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História Leo Valdez: A Nova Profecia - Detesto ser sequestrado


Escrita por: ViihAAlves

Notas do Autor


GENTE PERDOEM O ATRASO, EU VOU VOLTAR A ESCREVER COM MAIS FREQUÊNCIA OKAY, EU PROMETO, BJOKAS E BOA LEITURA (desculpem a qualidade ruim desse ep..)

Capítulo 16 - Detesto ser sequestrado



   Saímos de manhã, Harley estava animado pra contar como derrotou Lit e os homens dele apenas como uma explosão (onde fica o resto da turma Harley?). Clarisse e Caly conversaram a viagem inteira em cima de Festus, enquanto eu conversava com o dragão em código morse.

 

   "Quanto tempo falta?"

 

   “Horas”.

 

   Festus é meio monossilábico.

 

   - Você não acha Leo? - ouvi a voz de Caly atrás de mim.

 

   - Acho o que? - me virei pra elas.

 

   - Estranho Éris ter aparecido do nada? - Clarisse fez a pergunta.

 

   - Ah - dei de ombros. - Deuses aparecem do nada mesmo, até porque se for pra esperar nós querer vê-los eles morrem sentados.

 

   Caly fez uma careta. Clarisse estava com a habitual carranca.

 

   - Éris não é de ficar dependendo dos outros - Caly olhou pra nós. - Lembro que antes de eu ser mandada a Ogígia, ela era reconhecida por agir sozinha, e sinceramente, acho que só fiquei naquela ilha por milhares de anos por causa dela.

 

   - O que quer dizer? - Clarisse se virou pra ela.

 

   - Éris não é muito amiga sabe, Zeus pretendia me picar aos pedacinhos, o que seria mais aceitável já que eu poderia me formar novamente, como aconteceu com Cronos. Mas me trancafiar numa ilha, isolada, condenada a ter meu coração partido inúmera vezes foi bem mais legal de se assistir pela TV Hefesto.

 

   Ficamos num breve silêncio.

 

   - Certo, tem alguma ideia do que vamos encontrar?

 

   - Tenho uma, mas não é muito boa - ela olhou para trás de si e nos encarou de novo. - Apenas torçam pra que eu esteja errada.

 

   Me virei pra frente novamente e as meninas voltaram a conversar, voamos por mais cinco horas e então chegamos em Miami, pelo prazo que Éris nos deu, pensei que demoraria mais. Mas como somos semideuses, e consequentemente sortudos, fomos sequestrados assim que pousamos num parque abandonado.

 

   Quando acordei estava numa jaula, eu estava sozinho, não tinha nem mesmo meu cinto mágico comigo.

 

   Tentei levantar e caí em seguida. Ai. Olhei pro meu pé e ele sangrava, fora o fato de estar numa posição tanto quanto suspeita. Ai de novo. Olhei ao redor e vi as meninas do outro lado da sala, ainda desacordadas, havia uma fogueira no meio da sala e fora isso nada.

 

   Oi Zeus, você está vendo o que estamos passando? Você tem que segurar sua mulher aí ó.

 

   - Leo? - ouvi Clarisse gemer de dor.

 

   Olhei pra ela e vi que tentava se levantar, porém tinha um pé da mesma forma que eu. Cade o Will nessas horas?

 

   - Onde nós estamos? - ela perguntou.

 

   - Eu não sei. Mas não faça barulho, se vier alguém finja que está dormindo.

 

   Ela concordou e ficou quieta, deitou novamente e deitei também mas perto da fechadura. Estiquei o braço minimamente, seria fácil sair, se eu estivesse com o cinto.

 

   Não sei quantos minutos tentei ficar bolando um plano de fuga (sim, eu tentei, mas quanto mais aprofundava nos pensamentos mais vinha imagens do Festus na cabeça), despertei completando quando ouvi passos se aproximando da sala.

 

   Duas mulheres entraram caladas, fechei os olhos quando vi uma vindo em minha direção e rezei pra que Clarisse mantivesse os olhos fechados também.

 

   - Tem certeza de que pegamos as crias certas? - a que estava perto de mim perguntou, sua voz era áspera e machucava o ouvido.

 

   - Sim - a voz da outra parecia garras arranhando o quadro negro das escolas. - Eles mais a outra é exatamente o que precisávamos.

 

   Senti uma água gelada sobre meu corpo, e não tive outra opção a não ser me afastar respirando fundo tentando recuperar um pouco do calor no corpo.

 

   Ouvi Caly gritar assustada, pelo visto ela é a única que realmente ainda estava apagada.

 

   - Como estão, cria de deuses? - a mulher a minha frente sorriu macabro com o balde não mão.

 

   Ela era feia, ridícula, seu cabelo não parecia cabelo de verdade, é como se ela tivesse cortado a crina do cavalo, tingida de preto, e colado de qualquer jeito na cabeça. Nas costas tinham pequenas asas, as cinturas eram absurdamente finas, e as coxas bem grossas (Caly poderia ter umas coxas dessas, eu não iria reclamar), tinham um pequeno par de chifres e um longo rabo de lagarto.

 

      Era uma mistura de ampulheta com dragão. Quando a outra se aproximou pude observar que a única coisa que as diferenciavam era a boca, uma tinha boca vermelha e a outra boca roxa.

 

   - Oi - não custa ser amigável não é mesmo?

 

   A que me jogou água sibilou pra mim.

 

   - Como é o seu nome cria dos deuses?

 

   Um monstro que não sabe quem eu sou, que absurdo!

 

   - Ernesto.

 

   - Filho de quem Ne-ersto? - a de boca vermelha chegou perto da grade.

 

   Calma, elas são sequestradoras iniciantes?

   - Hipno - fingi um bocejo.

 

   As duas trocam um olhar zangado e me encara de novo.

 

   - Não era o que queríamos, mas serve. Se prepare Ereston, você irá competir!

 

   Ela deu um pulinho enquanto aplaudia.

 

   - Competir?

 

   - É - a de boxa roxa rolou os olhos pra mim. - Competição de sangue, ver quem morre primeiro, liberar Ébolo, essas coisas...

 

   - Quem é Ébolo?

 

   - Não é Ébolo sua burra - a corpo-dragão deu um tapa na cabeça da outra. - É Érbolo.

 

   - Érebo? - Caly chamou a atenção delas do outro lado da sala. - Impossível, ele está trancafiado no Tártaro.

 

   - E você é? - as bruxas más se aproximaram.

 

   Caly iria entregar tudo, então falei na frente dela.

 

   - She, e a outra Lee - que porra de nome foi esse Valdez?

 

   As meninas pensaram a mesma coisa, pois me encararam furiosas.

   - Certo Chilin - a monstra disse. - Vocês duas vão ser as líderes de torcida.

 

   - Nos desculpe, quebramos o pé e não iremos conseguir fazer muita coisa.

 

   - Não se preocupe bobinha, fomos nós que o quebramos pra vocês, faz parte do show.

 

   - Agora fiquem aqui, G logo virá buscar vocês - a outra falou.

 

   E então elas saíram, “fique aqui”, como se pudéssemos ir pra outro lugar.

 

   Me aqueci e tive uma ideia. Conjurei fogo e tentei derreter a jaula. Nada. Imune a fogo.

 

   - She e Lee? Sério Leo, não tinha outro nome não? - Caly me olhou zangada.

 

   - Era isso ou você falar quem realmente era - dei de ombros.

 

   - Eu não ia falar seu tapado - ela bateu a mão no chão. - Eu iria falar um nome melhor do que She!

 

   - Isso não vem ao caso - Clarisse rasgou uma manga da camisa.

 

   - O que você vai fazer? - Caly a encarou.

 

   A marrentinha não respondeu, colocou o tecido na boca e se pôs de pé num movimento rápido, fazendo com que seu pé virasse na direção normal. Ela gritou com o tecido na boca, e sua cara de dor fez eu mesmo querer gritar com ela.

 

   - VOCÊ É LOUCA? - Caly a encarou assustada.

 

   Clarisse voltou a se sentar puxando o pé para si, tirou duas adagas (juro que não sei de onde), colocou ao lado do pé e passou a manga mordida e a outra envolta pra fazer uma tala.

 

   - Não se entra numa guerra se você não souber lidar com os machucados - sua voz estava carregada de dor. E o pé imobilizado.

 

   Ela estava viva, olhei para meu pé virado completamente para o lado esquerdo e pensei na possibilidade de fazer a mesma coisa que a guria.

 

    - Não - Clarisse disse alto. - Você não tem adagas para uma tala.

 

   Bufei e me recostei na grade. Chegamos a ficar dias apagados? Como vamos chegar à balada agora?

   - Acordaram.

   Encarei a porta e um homem apareceu, na verdade não era um homem, eram como as mulheres, só que macho e com menos cabelo. E sua voz também é ridícula.

   Ele se arrastou a passos pesados e lentos até a jaula das meninas, colocou sua unha na fechadura e ela abriu.

   - Ou grandão - chamei. Quem sabe as meninas conseguiriam escapar.

   Ele me encarou, bravo.

   - Será que não pode me liberar também?

   Virou pras garotas (que continuavam no mesmo lugar) e agarrou elas. Nota mental: ele é muito forte.

   As duas gritaram e tentaram se soltar, e ele saiu andando como se eu não estivesse ali, ouvi os gritos de Caly além do corredor, agora eu estava sozinho.

   Não sei quanto tempo fiquei esperando alguém voltar, ou tentando ouvir mais uma vez um grito se quer da minha namorada. Acabei apagando sem ver, e meu sonho entrou em sintonia mais uma vez.

   - Obrigado pela forja - o rosto do meu pai apareceu na tela.

   - Onde eu estou? - meu pé ainda está quebrado no sonho, apesar de não doer.

   - Não sei.

   - Há quanto tempo estou aqui?

   - Dois dias - ele coçou a barba. Desajeitado.

   - E o que você está fazendo aqui?

   - Te agradecendo.

   Estreitei os olhos pra ele.

   - E?

   - Ouça Leo, não tenho muito tempo - olhou por cima do ombro, como se estivesse conferindo que não está sendo vigiado. - Você infelizmente caiu num ninho de bruxas amaldiçoadas, elas vão se entreter com jogos e você vai ter que participar. Você só pode sair daí quando vencer todos.

   - Mas, tenho só três dias pra estar em Nova Iorque!

   - Você tem direito a uma arma - ele falou rápido. - Escolha bem, e boa sorte.

   Acordei com outro balde de água fria.

   - Sua vez, grandão - o brutamontes me arrastou pelo braço corredor afora.



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