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História Lendo o último olimpiano - Três versões de mim?


Escrita por: PS_Jay

Notas do Autor


O título do capítulo não é o que vocês estão pensando. Ele só deixa aberto a uma teoria. Uma teoria que não é tão teoria assim...

Enfim, sem mais enrolação. Espero que gostem. Eu não fiz tão longo porque se não demoraria ainda mais pra postar.

Capítulo 9 - Três versões de mim?


Fanfic / Fanfiction Lendo o último olimpiano - Três versões de mim?

– Sabe o que eu realmente não consigo entender? – perguntou Katie, falando retoricamente com quem quer que quisesse ouvi-la. – Qual é o critério do Jackson do futuro para nos dar algumas respostas? Da última vez, eu somente disse que estava curiosa para ver a batalha contra Anteu e ele montou um cinema improvisado com um estalar de dedos. Agora que eu quero uma resposta de uma única palavra, ele não fala! 

– Talvez nem ele saiba, Katie – disse Travis gentilmente. – Talvez ele não te responda porque não pode. 

Katie parou seu marchar irritado e olhou para Travis, piscando, surpresa. Até que o que ele falava fazia sentido. Não que ela fosse admitir isso a ele. 

– Então... Não terei minha resposta? – ela perguntou.

– Eu acho que não. 

– Oh, merda! 

O filho de Hermes controlou um sorriso divertido. 

Do outro lado do anfiteatro, Atena se preparava para ler mais um capítulo. 

– Eu acho que deveríamos ler mais este e então encerrar por hoje – disse Quíron, trotando para chamar a atenção. – Já aprendemos muitas coisas que precisam ser processadas, e logo vai escurecer. Depois deste iremos jantar e então todos os campistas irão se recolher para seus respectivos chalés. 

O centauro olhou em volta, como se esperasse por alguns protestos. Porém, ao contrário do que poderia acontecer em um dia normal, nenhum campista proferiu uma palavra sequer. 

– Muito bem – Atena concordou. – O nome do capítulo é “queimamos uma mortalha de metal”. 

Todos sabiam o que aquele título queria dizer – eles finalmente iriam queimar a mortalha de Beckendorf. 

 

Na manhã seguinte eu quis ligar para Rachel, buscando desesperadamente saber se o que eu tinha visto era verdade, mas não tínhamos telefones no acampamento

 

– Bom, eu gostaria de levantar um ponto – disse Malcolm, limpando a garganta. – Acabamos de saber por Rachel sobre o plano de Cronos... 

– Isso se não for mentira – salientou Jane. 

– Mas como poderia saber? 

– Eu tenho uma teoria – Apolo respondeu o filho de Atena, encarando Hades com uma intensidade surpreendente. – Mas prefiro mantê-la para mim até conseguir mais informações. 

– Você tem uma teoria e quer guardá-la para você? – questionou Ártemis rudemente. 

Apolo não olhou para a irmã. 

– Eu tenho o direito de não dizer, se eu não quiser. 

Ártemis piscou, surpresa com as palavras cortantes e com o olhar intenso do deus sempre tão descontraído. Havia algo afligindo Apolo. E ela iria descobrir o quê. 

Suas Caçadoras se mexeram, não gostando da maneira como ele havia falado com sua senhora. 

 

Dionísio e Quíron não precisavam de uma linha terrena. Eles apenas ligavam para o Olimpo com uma mensagem de Íris quando precisavam de alguma coisa. E quando semideuses usavam celulares, os sinais agitavam cada monstro dentro de mil quilômetros. Era como mandar um sinal: Estou aqui! Por favor reorganize a minha cara!

 

– Você poderia usar mensagem de Íris para falar com ela – sugeriu Nyssa, mas Percy já balançava a cabeça. 

– Rachel provavelmente não se importaria, mas ela vai estar a caminho de St. Thomas com os pais. Como eu falaria com ela em particular? 

Nyssa encolheu os ombros.

– É. Esse é um bom ponto. 

 

Mesmo dentro das fronteiras seguras do acampamento, não é esse o tipo de anúncio que quereríamos fazer. A maior parte dos semideuses (exceto por Annabeth e mais alguns outros) nem ao menos tem celulares. 

 

– Annabeth tem celular? – questionou Clarisse, divertida. – A princesa perfeita é uma quebradora de regras! 

Annabeth sentiu seu rosto ficar quente em um misto de raiva e vergonha. 

– Eu não tenho celular, Clarisse. 

– Ainda – apontou a outra garota, sorrindo. Annabeth revirou os olhos. 

Atena franziu o cenho e resmungou para si mesma algo que soou como “minha filha não é uma quebradora de regras” e “mandita cria do mar” antes de voltar a ler. 

 

E eu definitivamente não podia dizer a Annabeth “Hey, me empresta seu celular para que eu possa ligar para Rachel?”

 

– Definitivamente não – disseram juntos Silena e Charles. Sorrindo, a filha de Afrodite continuou sozinha: – Agora se você pedisse para ligar para Luke, ela com toda certeza deixaria...

Percy franziu o cenho. Annabeth sentiu o rosto corar levemente, fingindo que não era com ela, enquanto Luke desviava o olhar para qualquer um que não fosse um campista. 

Ou deus. Ou náiade ou sátiro ou planta. 

 

Para fazer uma ligação eu precisaria sair do acampamento e andar muitos quilômetros até a loja de conveniências mais próxima. Mesmo se Quíron me deixasse ir, quando eu chegasse lá, Rachel já estaria em um avião para St. Thomas. 

 

– Isso complica ainda mais as coisas – disse Katie.  

Muitos concordaram com a afirmação. 

 

Além disso, mesmo que eu confiasse plenamente em Rachel e, ainda tinha que checar se as informações eram verdadeiras. 

 

– Inteligente – elogiou Héstia. – Antes de se jogar de cabeça em uma guerra, é sempre bom saber com o que exatamente se está lidando. E checar informações é a parte fundamental. 

– Várias guerras já foram perdidas ou ganhas por causa de informação – concordou Hades. – Eu diria, inclusive, que isso é mais importante que estratégia. 

– Sou obrigada a concordar – disse Atena. 

– Mas há outra coisa me incomodando – disse Afrodite, virando-se diretamente para Percy, que se assustou ao ter o olhar da deusa do amor cravado sobre si. – Você acredita em Rachel e que ela poderia ajudar, mas porque está com receio de contar a Annabeth? 

Havia uma certa decepção na voz de Afrodite que deixou Percy desconcertado. Pigarreando, ele respondeu:

– Eu não sei a resposta para essa pergunta, Afrodite. Mas ele... bom, ele tem motivos para hesitar, aparentemente. 

– Por que você fala como se vocês fossem pessoas diferentes? – questionou Katie. 

– Porque somos pessoas diferentes – disse Percy. – Vocês não ouviram a voz dele, o jeito como ele fala, a maneira como se expressa? Estamos lendo um livro que conta sobre o futuro daqui quatro anos. E muita coisa pode mudar em quatro anos. 

Todos entenderam o que ele não disse, e o que aquelas palavras realmente significavam. Havia muitas coisas que poderiam ter acontecido nesses anos – coisas capazes de mudar uma pessoa, fazê-la amadurecer. E para um semideus que teria ser nome cravado em uma profecia... bem, alguns nem poderiam imaginar que tipo de coisas eram essas. 

Embora, uma ideia não saísse da cabeça de Héstia. A maneira como Percy Jackson agia no livro, eram muito diferente do garoto de doze anos; porém tampouco se parecia com a seriedade da voz do futuro. Eles se mostravam como se fossem três pessoas diferentes, e não duas. 

Héstia sabia que existia muito mais acontecendo do que o livro mostrava.

Enquanto essa conversa acontecia, Daniel olhava para Annabeth, esperando que a irmã protestasse de algum jeito – afinal, ela odiava não saber das coisas, principalmente quando se tratava de coisas que a envolviam. Porém, ao encarar a expressão concentrada e compassiva de Annabeth, Daniel soube que ela não diria nada. O que era tão atípico que o fez ficar preocupado. 

Eles teriam de ter uma conversa mais tarde. Todos os filhos de Atena, em seu chalé. 

 

Eu comi sozinho um café da manhã deprimente na mesa de Poseidon. Eu fiquei encarando a fissura no chão de mármore onde há dois anos atrás Nico tinha banido vários esqueletos com sede de sangue para o submundo. A memória não melhorou exatamente o meu apetite.

 

– E também não foi uma memória muito esclarecedora – alfinetou James. 

– Vocês perceberam que, de vez em quando, ele fala de algumas coisas que já aconteceram que não temos como saber do se trata? – resmungou Daniel. 

– São os pensamentos dele – disse Percy, grunhindo, apático. – Ele não tem obrigação alguma de pensar apenas sobre coisas que vocês vão saber do que se trata. 

– Ele poderia ter o mínimo de consideração. 

– E mostrar uma luta na fogueira foi falta de consideração? – Percy questionou com amargura na voz. A cada comentário que os campistas ou deuses faziam criticando seu eu futuro, ele se sentia pessoalmente atingido. Quando falou que ambos eram pessoas totalmente diferentes, ele estava sendo sério; contudo, um dia, o Percy de doze anos se tornaria o Percy de quinze. 

Ele não podia evitar se sentir acuado. Ele não conseguia sair da defensiva. Não depois de cinco capítulos cheios de tensão e revelações que Percy preferia manter para si. 

 

Depois do café, Annabeth e eu andamos para inspecionar os chalés. 

 

– Mas apenas um semideus é responsável por isso – protestou Katie. 

 

Na verdade, era a vez de Annabeth fazer as inspeções. Minha tarefa matinal era meio que analisar os relatórios para Quíron. Mas considerando que nós dois odiávamos nossos trabalhos, nós decidimos fazê-los juntos, então não seria tão detestável.

 

– Ah – murmurou Katie, corando levemente. Travis sorriu para ela, divertido. 

 

Nós começamos no chalé de Poseidon, que era basicamente apenas eu. Eu tinha feito meu beliche naquela manhã (bem, mais ou menos), ajuntado as roupas jogadas no chão (sim, peguei minha espada no processo) e endireitado o chifre de Minotauro na parede, então eu dei a mim mesmo um quatro de cinco.

 

– Tenho certeza de que foi generoso demais – provocou Annabeth. Percy deu de ombros. 

– Olha, poderia estar pior. 

 

Annabeth fez uma careta.

– Você está sendo generoso demais. 

 

– Viu? Eu falei. 

– E eu não discordei de você, Sabidinha. 

 

Ela usou a ponta de trás de seu lápis para pegar um velho par de shorts de corrida que eu usava como pijamas. 

Eu o arrebatei para longe.

– Ei, me dá tempo. Eu não tenho o Tyson para limpar para mim nesse verão.

– Três de cinco. – Disse Annabeth

 

– Ok. Bom o suficiente – Percy concordou. Ele pode não ter tido uma nota exemplar na limpeza de chalés, mas ao menos não teria que lavar a louça do acampamento. 

 

Eu sabia que era melhor não discutir com ela, então continuamos. 

 

Eles ouviram, ao longe, uma risada que parecia muito com a voz de Percy do futuro. Mas, quando ele não se pronunciou, descartaram apenas como uma imaginação passageira. 

 

Eu tentei passar alguns relatórios da pilha de Quíron enquanto andávamos. Tinham mensagens de semideuses, espíritos da natureza, e sátiros de todo o país, escrevendo sobre a atividade de monstros recente. Elas eram bastante deprimentes, e meu cérebro com TDAH não gostava de se concentrar em coisas deprimentes.

 

– Ou em qualquer coisa que seja entediante – complementou Grover. 

– É. Isso aí também. 

 

Pequenas batalhas estavam aparecendo em todos os lugares. O recrutamento do campo estava em zero. Sátiros estavam com problemas para achar novos meio-sangues e levá-los para a Colina Meio-Sangue por causa da quantidade de monstros que estavam rondando o país. 

 

– A situação está péssima – disse Nyssa. 

 

Nossa amiga Thalia, que comandava as Caçadoras de Ártemis, 

 

– Então a filha de Zeus finalmente entrou para as Caçadoras? – perguntou retoricamente Zoe Nightshade, com uma nota profunda de amargura na voz. 

Há muito tempo, Thalia e Zoe haviam se conhecido, e a caçadora de Ártemis tentou convencer a outra garota a se juntar a elas pela eternidade. Mas Thalia havia recusado a oferta, preferindo ficar com – Zoe olhou raivosamente para Luke Castellan – ele. Então a filha de Zeus morreu por nada, transformou-se em um pinheiro e, quando voltou à vida, descobriu que o cara de quem ela gostava havia traído todo mundo. 

Que maneira ótima de perceber que deveria ter aceitado a oferta de Zoe, não é mesmo? 

– Minha filha ressuscitou e se juntou às Caçadoras – falou Zeus, listando os fatos para si mesmo, sem perceber a careta medonha que Hera lançava em sua direção. – Mas por quê? 

Thalia teve a chance de se livrar do peso da profecia, e a aproveitou – explicou a voz de Percy. – Na véspera de seu aniversário de dezesseis anos, ela fez os votos e se juntou à Caçada, permanecendo com quinze para sempre. E se ela não envelhece...

– Ela não pode ser a semideusa da profecia – concluiu Annabeth. 

Exatamente

– Então poderia ser ela, e não você? – perguntou Malcolm. 

Não – disse Jackson. – Apesar de vários semideuses querem se livrar desse peso, achando que o “escolhido” poderia ser qualquer um deles, eu acho que sempre se tratou de apenas um. 

– O que quer dizer? – questionou Chris. 

– Que desde quando a profecia foi proferida, setenta anos atrás – Apolo explicou – ela já se referia a um semideus específico. E, não importa o que fizéssemos, o semideus seria ele. 

Profecias sempre se cumprem – disse a voz. – Não se esqueçam disso. 

E a entonação severa dele espalhou arrepios pela anfiteatro. 

 

não tinha sido vista há meses, e se Ártemis sabia o que acontecera a elas, ela não estava dividindo a informação.

 

– Ela provavelmente sabe – disse Apolo, que conhecia sua irmã bem o suficiente para entender seus maneirismos. E ela não gostava de dividir informações acerca de suas Caçadoras com ninguém. Nem com ele. 

 

Nós visitamos o chalé de Afrodite, que obviamente ganhou um cinco de cinco. As camas estavam perfeitamente feitas. As roupas nos baús de todos estavam divididas por cores. Flores frescas estavam florescendo nas janelas. Eu queria tirar um ponto porque todo o lugar fedia a perfume de marca, mas Annabeth me ignorou.

 

– Ainda bem que não é o Percy o responsável por isso – disse Katie, mexendo a cabeça desacreditada. Percy apenas deu de ombros. 

– Eu não gosto de perfume de marca. 

Silena deu de ombros, sem se importar, enquanto os outros filhos de Afrodite torciam o nariz para o garoto. 

 

– Ótimo trabalho, como sempre, Silena – disse Annabeth.

Silena assentiu desatenta. A parede atrás de sua cama estava decorada com retratos de Beckendorf. 

 

Silena e Beckendorf soltaram ambos um demorado suspiro – o filho de Hefesto abraçando a filha de Afrodite pelos ombros, que apoiava a cabeça confortavelmente na curva de seu pescoço. Muitas pessoas olharam a cena e abriram a boca, mas fecharam-na logo em seguida. O momento era dos dois, e não merecia ser quebrado. 

Deixe-os aproveitar enquanto ainda tem chance. 

 

Ela sentou em seu beliche com uma caixa de chocolates em seu colo, e eu lembrei que seu pai era dono de uma loja de chocolates no Village, que era como ele tinha chamado a atenção de Afrodite.

– Você quer um bombom? – perguntou Silena. – Meu pai os mandou. Ele pensou - ele pensou que talvez me animassem.

 

– Oh, querida, seu pai é um homem doce, por isso eu gostei dele – disse Afrodite, sorrindo, feliz, para as memórias. – Não é assim tão fácil encontrar homens doces como ele na rua. A maioria não gosta de demonstrar seu lado sensível. 

– Felizmente – sussurrou Silena, sorrindo contra o pescoço de Charles – o meu gosta. 

Beckendorf sentiu o rosto queimar. 

As Caçadoras e a própria Ártemis fingiam não ouvir o que a deusa do Amor falava, enquanto Hefesto – o deus ferreiro – olhava Afrodite com curiosidade. Ares não era o tipo de cara que demonstrava seu lado sensível, então por que ela estava com ele? 

 

– Eles são bons? – Eu perguntei.

Ela sacudiu a cabeça.

– Eles tem gosto de papelão.

Eu não tinha nada contra papelão, então tentei um. 

 

– Você tem pensamentos estranhos, Jackson – disse Jane. 

 

Annabeth passou. Nós prometemos a Silena que a veríamos mais tarde e continuamos andando.

Enquanto cruzávamos as áreas comuns, uma briga estourou entre os chalés de Ares e Apolo. Alguns campistas de Apolo armados com bombas de fogo voaram por cima do chalé de Ares em uma biga puxada por dois pégasos. 

 

– Legal! – exclamou todo o chalé de Apolo, juntamente com o deus. Phoebe meneou a cabeça e se recostou contra Zoe. 

– Aposto que esse é o motivo ridículo da briga deles – disse ela. 

– De fato, já não restais dúvidas. 

 

Eu nunca tinha visto a carruagem antes, mas parecia ser bastante boa. Logo, o telhado de Ares estava queimando, e as náiades do lago de canoagem correram para jogar água nele.

 

– Por um instante eu tinha me esquecido dessa briga infantil e desnecessária entre os chalés – disse Nyssa. 

– Você não sabe pelo que estão brigando – apontou seu irmão, Jake. – Então como pode dizer que é desnecessária? 

– Está acontecendo uma guerra lá fora que pode mudar o mundo como o conhecemos. Essa briga é totalmente desnecessária. 

Bom, ela tinha um ponto. 

– Gostei da garota – disse Phoebe. 

 

Então os campistas de Ares lançaram uma maldição, e as flechas de todas as crianças de Apolo viraram borracha. Os filhos de Apolo continuavam atirando nos de Ares, mas as flechas batiam e quicavam.

 

– Que confusão, mano – disse Chris. Ele não gostava de confusões. 

 

Dois arqueiros correram, sendo perseguidos por uma criança raivosa de Ares que estava gritando em versos:

– Maldição, pois sim! Vocês vão me pagar!/ Não quero passar o dia todo a rimar!

 

Silêncio chocado, e então vários campistas caíram na gargalhada. Ares bufou, irritado pela humilhação que seus filhos passavam enquanto Apolo quase caía de seu trono de tanto rir. 

 

Annabeth suspirou.

– Isso de novo, não. A última vez que o chalé de Apolo amaldiçoou um chalé, levou uma semana até que as parelhas de versos parassem.

 

– Que inferno – disse Connor, horrorizado. Os filhos de Apolo controlavam risos histéricos. 

 

Eu estremeci. Apolo era o deus da poesia, assim como o do arco e flecha, e eu já o tinha escutado recitar em pessoa. Eu quase preferia ser atingido por uma flecha.

 

– Ei! – Apolo protestou, enquanto Ártemis jogava a cabeça para trás em uma gargalhada. – Eu não sou tão ruim assim! 

– Ele tem razão, não é tão ruim – disse Hermes. 

– Obrigado, Her...

– Ele é péssimo. 

– Sim. Espera! – Apolo franziu o cenho e olhou feio para o outro deus, que ria, divertido, de sua desgraça. Muitos outros campistas e divindades estavam rindo também, e o conhecimento disso fez Apolo ficar envergonhado. – Nossa, Hermes. Achei que você fosse me defender. 

No meio dos risos que preenchiam o anfiteatro, Hermes adotou uma expressão séria e se aproximou de Apolo para sussurrar sem que ninguém ouvisse. 

– Não fique chateado. Você é incrível em muitas outras coisas. E a forma como você faz poemas horríveis é muito fofa. 

Se possível, Apolo ficou ainda mais vermelho, afastando-se do outro com velocidade surpreendente. Ele limpou a garganta e não respondeu, preferindo esperar Atena continuar antes que dissesse algo que se arrependesse. 

 

– Sobre o que eles estão brigando de qualquer forma? – Eu perguntei.

 

– Algo me diz que é a biga – adivinhou Travis. 

– Ah, jura? – ironizou Katie. – E o que será que denunciou isso? 

 

Annabeth me ignorou enquanto escrevia em sua lista de inspeção, dando a ambos os chalés um de cinco.

 

– Agora sabemos quem vai lavar a louça – cantarolou Connor, para o desagrado dos chalés de Apolo e Ares.

 

Eu me vi a encarando, o que era idiota já que eu a havia visto um bilhão de vezes antes. 

 

Os lábios de Silena e Afrodite se contorceram em sorrisos assustadoramente idênticos. 

 

Ela e eu estávamos com mais ou menos a mesma altura esse verão, o que era um alívio. 

 

Annabeth sorriu, divertida. 

– Baixinho – ela provocou. 

Percy fez beicinho. 

– Eu ainda vou ficar mais alto que você. Guarde minhas palavras, Sabidinha. 

Annabeth riu. 

– Acredite no que te faz dormir à noite, Cabeça de Algas. 

 

Ainda assim, ela parecia tão mais madura. Era meio intimidante. Quero dizer, claro, ela sempre havia sido fofa, mas ela estava começando a ficar seriamente linda. 

 

Annabeth sentiu-se corar, e desviou os olhos do filho de Poseidon para o qual estava olhando segundos antes. Ela pigarreou, mexendo no cabelo para ocupar as mãos enquanto esperava a vergonha passar. 

Percy também ficou vermelho, e encarou seus cadarços como se fossem a coisa mais interessante do mundo, tentando ignorar o riso divertido de Grover. 

– Então – disse Afrodite, baixinho para ninguém escutar e sorrindo para si mesma – é ela por quem você está apaixonado? 

A voz do futuro soltou um grunhido baixo ao pé de seu ouvido. 

Eu preciso responder? 

– Não – Afrodite cantarolou. – Com certeza não. 

No outro lado do anfiteatro, Atena soltou resmungos irritados e desnecessários sobre o filho do mar encostar em sua filha e etc etc. 

 

Finalmente ela disse:

– Aquela biga voadora.

– O que?

 

Silena começou a rir. Charles meneou a cabeça. 

– Às vezes você é tão lerdo. 

Annabeth ergueu uma sobrancelha, vergonha passando. 

– Às vezes? 

Percy murmurou um "ei!" indignado. 

 

– Você perguntou sobre o que eles estavam brigando.

– Oh. Oh, certo.

– Eles a capturaram em um ataque-surpresa na Filadélfia semana passada. Alguns dos meio-sangues de Luke estavam com essa biga voadora. O chalé de Apolo a apreendeu durante a batalha, mas o chalé de Ares estava liderando o ataque. Eles estão brigando por ela desde então.

 

– Divide, caralho – resmungou Nyssa. – Uma semana fica com um chalé, na outra fica com o outro e pronto. Problema resolvido. 

Os filhos de Ares zombaram 

Os filhos de Apolo soltaram bufos indignados. 

– Ou tira dos dois – disse Beckendorf. – Se eles não tem maturidade suficiente para resolver uma questão dessas, então não possuem maturidade suficiente para portar uma biga. 

Se fosse qualquer outra pessoa que tivesse dito isso, tanto o chalé de Apolo quanto o de Ares teriam caído matando. Mas Charles era um semideus muito querido e respeitado por todos. 

E que havia morrido alguns capítulos atrás. Então ambos os chalés se compadeceram, ficando em silêncio. Embora suas expressões deixassem claro que eles não concordavam. 

 

Nós nos desviamos quando a biga de Michael Yew mergulhou como uma bomba em um campista de Ares. O campista de Ares tentou esfaqueá-lo e amaldiçoá-lo em versos. Ele era bem criativo sobre rimar palavras amaldiçoadas.

– Nós estamos lutando por nossas vidas – eu disse – e eles estão brigando por uma biga idiota.

 

– Exatamente! – concordou Katie, enfática. Ambos os grupos de semideuses envolvidos com a “biga idiota” a ignoraram. 

 

– Eles vão esquecer isso – disse Annabeth. – Clarisse voltará à razão.

Eu não tinha tanta certeza. Essa não parecia uma atitude da Clarisse que eu conhecia. 

 

– Como se o Perciana me conhecesse muito bem – resmungou Clarisse. 

– Nós vamos ser companheiros de acampamento e de batalha pelos próximos anos, Clarisse – Percy apontou. – Eu acredito que isso é o suficiente para conhecer, no mínimo, um pouco de uma pessoa. Você não concorda? 

Ela bufou e não respondeu. 

 

Eu analisei mais alguns relatórios e nós inspecionamos outros chalés. Deméter conseguiu um quatro. Hefesto ganhou um três e provavelmente merecia menos, mas com a perda de Beckendorf e tudo, nós os demos uma folga. Hermes conseguiu um dois, o que não era surpresa. Todos os campistas que não sabiam quem eram seus pais deuses eram jogados no chalé de Hermes, e já que os deuses eram meio esquecidos, aquele chalé estava sempre superlotado.

 

– Senti uma ironia ali – disse Daniel. Percy encolheu os ombros. 

– Hã... Talvez porque eu tenha sido irônico? 

Héstia suspirou, alheia a pequena troca de farpas entre os dois semideuses sentados próximos a ela. Uma parte de sua mente não conseguia se desprender do descaso que os deuses ainda faziam para com seu filho, e pensava, incansavelmente, em como mudar isso. 

 

Finalmente nós chegamos ao chalé de Atena, que estava organizado e limpo como o habitual. Livros estavam arrumados nas prateleiras. As armas estavam polidas. Mapas de batalhas e esquemas estavam decorando as paredes.

 

Conforme lia, Atena balançava a cabeça, aprovando a organização de seus filhos. Um estrategista organizado é um bom estrategista.  

 

Apenas o beliche de Annabeth estava bagunçado.

 

A satisfação na voz de Atena sumiu. 

Percebendo isso, os lábios de Poseidon se contorceram em um sorriso divertido. 

 

Estava coberto de papéis, e seu laptop de prata ainda estava ligado.

 

– Desde quando você tem um laptop? – questionou Jane, olhando curiosa para a irmã. Annabeth deu de ombros. 

– Ainda não sei. 

– Semideuses não podem ter laptop – apontou Samantha. 

– Se ela tem, então tem um motivo – surpreendentemente, a responsável pela réplica fora ninguém menos que Clarisse La Rue. 

A filha de Atena piscou, surpresa com a defesa da outra garota. Chris Rodriguez abriu um sorriso. 

 

Vlacas – murmurou Annabeth, que era basicamente chamar a si mesma de idiota em grego.

Seu segundo no comando, Malcolm, suprimiu um sorriso.

– Yeah, um... nós limpamos todo o resto. Não sabíamos se era seguro mexer em suas anotações.

 

– Sábia decisão – disse Grover, mexendo os dedos pelo queixo como se ele tivesse uma barba para acariciar. Annabeth lhe deu um saquinho no braço. 

– Não sou assim tão ruim, menino-bode. 

– Meu braço diz o contrário. 

 

Isso provavelmente foi inteligente. Annabeth tinha uma faca de bronze que ela reservava somente para monstros e pessoas que mexiam em suas coisas.

 

Percy e Grover trocaram um olhar arregalado e riram um da expressão do outro, enquanto Annabeth cruzava os braços firmemente e bufava. 

Já Luke não conseguia parar de pensar que aquela faca de bronze fora a mesma que ele havia dado a ela, anos atrás, e que Annabeth ainda a possuía. Isso deixou seu coração aquecido. 

 

Malcolm sorriu para mim.

– Nós vamos esperar lá fora enquanto vocês terminam a inspeção.

Os campistas de Atena saíram em fila pela porta enquanto Annabeth limpava seu beliche.

 

– Eles ficaram sozinho? – perguntou retoricamente Silena, sustentando um olhar sabido que deixou Beckendorf se contorcendo, desconfortável. Porra, aquela garota podia ser muito assustadora quando queria.

Se bem que isso até que fazia sentido, ele pensou consigo mesmo. Afinal, o que é mais assustador que o amor? 

 

Eu troquei o peso dos pés desconfortável e fingi ler mais alguns relatórios. Tecnicamente, mesmo durante a inspeção, era contra as regras do acampamento dois campistas ficarem...tipo sozinhos em um chalé. 

 

Apolo e Hermes compartilharam risadinhas, Annabeth ficou mais vermelha que o chalé de Ares e as Caçadoras bufaram, indignadas. 

Percy ficou confuso. 

– Ai – ele exclamou, quando sentiu Annabeth lhe dar um soco no ombro. – Para quê foi isso? 

– Por pensar esse tipo de besteira quando sozinho comigo no meu chalé! 

– Eu não controlo meus pensamentos! 

– Pois deveria! 

– Chega – disse Atena, soando absolutamente furiosa. Ela apontou um dedo acusador para o filho de Poseidon. – Se você encostar um dedo na minha filha...

– Que tipo de ser humano desprezível você acha que eu sou? – Percy questionou, soando ainda mais furioso do que Atena aparentava estar. Seu tom deixou a deusa surpresa e sem fala. – Parem de me julgar como se me conhecessem, caralho! 

Todos ficaram em completo silêncio, olhando, estáticos, para o rapaz. Quiron bateu o casco dianteiro esquerdo no chão com certa impaciência. 

– Continuamos. Depois resolvemos qualquer pendência. 

Com muito desgosto, Atena continuou: 

 

Essa regra fora mencionada muitas vezes quando Silena e Beckendorf começaram a namorar. E eu sei que alguns de vocês devem estar pensando: se todos os semideuses são aparentados pelo lado deus, isso não faz namorar ser nojento?

Mas a coisa é, a parte deus de nossa família não conta, geneticamente falando, já que os deuses não tem DNA. Um meio-sangue nunca pensaria em namorar alguém que tivesse o mesmo deus como pai. Tipo duas pessoas do chalé de Atena? Sem chance. Mas uma filha de Afrodite com um filho de Hefesto? Eles não têm parentesco. Então não tem problema.

 

– Algo que eu agradeço bastante – sussurrou Charles, fazendo Silena sorrir. 

 

De qualquer forma, por alguma razão estranha eu estava pensando sobre isso enquanto observava Annabeth se endireitar. 

 

Atena respirou fundo algumas vezes. 

Afrodite piscou de maneira quase predatória, observando Annabeth e Percy, sentados um ao lado do outro, corarem em completa vergonha. 

Ninguém comentou nada, satisfeitos em apenas trocar olhares sabidos e sorrisos de canto. 

 

Ela fechou seu laptop, que tinha sido dado a ela como um presente do inventor Dédalo no verão passado.

 

– Dédalo? – perguntou Katie. – O inventor do Labirinto? Mas ele não havia morrido? 

– Não – resmungou Hades, totalmente descontente com esse fato. 

Ele criou autômatos que permitiriam que sua essência continuasse viva – disse a voz do futuro. – Por isso nós o conhecemos no ano anterior, quando tivemos que entrar no Labirinto. Ele é um cara legal. O cão Infernal que apareceu na Arena de Anteu era dele, e o laptop de Annabeth também

– Era? – salientou Malcolm. 

Digamos que, depois de anos vivendo, Dédalo enfim sucumbiu ao destino de toda raça humana. 

Hades soltou um profundo suspiro e algo que soou como “aleluia, irmãos”. Atena olhou para o livro, triste pelo filho tão querido por ela. 

 

Eu limpei minha garganta.

– Então... conseguiu alguma informação boa desse negócio?

– Demais – ela disse. – Dédalo tinha tantas ideias, eu podia passar cinquenta anos apenas tentando compreende-las todas.

– Yeah – eu murmurei. – Isso seria divertido.

 

– Muito divertido – riu Grover. 

– Dédalo era um gênio com um passado trágico – disse Annabeth, sentindo-se triste pelo homem que fora seu irmão e feliz por ter tido a chance de conhecê-lo. 

– O garoto que voou perto demais do sol era filho dele, não é? – questionou Percy, fazendo Annabeth se voltar para encará-lo. 

– Eu não achei que você saberia disso – falou ela. 

– Eu prestava atenção nas aulas de Quíron – foi a única coisa que o garoto respondeu. 

 

Ela arrumou seus papéis – a maior parte desenhos de prédios e algumas notas escritas a mão. Eu sabia que ela queria ser uma arquiteta algum dia, mas eu tinha aprendido do jeito difícil a não perguntar sobre seu trabalho. Ela iria começar a falar sobre ângulos e juntas de paredes de suportes até que eu ficasse tonto.

 

Ela sempre se empolga – disse a voz de Jackson, sustentando um carinho que não passou despercebido pela deusa do amor. 

Annabeth sentiu-se corar. 

 

– Você sabe... – ela colocou seus cabelos atrás das orelhas, como ela faz quando está nervosa. 

 

Annabeth piscou, surpresa. Até esse exato momento, nem ela sabia que isso se tratava de um tique nervoso. E Percy foi capaz de prestar tanto atenção nela a ponto de perceber? Ela não sabia muito bem o que fazer diante dessa informação. 

 

– Toda essa coisa com Beckendorf e Silena. Ela meio que faz você pensar. Sobre...o que é importante. Sobre perder pessoas que são importantes.

 

Iiiiiiiihhh! – ecoou todo o chalé de Afrodite, para o desagrado de Atena e a diversão de Poseidon. 

– Estou sentindo que essa conversa vai para a área de sentimentos logo, logo – disse Michael. 

 

Eu assenti. Meu cérebro começou a se concentrar em pequenos detalhes aleatórios, como o fato dela ainda estar usando aqueles brincos de corujas de prata dados pelo pai, que era esse professor esperto de história em São Francisco.

 

– Você prestou atenção nos brincos dela? – questionou Katie. Percy franziu o cenho.

– Eles devem ser bonitos. Qual o problema nisso? 

– Nenhum – apressou-se em dizer a filha de Demeter. – É que é algo bem aleatório no que se concentrar. Eu achei fofo. 

Percy corou, desviando o olhar para o chão. 

 

– Um...yeah. – eu balbuciei. – Tipo...está tudo legal com a sua família?

 

Aaaaaaaaaaahhh! – fez o chalé de Afrodite. 

– O fato de ele ser tão absurdamente lerdo é frustrante e fofo ao mesmo tempo – disse Silena. Seus irmãos e mãe concordaram enfaticamente. 

 

Okay, pergunta realmente estúpida, mas hey, eu estava nervoso.

 

– Está perdoado – disse Afrodite. 

 

Annabeth pareceu desapontada, mas assentiu.

– Meu pai queria me levar para a Grécia esse verão – ela disse desejosamente. – Eu sempre quis ver...

– O Parthenon – eu lembrei. 

 

– Você sabia disso? – Annabeth perguntou ao garoto. Percy encolheu os ombros. 

– Bom, ainda não. Mas agora eu sei – respondeu ele. 

Sem ele saber, seu cérebro classificou aquela informação como “importante”. 

 

Ela conseguiu sorrir.

– Yeah.

– Está tudo bem. Haverão outros verões, certo?

Assim que eu disse isso, eu percebi que era um comentário estúpido. Eu estava encarando o fim dos meus dias. Dentro de uma semana, o Olimpo poderia cair. Se a Era dos Deuses realmente acabasse, o mundo como conhecíamos se dissolveria no caos. Semideuses seriam caçados até sua extinção. Não haveriam mais verões para nós.

 

– Tentar ter esperanças de mais verões diante do que vocês estão enfrentando não é estupido, querido – disse Héstia gentil. – É a esperança que nos mantém lutando. 

 

Annabeth encarou sua lista de inspeção.

 

Annabeth encarou seus tênis. 

 

– Três de cinco – ela murmurou – por uma conselheira chefe desleixada. Venha. Vamos terminar seus relatórios e devolvê-los a Quíron.

A caminho da casa grande, nós lemos o último relatório, que era manuscrito em uma folha de bordo de um sátiro no Canadá. 

 

– Escrever em uma folha de bordo é um dom – disse Katie. Travis a encarou.

– Como você sabe? Você já fez?

– Você nem faz ideia das coisas que eu já fiz. 

 

Se possível, a nota fez eu me sentir ainda pior.

 

– Ah, maravilha – ironizou Lee Fletcher. 

 

– Caro Grover – eu li em voz alta. – As florestas fora de Toronto estão sendo atacadas por um texugo do mal gigante. Tentei fazer como você sugeriu e convocar o poder de Pã. 

 

– O quê? – gritou Grover, voz subindo uma oitava em entoação. – Os sátiros encontraram Pã? Eu consegui minha licença de buscador? 

A esperança que residia em seus olhos era quase palpável. 

Espere – sussurrou a voz de Percy do futuro. – Aguenta um pouco. Vocês já vão entender

Ansioso, Grover se inclinou em direção ao livro nas mãos de Atena, esperando. 

 

Sem efeito. Muitas árvores de náiades destruídas. Recuando para Ottawa. Por favor, mande um conselho. Onde você está? – Gleeson Hedge, protetor.

Annabeth fez uma careta.

– Você não ouviu nada dele? Mesmo com a ligação empática?

 

– O que é ligação empática? – Percy questionou. 

– Os sátiros têm um dom muito peculiar de sentir as emoções humanas ao seu redor – explicou Quíron. – Mas isso só funciona com humanos próximos. Uma ligação empática permite a conexão de sentimentos entre uma pessoa e um sátiro não importa onde eles estejam. 

– Ele sentiria o que eu sinto?

– Mais como ele sabe o que você sente. 

– E eu e o Grover temos essa ligação? 

– Ainda não – respondeu Grover. – Mas em algum momento do futuro nós vamos ter. 

– Hmmm – murmurou Percy. 

 

Eu sacudi a cabeça desanimado.

 

Atena parou, erguendo os olhos arregalados do livro e olhando para os outros deuses, em choque. 

– Atena, o que houve? – perguntou Héstia. 

– O que você leu? – Poseidon questionou. 

Ela respirou fundo uma, duas, três vezes e leu a última frase: 

 

Desde o último verão, quando o deus Pã morreu,

 

Ao terminar de ler, Atena ergueu novamente a cabeça, encontrando olhares confusos que ainda não haviam processado a informação. 

Um suspiro cortou o silêncio. 

Bem, olhem para a fogueira. Eu tenho outra coisa que vocês precisam ver.


Notas Finais


Vou ser sincera com vocês galera, eu meio que perdi o hipe de escrever sobre Percy Jackson nessas últimas semanas. Não estou conseguindo encontrar mais inspiração, sabem? Estou trabalhando nisso.

E não pretendo abandonar a fanfic, okay galera? Mas eu queria compartilhar com vocês essa minha mais nova descoberta dificuldade.

Enfim...

Eu não lembrava que o Treinador era mencionado nesse livro. Adorei reler e descobrir kkkkk

Bye bye cupcakes!


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