História Let me. - fillie - Capítulo Um; "A MINHA BARRINHA"

- Tchau, mãe! - A garota disse impaciente. Já não bastava ter de ir pra escola junto da sua mãe no primeiro dia de aula.

- Millie, se comporte. Se eu ouvir alguma reclamação eu volto pra te buscar. - A mãe de Millie dizia apalpando a roupa da garota.

- Chega mãe, todo mundo está nos olhando.

- Que bom. Agora não precisa se sentir excluída.

- Sou o centro das atenções no primeiro dia de aula?!? - Ela deixou que sua mãe desse um beijo em sua testa e começou a andar rumo a escola, sua mãe finalmente tinha ido embora.

Amigos novos, vida nova. Tudo o que você pode encontrar. - Era o que dizia no folheto que o diretor havia lhe dado.

"Nem posso imaginar" a garota disse irônica, amassando a folha e jogando-a na lixeira mais próxima.

Millie não achava que a escola nova seria grande coisa, afinal, até agora só havia visto adolescentes correndo pelos corredores, criando fofocas e olhando-a com cara feia.

Se bem que a minha escola antiga não era bem flor que se cheire; pensou a garota.

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- Me dê a droga de uma barra de cereal. - A garota chutava com força a máquina de lanches, sua comida já estava paga, só faltava ela sair dali.

Millie era bastante ansiosa para qualquer coisa. Seu primeiro dia de aula numa escola nova não seria uma exceção. Ela não havia conseguido tomar o café da manhã por ansiedade, e agora estava implorando a uma máquina para que sua comida saísse dali.

- De onde eu venho, usamos a calma para resolver certas situações. - Um garoto com cachos negros havia parado para prestar a atenção nela, na garota nova da escola.

- De onde eu venho, pessoas não se metem onde não são chamadas. - Rebateu a morena, virando o rosto para poder ver o dono daquela voz rasgada.

Era um menino magro, muito alto e branco. Seu cabelo além de cacheado, se mexia conforme ele movia seu corpo.

- Já vi que você é bravinha. - O maior provocou, rindo baixo e se aproximando da garota. - Por que não pediu a minha ajuda, baby? - E ele consegui a barrinha dela sem algum grande esforço.

"Bravinha?" "Baby?" Ela repitiu balançando a cabeça negativamente, observando o menino ir embora.

- Volte aqui! Minha barrinha de cereal!

Ela tentou correr até ele. "Essa vida de sedentária..." - murmurou a mesma, com a respiração ofegante, tinha desistido no meio do caminho.

O garoto deu tchau para ela lá do final do corredor, com um pedaço da barra na boca.

Ela continuou parada e com raiva. Teve que comprar outra barrinha e esperar para alguém ajudar ela a tirar a barrinha de dentro da máquina.

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