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História Let it Snow - The return and the truth


Escrita por: LauraMarie

Notas do Autor


Olá, pessoal! :-)
Milagrosamente eu apareci aqui! kk ><
Me desculpe mesmo pelo sumiço Y.Y Tenho passado por alguns problemas em minha vida pessoal e, além disso, entre outros fatores têm me desanimado e impedido de escrever ><
Mas aqui está um capítulo novinho, e pela imagem vocês já devem ter ideia do que se trata! Hehe! ;-)

OBS:. logo mais irei responder os comentários dos capítulos anteriores! ;-)

Tenha uma ótima leitura! ^^

Capítulo 52 - The return and the truth


Fanfic / Fanfiction Let it Snow - The return and the truth

Tudo estava escuro e frio. O único som que se podia ouvir na escuridão era o da sua respiração ofegante, enquanto corria desesperadamente para lugar algum, à procura de uma saída, de uma luz no fim do túnel. Em sua fuga, gotas de chuva começaram a lhe bater fortemente contra seu rosto e, enfim, conseguiu alcançar uma luz, mas não sua salvação.

- Nii-san... - Um gemido o chamava enquanto o sujeito tentava abrir seus olhos já que sua visão havia sido ofuscada pela forte luz.

Um jovem ensanguentado, caído no meio do asfalto, mantinha seus olhos semiabertos enquanto tentava sobreviver, esticando o seu braço em direção àquele homem que estava à sua frente.

- Izuna?! - Disse assustado ao vivenciar aquele triste momento novamente e, sem perceber, as lágrimas já escorriam pelo rosto.

Ao dar seu primeiro passo para se aproximar do ferido, uma inesperada e forte luz surgiu à sua frente, prejudicando a sua visão novamente. E assim que conseguiu abrir os olhos, mais uma vez, ele havia se deslocado para uma nova dimensão.

O sol iluminava todo o quarto, enquanto a suave brisa da manhã soprava as cortinas brancas da janela. Deitado em uma cama, com seu corpo nu coberto pelos lençóis brancos, ao seu lado uma mulher dormia profundamente - e, enquanto estava em seu sono, ela sorria docemente, como se estivesse realmente feliz por estar ali.

- Haruko...?! - Sussurrou ao reconhecer e sentir a mulher adormecida ao seu lado. De repente, toda a dor que sentira até então se dissipara  - Haruko... Eu preciso de você!

Mais uma vez uma forte luz apareceu, ofuscando sua visão, fazendo-o retornar à escuridão. O homem começou a viajar por várias lembranças aleatórias - boas e más recordações - como se toda a sua vida estivesse passando diante de seus olhos em uma incrível velocidade. Reviver tudo aquilo era intenso demais. A sua mente e seu corpo não aguentavam mais. Começara a sentir uma grande pressão interna dentro de si, clamando pela sua própria libertação.

- Haruko! Izuna...! - Disse Madara após um longo suspiro, abrindo, enfim, seus olhos reais.

Parecia que havia se despertado de um pesadelo. Após perceber que realmente tinha acordado, o Uchiha viu que estava deitado, e seus olhos fitavam o teto enquanto ainda tentava compreender o que havia acontecido. E quando tentou se levantar um pouco, ele sentiu dor, fazendo-o impedir de se movimentar mais.

- O que... O que aconteceu? - Perguntou para si mesmo, enquanto suportava a dor e passava a mão pelos cabelos.

- Então você finalmente resolveu voltar para o mundo dos vivos, hein?!

- Hashirama?! - Madara, assim que olhou em direção de onde vinha aquela voz, viu o Senju sentado em uma poltrona ao lado, passando os olhos pelo jornal que tinha em mãos.

O Uchiha não tinha ideia do que estava acontecendo. Após encarar o amigo, ele fez uma rápida observação pelo quarto, não reconhecendo aquele local.

- Hashirama? O que está fazendo aqui? - Dizia ele, tentando novamente se movimentar na cama, tirando a mangueira de respiração de suas narinas - O que aconteceu? Onde estou?

- São muitas perguntas pra quem acabou de voltar! - Dizia Hashirama, sorrindo, dobrando seu jornal.

Madara começou a ficar impaciente com os rodeios do amigo - realmente, ele teve a certeza de que não estava mais sonhando.

- Não vai me dizer o que diabos aconteceu? - Madara tentou se levantar bruscamente, o que o fez sentir uma forte dor.

- Ei! Calma aí, amigão! - Hashirama correu até ele, deitando-o cuidadosamente na cama novamente - Precisa pegar leve! Você quase morreu, sabia?

- Por que isso não me surpreende? Parece que eu dormi a eternidade...! - Dizia enquanto esfregava sua cabeça, ainda tentando suportar a dor.

- E não é pra menos! Você esteve em coma há quase três meses!

- O QUÊ?! TRÊS MESES?! - Madara desencostou da cabeceira da cama bruscamente devido ao susto que levara com a informação. Mas, no mesmo instante, ele sentiu mais uma fincada, voltando-se a se deitar.

- Eu disse pra você ficar calmo! No momento você precisa se recuperar direito!

- E a Haruko? Meus filhos? - Madara voltou a se alterar ao se lembrar de sua família - Onde eles estão?!

Hashirama pareceu receoso para respondê-lo, optando então por ficar em silêncio - no entanto, a sua reação só servia como preocupação ao Uchiha.

- Hashirama... - Disse, portando um olhar sério -  Minha família... Onde está?

- Acho melhor conversarmos enquanto você come alguma coisa - Respondeu, ainda meio inseguro - Aliás, faz meses que você não come nada!

- Sem essa! - Madara disse alto, já preocupado e impaciente com o Senju - Desembucha logo! Não está vendo que está me preocupando?!

- Aconteceu muita coisa enquanto esteve inconsciente, Madara! Prometo lhe contar tudo enquanto se recupera - Dizia Hashirama, indo até a um armário, tirando de lá uma muda de roupas - Agora vista isso! Te espero lá na sala.  - O Senju jogou as roupas para o amigo, o qual as pegou no mesmo instante - Se tiver dificuldades em caminhar sozinho, me chame!

Madara desconfiava que alguma coisa grave havia acontecido enquanto estava inconsciente. Assim sendo, mesmo ainda sentindo dor, ele deu um jeito de se trocar rapidamente, vestindo uma calça de moletom cinza e uma camisa branca.

Ainda debilitado, o Uchiha caminhava lentamente, apoiando-se pelas paredes a cada passo que dava, até que chegou à sala, onde Hashirama o esperava, sentado perante à uma mesa.

Apesar de não sentir muita fome, Madara se esforçava para se alimentar, ainda mais sendo pressionado pelo Senju para que fizesse uma boa refeição.

- E então... - Disse o Uchiha, após tomar um gole de suco - Vai me dizer agora o que aconteceu?

Hashirama respondeu fundo, preparando-se para revelar ao amigo toda a verdade. Após tomar coragem, o Senju o encarou com um olhar sério.

- É uma longa história... Espero que esteja preparado para ouvi-la.

Madara se preocupava ainda mais diante daquele mistério, mas tentava não transparecer isso ao Senju. Então, Hashirama lhe contou tudo o que havia acontecido: quando o encontrou ferido na beira da estrada; a gravidade de seus ferimentos e toda a luta para mantê-lo vivo. Mas, diante disso, Madara não parecia assustado. Porém, a sua real preocupação ainda estava por vir.

O Senju também lhe contou sobre o que aconteceu depois que ele desapareceu: a nova gerência da Uchiha's e, principalmente, que ele estava sendo procurado pela polícia, já que toda a verdade sobre a Akatsuki tinha sido, aparentemente, revelada. Madara finalmente começou a reagir: ao ouvir cada palavra de Hashirama, ele arregalava os olhos e sua boca secava. No entanto, a sua preocupação não se limitava apenas ao seu banco e à sua reputação.

- Haruko... - Disse ele, levantando-se bruscamente - Eu preciso vê-la agora!

- Madara, não ouviu o que eu acabei de te dizer?! - Advertiu com um tom firme e sério.

- Minha esposa deve estar passando por um inferno por minha causa e você quer que eu fique aqui, escondido como um rato?! - Disse alto mas, ao se alterar, ele sentiu uma forte dor em seu peito, obrigando-o a voltar a se sentar.

- Eu não pude contar a ela sobre você, pois ela com certeza iria querer te ver de qualquer jeito. E, com a polícia vigiando os passos dela, logo iriam te descobrir aqui!

Madara, até então preocupado e enraivecido, cedeu. Em seguida, ele desviou o olhar ao se lembrar da discussão que tivera com a esposa minutos antes de seu desaparecimento.

- Talvez ela prefira que eu esteja morto... - Disse em um tom melancólico.

- Não diga isso! Eu soube que vocês discutiram naquela noite, mas saiba que ela está muito preocupada com você! Aliás, ela tem se esforçado muito para cuidar dos filhos e também para preservar a sua imagem - O Senju, ao dizer isso, fez com que o amigo o encarasse novamente, agora portando uma imagem surpresa - Ela acredita que você não fugiu e que muito menos está morto. Além disso, ela tem feito o impossível pra provar sua inocência.

- Não faz sentido... - Disse em um tom baixo e meio pensativo.

- Hum?!

- Naquela noite... - Madara, ao fazer uma pausa, respirou fundo, lamentando-se por si mesmo -  Haruko descobriu que o pai dela foi um dos alvos da Akatsuki no passado... Por isso discutimos.

- Entendo... - Hashirama não pareceu surpreso, mas, pela sua expressão, se lamentava por isso.

- Mas  independente disso, eu tenho que voltar à mansão! - Disse, voltando a encarar o amigo, mas firme e sério - Nem quero imaginar o sofrimento que estou causando a ela... E também  aos meus filhos!

- Eu sei, Madara! Ainda estou planejando como vocês poderão se encontrar sem que a polícia desconfie de nada - Dizia Hashirama em um tom calmo e tranquilo - E enquanto isso, você precisa se recuperar!

- Então eu tenho que me conformar em ficar aqui, me escondendo do seu irmão?

- Melhor dar as caras depois que se recuperar do que ser levado à força estando fraco e debilitado, não acha?

Por mais que não quisesse admitir, Madara sabia que Hashirama tinha razão - ser pego pela polícia naquele momento não seria nada apropriado. Além disso, ainda era preciso analisar sua consciência sobre qual seria a coisa certa a fazer.

- E por falar nisso... Você também me deve algumas respostas, Madara! - Disse Hashirama, agora também sério e firme, fazendo com que o Uchiha voltasse sua atenção a ele - O que você estava fazendo lá, sangrando e inconsciente à beira de um abismo em chamas? 

Madara desviou seu olhar, mas logo voltou ao Senju. As suas lembranças agora estavam mais claras do que nunca.

- Tudo bem... Vou lhe contar o que aconteceu naquela noite.

 

~ ~ Flash Back ~ ~

 

Naquela noite escura e abafada, Madara dirigia em alta velocidade rumo ao seu ponto de encontro. Ele segurava o volante com força, a ponto de estufar as veias de suas mãos, assim como cerrava seus dentes e exalava sua raiva pelo olhar.

"Aquele idiota... Como pôde?!", pensava enquanto tentava concentrar sua atenção na estrada em meio à sua fúria e indignação.

Mas logo após alguns minutos, o Uchiha finalmente chegara ao seu destino. Em um terreno longe e isolado do centro de Konoha, não havia nada lá a não ser uma antiga e abandonada pista de pouso. Assim que desceu do carro, Madara deu alguns passos, analisando cuidadosamente aquele local. Não demorou muito e ele parou de caminhar, ao enxergar  uma sombra por detrás de um poste.

- Então você já está aí! - Disse friamente, estreitando o olhar.

Logo, da escuridão, surgira mais um Uchiha naquele local, aproximando-se do recém-chegado, revelando, então, a sua imagem.

- Sabia que você não iria resistir e acabaria vindo até aqui - Provocou, sorrindo dissimuladamente.

Madara se segurava para não perder a calma, cerrando os seus punhos ainda mais forte enquanto encarava duramente aquele homem à sua frente.

- Qual é o seu objetivo fazendo isso... Obito?!

O sobrinho, antes de respondê-lo diretamente, apenas riu, voltando seu olhar ao tio em seguida.

- Pela sua expressão, parece que sua esposa já te exigiu algumas explicações, não é mesmo?

- Me responda, Obito! - Disse alto - Por que fez isso? O que você quer separando a Haruko de mim?

Desta vez, Obito não só riu, como também deu uma gargalhada, aguçando ainda mais a raiva do Uchiha mais velho.

- A vingança é realmente doce! É uma pena que você não tenha sido competente o suficiente para senti-la ainda!

- Vingança?! - Disse, portando um olhar confuso - Do que está falando?

- Do que eu estou falando?! - Obito, bruscamente, mudou o seu humor, parando de rir, e portando raiva em seu olhar - Você deveria saber melhor do que eu mesmo!

- Por acaso está falando da Rin?

Mais uma vez, Obito mudou o seu humor, voltando a sorrir sarcasticamente.

- Você não desconfiou de nada, não é?

- Hum?!

- Aquilo também fez parte do meu plano. Eu mandei a Rin para te seduzir!

- O QUÊ?! - Madara ficou completamente indignado ao ouvir tal informação, ficando até mesmo desnorteado ali - Mas... A sua própria esposa...?! Por quê...?

- Porque você estragou a minha vida e eu tinha o direito de acabar com a sua! - Disse já alterado.

Madara começou a se assustar ao descobrir a tamanha loucura contida na mente do sobrinho.

- Obito... Ainda não compreendo...

- A Uchiha's... ELA É MINHA POR DIREITO! - Gritou, exaltando também todo o seu ódio pelo olhar - O meu pai liderou esse banco muito antes de você e agora você faz de tudo para tê-la somente em suas mãos!

- Eu não faço ideia do que está dizendo! - Disse também alto, ainda indignado - Mas que ambição é essa?!

- Ambição que é minha por direito! - Aproximou ainda mais do tio - Durante anos eu reuni informações que poderia usá-las contra você algum dia, até que esse momento finalmente chegou!

Madara apenas o respondeu estreitando o olhar, mostrando-se que ainda não o compreendia.

- Ao comprar todas aquelas ações dos ex-membros da Uchiha's, você se tornou praticamente um deus naquele banco! Nenhum outro integrante, até mesmo os seus sobrinhos, conseguiriam te alcançar algum dia!

- Mas eu fiz aquilo justamente pensando em nossa família, e não em mim! - Exaltou-se.

- Você quer dizer "na sua família" que você formou com aquela vira-lata!

- Olha como fala! - Madara não conseguiu se conter, partindo para cima do sobrinho, agarrando-o pelo colarinho do casaco, mas o mesmo logo se soltou rapidamente.

- É isso mesmo! - Disse após se soltar e se afastar - Depois que conheceu "aquelazinha", você só foi se apoderando cada vez mais da Uchiha's, sem pensar em mim ou no Itachi e no Sasuke, mas aqueles dois são muito idiotas para não enxergar o que você estava tramando!

- Eu não estava tramando nada, seu imbecil! - Disse alto mais uma vez - Tudo o que estava fazendo era assegurar o patrimônio de nossa família, principalmente pelos meus filhos, os quais ainda irão me suceder lá!

- E é aí que você se engana, Madara! - Disse com um sorriso malicioso no rosto.

- Hum?!

- Acha mesmo que eu enviei aquele dossiê só para a sua esposa?

- O QUE DIABOS VOCÊ FEZ?! - Madara não se conteve e acabou gritando ao imaginar o que o sobrinho queria dizer, vendo-o soltar uma gargalhada em seguida.

- Sim! Amanhã, ou talvez ainda hoje mesmo, a polícia estará indo atrás de você, e você nunca mais irá por os pés na Uchiha's novamente.

Madara simplesmente não queria acreditar nas palavras de Obito. Tratando-se de seu próprio sobrinho, tudo aquilo parecia ser uma loucura puramente doentia. Mas, após o choque, o Uchiha mais velho retornou com seu olhar de fúria e ódio.

- Seu maldito! - Dizia enquanto cerrava os punhos novamente - Como pôde fazer isso?!

- Você não me deixou escolha, Madara! - Disse Obito, já sorrindo vitorioso - Como eu disse, quando se casou com a Haruko, meus planos se complicaram... E se complicaram ainda mais quando tive a péssima notícia de que teria um primo!

- Como é?! - Madara pôde até sentir um calafrio pelo seu corpo ao rapidamente deduzir o que ele queria dizer.

- Isso mesmo! Eu até tentei impedir isso... - Dizia sorrindo ainda mais maliciosamente - As suas fotos com a Rin... Eu também estava por detrás disso!

Madara, mais uma vez, não conseguiu se conter e foi para cima de Obito, agarrando-o pelo paletó novamente, enquanto o encarava com um olhar repleto de ódio. Diferente da primeira vez, Obito não relutou, mantendo, então, o seu sorriso.

- Você tem ideia do que você tentou fazer, seu idiota?! - Dizia alto, enquanto o segurava e o balançava com força - Eu poderia ter perdido o meu filho! E aquele suposto assalto que a Haruko sofreu? Você também estava por detrás disso?!

- Não... - Disse Obito, ainda sorrindo - Isso já foi ideia dos meus aliados...

- Aliados?! - Madara já não sabia mais o que poderia esperar - Quem tentou matar a minha esposa?!

- O mesmo que já está tentando acabar com você há bastante tempo!

Madara soltou o sobrinho rapidamente e recuou, portando uma imagem ainda mais assustada do que já estava no início. Ao imaginar em que poderia ser, o moreno ficara ainda mais indignado, não fazendo mais ideia das loucuras que seu sobrinho seria capaz de fazer por puro poder.

- Obito... - Madara ainda tentava recuperar sua fala - Se for quem eu estou pensando... Eles mataram o seu próprio pai!

- O inimigo do meu inimigo é meu amigo! - Dizia ainda com uma imagem confiante e intimidadora.

- Você é maluco! Nem sabe mais o que está dizendo!

- Mas não se preocupe, Madara! Eu já planejei tudo! - Obito abriu ainda mais o seu sorriso - Depois que eu acabar com você, eu mesmo irei dar um fim neles! E, então, eu farei a vingança pelos seus irmãos que você não conseguiu fazer!

Obitou soltou mais uma gargalhada mas, desta vez, mais alta e até mesmo mais assustadora. Madara encarava o sobrinho indignando, ainda tentando não acreditar naquilo que estava ouvindo e presenciando. Então, já que ele não sabia mais o que esperar, Madara foi obrigado a se impor a atitudes drásticas: sem que Obito percebesse, Madara cuidadosamente colocou seu braço para trás, segurando na arma que estava no cinto atrás de sua cintura.

- Obito... - Disse em um tom baixo, aproximando-se lentamente - Por que você me odeia tanto assim?

- Quer que eu repita tudo de novo? - Dizia enquanto tentava controlar sua risada - Aliás, nem são precisos motivos para odiar um lixo como você!

- Acho que a culpa é minha... - Madara segurou a sua arma por detrás com ainda mais força -  Eu não devo ter cuidado de você direito quando meus irmãos se foram.

- Você nunca ligou para nenhum de seus sobrinhos! - Disse, voltando a encará-lo seriamente - Quando não estava arquitetando sua vingança, você passava o tempo fudendo uma vagabunda e se embebedando com whisky barato!

- Por mais que você não acredite... Eu sinto muito! - Madara parou de caminhar, mas ainda segurando a sua arma por detrás - Se eu pudesse fazer alguma coisa para reparar os meus erros...

- Ah, mas você pode fazer uma coisa sim... - Naquele instante, Obito sacou um revólver de sua cintura, apontando em direção ao tio. Porém, Madara previu os movimentos dele, também sacando a sua arma no mesmo momento - VOCÊ PODE DESAPARECER DO MAPA, SEU DESGRAÇADO!

Tio e sobrinho apontavam um revólver em direção ao rosto do outro, marcando o início de um lamentável duelo em família. Madara, portando um olhar frio e furioso, ainda tentava controlar sua indignação. Já Obito encarava o tio da mesma forma - mas ao contrário do mesmo, ele não estava receoso ao apontar uma arma em direção a um membro da família.

- Obito... - Dizia Madara com uma voz baixa, a fim de acalmar o sobrinho - Eu não quero te machucar...!

- Que engraçado! - Obito sorriu sarcasticamente - Pois eu quero te machucar!

Indo contra sua própria vontade, Madara, em um movimento brusco, tentou tirar a arma da mão do sobrinho, não tendo sucesso em seguida. Sendo segurado pelo pulso, Obito ainda conseguia disparar, dando um tiro no chão no momento em que foi agarrado. Os dois Uchihas tentavam imobilizar um ao outro, mas tal tentativa era em vão: por um descuido, Madara deixou seu revólver cair, mas ainda não desistiu de desarmar o Uchiha mais novo, dando-lhe um soco no estômago com a outra mão. Obito, por sua vez, recuou ao sofrer o golpe, mas ainda não soltou sua arma, disparando um tiro mais uma vez, e dando um chute com o joelho no abdômen do tio.

Madara pareceu não se importar com a dor do golpe, ainda na tentativa de desarmar o sobrinho. Os dois estavam muito próximos, enquanto o Uchiha mais velho segurava e apertava com força o pulso de Obito em direção ao chão, sendo que os dois ainda trocavam chutes e socos, mesmo estando naquela situação.

De repente, Madara finalmente conseguiu fazer com que Obito largasse o revólver. No entanto, antes de deixar a arma cair, ele conseguiu disparar mais um tiro - e, naquele instante, Madara arfou de dor.

Os dois finalmente se soltaram, distanciando-se um pouco. Mas Obito foi mais rápido: ao ver o tio baixando a guarda, curvando-se pela dor, ele se reaproximou, acertando-o com um forte soco no rosto. Madara desabou no chão, e Obito aproveitou novamente a oportunidade para dar-lhe um chute no estômago. O Uchiha mais velho não resistiu e soltou um grito de dor - e, ainda no chão, Obito continuava a dar chutes e mais chutes no tio indefeso.

- NÃO IMAGINA O QUANTO ISSO ME DAR PRAZER! - Gritou Obito, soltando uma alta gargalhada em seguida.

Além de seu ferimento, havia outro motivo que impedia Madara de reagir: apesar de estar sendo agredido, ainda tratava-se de seu sobrinho mais velho pelo qual, apesar dos pesares, sentia certa reconsideração. No entanto, ele mesmo tinha consciência que, se continuasse naquela situação, acabaria sendo morto. Assim sendo, Madara finalmente decidiu tomar uma iniciativa para se defender.

Assim que ele previu que levaria mais um chute, Madara rapidamente o segurou pela barra da calça, puxando-o e fazendo-o cair no chão - e em um movimento brusco, Madara pulou para cima do sobrinho jogado no chão, dando-lhe dois socos no rosto.

- VOCÊ TEM IDEIA DO QUE ESTÁ FAZENDO?! - Gritava enquanto sacudia o homem, agarrando-o pelo colarinho da camisa.

Obito, que já sangrava pelo nariz e boca, sorriu sarcasticamente, olhando para o seu lado esquerdo, onde avistava a sua arma não muito longe de seu corpo no chão. Ele esticou seu braço a fim de alcançar o revólver - e Madara, ao perceber sua intenção, tentou deixar o sobrinho inconsciente, acertando-lhe mais socos no rosto.

O Uchiha percebeu que sua agressão não causaria efeito, optando, então, por outro método: Madara segurou e apertou o pescoço do sobrinho com força, ainda a fim de deixá-lo inconsciente - no entanto, mal sabia ele que havia caído em uma armadilha...

Esta era a oportunidade que Obito estava esperando para se libertar: ao ver o Uchiha com as duas mãos ocupadas em seu pescoço, Obito, que até então fingia que estava tentando recuperar a sua arma, nocauteou o tio com um soco no rosto. Madara, que foi pego desprevenido por tal ação, saiu de cima do sobrinho, caindo de volta para o chão.

As posições foram invertidas - agora, foi a vez de Obito partir para cima de Madara no chão, imobilizando-o lá, enquanto lhe retribuía os socos no rosto. O Uchiha mais novo gargalhava alto enquanto espancava o tio.

- NÃO IMAGINA O QUANTO SEMPRE QUIS FAZER ISSO!

Madara deixava ser agredido - aliás, sem que Obito percebesse, ele conseguiu tirar um canivete de um dos bolsos da sua calça. E já que o sobrinho estava distraído enquanto o agredia, Madara, com um pouco de esforço, conseguiu desmobilizar um de seus braços - então, de repente, ele sacou o canivete, cravando-o no ombro do sobrinho.

Obito gritou e, pelo susto, acabou saindo de cima do tio. E naquele momento, Madara não perdeu tempo para se levantar, saindo correndo de lá em seguida.

O Uchiha mais novo tirou o canivete fincado de seu ombro, prensando uma das mãos sobre o ferimento para conter a hemorragia. Em seguida, ele avistou Madara correndo enquanto também cambaleava pela escuridão - aliás, Obito imediatamente estranhou o fato de seu tio estar fugindo de uma briga.

- ISSO AINDA NÃO ACABOU, MADARA! - Gritou que, no mesmo instante, também se levantou e correu.

Enquanto isso, Madara se esforçava ao máximo para correr o mais rápido que conseguia, enquanto suportava as dores pelo seu corpo, principalmente em seu abdômen - onde ele prensava uma de suas mãos.

Assim que encontrou seu carro, Madara entrou rapidamente e tratou logo de sair dali. Em alta velocidade e meio desgovernado, dirigia apenas com uma mão, enquanto a outra estava ocupada, tentando estancar certo ferimento um pouco abaixo de suas costelas. Em seguida, ele retirou sua mão de lá e viu que ela estava completamente ensanguentada, percebendo, então, a gravidade de sua ferida.

"Eu preciso sair daqui rápido...", pensava enquanto olhava o sangue em sua mão.

Ao voltar sua atenção à estrada, Madara chegara à rodovia. Mas quando ele pensou que estava a salvo, ele foi surpreendido quando um carro, em alta velocidade, trafegava ao seu lado na pista.

- Obito?! - Disse indignado enquanto olhava ao lado, vendo o sobrinho dentro do outro carro.

- NÃO FUJA, SEU COVARDE! - Após gritar, Obito chocou a lateral de seu carro contra o de Madara, fazendo-o desviar um pouco de sua pista.

- OBITO, PARE COM ISSO! - Gritou assim que recuperou o controle da direção - VOCÊ VAI ACABAR MATANDO NÓS DOIS!

- VOCÊ É QUEM VAI MORRER HOJE! - Obito, mais uma vez, empurrou a lateral do veículo contra Madara.

Ferido e lutando para se manter consciente ao volante, Madara começou a se desesperar ao pensar que não conseguiria ter o controle na direção por muito tempo - e seu pressentimento estava certo.

Após mais uma batida na lateral, Madara acabou perdendo a direção, saindo do asfalto em seguida. Ao sair pelo canteiro ao lado de sua pista, ele acabou chocando brutalmente o seu peito contra o volante, e a sua testa contra o para-brisas - já que ele estava sem o cinto de seguranças no momento -, fazendo perder um pouco os sentidos. Agora com o carro desgovernado pela grama alta, Madara começou a sentir que estava perdendo a consciência enquanto sentia o sangue escorrendo do alto de sua testa.

No entanto, em um estalo, Madara abriu levemente seus olhos, deparando-se com um precipício à sua frente na escuridão. E com o pouco dos sentidos que ainda lhe restavam, ele rapidamente abriu a porta do carro, e se jogou, saindo rolando pela grama em seguida. Então, pouquíssimos segundos depois, ele ouviu o estrondo de uma explosão, e um forte clarão, vindo do fundo do penhasco, cegou sua visão.

Aquilo tudo foi a última coisa que ele ouviu e viu. Ferido e sangrando, Madara estranhamente nem sentia mais dor. , escondido pela vegetação, ele foi perdendo a sua consciência, até entrar na total escuridão do vazio.

~ Flash back off ~

 

- É inacreditável...! - Disse Hashirama, após finalmente conseguir recuperar sua fala, olhando para o nada com seus olhos arregalados.

- Meu próprio sobrinho... - Dizia Madara, desviando o seu triste olhar - Eu realmente devo ter sido um péssimo tio para ele chegar a esse ponto!

- Você não tem culpa de nada, Madara! - O Senju se aproximou do amigo, colocando uma de suas mãos sobre o ombro dele enquanto o encarava - Tudo isso foi fruto da ganância dele pelo poder! E... A propósito... Eu tenho que te contar mais uma coisa...

O Uchiha encarou o amigo com um olhar preocupado, não podendo esperar qual notícia iria receber. Hashirama, ao notar no silêncio de Madara, preferiu então a continuar.

- Obito também está desaparecido.

- O QUÊ?! - Madara se levantou bruscamente com o susto que recebera da notícia, mas voltou a se sentar no mesmo instante ao sentir uma fincada em seu peito - Há quanto tempo isso?!

- Aproximadamente um mês depois que você desapareceu.

- Merda! - Disse, trincando os dentes, dando um soco contra a mesa - Eu sabia que ele estava se arriscando demais ao se meter com esta gente!

- E depois que você me contou sobre tudo o que aconteceu, incluindo o que o Obito te disse, eu não tive mais dúvidas... - Hashirama passou a portar um olhar sério - Aliás, foi o próprio Obito que convenceu a todos a fazer o pacto com a Shimura.

- IDIOTA! - Madara, mais uma vez, expressou sua raiva com um soco contra a mesa - Ele foi muito burro ao planejar que poderia passar a perna nesses bastardos!

- Aquela raposa velha maldita! - Dizia Hashirama pensativo, desviando o olhar - Shimura Danzou... Não é à toa que ele era odiado até pelo próprio exército.

- Obito se arriscou muito ao enfrentar esse homem. Ele poderia ter colocado toda a família em risco! - Madara olhou de volta para o amigo, estando ainda mais sério - Por isso tenho uma coisa a lhe pedir, e quero que a faça o mais rápido possível.

- E o que é?

Madara se levantou da cadeira, e encarou o Senju, o qual ainda estava sentado, com um olhar sério e frio.

- Traga-me a minha esposa! 


Notas Finais


Muito obrigada pela leitura, pessoal! <3
Espero que tenham gostado! ^^
Ainda não sei quando irei publicar o próximo capítulo, mas espero retornar definitivamente em breve ;-)

Obrigada novamente!
Beijãoo!
:*


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