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História Let me go - Act One: In Love


Escrita por: BloodyButterfly

Notas do Autor


Oi, gente! Essa é minha primeira fanfic. de Undertale, espero que gostem e nos vemos nas notas finais ;P

Capítulo 1 - Act One: In Love


Act One: Prologue - In Love  

-Sirius. A estrela mais brilhante. -seu dedo, erguido em riste, sinalizou um ponto iluminado que cintilava sobre o véu celeste- Faz parte da constelação do Cão Maior e do Hexágono do Inverno. Vê? Sirius, Wezem, Mirzan... O Cão Maior. 

O ar gélido serpenteou pela colina, porém um sorriso cálido adornou os lábios dela. 

"Não parece um cachorro para mim" 

-Há! Nem pra mim! -ele riu, pousando as mãos sobre a barriga com um olhar analítico- E se nem eu, que sou sansacionamente criativo consigo enxergar, não deve parecer um mesmo. 

A menina falhou em se conter e um riso caloroso lhe escapou, acompanhado por uma fina nuvem de fumaça quando a respiração quente condensou-se no ar. Seus olhos deixaram as estrelas pelo décimo de um segundo, permitindo-se dirigir ao monstro deitado ao seu lado, antes de desviarem-se ao céu novamente.  

O rosto dele se coloria de um suave tom azul devido ao frio, os olhos de pupilas brancas preenchidos por uma fagulha travessa falhavam em esconder seu fascínio, tão devotamente pregados na imensidão do manto negro que se estendia sobre suas cabeças. E ela só queria gravar aquela imagem tão bonita em sua mente uma vez. Afinal, em sua cabeça, aquele olhar se equiparava ao céu estrelado em seu esplendor, radiante como a mais formosa estrela.

Pois ele amava o céu, era simplesmente maravilhado por este, e apesar de tentar ocultar tamanho apreço, não conseguia conter sua euforia naqueles momentos.  

Frisk sabia sobre a paixão latente que ele nutria pelo cosmos, bem como pela ciência, pela física, mais especificamente. Sans tinha um impulso, uma curiosidade natural, que o fazia questionar as coisas ao seu redor e examinar o mundo em que vivia, fato que era comprovado em sua personalidade tão observadora. Pouco lhe fugia aos olhos, ele era do tipo que se dedicava de corpo e alma à seus interesses, imergindo em considerações e teorias sem cessar até atingir seu objetivo. 

Ou, pelo menos, era assim que ele costumava ser. 

Frisk era capaz de ver; como a sombra do monstro que ele foi um dia, coisa que ela nunca chegou a enxergar com seus próprios olhos, mas que sempre esteve lá, disfarçado em tênues nuances de sua personalidade superficialmente relaxada. Tinha de se olhar um pouco mais a fundo, reparar em mudanças muito menos perceptíveis, para notar, e não é como se ela houvesse percebido tudo isso com facilidade, mas é claro que sua crescente afeição e indisfarçável curiosidade para com ele provinham apenas da vontade de compreendê-lo, certo? 

A garota sempre foi muito apegada a seus amigos, é, tinha de ser isto, e não era diferente com Sans, não deveria ser. Tentou por vezes sem conta traçar paralelos na forma como tratava aqueles ao seu redor. Queria nivelar as coisas, ser uma boa amiga, uma boa filha e companheira para todos os monstros que aprendeu a chamar de família. Não era a primeira vez que dizia aquilo para si mesma, mas ainda assim questionava seus pensamentos, tudo devido às ocorrências estranhas que passou a ter. 

Já faziam algum tempo que vinha sentindo isso perto dele.  

Era uma sensação estranha. Um aperto no peito, uma ansiedade fora do comum; rubores que lhe floresciam nas faces sem explicação, bem como o coração, que agora adquirira o hábito injustificado de disparar em momentos inoportunos, isento de qualquer motivo aparente. Um sentimento quente, que incandescia em seu peito e a aquecia por dentro.  

Era uma ternura diferente, uma vergonha exagerada, um anseio cândido, sinais que nunca antes se fizeram presentes, mas que agora a inundavam como dilúvio nas horas mais imprecisas. 

Sorriu para si mesma, pensando na beleza daquilo que não compreendia. Ela via doçura naquela massa enorme de sentimentos que se confundiam num aglomerado em sua mente, encontrando serenidade no caos, como a pacifista nata que era. Sentia como se aquela sensação nova fosse uma pequena chama em seu coração, algo frágil e precioso que poderia se apagar com um sopro, tão sutilmente quanto surgira, e deixar um vazio gélido no lugar que uma vez ocupou.  

Incipiente do ato de amar em si, nunca lhe cruzou mente a ideia de apaixonar-se. Ela não sabia que estava a nutrir uma paixão imprudente, não foi avisada para abrir os olhos perante a realidade que a rodeava. A pequena não poderia imaginar por si mesma a noção de amor, ingênua demais ao romance para ser capaz de entender seus sinais, e então apenas seguiu seu curso, afundando mais e mais em sua insciência, perdidamente, passando a amar com mais intensidade a cada dia.  

Ao acumular dos meses, entretanto, tornava-se mais e mais difícil encarar o que sentia com leviandade. Sempre que estava perto de Sans -e apenas dele- sofria os sintomas de seu amor mais fortes em si. Estranhava o quanto seu humor podia mudar quando ele estava por perto, uma frase que lhe dissesse agora podia fazê-la vibrar de alegria ou estatelar-se em tristeza, bem assim, do nada. 

Com certeza a extensão da influência que o amigo tinha sobre ela se tornara, no mínimo, preocupante, e a humana fazia de tudo para que ninguém notasse o que acontecia -Sans principalmente. Até porque, se nem a própria menina compreendia o que estava acontecendo, não faria sentido deixar outra pessoa saber.  

Era isso o que Frisk pensava, pelo menos. Mas não naquele segundo. No presente sua cabeça ainda se encontrava perdida com o momento em que estava apenas ali, com um de seus melhores amigos, observando as estrelas. E era aquele sentimento, o qual não entendia, que a aquecia por dentro naquela noite tão fria, pulsando vibrante em seu peito, como uma labareda determinada. 

Sua empolgação falhou, no entanto, quando ouviu algo começar a vibrar perto de si. 

-Opa. - Sans rapidamente sacou o celular do bolso e levou o olhar à tela iluminada, esboçando uma expressão difícil de ler- É uma mensagem. Papyrus chegou em casa. 

A humana soltou um suspiro de desapontamento, ciente de que isso significava o encerramento daquela reunião, o que não passou despercebido pelo outro, que riu baixo. 

-Vamos lá, pequena, ainda tenho que levar você pra casa.  

Ela sabia, mas não significava que tinha de estar feliz com o fato. A ideia de voltar para seu lar, de repente, parecendo mais desagradável do que o normal. Ou talvez não era a iminente despedida que a incomodava...? 

O esqueleto se levantou e ofereceu a mão para ajuda-la se erguer. Frisk sentiu seu coração perder o compasso ao tocá-lo, ainda que fosse por uma coisa boba daquelas, entretanto conseguiu disfarçar bem. 

Sans lhe sorriu. 

-A propósito, obrigado por vir comigo hoje. Ainda mais depois de Paps ter furado. 

Papyrus era quem sempre acompanhava Sans para ver as estrelas, coisa que o mais velho gostava de fazer toda noite, porém naquele dia em especial estava ajudando Undyne com a reforma de sua casa e não poderia vir. Sans não comentou nada a respeito com ela, mas Frisk trouxe o assunto à tona por si mesma e indagou se poderia acompanhá-los. O monstro pareceu surpreso com a pergunta e disse que não teria problema, só mais tarde que a humana soube que ficaria sozinha com ele. 

Não podia mentir: ficou bem nervosa quando encontrou apenas o esqueleto mais velho ao batente de sua porta, e a explicação dele não foi das mais tranquilizantes. Seu coração permaneceu inquieto todo o tempo, porém não havia como negar que estava contente, até bem mais do que ousaria admitir, com a ideia de ficar à sós com o amigo. 

"Eu me diverti, obrigada à você por me trazer. Sei que não sou Papyrus nem nada do gênero, mas..." 

Sans a cortou com um riso abafado. 

-Do que está falando, humana? Não disse para você vir para substituir Papyrus, até porque ele geralmente nem fica tanto tempo e logo temos de voltar para casa. Meu irmão dorme cedo afinal, então foi bom que você tenha vindo. 

Frisk desviou o olhar, acanhada. 

"Eu pensei... Que era uma coisa de vocês. Olhar as estrelas e tudo mais..." 

-Pfft, não. -ele enfiou as mãos nos bolsos da jaqueta e sorriu- Paps é o único que tem paciência para me acompanhar em meus... Hã, hobbies, então é sempre ele que vem comigo. Apenas isso. 

A menor sorriu, sentindo-se mais à vontade com a situação. Pensava que estaria atrapalhando o tempo em família dos irmãos se viesse com eles antes, apesar de sempre ter vontade de acompanhá-los. 

"Se é assim... Espero que me convide na próxima vez." Sinalizou, animada. 

-Claro, por que não? Podemos dizer que você é uma companhia ossombrosa. -ele piscou e Frisk riu- De qualquer modo, é melhor irmos. Tory não ia gostar nem um pouco de saber que sua preciosa criança fica farreando até altas horas com um homem suspeito. 

"Sans não é suspeito!" Afirmou ela, inflando as bochechas rosadas com indignação. 

Claro que a humana não tinha ideia da carinha fofa que fazia com esse seu hábito. 

-Não sou mesmo? Tem certeza? Como sabe que eu não levo menininhas desacompanhadas pra minha casa no meu tempo livre? -o olhar do monstro tornou-se provocador e ela não podia negar que sentiu os joelhos fracos sob sua mira (ele nunca a houvera encarado daquela forma), mas então Sans sorriu, divertido- Que isso, pequena? Estou só brincando. Vamos, temos que ir. 

O rosto de Frisk nem teve tempo de contorcer-se em aborrecimento, uma vez que o amigo logo a agarrou pelo braço e a puxou contra si. Ela tropeçou para frente e colidiu contra seu peito, sendo rodeada pelos braços do esqueleto em seguida.  

Sentiu o pulso da magia dele fazer o ar tremer, seu corpo se arrepiou inteiro e um calor efervescente brotou dentro de si. Quisera a garota poder aproveitar o contato, mas em um segundo houve um estalo e o mundo colapsou ao seu redor. 

Suas mãos mal puderam se apertar no tecido da camiseta de Sans e num piscar de olhos, os dois haviam desaparecido na noite. 


Notas Finais


E então, como ficou? :3 Queria saber a opinião de quem chegou até o final *~* (nossa, eu me sinto até meio enferrujada depois de tanto tempo sem escrever).
P.S. Para quem acompanha alguma das minhas outras histórias (Especialmente "Ensine-me a te amar"): Gente, está difícil aqui. Essa história que estou postando agora n quer dizer que esqueci das outras, mesmo, é que estou tentando me livrar de um bloqueio ENORME que estou tendo com minhas outras histórias. Já faz algum tempo, e um dos motivos para eu estar postando essa nova fic. é para me forçar a manter meu hábito de escrever constantemente (e melhorar, se possível), para quando eu conseguir superar meu problema com a falta de novas ideias. Sinto muito pela demora (eu realmente estou tentando manter minha cabeça trabalhando pra me ver livre disso), pf, tenham mias um pouquinho de paciência comigo (^-^)/


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