1. Spirit Fanfics >
  2. Let it Snow >
  3. Sensibility

História Let it Snow - Sensibility


Escrita por: LauraMarie

Capítulo 7 - Sensibility


Fanfic / Fanfiction Let it Snow - Sensibility

Era um sentimento terrível. Haruko sentia o seu estômago embrulhado, o seu corpo trêmulo e mal conseguia pensar direito. Além do fato de ter que se entregar a um homem por dinheiro, ela mentiria para a sua família – o que era algo que ela jamais fizera. Haruko pediu para que Sumiko ficasse no hospital com sua mãe durante o dia, enquanto ela ficasse com o turno da noite – o que não aconteceu.

Assim que Haruko chegou ao hospital após o trabalho, Sumiko foi para a casa dormir, já que ela tinha aula durante a manhã seguinte. Após a saída da irmã, Haruko pegou a sua mochila e foi ao banheiro para se arrumar. Haruko não fazia ideia sobre o que vestir - aliás, mesmo se vendendo, ela não queria se parecer como uma prostituta qualquer. Sendo assim, ela pegou o que poderia ser mais “convencional” à ocasião: um vestido preto com um decote discreto e um par de sandálias da mesma cor. Quanto à maquiagem, como sempre, ela não se preocupou. Apenas passou um batom e um pouco de blush para dar cor à sua face pálida.

Haruko se odiava enquanto se olhava no espelho, mesmo sabendo que aquilo era necessário. No entanto, era tarde demais para se lamentar. Ao ver que já estava atrasada, ela deu um beijo na testa de sua mãe – que já estava dormindo – e se desculpou mais uma vez pelo o que ia fazer.

Haruko tinha combinado com Madara para se encontrarem próximo ao hospital. Enquanto o esperava, ela tentava ficar calma. Algumas pessoas que passavam por ali percebiam que a jovem estava aflita. No entanto, ela ficou ainda mais ansiosa quando viu uma Ferrari escura vindo em sua direção. Assim que o carro parou em sua frente, Haruko engoliu seco. Em seguida, a porta do carro se abriu. Definitivamente, era ele. Já que não havia como voltar atrás, Haruko entrou.

- Boa Noite! – Disse ele apenas a olhando de lado enquanto arrancava o carro.

- O-oi!

Obviamente, Haruko ficou ainda mais nervosa quando o encontrou. Além do mais, estar naquele carro também lhe causava certo incomodo - Madara dirigia em alta velocidade e o ar condicionado estava muito frio. Ela não fazia ideia para onde estava indo, o que aumentava ainda mais a sua ansiedade. No entanto, ela preferiu não perguntar. Ela olhava para a janela enquanto Madara a encarava discretamente de lado. E, assim, os dois seguiram a viagem completamente em silêncio.

Haruko tentou se distrair tanto com a viagem, que até se surpreendeu quando o carro parou em seu destino.

- Um restaurante !?

Madara não a respondeu. Ele desceu do carro, abrindo a porta para ela em seguida. Haruko desceu, mas ainda não entendia o que ele queria com ela, levando-a para um lugar como aquele.

- Imagino que esteja com fome... – Disse Madara enquanto fechava a porta.

Haruko apenas o respondeu com o seu olhar assustado, o qual Madara já estava acostumado, e até achava graça. Em seguida, eles entraram no restaurante, onde foram recepcionados por um maître.

- Boa noite, Madara-sama! É uma imensa honra recebê-lo aqui – Dizia o maître enquanto reverenciava o Uchiha.

- Boa noite! Eu reservei uma mesa para dois.

- Oh sim, claro! Irei levá-los até lá.

Haruko não se surpreendia mais com a tamanha frieza do Uchiha, principalmente quando se dirigia aos seus subordinados. Em seguida, Madara e Haruko foram guiados até a mesa. Chegando lá, o maître puxou as cadeiras para que os dois se sentassem e, por fim, entregou os cardápios.

- Volto assim que definirem os pedidos. Com licença!

E assim, o casal ficou a sós novamente. Haruko não compreendia a situação, mas se sentia muito constrangida por estar ali. Já Madara apenas agia normalmente. Ele pegou o seu cardápio e começou a procurar pelo seu pedido. Haruko fez o mesmo, mas aproveitou o cardápio para esconder o seu rosto, enquanto fingia estar escolhendo a sua refeição.

Era um silêncio assustador. Às vezes Haruko olhava por cima do cardápio, e via que Madara ainda definia o seu pedido. “O que será que ele está pensando em fazer? Por que me trouxe aqui?”, pensava ela.

- Já decidiu o que vai pedir? – Disse ele após fechar o cardápio.

Haruko se assustou com a pergunta. Mas mesmo recobrando a consciência rapidamente, ela ainda não sabia o que responder ao certo, já que ela mal tinha lido o cardápio.

- É-éh... Eu...Não...Não  estou com muita fome...

- Você tem certeza?

- Bem... Talvez um filé de salmão ao molho de ervas seria bom...

Antes que Madara pudesse dizer mais alguma coisa, o maître retornou para anotar os seus pedidos.

- E então, os senhores já decidiram?

- Eu gostaria de um Matsutake ao molho e salmão, e para ela, filé de salmão ao molho de ervas.

- Como quiser, Madara-sama. E o que irão beber?

- Uma taça de vinho branco. Ou melhor, duas taças! Uma para ela também.

E assim, após anotar os pedidos, o maître se retirou. Haruko se surpreendeu com a ousadia de Madara em escolher a sua bebida sem ao menos pedir a sua opinião - apesar de que já era esperada uma atitude destas de alguém grosso e autoritário.

Infelizmente, o maître havia levado os seus cardápios, deixando Haruko sem o seu esconderijo. Ela olhou para Madara e viu que ele também estava a encarando. No entanto, ainda estando sem jeito por estar ali, Haruko tentava desviar o olhar, e rezando para que aquele momento acabasse logo.

- E então... Como está a sua mãe?

Haruko se surpreendeu com Madara tentando iniciar um diálogo entre eles, principalmente perguntando sobre o estado de sua mãe.

- É... Bem. Mas ela está de repouso no hospital.

- O que ela tem, afinal?

- Algum tipo de meningite.

- Aah... Eu sinto muito..!

Haruko abaixou levemente a cabeça. Ela ficava cada vez mais surpresa com o comportamento de Madara, pois dizer que sentia muito por alguém, definitivamente, não fazia o seu feitio – como se ele tivesse aprendido a ter boas maneiras de um dia para o outro.

- E a sua irmã?

- Ela também está bem...

- Ah, bom. Eu também sinto muito por aquele dia. Mas eu lhe garanto que aquele verme não irá incomodá-la mais...

- Por favor, Madara-sama – Disse Haruko que o interrompeu com um tom frio – Se não se importa, eu não quero falar sobre isso agora.

- Mas eu quero deixar claro que eu não tive nada a ver com aquilo! E você pode dispensar o sufixo “sama” quando for falar comigo.

Haruko apenas desviou o olhar novamente, ainda um pouco furiosa por ter se lembrado daquele horrível incidente. No entanto, ela não podia negar que sentia que ele estava dizendo a verdade.

- Como ela se chama mesmo?

- Quem?

- A sua irmã.

- Pra quê quer saber?

Ao mesmo tempo em que sentia raiva pela ousadia da garota, Madara também achava graça. Ele tinha que admitir para si mesmo que Haruko ficava ainda mais tentadora com aquele olhar destemido.

- Sabe, até para uma garota do subúrbio, você sabe se portar muito bem em um local como este – Disse Madara com o seu sorriso de canto provocante – Mas ainda tem péssimas maneiras para se socializar.

- Olha só quem fala! – Haruko já estava irritada com tamanha hipocrisia – Eu sabia que esse seu cavalheirismo era só de fachada!

Madara apenas sorriu de volta. Ele realmente apreciava os seus momentos de fúria, por isso nunca perdia a oportunidade para provocá-la mais. No entanto, antes que pudessem dizer mais alguma coisa, o garçom chegou com os seus pedidos.

Enquanto comia, Madara percebeu que Haruko mal tocava em sua comida.

- Não está bom para você?

- Hum? Ah, está bom sim... É que eu não estou com muita fome...

E assim, o silêncio voltou a permanecer entre os dois enquanto jantavam. Haruko realmente não conseguia comer, apenas tentava disfarçar com algumas garfadas. Aliás, o seu estômago doía pelo nervosismo que sentia. Assim que Madara terminou, o garçom voltou para recolher o seu prato. E, mesmo ainda não ter finalizado, Haruko pediu para que levasse o seu também.

Em seguida, os dois ficaram em silêncio novamente. Madara apreciava a sua segunda taça de vinho branco, enquanto Haruko apenas tocava e fitava atentamente a sua.

- Não está acostumada a beber, não é?

- É... Na verdade, não...

- Você deveria – Dizia ele com o seu olhar provocante – Pode te ajudar a se acalmar um pouco.

Haruko sentiu o seu rosto corar ao descobrir que o seu desconforto por estar ali era tão evidente. Por mais absurdo que parecesse, ela aceitou o conselho, e tomou um gole de seu vinho.

Não demorou muito para que a hora da partida chegasse. Madara a perguntou se queria mais alguma coisa, mas ela negou. Sendo assim, ele pediu a conta, a pagando em seguida, e logo eles foram embora dali.

- Para onde vamos? – Disse Haruko ao perceber que ele estava indo em direção contrária de onde o carro estava estacionado.

- Só dar uma volta... Por acaso acha que eu te agarraria no meio da rua?

Era incrível como ele podia adivinhar os pensamentos dela, utilizando tal habilidade para provocá-la em seguida. No entanto, Haruko não se hesitou em acompanhá-lo – aliás, o pior poderia estar por vir.

De repente, enquanto caminhavam em silêncio pela calçada, eles se depararam com um garoto que vendia flores. Assim que o casal se aproximou, o garoto se dirigiu ao Madara.

- O senhor gostaria de dar um rosa para a sua namorada?

O rosto de Haruko ficou totalmente vermelho quando ouviu o terrível equívoco cometido pelo menino. Madara, por sua vez, achou graça, nem se importando com o fato de ter sido chamado de “senhor”.

- Claro! Por que não?

Haruko ficou ainda mais sem jeito. De qualquer forma, Madara comprou uma rosa vermelha e entregou a ela.

- É-é-é-é... Obrigada! – Disse ela sorrindo, mesmo estando naquela situação.

Madara sorriu de volta, e em seguida, eles deram continuidade à sua caminhada.

- Acho que essa é a primeira vez que eu te vejo sorrindo...

- Não tenho tido muitos motivos para sorrir ultimamente – Disse ela enquanto olhava para a sua rosa.

- Você deveria sorrir mais. Combina com você... Você fica mais bonita..!

Haruko se surpreendeu tanto com tal elogio que, sem perceber, até parou de caminhar. Madara, por sua vez, continuou caminhando, pois ele já imaginava que a deixaria sem graça por ter dito isso.

“Por que será que ele está sendo tão gentil?” , pensava ela enquanto o olhava caminhando em sua frente. De repente, após se despertar do transe, ela correu para voltar a acompanhá-lo.

- E por que você fez aquilo? – Disse ela assim que o alcançou.

- O quê?

- Confirmou ao garoto que eu era a sua namorada...

- O que você queria que eu dissesse? – Disse ele enquanto continuava caminhando, sem ao menos olhar para ela – Que você é a prostituta com quem estou saindo hoje?

Uma forte fúria tomou conta do coração de Haruko assim que ouviu tal ofensa. Em um momento, Madara se transformava em um cavalheiro, fazendo-lhe até mesmo elogios. Mas, de repente, voltava a ser frio e grosso, sempre dizendo o que pensa sem se importar com os sentimentos alheios.

- Seu idiota! – Disse ela que o empurrou, jogando a sua rosa no chão.

Em seguida, Haruko se virou e começou a caminhar furiosamente em direção para onde o carro estava estacionado. No entanto, o que mais a incomodava, é que ele estava relativamente certo. Enquanto isso, Madara, mais uma vez, se divertia com o resultado de sua provocação.

Assim que a alcançou, Haruko já estava encostada no carro, com os seus braços cruzados e com uma expressão raivosa. Madara não disse nada. Apenas abriu a porta para ela. Eles partiram novamente em silêncio, enquanto Haruko nem se quer olhava para ele.

“Uma prostituta... Então eu sou só isso para ele?”, pensava ela com um olhar melancólico. “Pelo visto estas eram suas verdadeiras intenções quando tudo isso começou...”. Haruko, finalmente, começou a descobrir os seus verdadeiros sentimentos por ele.

- Está com frio? – Disse ele ao perceber que Haruko se encolhia.

Haruko se despertou de seus pensamentos, mas preferiu não o responder, muito menos olhar para ele. No entanto, Madara interpretou aquilo como um “sim”, e configurou o ar condicionado do carro, o deixando mais quente.

Após mais alguns minutos, Haruko se deu conta que eles estavam entrando em um dos condomínios mais luxuosos de Konoha. Haruko sentiu o seu corpo tremer ao imaginar no que isso significaria. E, então, não demorou muito para que Madara entrasse com seu carro em uma enorme mansão.

- Onde estamos? – Disse ela assim que o carro parou.

- Na minha casa.

O medo tomou conta novamente de Haruko, mas ela mesma sabia que não poderia fugir agora. Sendo assim, após descerem do carro, eles entraram na mansão. Haruko seguia em Madara em silêncio enquanto observava a residência. Por mais difícil fosse admitir isso, o Uchiha tinha bom gosto. A mansão parecia ser bem antiga, mas muito bem decorada, sempre com o brasão da família em todos os corredores.

Por fim, Madara a levou até a uma luxuosa sala. Havia uma lareira que aquecia aquela noite de outono, além de clarear o local. Também havia um grande sofá e várias almofadas espalhadas pelo carpete, parecendo que o local estava à espera dos dois.

- Pode-se sentir à vontade – Disse Madara enquanto ia em direção a uma mesa de bebidas.

Mesmo estando receosa, Haruko se acomodou no local, se sentando no sofá. Enquanto observava o fogo da lareira, ela pensava que não deveria fazer aquilo... Não por dinheiro. Em seguida, Madara foi até ela, entregando-a um copo de uísque, e se jogando em uma poltrona ao lado em seguida.

Enquanto Madara apreciava o seu uísque, Haruko apenas encarava o copo em suas mãos. Ela não sabia o que mais poderia esperar. Mas, pelo visto, o momento havia chegado. De repente, Haruko sentiu que Madara observava o seu corpo dos pés a cabeça.

- Você fica bonita de vestido.Poderia usá-lo mais vezes... Mostra o seu corpo melhor.

- Huum... Obrigada! – Disse ela ainda de cabeça baixa.

Após um breve silêncio entre eles, Madara decidiu quebrá-lo novamente.

- Por que escolheu a mim?

- O quê !? – Disse Haruko, que finalmente o encarou com os seus dois grandes olhos assustados.

- Se você realmente quer se prostituir, poderia ter se oferecido para outro homem, não? Eu não sou o único milionário da cidade.

- Não era você que estava insistindo em me perseguir?

Nem mesmo Haruko sabia de onde ela tirou forças para dar-lhe tal resposta naquele momento. Madara, mais uma vez, se divertiu com o atrevimento. Em seguida, ele se levantou de sua poltrona, e foi até ela, se sentando ao seu lado. Madara tirou o copo de uísque de suas mãos, e o colocou em uma pequena mesa ao lado, junto ao seu.

Se aproveitando do desespero interno da garota, Madara tocou em sua coxa. Haruko virou o seu rosto para o lado, na tentativa de escapar daquele momento constrangedor. Em seguida, ele colocou uma das mexas do cabelo dela por trás da orelha, sendo possível ver melhor o seu rosto.

- Não se preocupe. Ninguém vai nos atrapalhar aqui – Disse ele de forma sedutora, com seus lábios bem próximos de seu ouvido.

Haruko sentiu o seu corpo tremer quando Madara começou a acariciar a sua coxa. Era uma sensação estranha: ela sentia que estava suando frio, mas parecia que havia uma chama intensa dentro de si. Era óbvio que Madara havia notado o seu desconforto por estar naquela situação – o que, claro, o animava ainda mais.

- Sabe... Desde aquele dia, eu sempre tenho pensado em nosso primeiro beijo – Sussurrou ele da mesma forma que anteriormente.

Mais um calafrio percorreu pelo corpo da jovem. Talvez ele tivesse dito isso apenas para seduzi-la. Mas, de qualquer forma, ela se sentiu profundamente tocada com tais palavras – aliás, Haruko também sempre pensava sobre aquele momento.

Em seguida, Madara começou a beijar o seu pescoço, o que lhe causou mais arrepios. Sem querer, Haruko soltou um suspiro – o que certamente agradou o Uchiha. Haruko não podia negar que estava gostando, mas também não queria continuar. Ela jamais tinha sido tocada por um homem, e era lamentável saber que a sua primeira vez seria por dinheiro.

Madara se intensificava cada vez mais em seus beijos enquanto sua mão se deslizava pela coxa de Haruko. Já ela não sabia como reagir àquilo. Por mais que poderia ser bom, ela não se sentia bem, o que mais queria era poder fugir dali. Em seguida, o seu coração ficou ainda mais aflito quando ela sentiu que a mão de Madara começou a subir pela sua coxa, adentrando pela saia de seu vestido.

Ao perceber que a garota estava ficando mais assustada, Madara decidiu a deitá-la delicadamente no sofá. No entanto, Haruko ficou ainda mais nervosa com a atual situação.

- Relaxe! – Disse ele enquanto se ajeitava por cima dela – Eu não vou te machucar.

Por mais que não quisesse, Haruko se deixou levar. Em seguida, Madara, que já estava entre suas pernas, voltou a beijar o seu pescoço. Porém, quando ela tentava seguir tal conselho, Madara mordeu o seu pescoço. Com o susto e a leve dor, Haruko acabou soltando um grito. No entanto, quando ela ia o empurrar, Madara segurou a sua mão enquanto sugava a sua pele. Haruko ficou ainda mais amedrontada. Ela definitivamente não queria isso, ela não estava pronta para isso.

- Não! Por favor, pare! – Gritou ela quando finalmente conseguiu se soltar, o empurrando de cima dela.

Madara se assustou com a reação de Haruko – afinal ele estava muito concentrado no que estava fazendo. Ele obedeceu a sua vontade, e quando recobrou a consciência, se deparou com uma mulher que mais parecia ser uma “garotinha frágil”, o encarando com um olhar extremamente assustado.

- Me...Me...Me desculpe! – Disse ela enquanto tentava segurar as suas lágrimas – Eu não posso! Eu não consigo!

Parecia que se Madara encostasse um dedo nela, ela poderia quebrar em mil pedaços por tamanha fragilidade. Mas, naquele momento, Madara estranhamente sorriu.

- Tudo bem..!

Haruko se surpreendeu novamente. Desta vez, ela o encarou com uma expressão confusa, mas o medo ainda não havia se dissipado, já que sensibilidade não fazia o tipo daquele homem.

- Eu já imaginava que isso aconteceria... – Continuou ele.

- Hum?

Madara, que ainda sorria, se aproximou novamente. Mas, desta vez, ele não portava nenhum olhar intimidador.

- Você não é uma vadia. Caso o contrário, já teria se jogado pra cima de mim há bastante tempo.

Enquanto o ouvia em silêncio, Haruko não conseguia compreendê-lo. Ela já sabia que Madara tinha suas crises de bipolaridade, mas jamais esperaria que ele fosse tão compreensível em uma situação como esta.

- Eu também sei que ainda é virgem – Continuou ele – Não quero que você faça uma coisa que não queira.

Haruko ainda ficou mais surpresa com a última declaração:

- E por que você se importa com isso?

- Vou lhe dizer o que já disse – Disse ele que, em seguida, começou acariciá-la em seu rosto – Você não deveria generalizar todos os homens.

Pela primeira vez, Haruko sentia uma plena confiança nas palavras de Madara. “O que ele está dizendo? Este realmente é o Madara que conheço?”, pensava ela. Os dois ficaram se encarando por um momento de serenidade, até que Madara decidiu romper o silêncio (antes que pudesse ficar tentado novamente).

- Já está ficando tarde e está frio lá fora... Acho melhor você dormir aqui.

- O quê? – Disse Haruko, que voltou a ficar assustada.

- Eu acabei de te dizer que não vou fazer nada que você não queira... – Dizia ele enquanto sorria – Venha, eu te levo até um quarto de hóspedes.

Já que os seus planos para aquela noite não deram certo, Haruko cogitou em voltar para o hospital e ficar com sua mãe – conforme havia falado para a sua irmã. No entanto, perante aquele olhar persuasivo, Haruko decidiu ficar e partir assim que o dia amanhecesse.

Sendo assim, ela seguiu Madara até um quarto. Mesmo sendo um quarto de hóspedes, o local era muito luxuoso, assim como o restante da casa. Havia uma cama de casal já arrumada como se estivesse à sua espera. Em cima dos lençóis, Haruko viu que havia uma muda de roupas.

- Pode usar estas roupas para dormir, se quiser...

Haruko apenas sorriu de volta, se sentindo ainda um pouco incomodada com presença do Uchiha naquele quarto.

- Fique à vontade! Te vejo pela manhã..! – Disse ele que já se virava para ir embora do quarto.

- Madara! E-espere!

Ao ouvir o pedido, Madara, que já estava na porta do quarto, parou e se virou novamente para ela. Já Haruko, na verdade, não sabia a razão por tê-lo chamado. Ela o encarou em silêncio por um instante, até que decidiu falar alguma coisa.

- É... Obrigada!

Haruko estava sorrindo novamente, e assim, Madara a retribuiu da mesma forma.

- Boa Noite!

Assim que ele partiu, Haruko viu que havia uma chave na fechadura da porta. Então, ela a trancou para que pudesse se trocar. Madara havia lhe deixado um pijama composto por uma camiseta e um short brancos. Enquanto se trocava, Haruko pensava no que acontecera minutos atrás.

“Ele sabia que eu desistiria? Então por que me trouxe até aqui? Eu não sei, mas sinto que estou aprendendo a confiar nele... Mas ele estaria tramando alguma coisa? Aff! Por que este cara me deixa tão confusa?” .

Assim que se deitou, ela olhou para a fechadura da porta.  “Não vou fazer nada que você não queira”, as palavras de Madara ecoaram em sua mente. Haruko sentia algo novo: finalmente, estava confiando em alguém. No entanto, ela também sentia um sentimento a mais que não queria admitir.

Haruko, então, foi até à porta e a destrancou. “Talvez ele mereça um voto de confiança”, pensava ela enquanto sorria. Após apagar a luz, Haruko finalmente se deitou. A cama era muito macia e cheirosa, fazendo a jovem relaxar imediatamente. Definitivamente, aquele local estava à sua espera. No entanto, Haruko ainda não conseguia dormir, já que tentava dar um jeito de responder suas próprias dúvidas.

“Ele só estava me testando?” 


Notas Finais


Muito obrigada pela leitura! ;-)

https://www.facebook.com/LauraMarieFics


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...