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História Let me call you mine - Acordo


Escrita por: HeyBiaaa_ e Hayunie

Notas do Autor


Olá amores!

Capítulo novo chegando...alguém quer interação Kenny/Levi? Adoramos!
E tem Levihan também sendo bem gostosinhos 💚💜

Boa leitura!

Capítulo 48 - Acordo


Fanfic / Fanfiction Let me call you mine - Acordo

1900, 19 de Agosto

Dashwood Hall


O verão transformou Dashwood Hall na mais agitada das propriedades, especialmente nas atividades ao ar livre, onde os criados às vezes escapuliam de seus serviços para um passeio ao redor da mansão ou fofoca nos jardins, não conformando-se com as rotineiras folgas recebidas nas manhãs de domingo. Pouco adiantava os impropérios da governanta Emma Pratt na tentativa de disciplina-los ou a fiscalização massiva do mordomo Jinn Harris.


Quando o céu colorido em tons de púrpura tão logo prenunciou o fim do dia, Kenny Ackerman entrou na mansão por uma das portas laterais. Tinha os bolsos lotados de maçãs e deteve a maior delas na mão, já mordida. Parecia de muito bom humor, de modo que flertou com algumas empregadas e abraçou o sério lacaio, que iniciaria seu turno logo mais. Tamanha alegria, contudo, não dava-se por efeito do álcool. Era genuíno, como há muito havia sentido.

 

Kenny pernoitava no jardim dos fundos, após se cansar de tanto caminhar na enorme propriedade, e ouviu comentários de que Levi estava de volta. Ansioso, rapidamente apressou os passos até o estábulo e o viu, retirando o cabresto e as rédeas de Luke e afagando sua testa em seguida.

– Onde está o freio dele? 

– Luke não precisa de embocadura. Ele já é obediente sem precisar delas – respondeu Levi sem fitar o tio. – O que foi? Sentiu tantas saudades de mim que precisou correr até aqui no fim do dia? 

Kenny observou a fileira de baias e recostou-se na porta de uma delas, sorrindo e tirando o chapéu.

– Vim para passar alguns dias, ratinho. Ou acha que seu pobre tio não tem direito a um descanso?

– Já foi demitido? – perguntou Levi, cruzando os braços e enfim o olhando – Está se metendo com aqueles jogos novamente, seu…

– Ei, ei, ei! Me dê um voto de confiança pelo amor de Deus! Que insolência. Eu não deveria responder a algo tão indelicado, pirralho, mas vou dizer – Kenny suspirou pesadamente e se aproximou, passando um braço ao redor dos ombros de Levi e despejando um tapa em seu peito que quase o engasgou, fazendo-o arregalar os olhos.

– Estou em outra. Primeiro, não fui demitido e, como o homem de família que sou, irei me dedicar ao meu querido emprego. Segundo… 

– Ei, desgraçado – interrompeu Levi – Como você tira férias se está tentando ir bem na polícia? Ficou maluco ou o que?

– Conversei com o chefe. Alguns dias livre e quarta-feira retorno para meu posto. Sem aventuras, sem perseguições ou viagens desnecessárias.


Levi estreitou os olhos e observou o rosto do tio com visível desconfiança. O que ele estava dizendo, afinal? Kenny nunca foi alguém que para quieto em um só distrito e apenas por milagre, ou feitiço, conseguia convencer os superiores de que era eficiente como inspetor da polícia, sendo que esta era sem dúvida a maior mentira já contada sobre a terra.

– Quem você quer enganar?

– Falo sério, sobrinho. Adeus Jack, adeus viagens rotineiras. Sou um novo homem.

– O que deu em você? Tá drogado, imbecil? – Levi tentou se soltar do abraço, todavia Kenny o apertou ainda mais e, para piorar, lhe beijou a testa. O único jeito que viu para se libertar foi golpear-lhe o nariz com um soco.

– Mas que caralho! – berrou Kenny, levando a mão ao rosto – O que deu em todos vocês hoje? Para onde vou recebo bofetadas!

– Mereceu – concluiu Levi com seriedade, caminhando até a saída. – Venha, e me explique que merda você aprontou. E está falando sério sobre passar alguns dias aqui?

– Sim. E penso em dormir em um daqueles chalés do lago a oeste.

– É longe, por que não fica em um dos quartos?

– Gosto de aventuras na natureza – respondeu Kenny, sentindo a brisa boa e fresca em seu rosto. Sem sinais de chuva, céu aberto e prometendo se mostrar incrivelmente estrelado logo mais. Ou seria, se a fumaça vinda de Londres não ofuscasse parte daquela beleza. – Ei, acha que eu seria um bom partido para a Leya?

– Só se ela for louca.

– Ela é, mas também é uma santa.


Levi não resistiu ao comentário e adiantou os passos a fim de que Kenny não notasse seu sorriso.

– Acha que ela pode me esfaquear durante meu sono? – insistiu Kenny, o acompanhando.

– Acho.

– Talvez dê certo. Cada um em sua própria casa, e visitamos um ao outro de vez em quando. Não é o que os modernos andam fazendo? É só para ter o gostinho de dizer que sou casado.

Levi estancou o passo diante da porta ao perceber o tom de humildade e franqueza na voz do tio. No entanto, quando virou o rosto para o observar, Kenny estava sorrindo de forma zombeteira, como fazia sempre que acabava de contar uma sagacidade.

– Vá se foder – resmungou Levi, irritado. Tinha noção do quão amigos Leya e Kenny eram ao ponto de permitirem flertes eternos, porém sem que a relação evoluísse. Então por quê dessa vez acreditou?

– Me respeite, ratinho. Precisa levar as coisas na esportiva às vezes, sabe?

Levi silenciou e não respondeu aos alaridos que continuaram lhe perseguindo até que todos os presentes, incluindo Hanji, sentaram-se à mesa para o jantar. Kenny de fato se apresentava mais leve que de costume e, pouco depois, Levi obteve a certeza: ele de fato havia largado o osso e cortado a corrente que o prendia ao passado.


~~


A madrugada surgiu e Levi continuava inquieto, revirando-se entre os lençóis. Precisaria levantar bastante cedo para cobrir o seu turno na polícia londrina, mas onde estava Hanji? Não conseguiria dormir sem ela, que lhe fez a promessa de não extrapolar nos horários. Todavia, Sinead lhe informou mais cedo que a patroa havia fugido do almoço e alimentou-se praticamente forçada, horas depois e a primeira refeição generosa foi a do jantar, horas atrás. Ela havia feito de novo! Mais uma vez Hanji se prendia às pesquisas e afazeres e permanecia até muito tarde enfurnada no laboratório, por mais tempo do que o marido considerava saudável e mais do que haviam combinado. Então Levi decidiu que iria arrastá-la daquele lugar para que pudesse comer, descansar e continuar as obrigações somente no dia seguinte. 


Ele se levantou e caminhou descalço pelos corredores pouco iluminados de Dashwood Hall, sendo nutrido por memórias interessantes, a começar pela primeira vez em que ele e Hanji conversaram sem trocar farpas, ela com uma caixa de experimentos nos braços e ele encantado com cada gesto, feição, voz, inteligência e confiança expressas no olhar castanho. Como alguém poderia ser tão linda e graciosa quanto intensa e apaixonante? Sim, Hanji realizava tamanha façanha. Ela havia tomado seu coração, ocupado todos os espaços. Apesar disso, Levi encontrava-se irritado e muito bem disposto a fazê-la largar o trabalho e descansar. Pensamentos circularam sua mente, desejando achá-la sozinha no laboratório. 


Ele parou diante da porta de carvalho e sem bater a abriu sutilmente. Logo percebeu que Moblit e Nifa não estavam no local, provavelmente já recolhidos aos seus próprios aposentos, assim como Hans também deveria ter feito. A mesma estava de pé e de costas para a porta, em frente à mesa, terminando de ler algo semelhante a um relatório de pesquisa. Sequer o notou, de tão concentrada.


Levi se aproximou a passos tão leves quanto os de um gato. Devagar, enlaçou os braços ao redor da cintura de Hanji, apertando-a contra si. Ela se assustou, largando imediatamente o papel que tinha em mãos e tateando os braços de Levi que, numa rouquidão tão bem conhecida sussurrou com os lábios encostados ao seu ouvido:

– Combinamos que você não faria mais isso, quatro olhos… 

– Oh meu Deus, você me assustou! – disse Hanji virando de frente para ele e olhando ao redor. Que horas eram? Não poderia ser tão tarde, mal viu as horas correrem. Ela colocou os braços ao redor do pescoço do marido e sorriu de forma tímida.

– Me desculpe, amor, acabei não percebendo o tempo passar.

– Hum…se lembra do que eu disse da última vez? Que eu iria puni-la…amarrar você se preciso fosse! – ameaçou de forma sugestiva enquanto a beijava repetidamente.

– Oh, é assim, Inspetor? – Hanji mordeu o lábio inferior e aproximou o rosto – Então me prenda, fui mesmo muito má, eu sei, e…acho que preciso de uma boa lição.


O olhar de Hanji era tão provocante que Levi não pôde se segurar. Beijaram-se como se sentissem fome um do outro. Era interessante a rapidez com que se ligavam; assim como dois ímãs em contato. Um simples encostar de lábios provocava sensações que os desligavam de todo o entorno, fazendo o mundo girar em um ritmo diferente. Um tempo pertencente apenas aos dois. As línguas se tocavam deliciosamente, entrelaçando-se como galhos de hera e num ritmo lento e saboroso. Lambiam os lábios um do outro e os dentes, afoitos, mordiscavam os queixos e maxilares, como para garantir que a fome de tato e sabor fossem sanadas de jeitos diversos.


As mãos Hanji abriram a camisa de Levi e as dele fazerem o trabalho de abrir as calças dela, adentrando uma das mãos e tocando-a entre as pernas. 

– Está com pressa, querido? – perguntou ela, ofegante e em tom de lascívia – Eu não vou fugir.

– É, Zoë…você não vai.

Levi levou a mão livre aos cabelos de Hanji e com habilidade a puxou para mais um beijo, onde a língua invadia sua boca sem direito a espera. Mais abaixo, com a outra mão, explorava sua umidade, massageava com dois dedos o ponto ao redor do clitóris, estimulando-o, e os escorregava, ameaçando adentrar. Se embriagava ao senti-la se mover, acompanhando os movimentos e gemendo entre os beijos.


Após alguns momentos de carinhos trocados, Levi retirou a mão e abruptamente abaixou a roupa de Hanji até o joelho, virando-a rapidamente de costas e a encostando sobre a mesa, onde ela apoiou os braços, quase deitou o tronco e mordeu o lábio inferior.

– Ah…ah, ficou tão quente de repente, não é? – Hanji se empinou para Levi louca de desejo e expectativa. Sorria e sentia uma onda de excitação lhe percorrendo dos pés à cabeça. 

– Vamos Hanji, vou ensiná-la a se comportar e a não desobedecer acordos… 

Ainda vestido, Levi pressionou o sexo duro com força contra a bunda dela e moveu o quadril, a provocando, enquanto entrelaçava firme os dedos em seus cabelos parcialmente soltos em um coque bagunçado, segurando com firmeza.

– Ai...você é tão bruto!!! – Hanji fingiu reclamar, mas a voz estava carregada de luxúria.

– E você adora que eu seja bruto, sei disso… – sussurrou Levi ao se abaixar, aproximando a boca e mordendo o lóbulo da orelha da mulher, que se arrepiou inteira.

– Eu adoro… – confessou ela, com um riso largo – Ah Levi, seu lado cafajeste me excita tanto! 

– Eu fui feito pra você, meu bem – falou Levi, enfiando a mão dentro da própria calça e o trazendo completamente para fora.

– Então me pegue com vontade, me devore… 

– Porra, Hanji…eu adoro quando você usa essa boquinha pra falar assim comigo.


Levi a estimulou um pouco, colocando a ponta e retirando, permitindo que ela o sentisse vibrar e empinasse ainda mais; então preparou-se para penetrá-la, e o fez. Deslizou de uma só vez e bem devagar, apreciando a sensação de ser engolido por ela de forma tão receptiva. Pensou que a encontraria apertada de início e a surpresa de percebê-la pronta o fez sorrir sugestivamente. O êxtase que sentia quando estava dentro dela era algo profundo, quase visceral, que o fazia grunhir de prazer. Hanji, da mesma forma, completamente atiçada, gemia alto e, rendida, pedia por mais.

– Mais forte, Levi! Mais, mais…isso…aaah!

Levi tapou-lhe a boca com uma das mãos para abafar os gritos.

– Shhh…caladinha, meu amor, ou Dashwood Hall inteira vai te ouvir!


Mas a verdade é que vê-la daquele jeito, tão entregue quanto ele, deixava Levi cada vez mais louco. Ele metia com força, assim como ela pediu e ele próprio adorava fazer, completamente entregue ao momento. Enfim, tirou a mão da boca dela e tocou seus seios, enrijecidos de prazer. Com a outra massageou o ponto sensível de Hanji que, daquela forma, não duraria muito tempo, visto que se segurava nas laterais da mesa e sentia as pernas bambearem, trêmulas. Ao se dar conta disso, Levi a agarrou com ambas as mãos pela cintura, mantendo-a no devido lugar e encontrava caminho dentro dela em uma intensidade ainda maior. De novo e de novo, e mais uma vez. Hanji tapou a própria boca e murmurava, enquanto sentia-se invadida de forma possessiva e apaixonada. Também se achava à beira da loucura. As estocadas diminuíram o ritmo, uma das mãos de Levi escorregou pelo quadril da esposa, apertou-lhe as nádegas com força, deixando no caminho a marca de seus dedos e com eles mais uma vez voltou a massagear o clitóris para levá-la ao limite. Por fim, quando sentiu os espasmos dela começarem a vir, disse:

– Isso meu bem, agora goza pra mim!

– Oh Deus…isso é tão bom!


Hanji chegou ao orgasmo apertando o membro do marido, que ainda se movimentava dentro dela até alcançar o próprio clímax. Ela, ainda apoiada sobre a mesa, sentiu Levi a abraçando apertado pela cintura de forma carinhosa e cheirando seu pescoço. Sentiu seu peso e desse modo ficaram por mais algum tempo, até que ele a soltou e, sorrindo de canto de lábios, começou a se recompor e vestir-se. Hanji fez o mesmo, sem desviar os olhos dele, estudando-o.

– Acho que vou trabalhar até tarde mais vezes! – inseriu, brincando.

– Aí eu amarro você na cama de verdade…dessa vez sem mim!

– Ohhh hoho, tão bravinho! – Hanji fez bico e apertou as bochechas de Levi. Ele revirou os olhos, suspirou e depois sorriu, acariciando o rosto dela com o dorso da mão.

– Madame, hora da senhorita tomar um banho, não acha? Descanse, e vou levar algo na cama pra você comer. Gosta da ideia? 

– Acho maravilhoso! Gosto de ser mimada.

– Eu amo você.

– Também amo você, querido.




Notas Finais


Alguém quer essa punição do Levi? HAHAHAHAHAHA🔥
Kenny finalmente largou os traumas do passado e está feliz e mais leve. O que será que vai rolar nos capítulos finais? 👀

Quarta estamos de volta!
Beijos 😘


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