Pov's Any
Fomos o caminho todo cantando as músicas que tocavam no rádio, quem olhasse de fora poderia jurar que éramos duas loucas que acabaram de fugir de um manicômio. Entretando, para nós, era minimamente normal.
Passamos também em um drive e compramos lanches para jantarmos. Então ao chegarmos na casa dela, que me trazia recordações muito boas, arrumamos várias almofadas e cobertores em frente ao sofá, pegamos nossa comida e ligamos um filme. Em meio a muitas gargalhadas, devido a comédia que escolhemos, ela quebra o “silêncio”.
- Como você e o Josh estão? - ela me olha com um sorrisinho de lado.
- Estamos bem. - sorrio involuntariamente.
- Aaaaa, me conta tudo, quero saber cada detalhe. - ela pausa o filme e se senta de perna de índio na minha frente.
- Bom, nós nos vimos todos os dias até agora, conversamos bastante, fomos almoçar juntos…
- E nesses intervalos, rola uma pegação..? - ela me encara.
- Nós nos beijamos. Algumas, algumas várias vezes - admito a ela.
- Eu sabia! - ela praticamente grita - E você ainda o ama, certo? - apenas assinto com a cabeça - tá esperando o quê?!
- Esperando..? - pergunto confusa.
- Para começarem a namorar, ué. Agora que meu Beauany está vivíssimo!
- Beau o quê?! Sabina, dá para falar minha língua. - ela dá risasa da minha cara de confusão.
- Beauany. É a junção de Beauchamp e de Any. É o shipp de vocês dois. - ela diz como se fosse óbvio.
- Sabina, não temos mais 16 anos... somos adultos agora. Não é como se eu estralasse os dedos e voltássemos a ser o que éramos antes.
- Lógico que é Any. Você o ama e ele te ama. Está esperando o que para assumir? Eu sei que tem toda essa história dele ser famoso, de você ter supostamente "morrido", mas vocês não podem se privar de serem felizes. Foi como você mesmo disse, todos, por mais ruins que sejam, merecem a felicidade. E você, Any, é a melhor pessoa que eu já conheci na vida, então merece essa felicidade em dobro.
- Te amo, Sabi - a abraço.
- Também te amo muito, amiga - ela retribuiu o abraço.
Acabamos adormecendo ali mesmo, no chão da sala, exatamente como fazíamos há alguns anos atrás, e isso me trouxe uma incrível sensação de nostalgia, do tipo "é aqui que eu quero estar". Não especificamente no chão da sala da casa da Sabina, mas sim em LA.
Aqui em LA eu me sinto em casa, me sinto amada, me sinto feliz. Tenho todo os meus amigos, o que me faz sentir incrivelmente bem, tenho o Josh, tenho uma parte da minha família, que por mais que não seja de sangue, ainda é muito importante.
E é isso que eu pretendo fazer. Voltar a viver aqui, retomar minha vida, voltar a ser feliz. Nem que para isso eu tenha que começar do zero.
•\•/•
Estou em LA há exatamente 3 semanas, e essas semanas foram incríveis. Meus amigos, Jeremy e Savannah chegaram aqui e, como eu já imaginava, se deram super bem com os meus antigos amigos, de um jeito que nem parece que eles se conhecem há menos de 2 semanas.
O encontro deles com o resto dos meus amigos foi incrível. Nos reunimos em um bar, na beira da praia enquanto nos divertíamos. Foi uma noite inesquecível.
Minha relação com o Josh só vem melhorando. Passamos alguns, na verdade, muitos dias juntos. Saímos para jantar, fomos ao cinema, fomos a praia, até mesmo ao parque de diversões. E isso acabou rendendo algumas notícias, que insistem em descobrir que eu sou.
Falta cerca de um mês para o casamento de Sina e Noah, e eles estão com os nervos a flor da pele. Na verdade, todos estamos um pouquinho. Jeremy e Savannah decidiram esticam a viagem para conseguirem ir ao casamento também.
Joalin e Bailey estão muito felizes, e um pouquinho assustados, mas radiantes em saber que serão pais. Daqui a duas semanas Joalin vai fazer o teste para descobrir o sexo do bebê, mas ela tem certeza de que será um menino.
Eu resolvi aproveitar que tudo está mais tranquilo, para passar alguns dias no Brasil, com a minha família. A essa altura, toda a minha família já sabe da minha "não-morte" e depois de nos xingarem muito, acabaram entendendo a gravidade da situação.
O Josh está vindo para casa, já que combinamos de almoçarmos juntos e eu estou fazendo uma carne assada, que particularmente, está deliciosa. E eu vou contar para ele sobre a viagem e confesso que estou levemente apreensiva. Isso não me traz recordações muito agradáveis, mas eu preciso superar.
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