História Lessons Learned - I Won't Give Up

I see that you've come so far
To be right where you are
How old is your soul?

Cora e Bárbara entraram lado a lado no shopping com Harriet, Amélia e as crianças logo atrás feito sombras. A ideia era aproveitar o dia passeando com os netos para que os pais pudessem trabalhar tranquilamente e sem interrupções. E todos sabiam que as duas mulheres eram avós babonas e faziam de tudo pelos pirralhos.

– Bom, Regina vai ficar até tarde no fórum hoje e Zelena e Ruby estão correndo atrás de algumas coisas para a inauguração do restaurante. – Cora mencionou quando elas se sentaram em um dos bancos que havia ali. Harriet e Amélia sumiram dentro de uma das lojas com Malia e Robyn enquanto Júlia, Henry e Pedro foram brincar no espaço para crianças.

– Rose mencionou que elas pediram ajuda mesmo com algumas coisas e que ela ficou muito animada – Barbie comentou – Acho que ela só está feliz por poder se reaproximar de Zelena e Ruby novamente.

– É, elas sempre foram muito próximas mesmo. – disse a Mills sem tirar os olhos das crianças brincando – Fico feliz demais pela nossa família estar se ajeitando agora. Por estarmos próximos como antes.

– Eu também. – Bárbara apontou para os netos e Henry – Veja, eles agora podem ter a chance de crescer da mesma maneira que os nossos filhos cresceram. Juntos, como uma única família.

– Se as coisas continuaram caminhando do jeito que estão, tenho certeza que acontecerá exatamente isso. – Cora concordou. Era tudo o que ela queria. Tudo o que Henry sempre quis para as duas famílias. – Até Zelena está se esforçando e parou de arrumar briga com a Ruby.

– Elas estavam brigando por causa da Emma?

– Pelo o que a minha nora me contou, sim – falou suspirando – Zel nunca aceitou o que aconteceu e ela não conseguia aceitar que Ruby estava disposta a perdoar. E que Regina também estava. Ela não enxergava as coisas com os mesmos olhos que nós e Zelena sempre foi mais teimosa do que uma mula. Cabeça dura demais.

– Ela puxou você.

– Pois é, enquanto a Regina tem tudo do pai dela. – riu – Menos o temperamento. Mas enfim, Zelena está evoluindo e pelo que percebi está tratando Emma bem melhor.

– E o que mudou?

– Henry, acredito eu. – a morena deu de ombros – Não sei de verdade, mas Regina me contou que ela está tentando. Espero que seja o suficiente, chega de brigas e desentendimentos nessa família.

Harriet e Amélia voltaram logo depois com as duas crianças e com várias sacolas nas mãos. As mulheres não conseguiam dizer não para as bisnetas. Elas se sentaram nas cadeiras que haviam sobrado na mesa e ficaram observando as crianças brincarem também.

– O que vocês tanto compraram aí, ein? – Cora questionou olhando de maneira suspeita para as sacolas. Malia e Robyn deram de ombros, mas sorriram cúmplices, enquanto as duas senhoras não se incomodavam em esconder nada,

– Presentes pra todo mundo. – Harriet respondeu. – E roupas para as crianças usaram na festa.

Cora e Bárbara fizeram cara de confusas e perguntaram ao mesmo tempo:

– Festa?

– Crianças?

– Sim, a festa à caráter de reunião do ensino médio – Amélia falou como se fosse obvio e as duas mulheres fossem burras. – Se eles não gostarem, que comprem outra coisa.

– Vão gostar sim. – Malia falou segura de si – Conhecemos os gostos de todo mundo.

– É verdade.

– Eu não quero nem saber de problema pro meu lado – Barbie murmurou, mas acabou ganhando um olhar matador da mãe que havia ouvido.

Henry foi o primeiro a cansar de brincar e logo os outros dois seguiram ele e desistiram das brincadeiras. Cora e Barbie deram sorvete para todos e decidiram dar mais algumas voltas, gastar um pouco mais e depois ir para casa.

E é claro que o número de sacolas triplicou quando o passeio acabou, pois a todo momento uma das crianças pedia algo e elas não negavam. Malia saiu do shopping com maquiagem nova, joias e muitas roupas. Robyn e o resto das crianças também, mas ainda levaram brinquedos.

Dizer que as mulheres tinham a mão bem aberta em relação aos netos era pouco. Nenhuma delas se incomodavam, tudo por aquelas crianças e ainda fazendo as compras como uma grande e unida família tornava tudo melhor ainda. Elas não desperdiçariam isso jamais.

Eles chegaram na casa dos Swan’s e já foram largando as sacolas no meio da sala e abrindo tudo, separando tudo para poderem entregar depois. As crianças estavam eufóricas para brincar com os brinquedos novos e Malia correu para o antigo quarto de Emma – com a permissão de Barbie – para testar e experimentar tudo o que havia ganhado.              

– E o que é tudo aquilo na sala? – Frank pergunta ao entrar na cozinha – E o que é tudo isso em cima da mesa?

– Compras – Barbie disse dando de ombros.

– Vocês não tem autocontrole – ele comentou rindo e balançando a cabeça negativamente. Ele conhecia bem a esposa e as outras 3 mulheres para saber que quando o assunto era os netos, elas não se importavam em gastar dinheiro.

[...]

Regina chegou no inicio da noite para buscar os filhos, a sobrinha e também Cora e Harriet, pois Zelena e Ruby estavam ocupadas e Harriet queria voltar para casa.

A família inteira estava feliz por Harriet e Amélia estarem passando tanto tempo juntas e ainda incluíam Granny no grupinho da luluzinha. As coisas pareciam estarem voltando ao normal, ou pelo menos algo bem próximo disso.

Regina havia passado o dia todo no tribunal e estava louca para ir para casa tomar um banho e descansar, mas queria passar um tempo com sua família também. Ela sorriu ao entrar na casa e ouvir o barulho das crianças correndo, Harriet e Amélia discutindo em alguma parte da casa, Frank falando alto no telefone... Era quase como um dejavú.

A morena passou pela sala, desviando de vários brinquedos e seguiu para a cozinha. Logo no corredor, ela deu de cara com Rose que, provavelmente, estava lá para buscar os filhos.

– Como foi o dia hoje? – Rose perguntou com um sorriso quando a morena apareceu com uma cara de cansada.

– Cheio e muito cansativo. – respondeu com um sorriso leve se escorando no balcão da cozinha. – Doida para ir para casa.

– Eu também, estou morta. – falou a loirinha coçando os olhos. – August sumiu lá pra cima com o meu pai. – ela balançou a cabeça negativamente e rindo.

Rose andou até um dos armários e pegou um copo, enchendo-o de água logo em seguida. Regina continuou encostada no balcão, esperando que sua família aparecesse para irem embora.

– Ah, e antes que eu me esqueça: – A baixinha disse após engolir a água de uma vez só. – Eu tenho uma amiga que está querendo se divorciar e está procurando uma advogada para tratar do divórcio. Posso indicar você?

– Claro, com certeza – Regina puxou a bolsa preta de seu ombro e pegou em sua carteira um cartãozinho com seu número e o entregou à Rose. – Dê à ela e peça para ela me ligar para combinarmos um horário.

– Pode deixar. – Rose sorriu agradecida e guardou o cartão. Na mesma hora, August desceu as escadas com Pedro e Júlia logo atrás – Até que enfim, achei que teria que ir embora sozinha. – ela disse ao marido.

– A vovó estava nos ajudando com os presentes. – Pedro disse mostrando as caixas nos braços do pai. – E ela pediu pra deixarmos alguns aqui.

– Ah, isso que seu pai tá carregando não é tudo? – Rose questionou com a sobrancelha arqueada. Tanto Pedro quanto Júlia deram de ombros. – Meu Deus. – Ela murmurou. – Ok, vamos embora. Eu grito com a dona Bárbara depois.

August não comentou, ficou apenas rindo e Regina também.

– Deem tchau pra tia Regina e vamos. – As duas crianças se despediram com beijos na bochecha da morena e seguiram o pai para fora. – Tchau, Re e obrigada. Eu vou te indicar porque eu sei que você é a melhor.

A morena não respondeu, apenas sorriu agradecida e tentou disfarçar as bochechas corando

– Ah, você ficou rindo do tanto de brinquedo – ela disse já no corredor. – Dona Cora e dona Bárbara compraram presentes pro ano inteiro. E todo mundo ganhou.

O sorriso de Regina sumiu na hora e Rose saiu gargalhando satisfeita.

A morena assistiu o casal sair com os filhos e começou a ficar impaciente, pois ninguém aparecia e ela só conseguia ouvir a conversa vinda do andar de cima. Ela subiu as escadas e resolveu apressar todo mundo, caso contrário só sairiam dali depois da meia noite.

No andar de cima, em um dos quartos, Cora e Barbara estavam guardando os brinquedos dentro de um guarda roupa que, aparentemente, elas tinham esvaziado e as coisas estavam bagunçadas em cima da cama.

– Cristo. – murmurou vendo toda a comoção. – Pra que tudo isso?

– Eu avisei que de todos, ela seria a mais ingrata. – Harriet resmungou apontando o dedo na cara de Amélia e ignorando, de propósito, a neta.

– Presentes, oras! Nunca viu? – Cora questionou irônica.

A morena suspirou e precisou contar até dez para não estrangular ninguém. Regina queria passar a noite em sua cama e não na prisão.

– Tudo bem, vamos embora. – Disse cansada não querendo retrucar. – Já está tarde e as crianças tem aula.

– Amélia irá conosco. – Harriet informou e Regina a olhou totalmente incrédula.

– Não cabe todo mundo no carro.

– A gente dá um jeito. – ela deu de ombros. – Vocês se enfiavam todos em um carro só quando eram pequenos para ir acampar.

– Sim, há uns 25 anos. – Regina rebateu e antes de continuar discutindo, decidiu novamente que não iria se estressar, então se calou. – Quer saber? Deixa pra lá. Vamos, vocês vão um no colo do outro.

Todos se despediram de Barbara e Frank e foram para o carro que estava estacionado na frente da casa.

– Henry e Robyn vão ir no colo. –  Cora sugeriu e cedeu o lugar no banco da frente para Harriet e ela iria atrás com a neta e Amélia – Eu levo ele. E Malia você pode levar sua prima?

– Sim. Venha, Robbie – Lia puxou a menina para o seu colo e com a ajuda de Amélia, colocaram o cinto de segurança em volta das duas. –  Espero que a mamãe não leve multa por isso.

– Regina tem dinheiro, ela que suborne o policial. – Harriet falou e riu da própria piada, sendo acompanhada somente por Amélia.

A morena, como de costume, revirou os olhos.

Depois de alguns minutos tentando se ajeitar, saíram da garagem dos Swan’s em direção à casa de Ruby e Zelena para deixar Robyn com as mães. Óbvio, pela insistência de Regina, elas não demoraram muito lá e logo foram embora. Ela já estava impaciente por terem demorado mais do que necessário na casa de Bárbara e, se permitisse, não sairiam da casa de Zelena nunca mais.

Regina estacionou o carro em sua garagem e botou todo mundo pra fora, estava uma falação enorme, parecia um circo, e ela estava morrendo de dor de cabeça. Não via a hora de tomar um banho, jantar e deitar, era tudo o que ela queria, mas ao chegar perto da entrada da casa, viu Emma chegando logo atrás com algumas sacolas de supermercados nas mãos e um sorriso no rosto.

– Emma? – a morena falou surpresa e todos se viraram para ver a loira – O que está fazendo aqui?

Malia revirou os olhos pela forma que as duas estavam se olhando, como se não houvesse mais ninguém em volta, então ela tomou a chave da mão da mãe e abriu a porta para que todos pudessem entrar, deixando as duas pombinhos paradas na entrada.

– Eu falei com a Granny que eu queria preparar o jantar hoje. Ou pelo menos ajudar ela. – deu de ombros depositando um beijo na bochecha da morena. Ela sabia que todos estavam observando elas de dentro da casa – Estou tentando aprender cozinhar outras coisas além de miojo.

Malia gargalhou alto e falou:

– Essa eu até pago pra poder ver. – Li ganhou apenas um olhar duro de Emma.

– Emma Swan, eu não me lembro de ter te dado esse tipo de educação! – Amélia ralhou com a neta voltando para a porta de entrada – Que ideia de se auto convidar para jantar na casa dos outros.

– Se acalme, minha amiga – Harriet rebateu tentando trazer a mulher de volta para dentro da casa – Logo ela não precisará de convite.

A senhora piscou na direção das duas mulheres – que estavam envergonhadas – e se retirou.

– Ok, ok. Emma, entre. – falou a morena não querendo que aquilo virasse um show de horrores. – E vocês dois – apontou para os filhos – Banho já. – Malia não discutiu e já foi subindo as escadas.

– Mas eu nem to sujo, mamãe! – Henry rebateu resmungando, mas apenas ganhou um olhar firme escadas. Ele sabia que essa não seria uma batalha que ele sairia vitorioso. – Uh, tá bom.

– Vá tomar um banho também – Emma falou entrando na cozinha ao lado da advogada para colocar as sacolas em cima do balcão. – Sei que está cansada e um banho vai ajudar você a relaxar.

– Tem certeza? Não vai precisar de ajuda? – Questionou preocupada.

Ela olhou ao redor e viu que Cora, Harriet, Amélia e Granny a encaravam como se ela tivesse dito a coisa mais estúpida do mundo.

– Ok, deixo vocês responsáveis pelo jantar – resmungou já saindo fazendo Emma rir. – Não queimem minha cozinha.

O banho foi extremamente relaxante para a morena, era exatamente o que ela estava precisando naquele momento. A agua morna parecia levar todas as dores musculares da advogada e, se ela não tivesse que jantar com sua família, sairia do chuveiro e iria direto para cama.

Mas ela estava feliz por Emma ter aparecido e feito essa pequena surpresa.

Assim que a mulher saiu do banheiro, ouviu uma batidinha de leve na porta e logo em seguida ela foi aberta. Era Malia com seu característico sorrisinho de quem estava aprontando algo.

– Filha? O que foi? – questionou ela curiosa e Lia deu de ombros.

– Vim só te pedir para se arrumar um pouco. – falou a menina e Regina franziu o cenho, confusa com o pedido. – Vista uma roupa mais chique e não um pijama. Não faça perguntas.

E da mesma forma que ela entrou, ela saiu e deixou Regina mais confusa de que antes. A morena decidiu que iria fazer o que a filha havia pedido, mesmo sem entender absolutamente nada e foi em direção ao guarda-roupa. Ao invés de pegar sua roupinha confortável como inicialmente faria, pegou um vestido roxo colado que usava normalmente para sair e também um saltinho preto não muito alto para combinar.

A advogada não quis passar muita maquiagem pois já estava com o rosto limpo, então usou apenas um rímel e um batom vermelho para não ficar sem nada. Ela se olhou no espelho e sorriu, totalmente satisfeita com o que estava vendo.

Regina saiu do quarto e desceu as escadas, mas ao contrário do que esperava, não encontrou ninguém na cozinha. Na verdade, estava até com as luzes apagadas e completamente limpa como se ninguém tivesse a usado naquela noite. A morena conseguiu ficar ainda mais confusa do que antes.

– Pessoal? – chamou olhando ao redor da sala e da entrada, mas não havia ninguém.

De repente, ela começou a ouvir uma música vinda dos fundos da casa. Ela conhecia a melodia e era uma música que ela amava muito: I Won’t Give Up. Regina ficou curiosa e saiu pela porta dos fundos querendo saber o que estava acontecendo.

A morena não conseguiu conter sua expressão de surpresa e choque quando chegou no quintal. No meio do jardim estava uma mesinha com duas cadeiras, uma de frente para outra, toda decorada com dois pratos, taças e velas em volta. Havia uma pequena árvore ali, de muitos anos, com balõezinhos vermelhos pendurados e, fazendo a morena se emocionar, Emma estava parada ao lado da mesa segurando um lindo buquê de lírios e um sorriso encantador em seu rosto.

– Emma... O que? – ela estava sem palavras, com lágrimas nos olhos pela emoção e um sorriso apaixonado pelo gesto romântico da loira. – Onde...?

– Essa noite é apenas nossa. – falou ela se aproximando da morena para lhe entregar o buquê, que Regina aceitou rapidamente – Granny, Malia e sua mãe me ajudaram a preparar quase tudo. Ruby e Zelena me ajudaram a escolher os pratos de hoje, que eu mesma preparei – a morena arqueou a sobrancelha, mas Emma ignorou – E minha vó e a sua ficaram colocando defeito.

– Você preparou tudo isso enquanto eu estava no banho? – a morena perguntou incrédula abraçando a mulher em sua frente.

– Não sou tão eficiente assim – ela riu negando com a cabeça. – Não, Granny e Ruby passaram a tarde hoje aqui comigo me ajudando. Gostou?

– Eu amei! – Regina estava totalmente emocionada. Seu quintal estava lindamente decorado e tudo parecia ter sido feito com muito amor e dedicação.

– Então se prepare para a melhor noite da sua vida. – Emma piscou para a bela mulher em sua frente. – Vamos, sente-se. – A loira puxou a cadeira e Regina se sentou. Ela estava se sentindo uma verdadeira rainha com tudo aquilo, Swan até serviu o vinho em sua taça antes de se sentar também.

– Não sabia que você era romântica assim. – comentou Regina se ajeitando e Emma deu de ombros.

– Eu tenho meus momentos. – Disse a loira um pouco sem graça. Ela nunca foi uma pessoa de romantismo, mas dessa vez ela queria dar tudo o que Regina merecia. – Espero que a comida esteja boa.

– Você não experimentou? – Regina questionou desconfiada. Não que ela não confiasse em Emma, mas ela se lembrava das vezes que tentou ensinar a loira a cozinhar ou que ela havia tentado por conta própria.

Ela ainda se lembrava do dia que Bárbara precisou chamar os bombeiros porque Emma quis assar um bolo.

– Não, queria comer junto com você. – Swan rebateu – Não queria ter intoxicação alimentar sozinha.

Regina gargalhou.

– Idiota.

Emma sorriu satisfeita por já estar fazendo Regina rir. Se dependesse dela, Regina nunca mais ficaria sem sorrir na vida.

– Zelena realmente te ajudou? – A pergunta da morena fez com que Emma saísse de seus pensamentos.

– Não que ela tivesse muita escolha. A decisão final foi de Ruby e ela só concordou. – contou – Ela que escolheu os pratos já que era a única que conhecia muito bem seus gostos. Ruby me ensinou a preparar.

A advogada estava completamente sem palavras. Ela não conseguia acreditar que Emma havia feito tudo isso pra ela. A Emma que ela conhecia jamais faria isso, mas a mulher sentada em sua frente não era mais a mesma pessoa e ela estava começando a acreditar que as coisas realmente poderiam ser diferentes dessa vez.

I'm giving you all my love
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