Minerva chegara ao ponto que estava ansiosa para descritor,a verdadeira razão pela qual estivera esperando o dia todo em cima de um muro frio e duro,porque nem como gato nem como mulher ela fixara antes um olhar tão penetrante um Dumbledore como agora. Era óbvio que seja o que fosse que " Todos" estavam dizendo,ela não iria acreditar até que Dumbledore confirmasse ser verdade.Dumbledore, porém,estava escolhendo mais um sorvete de limão e não respondeu.
- O que dizendo - continuou ela- É que a noite passada Voldemort apareceu em Godric's Hollow.Foi procurar os Potter.
O boato é que Lílian e Tiago Potter estão... estão... que estão...mortos.
Dumbledore fez que sim com a cabeça.A Profa.Minerva perdeu o fôlego.
- Lílian e Tiago... Não posso acreditar... Não quero acreditar...ah,Alvo.
Dumbledore estendeu a mão e deu- lhe um tapinha no ombro.
- Eu sei...eu sei...- disse deprimido.

- Eles se importam com vocês - Disse Remo sorrindo para os amigos

- E não é só isso.Estão dizendo que ele tentou matar o filho dos Potter, Harry
Mas... Não conseguiu.Não conseguiu.Não conseguiu matar o garotinho.
Ninguém sabe o porquê nem como,mas estão dizendo que na hora que não pode matar Harry Potter,por alguma razão,o poder de Voldemort desapareceu e é por isso que foi embora.
Dumbledore concordou com a cabeça, sério
- É...é verdade,?-gaguejou a professora.- Depois de tudo o que ele fez...todas as pessoas que matou... não conseguiu matar um garotinho?É simplesmente espantoso...de tudo que poderia detê- lo...mas por Deus, como foi que Harry sobreviveu!

- É que todos nós queremos saber- Disse Tiago e todos concordaram

- Só podemos imaginar- disse Dumbledore- Talvez nunca cheguemos a saber. A Profa.Minerva pegou um lenço de renda e secou com delicadeza os olhos por baixo das lentes dos óculos.Dumbledore deu uma grande fungada ao mesmo tempo que tirava o relógio de ouro do bolso e o examinava.Era um relógio muito estranhos.Tinha doze ponteiros mas nenhum número;em vez deles, pequenos planetas giraram à volta.Mas devia fazer sentido para Dumbledore, porque ele o repôs no bolso e disse:
- Hagrid está atrasado.A propósito,foi ele que lhe disse que eu estaria aqui,suponho.
- Foi.E suponho que você não vá me dizer por que está aqui e não em outro lugar
-Vim trazer Harry para o tio e a tia. Eles são a única família que lhe resta.

- Na verdade, não, se Sirius não tivesse feito aquela loucura de procurar Pedro, ele poderia ter cuidado do Harry - Tiago disse- e Remo também

- Você sabe do meu problema,eu não posso cuidar de crianças - Remo disse

- Seu problema só ataca uma vez por mês - Tiago retrucou

-Você, não quer dizer, você não pode estar estar se referindo ás pessoas que moram aqui?!-exclamou a Profa.Minerva,pulando de pé e apontando para o número quatro.- Dumbledore, você não pode.Estive observando a família o dia todo.Você poderia encontrar duas pessoas menos parecidas conosco.E têm um filho,Vi- o dando chutes na mãe até a ria,berrando porque queria balas.Harry Potter não pode vir morar aqui!
-É o melhor lugar para ele- disse Dumbledore com firmeza- Os tios poderão lhe explicar tudo quando ele for mais velho,escrevi-lhes uma carta

UMA CARTA - todos gritaram,menos Dumbledore,Minerva, Snape e Harry

-Eles nunca me mostraram essa carta - Harry disse

- Uma carta?- repetiu a professora com a voz fraca,sentando- se novamente no muro- francamente Dumbledore, você acha que pode explicar tudo isso em uma carta?Essas pessoas jamais vão entendê- lo!Ele vai ser famoso,uma lenda.
Eu não me surpreenderia se o dia de hoje ficasse conhecido no futuro como o dia de Harry Potter.Vão escrever livros sobre Harry.Todas as crianças no nosso mundo vão conhecer o nome dele!
- Exatamente- disse Dumbledore,olhando muito sério por cima dos óculos de meia - lua- Isto seria o bastante para virar a cabeça de qualquer menino.Famoso antes mesmo de por alguma coisa que ele nem vai se lembrar! Você não vê que ele estará muito melhor se crescer longe de tudo isso até que tenha capacidade de compreender?
A professora abriu a boca,mudou de ideia,engoliu em seco e então disse:
-É, é, você está certo,é claro.Mas como é que o garoto vai chegar aqui, Dumbledore?- Ela olhou para a capa dele de repente como se ocorresse que talvez escondesse Harry ali

- Ele não faria isso- falou Lílian

- Hagrid vai trazê-lo.
- Você acha que é sensato confiar a Hagrid uma tarefa importante como esta?

- Eu confio minha a Hagrid - Disse Tiago

- Eu confiaria a Hagrid minha vida - respondeu Dumbledore.
-Não estou dizendo que ele não tenha coração no ligar-me concedeu a primeira de má vontade-,Mas você não pode fingir que é cuidadoso.Que tem uma tendência a ...que foi isso?
Um ronco discreto quebrara o silêncio da rua.Foi aumentando cada vez mais enquanto eles olharam para cima e para baixo da rua à procura de um sinal de carro;- o ronco se transformou num trovão quando os dois olharam para o céu- e uma enorme motocicleta caiu do ar e parou na rua diante deles.
Se a motocicleta era enorme, não era enorme, não era nada comparada ao homem que a montava de lado.Ele era quase duas vezes mais alto do que um homem normal e pelo menos cinco vezes mais largo.Parecia simplesmente grande demais para existir e tão selvagem- emaranhados de barba e cabelos negros longos e grossos escondiam a maior parte do seu rosto,as mãos tinham o tamanho de uma lata de lixo e os pés calçados com botas de couro pareciam filhotes de golfinhos.Em seus braços imensos e musculosos ele segurava um embrulho de cobertores.
- Hagrid!- exclamou Dumbledore,parecendo aliviado- Finalmente.E onde foi que arranjou a moto?
- Pedi emprestada,Prof.Dumbledore- respondeu o gigante, desmontando cuidadosamente da moto ao falar.- O jovem Sirius me emprestou.trouxe ele, professor.
- Não teve nenhum problema?
- Não,senhor.A casa ficou quase destruída,mas consegui tirá-lo inteiro antes que os trouxas invadissem o lugar.Ele dormiu quando estávamos sobrevoando Bristol.
Dumbledore e a Profa.Minerva curvaram - se para o embrulho de cobertores.Dentro,apenas visível,havia um menino,que dormia a sono solto. Sob uma mecha de cabelo muito negros caía sobre a testa eles viram um corte curioso,tinha a forma de um raio
- Foi aí que...?- Susurrou a professora.
-Foi- confirmou Dumbledore- Ficará com a cicatriz para sempre.
- Será que você não poderia dar um jeito, Dumbledore?
- Mesmo que pudesse,eu não o faria.As cicatrizes podem vir a ser úteis.Tenho uma acima do joelho esquerdo que é um mapa perfeito do metrô de Londres

- Desnecessário sabermos disse - Sirius disse

Bem,me dê ele aqui, Hagrid,é melhor acabarmos logo com isso.
Dumbledore recebeu Harry nos braços e virou- se para a casa dos Dursley.
- Será que podia...podia me despedir dele, professor? - Perguntou Hagrid.
Ele curvou a enorme cabeça descabelada para Harry e lhe deu o que deve ter sido um beijo muito áspero e peludo.Depois,sem aviso,Hagrid soltou um uivo como o de um cachorro ferido
- Psiu- Sibilou a Profa.Minerva.- você vai acordar os trouxas!
Desdes-desculpe- soluçou Hagrid,puxando um enorme lenço sujo e escondendo a cara nele.- Mas - não consigo suportar, Lílian e Tiago mortos,e o coitadinho do Harry ter de viver com os trouxas...
- É,é,é muito triste,mas controle-se, Hagrid,ou vão nos descobrir- Susurrou a professora, dando uma palmadinha desajeitada no braço de Hagrid enquanto Dumbledore saltava a mureta de pedra e se dirigia à porta da frente.Depositou Harry devagarinho no batente,tirou uma carta da capa,meteu-a entre os cobertores do menino e,em seguida, voltou para a companhia dos dois.Durante um minuto inteiro os três ficaram parados olhando para o embrulhinho; os ombros de Hagrid sacudiram,os olhos da Profa.Minerva piscaram loucamente e a luz cintilante que sempre brilhava nos olhos de Dumbledore parecia ter-se extinguido.
- Bem- disse Dumbledore finalmente-,Acabou- se.Não temos mais nada a fazer aqui.Já podemos nos reunir aos outros para comemorar
- É- disse Hagrid com a voz muito abafada.- Vou devolver a moto de Sirius. Boa- noite,Profa.Minerva, Professor Dumbledore...
Enxugando os olhos na manga da jaqueta, Hagrid montou na moto e acionou o motor com um pontapé; com um rugido ela levantou voo e desapareceu na noite.
- Nos veremos em breve, espero,Profa.Minerva- falou Dumbledore,com um aceno da cabeça.A Profa. Minerva assoou o nariz em resposta.
Dumbledore se virou e desceu a rua.Na esquina parou e puxou o " apagueiro".Deu um clique e doze esferas de luz voltaram aos lampiões de modo que a rua dos alfeneiros de repente iluminou - se com uma claridade laranja e ele divisou o gato listrado se esquivando pela outra ponta da rua.Mal dava para enxergar o embrulhinho de cobertores no batente do número quatro.
- Boa sorte, Harry- murmurou ele. Girou nos calcanhares e, com um movimento da capa, desapareceu.
Uma brisa arrepiou as cercas bem cuidadas da rua dos alfeneiros,silenciosas e quietas sob o negror do céu,o último lugar do mundo em que alguém esperaria que acontecessem coisas espantosas.Harry Potter virou- se dentro dos cobertores sem acordar.Sua mãozinha agarrou a carta ao lado,mas ele continuou a dormir,sem saber que era especial,sem saber que era famoso,sem saber que iria acordar dentro de poucas horas com o grito da Sra.Dursley ao abrir a porta da frente para pôr as garrafas de leite do lado de fora,

- Quanto exagero, Petúnia- Lílian falou balançando a cabeça negativamente- É só um bebê, não é uma bomba

Nem que passaria as próximas semanas levando cutucadas e beliscões do primo Duda...

- Se ele fez isso, Vai ser um moleque morto - Tiago disse

Ele não podia saber que neste mesmo instante,havia pessoas se reunindo em segredo em todo país que erguiam os copos e diziam com vozes abafadas:
- A Harry Potter: O menino que sobreviveu!

- Acabou o capítulo- Molly disse - Quem lê o próximo?

- Eu posso ler? -Hermione perguntou

- Sim, aqui -  Molly entregou o livro para ela



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