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História Lessons Learned - All I Want


Escrita por: captainbstabler

Notas do Autor


Ola, amores!! Estou de volta com mais um capítulo pra vocês e espero que estejam gostando da história. Eu simplesmente amo ver vocês comentando e opinando em tudo e principalmente odiando a Emma coitada kkkkk Prometo que as coisas vão melhorar para todos, o sofrimento não vai ser para sempre e logo logo veremos nossas meninas juntas.

Temos um pouco da Harriet e da Amélia nesse capítulo e como vocês ja devem ter percebido, eu imagino elas como as minhas lindas Frankie e Grace, que são tudo pra mim.

Obrigada pelos favs e comentários e a música desse cap é All I Want na versão da Emma Bale. Ouçam ♡

Capítulo 18 - All I Want


Fanfic / Fanfiction Lessons Learned - All I Want

Era fácil demais para Harriet enxergar a neta em meio àquela multidão, afinal, ela era a única com um cabelo enorme e ruivo. Os cachos de Zelena se destacavam em meio à multidão facilmente e Harriet sorriu ao vê-la, nem acreditava que estava tão perto assim da neta. Não a via há anos e estava muito feliz por Zelena ter ido busca-la.

– Zelena! – Harriet chamou assim que passou pelo portão de desembarque e a ruiva abriu aquele sorriso gigante e brilhante ao ver a senhora. Como estavam com saudades uma da outra!

– Vovó! – a ruiva correu e abraçou Harriet como se fosse uma criança e nem sequer se importou com quem estava ao redor observando, ela iria matar a saudade que estava sentindo – Está linda como sempre.

– Não me venha com elogios, não tenho dinheiro. – a senhora disse e Zelena revirou os olhos – Onde está sua esposa?

– Ruby foi com Robyn procurar alguns apartamentos – falou e Harriet concordou. Robyn ela também não conhecia, apenas por fotos assim como Henry e não via a hora de poder encontrar os dois – Como foi a viagem?

– Uma porcaria. – reclamou – Minhas costas doeram o tempo todo. Essas poltronas de aviões não são feitas para velhos como eu, eles deveriam ter mais um pouco de sensibilidade.

– Vovó, a senhora deveria ter vindo de primeira classe. – disse – Regina se ofereceu para pagar.

– E de primeira classe eu chegaria mais rápido? Não, né.

Zelena se calou, sabia que a avó era um pouco sem paciência, mas a amava do mesmo jeito. Todos se divertiam muito com Harriet, o tempo todo.

– Agora, me diga, Zelena. Regina ainda está com aquele encosto ou criou vergonha na cara e largou ele?

– Vovó! – a ruiva riu, ela também não gostava de Daniel, mas não era tão aberta assim com sua opinião sobre o cunhado. – Daniel aceitou assinar o divórcio e Regina está feliz com as crianças.

– Nenhum novo pretendente? – Harriet sorriu de lado movimentando as sobrancelhas para cima e para baixo. A família inteira sabia que ela adorava bancar a cupido para as netas, Zelena e Ruby só se casaram por causa dela. – Ou nova pretendente? – de repente, ela franziu o cenho – Regina ainda é sapatão?

– O termo correto seria bissexual, mas sim, ela é. – riu – Só não pratica há algum tempo pelo que sei.

– Que ultraje. – balançou a cabeça negativamente – Por que você não ajuda a sua irmã? Ela não merece ficar se envolvendo com essa raça chamada homem. Daniel foi o suficiente, eu aturava ele por causa da minha neta. Na verdade, a família inteira aturava ele por causa dela.

– Parece que ele mudou um pouco, vovó. Dê um crédito para o rapaz.

– Aprenda uma coisa, querida: pau que nasce torto, nunca se endireita.

Já na casa dos Mills, Harriet se emocionou ao se encontrar com a família. Malia correu para os braços da bisavó, estava morrendo de saudades da mulher, também não a via há muito tempo e precisava muito de um grande abraço da senhora.

– Como você está grande, minha criança. – falou ela acariciando o rostinho de Lia – Vovó sentiu muita saudade.

– Também senti bisa.

Harriet soltou de Malia e viu Robyn. A menina era excepcionalmente linda e tinha as bochechas vermelhas de tanta vergonha que estava sentindo. Era fofo de assistir aquilo. A senhora se aproximou da bisneta com um sorriso carinhoso no rosto e estendeu os braços para que ela se aproximasse.

– Você é ainda mais linda do que nas fotos – falou – Estava muito ansiosa para te conhecer, Robyn.

– Obrigada, vovó – ela apertou forte a senhora – Também estava ansiosa para te conhecer.

– Espero que as descabeçadas das suas mães tenham falado bem de mim.

O próximo a ganhar o abraço da bisa foi o pequeno Henry. Ele era mais dado do Robyn e se aproximou da bisavó sem nem um pingo de vergonha, ele a abraçou com bastante força e sorriu alegre por finalmente estar conhecendo a senhora que sua mãe sempre falava sobre.

– A última vez que vi você, você estava dentro da barriga da sua mãe – disse ela fazendo carinho nos cabelos castanhos do menino – Você se tornou um belo rapaz, Henry.

Eles conversaram todos juntos na sala por algum tempo, Cora até passou um café para a mulher e ficaram por ali apenas jogando conversa fora. Regina não demorou muito para chegar, tinha deixado os filhos com a mãe para poder ir a uma audiência e acabou passando o dia todo fora.

– Vovó! Não acredito que já chegou. – as duas se abraçaram e Harriet sorriu cúmplice para a neta – O que foi?

– Estou muito orgulhosa por ter se livrado do parasita. – disse com os olhos brilhando com orgulho. Acho que ninguém tinha ficado tão feliz com a separação quanto Harriet.

– Zelena, eu não acredito que você já foi fazer fofoca! – exclamou a morena com a irmã, fazendo a ruiva arregalar os olhos.

– Foi ela quem perguntou! – apontou para a avó.

– Dedo-duro. – mostrou a língua para a neta parecendo uma criança de cinco anos de idade – Mas, querida, não fique brava. Notícias boas assim precisam ser espalhadas.

– Obrigada, vó. – Regina estava agradecida pela avó estar feliz por seu término, mas ainda sentia um peso na consciência por conta das crianças. Um casamento de quinze anos com duas crianças não era algo que se superava tão facilmente, mesmo que não houvesse amor durante muito tempo. – Fico feliz pela senhora estar ao meu lado.

– Claro que estou. – disse como se fosse o óbvio. – Todo mundo aqui sabe que eu só não jogava ele na frente de um caminhão de carga por respeito à você.

[...]

– Então? – Zelena falou cruzando os braços enquanto encarava a irmã – Qual é o problema dessa vez?

– Vou voltar para a Inglaterra semana que vem – anunciou fazendo com que Cora e Zelena se espantassem com a notícia. Elas sabiam que Regina queria voltar, mas não imaginavam que seria tão cedo. A matriarca Mills se desesperou, ela sabia que se Regina voltasse para Inglaterra na semana seguinte, Henry poderia não estar mais vivo quando ela voltasse. Era uma situação complicada, pois ela precisava manter a promessa que fez ao marido de não contar nada para nenhuma das filhas. – Vou conversar com a Malia, sei que ela não vai querer voltar ainda, por isso vou deixar ela ficar se quiser.

– Não acho que seja uma boa ideia você voltar agora, Regina – Cora disse um pouco receosa, queria convencer a filha a não voltar – Malia é totalmente bem vinda para ficar, mas você também é. Sua avó acabou de chegar e...

– E eu irei aproveitar a companhia dela durante essa semana, mamãe. – ela estava irredutível e quando colocava uma ideia na cabeça, ninguém conseguia tirar. Ninguém.

– Isso é por causa do casamento da Emma? – Zelena questionou. Essa pergunta estava pairando na cabeça de todos os membros da família Mills, mas até então, nenhum deles teve coragem de perguntar.

– De onde foi que você tirou essa ideia estapafúrdia, Zelena? – a advogada estava realmente irritada com a irmã, mas isso só fez com que a ruiva acreditasse mais ainda em sua ideia – Emma e eu estamos nos dando bem. Eu percebi que não adiantaria absolutamente nada ficar brigando, o que passou, passou. Para mim já chega de viver no passado.

– Se isso fosse verdade, você não estaria com tanta pressa de ir embora – rebateu aumentando ainda mais a voz. O escritório era um dos cômodos mais afastados da casa, mas se elas começassem a gritar, todos iriam ouvir o que estava acontecendo – A única pessoa que você está enganando com isso é você mesma, Regina.

– Por que você não cuida da sua vida, Zelena? – disse virando de costas para a ruiva – Independente do motivo, irei voltar para Inglaterra. Passei tempo demais aqui, minha vida está lá.

– E a sua família aqui e você deveria ter um pouquinho de consideração – Cora falou triste – Não sabemos o dia de amanhã.

Nenhuma das três disse mais nada.

Zelena tinha certeza que estava certa sobre suas suspeitas. Regina estava tranquila em permanecer em Las Vegas enquanto ela e Emma ainda estavam em pé de guerra, parecia que ela até gostava, mas assim que fizeram as pazes e o casamento da loira foi anunciado... voltar para a Inglaterra virou uma emergência. A ruiva ainda odiava Swan com todas as suas forças, por tudo o que ela fez sua irmãzinha passar, mas sabia que por mais que Regina afirmasse odiar ela também, aquela faísca ainda existia e só precisava do incentivo correto para ser acesa. E ela rezava para que nunca acontecesse isso.

Cora também compartilhava da mesma opinião que Zelena, mas ela não tinha coragem o suficiente para confrontar a filha sobre o assunto. Na verdade, provavelmente todo mundo sabia que nenhuma das duas haviam superado a história por completo. Elas seguiram em frente sim, durante muito tempo inclusive, mas não superaram, pois aquilo ainda estava guardado dentro peito. Superar e seguir em frente são duas coisas extremamente diferentes.

Ninguém tinha certeza do que estava ocorrendo entre as duas mulheres, afinal, Emma iria se casar em pouco tempo e com certeza ela não faria com Lilith o que fez antes. Já deveria ter aprendido a lição, mas Cora não botava a mão no fogo pela ex-nora. Não botava mesmo.

[...]

– Não entendo porque você quer uma festa tão grande assim – falou já um pouco irritada com a noiva. Realmente, ela não entendia o por quê de uma festa gigantesca, não ia fazer diferença.

– E eu não entendo porque você quer algo tão simples e cafona no dia do nosso casamento, Emma. – Lily rebateu fazendo um bico enorme ao ser contrariada. – Você está estragando o dia mais importante das nossas vidas sendo egoísta.

– Eu sou a única sendo egoísta, Lily? Desde o começo, tudo está sendo de acordo com as suas vontades! Nada do que eu sugiro está bom para você. – apontou o dedo na cara da morena. Estava bem cansada de ser ignorada o tempo todo, Lily queria tudo do jeito dela e odiava ouvir um não. – O mundo não gira em torno do seu umbigo e você deveria aprender isso o quanto antes.

Emma decidiu sair e almoçar com a irmã para evitar uma discussão ainda maior com a noiva. Odiava ficar discutindo por motivos idiotas e ela sabia que isso desgastava demais a relação entre elas, que já não era uma das melhores. Swan entrou no restaurante onde tinha marcado com Rose e viu que ela já estava lá a esperando pacientemente. Era difícil o dia em que ela não estivesse com os filhos, mas aparentemente eles estavam na casa dos pais de August passando a semana.

– Então, o que aconteceu para você me chamar de repente para um almoço? – Rose perguntou assim que a loira sentou-se e isso fez com que Emma revirasse os olhos.

– Não posso simplesmente almoçar com a minha querida irmã? – questionou e a loirinha riu assentindo – Que ótimo. Como estão as coisas?

– Estão ótimas. Júlia perdeu mais um dente de leite e o Pedro entrou para o time de futebol que ele queria – contou com orgulho dos pequenos. Emma também era apaixonada pelos sobrinhos e fazia todas as vontades das crianças.

– Você vai fazer a festa de aniversário que o Pedro queria mês que vem?

– Acho que sim, ele está tirando ótimas notas e não tem aprontado muita coisa – ponderou. Pedro estava enchendo a cabeça dos pais há meses para ter uma grande festa com o tema da Marvel, que era o preferido dele. – Se ele continuar assim, podemos fazer. August queria levar os dois para viajar no final do ano, então vamos ver como vai ser.

– E para onde pretendem ir?

– Acho que Disney, né? – Rose pensou um pouco, mas achava que a família já tinha ido muitas vezes para lá, queria um lugar novo que as crianças não conhecessem ainda. – Mas vamos pensar.

– É uma boa ideia, irmã. Pergunta pra eles para onde eles tem vontade de ir, as vezes estão um pouco enjoados de irem para Disney. – deu de ombros. – Vocês podem levar os dois para a Europa ou algum outro lugar, não sei.

– É, pode ser. – suspirou. Elas ficaram em silêncio por alguns segundos, sendo interrompidas apenas pelo garçom que foi para anotar os pedidos das duas. Após o rapaz sair, Rose olhou para a irmã com um pouco de curiosidade. – E você, não vai mais voltar a falar com Killian?

– Ainda estou magoada com ele e ele deve estar magoado comigo – falou triste – Sinto saudades dele, mas vou esperar mais um pouco. Quando eu estiver melhor, peço desculpas e nós conversamos.

– Faça isso, mamãe e papai ficam tristes em ver vocês dois brigados, principalmente se o motivo for a sua noiva – disse.

– O motivo não foi ela. Foi o que ele fez, Ro. – explicou – Killian fez aquilo de propósito, para me atingir.

– Ok – ergueu as mãos em rendição, não daria em nada iniciar uma discussão com Emma naquele momento, ela era teimosa demais para isso – Enfim, vovó e a senhora Mills estão aproveitando a vida boa em Las Vegas enquanto nós temos que trabalhar o dia inteiro.

– Deixe as duas, elas estavam com saudades de se divertirem juntas. – riu – Elas nunca ligaram se a nossa família estava distanciada, continuaram amigas como se nada tivesse acontecendo.

– E elas estão certas, não era problema delas – deu de ombros com um sorrisinho – Quem brigou foi você e a Regina, o resto da família só tomou as dores e se dividiu. De qualquer forma, acho bom você ficar esperta, as duas já sabem dessa situação entre você e Regina.

– Não tem nenhuma situação entre Regina e eu, isso é coisa da cabeça de vocês – rebateu. Não queria que ninguém pensasse que estivesse acontecendo algo entre as duas porque quem sairia machucado da história seria Lily. E Emma não queria isso.

– Se você diz... – falou, mas era nítido o sarcasmo meramente escondido em seu tom de voz. Swan decidiu não comentar sobre – Vovó também contou que Regina está planejando voltar para a Inglaterra. Dessa vez definitivamente.

Emma paralisou por alguns segundos, tentando processar aquela notícia de que Regina estava indo embora de novo. Não sabia explicar a dor no peito que estava sentindo, mas sabia que não queria que a morena fosse embora de jeito nenhum, porém, o que ela poderia fazer para impedir? Nada. Não era da conta dela e ela não mandava em Regina e suas escolhas.

A loira pensou se os papéis se trocassem e Lily fosse a pessoa que estivesse indo embora, será que ela sentiria tanta dor assim no peito? A resposta era clara para qualquer um que quisesse ver, principalmente para Emma, mas ela fingiu que não.

– E você sabe quando ela planeja ir? – perguntou fingindo estar tranquila com a situação, mas Rose percebeu pela forma que Emma não olhava em seus olhos de jeito nenhum.

– Acho que semana que vem – deu de ombros – Eles devem fazer alguma festinha de despedida.

– Como se isso fosse fazer diferença, jamais seríamos convidados – riu amargamente e sua irmã balançou a cabeça negativamente.

– Você conhece Harriet Mills e Amélia Swan? – questionou arqueando as sobrancelhas e Emma entendeu o ponto dela. Daquelas duas, não dava para duvidar de nada.

[...]

Regina tinha milhares de coisas para fazer naquele dia, mas acabou sendo convencida por Harriet a ir para o shopping ajuda-la a fazer compras. A advogada amava fazer compras, sempre que podia estava em lojas comprando mais roupas que ficariam guardadas em seu guarda roupa pelo resto da eternidade, então foi fácil para a avó convencê-la de não ir trabalhar aquele dia.

– Não seja rabugenta, não foi assim que tua mãe te criou – resmungou Harriet vendo o bico enorme que a neta estava fazendo – Achei que gostasse de fazer compras, Regina.

– Eu gosto, vovó, mas estou com muitas coisas na cabeça – falou suspirando. A senhora tinha uma pequena ideia sobre o que isso poderia ser, mas não era o momento certo para puxar esse assunto, por isso ela deixou de lado.

– Não se preocupe, com um pouquinho de compras você relaxa – sorriu, mas logo desviou o olhar para a janela. Esperava que seu plano desse certo pelo menos um pouco, se não desse ela diria que Amélia a obrigou.

Já dentro do shopping, Regina não relaxou como avó disse que ela iria, pois era ela quem tinha que carregar todas as sacolas que Harriet mandava. Não eram muitas, mas não era o que a morena tinha em mente.

Harriet a carregou pelo lugar inteiro, ficando em algumas lojas por mais tempo do que o necessário e as vezes ela nem comprava nada, simplesmente ficava lá dentro andando e olhando os modelos de roupas, calçados e acessórios. Regina queria se jogar da janela.

– Vovó, podemos ir agora? – perguntou cansada e Harriet franziu o cenho.

– Há muitas lojas nesse shopping ainda, Regina. A velha entre nós sou eu.

E com isso ela se calou e continuou seguindo a senhora. Regina Mills odiava ser chamada de velha, ela prezava sua saúde e beleza física mais do que tudo nesse mundo e amava se sentir maravilhosa. Coitada da pessoa que a chamasse de velha.

– Harriet! – Regina escutou alguém chamando, mas não era com ela – Ei, sua velha surda!

A advogada já virou preparada para causar uma confusão com a pessoa que havia tratado sua avó daquela maneira, mas seu corpo paralisou ao ver quem estava se aproximando delas. Ela ficou mais chocada ainda quando viu que a avó estava sorrindo tranquilamente, nem um pouco chocada em encontrar Amélia e Emma Swan no shopping. Coincidência? Acho que não.

– Eu não sou surda, escutei da primeira vez – rebateu a senhora Mills abraçando a amiga de longa data como se ela não tivessem se visto no dia anterior – Que surpresa encontrar vocês duas aqui. Emma! Quanto tempo não te vejo, querida.

– Realmente, senhora Mills – sorriu a loira que parecia tão desconfortável quanto Regina – E sim, é uma grande surpresa encontrar vocês aqui. – ela falou entredentes, tentando disfarçar os olhares fulminantes que estava lançando à Amélia.

– Nós viemos escolher a roupa da Emma para o casamento – falou Amélia de repente. Swan abaixou a cabeça, balançando-a negativamente e as duas mulheres já sabiam qual era o joguinho que as senhoras estavam jogando, mas nenhuma delas quis estragar a brincadeira, então se mantiveram caladas. – Mas como é difícil achar algo que essa menina goste. E que Lilith aprove também, minha neta escolheu a mais complicada das mulheres para casar. Elas vivem em pé de guerra.

– Vovó, acho que elas não querem saber dos meus problemas matrimoniais – murmurou a loira completamente envergonhada e se sentiu muito sortuda por perceber que Regina olhava para qualquer lugar, menos para ela.

– Bobagem, menina, adoro ouvir esse tipo de coisa – falou a senhora Mills com um sorriso de lado – Mas me diga, você tinha vontade de se casar com um terno branco, não tinha, Emma? – Harriet perguntou andando ao lado da amiga e Emma sorriu amarelo. Queria muito desaparecer em algum buraco.

– Tinha, mas passou. – deu de ombros sem dar muitos detalhes sobre o assunto – Lily insiste para que eu case com um vestido perfeito de noiva para combinar com o dela. Mas desse tipo de vestido eu passo longe.

– Não consigo te imaginar casando com um vestido, Emma, me desculpe – Regina se intrometeu rindo e a loira concordou. É, ninguém conseguia imaginar isso – Acho que você deveria escolher algo que goste. – ela opinou, mas logo arregalou os olhos, se embolando na frase seguinte – Nã-não que eu te-tenha alg-go a ver com iss-so, mas...

– Eu entendi, Regina – falou compreensiva e as duas senhoras sorriram cumplices uma para outra. Elas sabiam que não tinha motivo para Regina agir daquela maneira por conta de um simples comentário. – Como estão as crianças?

– Ótimas – a morena sorriu com os olhinhos brilhando em adoração pelos filhos. Não existia ninguém no mundo que fosse mais apaixonado por Henry e Malia do que Regina Mills.

– Emma, é verdade que seu pai vai fazer aquele churrasco na casa dos Mills? – Harriet mudou de assunto de repente, sabendo que o assunto das duas não renderia por muito tempo – Faz muito anos que não como o churrasco que ele faz.

– É sim, mamãe está planejando com a Cora sobre isso – confirmou – Não sabem ainda quando, mas ele vai fazer sim e quer juntar as duas famílias. Igual antigamente.

– Sim, vai ser igual antes – Harriet estava verdadeira feliz por ver todos juntos novamente. Rose com sua família, que ela sabia que tinha aumentado muito ao lado daquele menino simpático chamado August. Killian provavelmente iria sozinho e Emma... bom, não é necessário palavras.

– Uma pena que dessa vez teremos uma agregada – Amélia murmurou – Olhem! Vamos entrar aqui.

Emma ficou parada no corredor boquiaberta vendo Amélia e Harriet entrarem na loja calmamente como se nada tivesse acontecido. Ela sabia que Amélia tinha uma opinião não muito boa sobre Lilith, mas não sabia que era tanto assim.

Regina aproveitou que a avó e a senhora Swan se separaram dentro da loja para fazer a pergunta que estava praticamente lhe corroendo por dentro.

– Senhora Swan... – ela começou um pouco receosa e Amélia apenas a olhou de lado – Por que a senhora odeia tanto a Lilith?

– Ela é uma dissimulada, falsa, egoísta e extremamente mimada – soltou de uma vez fechando a cara – Sei que não é boa gente e na maior parte do tempo ela está com a Emma por comodismo. Não vou defender minha neta, porque é pelo mesmo motivo que ela está com aquela lá.

– Acho que ela está somente provando do próprio veneno – Regina queria se estapear. Sua língua estava muito solta naquele dia e isso lhe causaria muitos problemas se ela não controlasse, mas Amélia apenas riu.

– Na época você estava apaixonada, querida – falou sinceramente – Emma não está.

Amélia saiu com um sorriso triunfante ao ver a cara de espanto de Regina. Não que ela quisesse fazer com que as duas ficassem juntas, ela só queria saber se ainda existia realmente um sentimento ali. Algo que valesse a pena ser explorado. Se nem ela, nem Harriet conseguissem ver isso, então elas deixariam de lado o assunto.

– Regina, vá me buscar um sorvete – pediu a senhora entregando o dinheiro para a neta – Estou morrendo de sede e de calor.

– Se a senhora está com sede, deve tomar água.

– Não te perguntei – retrucou – Vá buscar, por favor.

– Emma, busque um para mim também – Amélia puxou o dinheiro da bolsa e entregou para a loira com bastante pressa – Vão depressa, preciso de um tempo a sós com a minha amiga.

Nenhuma das duas retrucou, apenas seguiram ordens e seguiram pelo shopping em busca de uma sorveteria para que pudessem comprar o bendito sorvete. É claro que Emma e Regina estavam se dando muito bem ultimamente, mas isso não era o suficiente para evitar o clima estranho que ficou entre elas depois de terem se afastado das duas senhoras. Ambas sabiam o que Amélia e Harriet estavam aprontando e sabiam também que nada de bom poderia sair disso.

Do lado de fora, o tempo estava extremamente fechado com bastante vento e muitos trovões. Regina estava nervosa, morria de medo de tempestades e parecia que uma estava chegando e chegaria com força.

– Você acha que elas podem estar planejando alguma coisa muito radical? – Emma perguntou olhando para baixo e a morena suspirou.

– Espero que não.

De repente, as luzes do shopping apagaram e todos que estavam ali se assustaram com isso, principalmente Regina, que grudou no braço de Emma feito chiclete.

– Não se preocupe, logo eles ligam os geradores – disse a loira sem um pingo de preocupação – Vamos, precisamos procurar o sorvete em outro lugar. Não vamos conseguir aqui.

Regina não disse nada apenas concordou e seguiu segurando a loira pelo resto do caminho. Realmente, elas não conseguiriam o sorvete ali dentro, pois estava sem energia, então elas teriam que sair do shopping e procurar algo na rua. Regina só conseguia pensar na tempestade que estava se aproximando. Do lado de fora ainda estava um pouco claro, mas não iria durar por muito tempo.

– Então, é verdade que você vai voltar para a Inglaterra?

– Como soube disso? – perguntou a morena um pouco espantada e Emma riu.

– Nós temos duas avós que são muito fofoqueiras, Regina, já deveria ter aprendido isso – comentou e Mills concordou. De fato, nada que fosse contado para Harriet, era segredo. – Enfim, achei que iria ficar mais.

– Meu pai já está melhor – respondeu séria – Só voltei porque ele estava doente e agora não há mais nenhum motivo para que continue aqui.

– Sua família inteira está aqui, Regina. Há vários motivos para você ficar. – retrucou enquanto elas andavam pela calçada. A cada passo era um trovão diferente e a morena estava agradecida por Emma distrai-la um pouco, mesmo que o assunto não fosse o seu favorito.

– Não é sobre isso que estou falando – a advogada estava cada vez mais séria, andando com braços cruzados e com os olhos fixos no caminho que estavam fazendo – Me acostumei com a Inglaterra e sinto falta de morar lá.

A chuva começou a cair de repente e bem forte fazendo com que as mulheres tivessem que parar e se abrigar debaixo de um toldo de uma das lojas. As pessoas começaram a sair das ruas e entrarem nos lugares, logo, sobrando somente elas por ali.

– Regina, eu conheço você – falou a loira cruzando os braços também – Fale a verdade. Por que você decidiu ir embora logo agora? Sua avó acabou de chegar, há anos vocês duas não se veem, sua irmã está procurando um lugar para morar para ficar perto da família e você é a única que quer desaparecer. Você não está sendo honesta consigo mesma e sabe disso.

Isso fez com que a veia da testa da morena saltasse de tão brava que ela ficou com Emma.

– Ok, Sherlock, você acha que eu estou indo embora porque então? – perguntou debochada e Emma se sentiu muito frustrada, não era assim que ela queria que Regina reagisse – Acha que eu estou indo embora porque você seguiu sua vidinha e vai se casar? – Swan não conseguiu responder – Você está louca se acha que essa é a verdade. Você não mudou nada, Emma, continua a mesma egocêntrica de sempre, achando que o mundo gira em torno de você.

A advogada não esperou que Swan lhe respondesse, simplesmente virou as costas e saiu andando debaixo de chuva. Emma imediatamente se lembrou das palavras que disse à Lily durante a briga e sua ficha caiu, ela estava agindo como uma babaca com as duas mulheres, acusando sua noiva de ter defeitos que ela mesma tem e não reconhece. A professora não perdeu tempo, saiu correndo atrás de Regina e a segurou pelo braço para que ela parasse de andar.

– Regina, me desculpa, eu não pensei nisso – ela falou um pouco desesperada e com dificuldade para falar já que a chuva estava caindo com bastante força – Na verdade, nem sei o que eu pensei. Eu não quero te pressionar, mas sei que você não está sendo honesta consigo mesma. Não precisa me contar os seus motivos se não quiser, mas quero apenas que você não se convença de algo que nem mesmo acredita.

Regina se aproximou de Emma de uma vez só, segurando em seus braços fortes. Emma se calou, apenas esperando e sentindo o calor da respiração da outra mulher. Nenhuma delas ligava para a chuva mais, não ligavam se estavam em público e não ligavam se milhares de pessoas estivessem assistindo. Seus lábios estavam quase tocando um no outro, milímetros de distância, mas a morena se afastou de repente com os olhos arregalados.

– Me desculpe – falou um pouco assustada e com os olhos lacrimejando. Emma suspirou se afastando também – Eu não quero me tornar o motivo de uma separação. Se nós fizermos isso agora... Estaríamos repetindo um erro que você cometeu há anos atrás, Emma e eu não quero isso. Sinto muito.

– Eu sei. Você está certa e sinto muito por não ter pensado nisso – disse e era nítido o arrependimento em seus olhos – Não vai acontecer novamente.

– Não quero estragar o que estamos construindo com tanta dificuldade. – confessou tristemente – Chegamos tão longe... vamos manter assim.

Elas já estavam ensopadas da cabeça aos pés, mas precisavam voltar para encontrar Harriet e Amélia e ainda explicar porque estavam encharcadas e sem o sorvete que elas saíram para comprar. Nada passava despercebido por aquelas duas.


Notas Finais


Então, por enquanto é isso, deixem a opinião de vocês aí e até a próxima! Beijos.


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